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sexta-feira, 7 de julho de 2023

Vendilhões eleitos - Sílvio Lopes

        Há os chamados direitos inalienáveis do homem, ditados pelo próprio Criador. São eles: direito à vida, à liberdade e o de cada um buscar a sua própria felicidade. Quanto aos dois primeiros, prova-nos o exemplo de nações que alcançaram graus elevados de desenvolvimento econômico e padrões de vida superiores, cabe ao Estado sustentar e dar garantias.

Isso posto, ao ambiente social e cultural é concebido forjar e desenvolver as condições indispensáveis para levar a nação ao nível geral de prosperidade e bonança. A busca da felicidade, no entanto, não é tarefa do Estado nem sua função garantidora, mas objetivo de cada um de nós, no exercício do chamado "livre arbítrio".  
Já os pré-requisitos para o desenvolvimento integral da nação poderiam ser condensados em: 
1) Amor ao trabalho; 
2) Hábito da poupança e 
3) Virtude da honestidade. 
Combinados, esses são os fatores, por exemplo, que tornaram os Estados Unidos na grande potência econômica que todos conhecemos um dia (sua decadência hoje, palpável, é reflexo da relativização desses valores, que não é propósito aqui destacar).
 
No Brasil de hoje, o que nos contempla? Dos valores inalienáveis da Criação( vida, liberdade e busca da felicidade), as duas primeiras o Estado sequer nos garante -  mesmo sendo sua obrigação. 
E como buscar a felicidade, se realizar na vida mesmo tendo amor ao trabalho, o hábito (embora ainda insuficiente) da poupança num país onde a virtude da honestidade passa longe do caráter de nossas lideranças?  
Onde o curriculum vitae recheado de titulação é preterido à extensa folha corrida policial na escolha de nossos líderes?  
Do líder maior da nação, inclusive? 
Um país em que, a exemplo de Judas Iscariotes, que entregou Jesus por 30 moedas de prata, seus representantes no parlamento "entregam" de bandeja os destinos da nação a uma quadrilha disposta a desgraçar seu povo e condená-lo à miséria, desonra, escravidão e desesperança?

Ter paciência é ser sábio, se por isso entendemos "o saber a hora de agir, jamais esperar acontecer"; se, no entanto, continuarmos "acomodados", ou seja, " deixando a vida nos levar" (como reza a velha canção), aí sim iremos de fato mergulhar direto e sem rodeios no calabouço da destruição ética e moral da sociedade, e onde (aí sim), haverá sangue, choro e ranger de dentes. A hora é agora. Antes que seja tarde. Acordemos.

*       O autor, Sílvio Lopes, é jornalista, economista e palestrante.


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Folha corrida x CURRICULUM VITAE

Submetemos à superior apreciação dos brasileiros e brasileira a folha corrida do presidente eleito e o CURRICULUM VITAE do presidente Bolsonaro

 

 

OBSERVAÇÃO: os números, são confiáveis, autênticos, conferíveis. Os na cor vermelha indicam os quesitos em que 'eleito' - também vulgo descondenado, não inocentado - PERDE; os na cor verde indicam os quesitos números em que o presidente Bolsonaro ganha. 

 

sábado, 8 de julho de 2017

O desalento, o desprezo e o desencanto

A putrefação do sistema político vem acompanhada de uma repulsa, quase revolta, dos brasileiros para com todo e qualquer assunto ou personagem curtido nas platitudes do poder. Abarca de líderes partidários, parlamentares em geral e ícones dos palanques a sindicalistas pelegos que tentam a qualquer custo badernar a rotina das cidades para chamar atenção. Nenhum senador, deputado, governador, ninguém da ala dos ditos de oposição, representantes dos intitulados “movimentos sociais”, agitadores contumazes – e mesmo os controladores do sistema – perceberam ainda: o povo cansou. 

