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sábado, 2 de junho de 2018

A Tabela de Preços diz tudo = é a realidade o resto é conversa do "gabinete 'gerador' de crise"

Reposição de gás, alimentos e combustíveis traz otimismo aos brasilienses

A estimativa do governo e de empresários de diversos setores é de que o cenário de escassez seja normalizado até segunda-feira

 O técnico de manutenção de eletrodomésticos Francisco Pereira não encontrou gás em três cidades: preocupação com a família (foto: Fotos: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)
[R$ 85,00 por não ter gás;ç tivesse gás seria acima disto e sem tabela escrita.]
 
Após 12 dias de greve dos caminhoneiros, a situação do Distrito Federal tem previsão de se normalizar até segunda-feira. Representantes do governo, de sindicatos e de centrais de abastecimento acreditam que o brasiliense enfrentará cada vez menos dificuldade para abastecer veículos e encontrar gás — ontem, os valores dos botijões encontrados pelo consumidor se aproximaram de R$ 95, preço cobrado antes da crise. Nos últimos dois dias, donos de revendedoras e gerentes de estabelecimentos comerciais sentiram alívio após a chegada das mercadorias. A Secretaria de Saúde informou que os centros hospitalares do DF receberam reforço nos insumos. Apesar da melhora no cenário, a população segue apreensiva. O GDF ainda não tem estimativa dos impactos econômicos causados pela paralisação.
Em reunião do "gabinete [gerador] de crise]  do Executivo local, o governador Rodrigo Rollemberg explicou que o desabastecimento de gás de cozinha na capital se prolongou por circunstâncias externas. “Tivemos um problema, porque abastecedores de todo o Brasil estão indo a Betim (MG) para trazer o gás. A procura lá é muito grande”, disse. “Até este momento, não há falta de gás de cozinha nas escolas e nos hospitais. Se houver qualquer necessidade, atuaremos para atender, preferencialmente, esses setores”, acrescentou. [o genial governador não conseguiu, nem consegue, explicar o motivo de abastecedores de todo o Brasil, conseguirem chegar primeiro a Betim - os últimos são os do DF, que ainda devem estar na metade do caminho de ida.

Governador, por favor, amanhã se o senhor decidir liberar de comparecer ao trabalho os funcionários públicos do GDF - a pretexto da crise advinda da 'greve dos caminhoneiros' (crise que só permanece firme e forte no DF)  determine que os coletivos obedeçam a escala de dias úteis; 

pelo que se viu ontem, os funcionários do GDF não utilizam ônibus - visto que não compareceram ao trabalho e a demanda de transporte público permaneceu a mesma dos dias em que comparecem.]

O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, também demonstrou otimismo. Ele afirmou que, a partir da próxima semana, os hospitais voltarão a fazer cirurgias não emergenciais. “Ontem, por ser ponto facultativo, somente enfermarias e serviços de urgência funcionaram. Acreditamos que o setor voltará à normalidade a partir de segunda-feira. Recebemos 195 mil frascos de soro fisiológico. Cilindros de oxigênio chegaram hoje (sexta-feira) e, ainda, receberemos mais. Estamos abastecidos por três meses”, disse.

Gás e alimentos
Na busca por botijões, o técnico de manutenção de eletrodomésticos Francisco Pereira, 48 anos, percorreu Ceilândia, Guará e Cruzeiro, mas não encontrou nenhum estabelecimento com estoque disponível. “Moro com a minha esposa e dois filhos, e o gás está acabando. Tenho medo de como vou fazer para alimentar todo mundo. Sinto-me com as mãos atadas”, desabafou.

Até a situação se normalizar, muita gente teme encontrar mercadorias com preço elevado. O desabastecimento atingiu supermercados, e em alguns locais, os preços sofreram reajustes. Para quem fez compras, os últimos dias foram de tormento. “O quilo da batata, que estava a R$ 3, subiu para R$ 5. Também percebi aumento na cebola e cheguei a encontrar o quilo por R$ 8. Uma garrafa de iogurte, que estava a R$ 5, passou para R$ 10. Apesar desse otimismo de que todos falam, eu não vejo muitas soluções. Estamos sem saída”, reclamou a aposentada Maria de Fátima Vieira, 61.

No comércio, a preocupação se repetiu. Gerente de um bar e restaurante no Cruzeiro Velho, Alex Lélis, 28, ficou quase uma semana sem cerveja no estabelecimento. “O movimento está péssimo. Teve dias que ninguém apareceu aqui. Fiquei com as portas abertas das 19h à meia-noite, e nada”, queixou-se. “É complicado. Nós dependemos de vários serviços para manter o bar funcionando. Quando um para, todos os outros são afetados.”