Está enojado com o circo de horrores. Descrente. Desmotivado. Combalido pelo escracho da corrupção endêmica que tomou do Legislativo ao Executivo e comprometeu até algumas decisões do Judiciário. Vai daí, certamente, o rotundo fracasso da autoproclamada (sem nenhuma razão para assim ser chamada) greve geral convocada na sexta, 30, pelas centrais de sempre, CUT, MTST e quetais. Deprimente desempenho é quase um elogio diante do que se viu. Ruas vazias. A Esplanada dos Ministérios completamente às moscas, com um batalhão de 2.800 policiais a monitorar imagine só – contados 30 sindicalistas que faziam fuzarca sem plateia. Virou mero feriadão sem causa. A isso ficou resumida a indignação dos protestos. E a mais alguns amontoados de pelegos País afora, com seus carros de som a fazer barulho, pneus queimados, ônibus incendiados e quebra-quebras. Restou a prática da bandidagem por várias praças, tal qual nas plenárias do Congresso. Os líderes dão o exemplo. O mau exemplo. A imoralidade grassa com fervor por essas paragens e vem colocando de ponta-cabeça princípios e questionamentos de uma geração inteira. Muitos batem em retirada. 

Há um índice crescente de famílias deixando o País. Buscando outros destinos, novos ambientes, mais dignos, onde a lei, a retidão e o direito prevaleçam, como parâmetros a ajudar na criação de seus filhos e netos. Quem consegue educar decentemente no Brasil diante dessa cambada de salafrários odiosos? Ladrões de gravata tomaram Brasília, a Capital Federal, e arrotam cinismo e valentia, como se ainda pudessem impor uma nova ordem. Com que moral eles convocam o povo para reclamar de seus desígnios? 

Falta-lhes vergonha na cara. Sequer assumem erros ou culpa direta na cumbuca de malfeitos. Vagabundos sem redenção. Outro dia, no maleável conceito de defesa dos interesses públicos, um grupo de parlamentares sedento de desgraça ameaçou barrar as reformas estruturais e quaisquer outras medidas, mesmo que construtivas, enviadas pelo Executivo – como a dizer: vamos implodir com a governabilidade para nos fartar, de novo, mais adiante, nas sobras e carniça do Estado. Riem como hienas da tragédia que se abateu sobre os cidadãos, pagantes de impostos e verdadeiros financiadores (naturalmente a contragosto) da farra congressual. Os quase 14 milhões de desempregados deixados de legado por uma gestão petista tão estúpida como irresponsável não interessa a essa gente. O que conta, o que prevalece, é o retorno de cada um no esquema da vez. Larápios de carteirinha, mancomunados com um bloco de empresários da pior espécie – para quem a ideia de levar vantagem soa como mantra das orações -, os próceres de Brasília perderam o pudor. São quase dois mil corruptos na lista da propina de apenas uma empresa, a JBS, segundo revelou em delação o “rei do gado”, Joesley Batista. No curral dos irmãos Batista, o icônico ex-presidente Lula puxa o rebanho, alimentado por US$ 150 milhões em contas na Suíça. Dá para imaginar? Meio bilhão na moeda local para fartar as necessidades do petista e de sua cambada. 

Insuficiente, mesmo assim, diante do apetite de um réu detentor de folha corrida com cinco processos nas costas. Só no tresloucado ambiente dos políticos sem caráter um sujeito com tamanho plantel de ocorrências ainda sonha em voltar à Presidência. Seria a coroação dos desaforos à Nação. Assistir na TV, ouvir no rádio ou ler em jornais e revistas sobre os desmandos e desvios do dia já vem sendo um suplício interminável. Os políticos, a quase totalidade deles, depravaram o País. Sendo pragmáticos, os brasileiros irão notar que a solução plausível, real, factível encontra-se nas eleições de 2018. Ali, nas urnas, a depuração pode e deverá ser feita a contento. Como já ocorreu nos pleitos municipais do ano passado, quando se varreu do mapa dogmas sedimentados e ilusões com promessas vãs dos oportunistas. Para a reformulação da velha e carcomida política o papel de cada eleitor será fundamental. Não é o momento para omissões. Players tidos como outsiders começam a despontar e é bom prestar atenção neles e evitar, a qualquer custo, o retorno daqueles que fizeram do Estado um balcão de negócios insidiosos para as suas gatunagens.