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Rodrigo Freire, até quinta-feira, o setor teve um prejuízo de R$ 80 milhões. Além disso, no ramo hoteleiro, 6 mil reservas foram canceladas. “O nosso setor sofreu muito prejuízo com a greve. As pessoas passaram a fazer somente o necessário, e o entretenimento ficou em segundo plano. Neste fim de semana, por exemplo, Brasília receberia a Campus Party. Tudo isso impactou negativamente”, lamentou.
Menos ônibus
Ontem, o transporte público do DF funcionou com 60% da frota pela manhã. À tarde, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) autorizou que as empresas aumentassem 10% do total de veículos. Ao todo, 420 coletivos a mais foram colocados em circulação. Segundo informações do órgão, hoje e amanhã, a taxa seguirá o padrão do fim de semana, com 40% do serviço nas ruas. De acordo com o subsecretário de fiscalização da Secretaria de Mobilidade, Felipe Martins, a redução “teve como objetivo garantir a reposição total dos níveis de combustível de todas as empresas.” [mentira; 
caso fosse verdade estamos diante de um ineditismo, qual seja: todo dia "acontece" 'reposição total de níveis de combustível', haja vista que o transporte coletivo de Brasília é o pior do Brasil.
Aliás a Segurança Pública também é péssima e a Saúde pior ainda.]

 

Sob o signo do caos - Mobilização descamba para a baderna com infiltração de oportunistas

Virou baderna

Sindicalistas oportunistas, defensores da volta do regime militar e líderes trabalhistas que pedem a libertação do ex-presidente Lula se apropriaram da greve dos caminhoneiros e afundaram o País no caos. Os prejuízos econômicos ultrapassam os R$ 75 bilhões e atrasam o crescimento

 FORÇA A polícia e o exército tiveram que agir para garantir o direito de ir e vir e de abastecimento dos postos / OPORTUNISMO Defensores do regime militar e motoboys pegaram carona na paralisação /CAOS O uso político e a violência marcaram o movimento (Crédito: Divulgação

Foram dias em que o País viveu sob o signo do caos, com cenas assustadoras como só se vê no cinema-catástrofe: pessoas brigando por comida nos mercados, ladrões roubando gasolina até de ambulâncias e muita gente preferindo ficar em casa a enfrentar o clima de salve-se quem puder que tomou conta das cidades. Ao menos quatro pessoas morreram em decorrência da baderna. A primeira vítima foi um homem que faleceu depois de ser atropelado durante um protesto na rodovia MG-010, em Minas Gerais, na quinta-feira 24. 

Na quarta-feira 30, o caminhoneiro José Batistella foi morto em Vilhena, Rondônia, após ser atingido por uma pedra quando tentou furar um bloqueio. O suspeito pelo ataque foi preso. Outros dois motoristas morreram ao longo da paralisação, vítimas de infarto. A greve dos caminhoneiros, que teve início na segunda-feira 21, deixou o Brasil sem combustível, sem alimentos, sem transporte público, sem insumos hospitalares, sem aulas. Portos não funcionaram, inclusive o de Santos, maior da América Latina , vários aeroportos cancelaram voos e terminais rodoviários refizeram as escalas de viagens porque não havia como tirar os ônibus do lugar. O que a paralisação provocou, porém, não foi apenas o desabastecimento e a insegurança. Ela ensejou o oportunismo de setores radicais que se infiltraram no movimento para espalhar o terror.

Quando finalmente os combustíveis começaram a chegar aos postos, a partir da quarta-feira e ainda de maneira muito lenta, filas imensas se formaram com motoristas angustiados e ansiosos para retomar a vida. O alívio de poder encher o tanque parecia trazer a normalidade de volta. No entanto, sobraram várias perguntas. A qual vida e a qual País retornaremos? Os impactos nas esferas social, política e econômica foram imensos, a maioria ainda impossível de ser estimada e que só chegará à luz de forma precisa depois de passar pela análise da história. Mas o que já é possível ser mensurado perturba. Do ponto de vista econômico, o País todo perdeu. Uma estimativa da soma dos prejuízos aponta para a cifra astronômica de R$ 75 bilhões. A principal reivindicação dos caminhoneiros que iniciaram a paralisação era a baixa no preço do diesel. 

Ainda na primeira semana de greve, lideranças dos caminhoneiros conseguiram arrancar do governo federal não só o compromisso de que o preço do diesel seria reduzido como o de que a Petrobrás só reajustaria os preços mensalmente. Estabeleceu-se uma trégua de quinze dias. Ela não durou sequer um. Nenhum caminhão deixou os bloqueios e o desabastecimento se agravou. Três dias depois, uma nova reunião de emergência realizada em Brasília selou um acordo que parecia ter encerrado de vez a paralisação. O preço do diesel foi reduzido em 0,46 centavos, os motoristas ficaram isentos do pagamento de pedágio dos eixos suspensos quando trafegam vazios e todas as outras reivindicações foram aceitas por um governo acuado. Também não bastou. Os bloqueios persistiram por mais quatro dias, perdendo adesão lentamente, até praticamente se esgotarem na quinta-feira 31. 

(...)

Infiltrados
Tão assustador quanto ver sumir itens essenciais à sobrevivência foi a percepção de que o governo havia perdido qualquer possibilidade de controle de um movimento que fugia ao comando inclusive daqueles que se intitulavam seus comandantes. O alerta soou depois que nada mudou após a primeira reunião entre representantes de algumas das entidades associadas aos caminhoneiros e os ministros Eduardo Guardia, Carlos Marun, Valter Casemiro e Eliseu Padilha. Depois do segundo encontro, no domingo, a celebração de um acordo divulgado em rede nacional pelo presidente Michel Temer e, mesmo assim, a permanência da paralisação por dias a fio, ficou evidente que o monstro andava sozinho.  A estruturação da greve fugiu aos padrões que normalmente norteiam movimentos do tipo. Primeiro porque houve também participação das empresas transportadoras, o que configura locaute. A Polícia Federal abriu 54 inquéritos para apurar a questão. Depois, porque ela ganhou força graças à comunicação por redes sociais nas quais nem sempre o criador do grupo estava de fato ligado às entidades que se apresentaram como representantes dos grevistas. Isso fez com que a grande maioria dos caminhoneiros parados nas estradas obedecesse a lideranças de origens obscuras, que agiam por meio de uma rede de comunicação própria e afastada de qualquer comando central. Até a quarta-feira 30, a polícia havia prendido sete infiltrados — nenhum era caminhoneiro.


ANSEIO Houve contínuas manifestações pedindo a entrada dos militares (Crédito:Fábio Motta)

Ao longo dos três primeiros dias da semana passada, chegou-se a um ponto grotesco. José da Fonseca Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros e um dos interlocutores que visitaram o Palácio do Planalto, admitiu que havia gente infiltrada no movimento. Não se tratava mais da greve de uma categoria. Passou a se tratar de um movimento político insuflado por indivíduos que nada tinham a ver com os motoristas. Eles se apropriaram da mobilização e fizeram dela moeda de troca por bandeiras contrárias às regras da democracia. Um dos pleitos passou a ser a saída do presidente Michel Temer. Um dos expoentes do movimento foi André Janones, ex-candidato a prefeito de Ituiutaba, em Minas Gerais, pelo PSC, e filiado ao PT entre 2003 e 2012. Assim que pegou carona na mobilização dos caminhoneiros, Janones ganhou milhares de seguidores no Facebook e seus vídeos pedindo a continuidade da greve enquanto o presidente Michel Temer não saísse do cargo se espalharam. Nas redes, Janones se define como “mineiro, cristão, advogado e jornalista.” Incita seus 700 mil seguidores a “quebrar o sistema.”
Houve mais dois grupos atuantes, usando de força para impedir que a maioria dos motoristas retomasse o trabalho: os que pediam intervenção militar e os que defendiam a libertação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Segundo líderes das entidades tradicionalmente representantes dos caminhoneiros, os três movimentos alheios à categoria representavam de 10% a 15% do comando da paralisação. Fora os que haviam se infiltrado, virando líderes do dia para a noite, houve apoio em manifestações públicas realizadas em pontos das estradas que estavam obstruídos e em outros locais das cidades. 

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, viu-se com frequência grupos segurando cartazes pedindo a volta dos militares ao poder. Ao primeiro olhar, é difícil entender como três grupos com aspirações tão distintas podem ter se vinculado a um mesmo movimento. Cada um a seu modo, eles tentaram se apropriar de uma mobilização que, no princípio, contou com o apoio da população. Segundo pesquisa do DataFolha, 87% da população defendeu a paralisação. De alguma maneira, ela catalisou a insatisfação popular e o cansaço diante de uma recuperação econômica lenta depois de uma recessão que produziu os 13,4 milhões de desempregados existentes hoje no Brasil. Foi somente depois do agravamento do desabastecimento, da dificuldade para conseguir um ônibus ou atendimento médico, por exemplo, que manifestações mais críticas foram ouvidas.

(..)