Fonte: Editorial Isto É - José Carlos Marques

 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Temer em 7 dias, acertos e erros


Michel Temer está há uma semana à frente do governo. Há menos turbulência do que eu imaginava. Mas também há mais erros do que recomenda a prudência. Já chego lá. Antes, terei de voltar à cartilha.  Não! A legalidade e a legitimidade da posse e do exercício do mandato de Temer não são matéria de gosto, de opinião, de lado e outro lado, de pluralidade. Ou bem se acatam a Constituição e a lei ou bem não. Se não, há dois caminhos. Um deles é a luta política para mudar os diplomas legais; o outro é a luta armada.

O nhe-nhe-nhem supostamente antigolpista não é uma das vozes da pluralidade, mas o eco de um atraso, próprio de quem repudia a democracia. Agora ao ponto. Temer acertou no essencial, e o melhor, nesses poucos dias, foi seu discurso inaugural. Ouviu-se de novo a voz da institucionalidade, não de uma facção, como virou regra nos últimos 13 anos e pouco.

O presidente levou para o primeiro plano da política o rombo nas contas públicase é obrigatório que faça um pronunciamento à nação dando o estado das artes–, a necessidade de empreender reformas, especialmente a da Previdência, e acena com privatizações. No Itamaraty, José Serra evidenciou a guinada em favor da racionalidade.

Mas também se errou mais do que o razoável. A transformação do Ministério da Cultura numa divisão do MEC, ainda que se aumentem os recursos para o setor, foi a crônica do berreiro anunciado. Antevi, em texto, a balbúrdia. Adverti. Artistas atraem holofotes. É da profissão.  Boa parte dos políticos brasileiros vive na era pré-redes sociais. Eles ainda não se acostumaram à velocidade dos fatos e dos boatos que viram fatos. Uma fala, um deslize, um pensamento solto... E o mal está feito.

Por que diabos Ricardo Barros, ministro da Saúde, tem de dizer que acha o SUS muito grande se, efetivamente, não há e não haverá em prazo alcançável a olho nu proposta para encolhê-lo? O que vislumbra quando afirma que pretende debater com a Igreja a questão do aborto, esgrimindo números que são escandalosamente falsos a respeito?

As considerações do experiente Henrique Meirelles (Fazenda) sobre a idade mínima para a aposentadoria faziam sentido num tempo em que governos lançavam balões de ensaio para testar a reação da opinião pública, que demorava até se plasmar numa opinião. Hoje, a especulação é logo tomada por uma intenção, e, antes que o governo possa respirar, vê-se obrigado a recuar da decisão que nem tomou.

Por mais conciliador que seja Temer, e isso é bom, é evidente que não pode permitir que alguém com a biografia de André Moura (PSC-SE) seja líder do governo na Câmara. A rigor, esse senhor tem é folha corrida: réu em três ações penais no STF, investigado em três inquéritos um deles sobre tentativa de homicídio– e condenação por improbidade administrativa em Sergipe. Se o tal "centrão" veio com o fato consumado, eis uma boa hora de dizer "não".

André Moura não pode ser o representante na Câmara de um governo que só se instalou porque a titular do que caiu cometeu crime de responsabilidade. É uma questão de... responsabilidade! E não me venham com a história de que a política é a arte do possível. Se Moura é o possível, melhor a gente brincar de outra coisa.  Urge que Temer imponha o silêncio obsequioso aos ministros, que só poderão falar sobre decisões já tomadas. E também tem de deixar claro que não será refém daquelas forças com as quais sua antecessora não conseguia nem governar nem romper.


Fonte: Folha de São Paulo - Reinaldo Azevedo