Oportunismo político
Na terça-feira 29, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, telefonou para o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS). Pediu que, em nome do País, o PT intercedesse para que os caminhoneiros retornassem e se evitasse a paralisação dos petroleiros. A resposta foi não. “Ligou para a pessoa errada”, disse, depois, o líder do PT. Explicitava-se ali uma inusitada e irresponsável aliança entre a esquerda que grita “Fora Temer” e “Lula livre” e a direita que pede “intervenção militar”. O conservador militar Jair Bolsonaro (PSL), em uma de suas postagens no twitter, escreveu: “O governo, de forma covarde, trabalha para colocar na conta dos caminhoneiros a responsabilidade pelos futuros prejuízos causados pela paralisação”.

Bolsonaro assina o projeto de lei que prevê punição de até quatro anos de cadeia para quem obstruir vias públicas, como fizeram os caminhoneiros para dificultar a passagem dos colegas que não queriam aderir. Como se vende como o candidato da “ordem”, nada melhor do que incitar a desordem para que, em outubro, ele surja na figura de salvador, um messias que colocará tudo no lugar, em meio ao caos.Os petistas, assim como Bolsonaro, apostam no “quanto pior, melhor” por duas razões: consolidar a narrativa de que Lula e Dilma foram vítimas de um golpe político-jurídico e alimentar a tese de que Lula seria o único capaz de reunificar o País. Para quem hoje não tem nada em que se agarrar, qualquer coisa é lucro.

Na mesma esteira de oportunismo político, não poderiam faltar declarações da presidente nacional do PT, senadora [e ré em ação penal]  Gleisi Hoffmann (PR). Ela conseguiu a proeza de dizer que, nos governos petistas, não houve prejuízos à Petrobras, mesmo com a política de intervenção na formação dos preços dos combustíveis, feita “a bem do cidadão”, segundo reforçou. Em 13 anos do PT no poder, foram 16 reajustes, lembrou ela. Enquanto isso, desde 2016, no início da gestão Michel Temer, houve 229 correções. O que Gleisi não contou é que o saqueamento dos cofres da Petrobras [majoritariamente realizado  pelo PT, sendo ela uma das beneficiárias] quase quebrou a empresa.

Ary Filgueira - IstoÉ


sexta-feira, 1 de junho de 2018

Veja como você, que apoiou a greve dos ricos, vai pagar a conta da mamata; o chato é que as pessoas com miolos também serão prejudicadas

Pois é…
Como diria aquele Conselheiro, “as consequências vêm depois”. Há o risco de você que me lê estar entre aqueles 81% que, segundo o Datafolha, aplaudiram a greve dos caminhoneiros — levou lanchinho pra eles também? —, mas se nega a pagar a conta da mamata de R$ 13,5 bilhões, que até pode beneficiar alguns profissionais autônomos, mas vai mesmo é fazer a alegria de algumas gigantes do setor de transportes. Deve ter sido o evento mais bem-sucedido da história dos locautes mundo afora. Convenham: 87% formam o que a gente chama “maioria esmagadora”…  Como já lembrei aqui — e a questão foi reiterada por um auxiliar do presidente Temer —, governo não produz dinheiro; ele apenas o arrecada. Pode até gastar mal, mas esses são outros quinhentos. Se a turma da mamata do diesel vai “privatizarR$ 13,5 bilhões, de algum lugar o dinheiro há de sair.
Se for preciso, de novo, caracterizar o explorador com cartola, barriga e coxa de frango na mão, a gente caracteriza, ué… É um clichê? É. Mas ainda é um clichê menor do que aqueles que nos é oferecido pela  própria realidade.

O país tem uma folga orçamentária de R$ 6,1 bilhões. Só pra lembrar: a folga não e uma sobra depois de retiradas as despesas da receita; a folga NÃO é um dinheiro que está no azul. Ele continua no vermelho. Quer dizer apenas que o déficit seria menor. A dita-cuja foi engolida pela conta do diesel.   A segunda maior massa de recursos vem do “Reintegra”: R$ 2,27 bilhões. O programa devolvia 2% ao setor do que se arrecadava com PIS-Cofins. Passará a devolver 0,1%. Representantes do setor dizem que haverá perda de competitividade.

Havia uma reserva de R$ 2,1 bilhões para capitalização das estatais. Também vai virar fumaça. É a terceira maior rubrica a tapar o rombo orçamentário do diesel.  Na sequência, vem a grana do corte de despesas: R$ 1,2 bilhão. Cortar de onde? Ministérios dos Transportes (R$ 368,9 milhões); fortalecimento do SUS (R$ 135 milhões); concessão de bolsas de estudo (R$ 55,1 milhões); programa de prevenção e repressão ao tráfico de drogas (R$ 4,1 milhões) e até algumas migalhas (R$ 1,5 milhão) do policiamento ostensivo de rodovias e estradas federais. Dado o conjunto dos números, a área social padeceu pouco. Mas não ficou livre da garfada.  A reoneração da folha de pagamentos, de 17 setores inicialmente, renderá até o fim do ano outros R$ 830 milhões. Vêm de uma mudança tributária na área de concentrados de refrigerante outros R$ 740 milhões. No fim da fila, R$ 170 milhões sairão de mudanças no regime tributário da indústria química.

Então ficamos assim: computadas as perdas de todos os setores com a greve, chega-se fácil perto de R$ 100 bilhões. O PIB, em razão dos desastres em série e suas consequências, pode sofrer um impacto da ordem um ponto percentual (R$ 66 bilhões em valores de 2017). E, por ora ao menos, não se têm calculados os efeitos do fim de benefícios para a indústria. O ministro da Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, lembrou que a paralisação “teve o apoio de 90%” da população' — 87%, segundo o Datafolha. E emendou o que já lembrei aqui: “O governo não produz dinheiro; ele arrecada dinheiro”.
Na mosca! Os brasileiros escolheram um caminho quando aplaudiram a patuscada, certo?
Que aprendam ao menos a lição básica: as consequências vêm depois.

Blog do Reinaldo Azevedo



Pedro Parente pede demissão e abandona presidência da Petrobras

Pedro Parente pede demissão da presidência da Petrobras

Desgastado com a greve dos caminhoneiros, ele se reuniu esta manhã com Temer 

Nomeação de interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje [bem ao estilo Temer o 'sindicato dos caminhoneiros' será consultado sobre quem aceita como interino';

motivos para a consulta:

Temer nomeou um ministro para o MTb e uma associação de advogados não concordou, entrou na Justiça e um juiz de primeira instância suspendeu a nomeação, decisão que o STF, através de decisão monocrática da presidente,  corroborou - e o presidente aceitou, desistindo da nomeação;

Temer diante da suprema decisão foi mais cuidadoso e antes de decretar GLO nacional para resolver a 'greve' dos caminhoneiros e transportadoras, consultou o STF;

agora, já que gato escaldado tem medo de água fria, com medo que os caminhoneiros fiquem contrariados e voltem a bloquear as estradas, deverá obter o aval da categoria para o novo presidente da estatal. 

Governo admite risco de novo bloqueio das estradas - confira aqui:

Força-tarefaO governo, no entanto, avalia que a efetiva redução do preço do diesel nas bombas é uma das preocupações. É um acordo que o Planalto não pretende descumprir, até para evitar que os caminhoneiros voltem a ocupar as estradas]

Pedro Parente pediu demissão da presidência da Petrobras na manhã desta sexta-feira, em reunião com o presidente Michel Temer, em Brasília, em meio ao desfecho da greve dos caminhoneiros, que teve como alvo a política de preços de combustíveis da Petrobras. A decisão ocorre dois dias após o governo ter reforçado o compromisso com a política de preços da Petrobras. Temer lamentou a saída de Parente, mas entendeu a situação dele, segundo interlocutores. O interino deve ser indicado até a noite desta sexta-feira.

A demissão, segundo pessoas próximas, foi motivada pelas discussões em torno da política de preços da estatal. O problema do diesel já foi resolvido, mas as discussões envolvendo a política de preços da Petrobras vai continuar, inclusive com a gasolina.
— Parente estava virando uma parte do problema. E, como ele entende que já cumpriu a missão dele na Petrobras, não poderia mais continuar — disse um interlocutor.

A Petrobras informou em nota que a nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração, disse a empresa em nota. Após a divulgação da notícia do pedido de demissão de Parente, a Bolsa suspendeu a negociação das ações da PetrobrasApesar do desgaste sofrido por Parente, que foi criticado por caminhoneiros e por políticos, que pediram sua demissão, Temer considerava fundamental a permanência dele no comando da Petrobras para dar continuidade ao processo de recuperação da saúde financeira da estatal, segundo auxiliares do presidente.  Em carta, Parente disse que sua permanência "deixou de ser positiva" para Petrobras e que a demissão tem "caráter irrevogável e irretratável". "Tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, Sr. Presidente, que novas discussões serão necessárias. E, diante deste quadro fica claro que a minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente. Sempre procurei demonstrar, em minha trajetória na vida pública que, acima de tudo, meu compromisso é com o bem público. Não tenho qualquer apego a cargos ou posições e não serei um empecilho para que essas alternativas sejam discutidas", diz trecho.

O Globo