Reposição de gás, alimentos e combustíveis traz otimismo aos brasilienses
A estimativa do governo e de empresários de diversos setores é de que o cenário de escassez seja normalizado até segunda-feira
O técnico de manutenção de eletrodomésticos Francisco Pereira não encontrou gás em três cidades: preocupação com a família (foto: Fotos: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)
[R$ 85,00 por não ter gás;ç tivesse gás seria acima disto e sem tabela escrita.]
Após 12 dias de greve dos caminhoneiros, a situação do Distrito Federal
tem previsão de se normalizar até segunda-feira. Representantes do
governo, de sindicatos e de centrais de abastecimento acreditam que o
brasiliense enfrentará cada vez menos dificuldade para abastecer
veículos e encontrar gás — ontem, os valores dos botijões encontrados
pelo consumidor se aproximaram de R$ 95, preço cobrado antes da crise.
Nos últimos dois dias, donos de revendedoras e gerentes de
estabelecimentos comerciais sentiram alívio após a chegada das
mercadorias. A Secretaria de Saúde informou que os centros hospitalares
do DF receberam reforço nos insumos. Apesar da melhora no cenário, a
população segue apreensiva. O GDF ainda não tem estimativa dos impactos
econômicos causados pela paralisação.
Em reunião do "gabinete [gerador] de crise] do Executivo local, o governador Rodrigo
Rollemberg explicou que o desabastecimento de gás de cozinha na capital
se prolongou por circunstâncias externas. “Tivemos um problema, porque
abastecedores de todo o Brasil estão indo a Betim (MG) para trazer o
gás. A procura lá é muito grande”, disse. “Até este momento, não há
falta de gás de cozinha nas escolas e nos hospitais. Se houver qualquer
necessidade, atuaremos para atender, preferencialmente, esses setores”,
acrescentou. [o genial governador não conseguiu, nem consegue, explicar o motivo de abastecedores de todo o Brasil, conseguirem chegar primeiro a Betim - os últimos são os do DF, que ainda devem estar na metade do caminho de ida.
Governador, por favor, amanhã se o senhor decidir liberar de comparecer ao trabalho os funcionários públicos do GDF - a pretexto da crise advinda da 'greve dos caminhoneiros' (crise que só permanece firme e forte no DF) determine que os coletivos obedeçam a escala de dias úteis;
pelo que se viu ontem, os funcionários do GDF não utilizam ônibus - visto que não compareceram ao trabalho e a demanda de transporte público permaneceu a mesma dos dias em que comparecem.]
O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, também demonstrou
otimismo. Ele afirmou que, a partir da próxima semana, os hospitais
voltarão a fazer cirurgias não emergenciais. “Ontem, por ser ponto
facultativo, somente enfermarias e serviços de urgência funcionaram.
Acreditamos que o setor voltará à normalidade a partir de segunda-feira.
Recebemos 195 mil frascos de soro fisiológico. Cilindros de oxigênio
chegaram hoje (sexta-feira) e, ainda, receberemos mais. Estamos
abastecidos por três meses”, disse.
Gás e alimentos
Na
busca por botijões, o técnico de manutenção de eletrodomésticos
Francisco Pereira, 48 anos, percorreu Ceilândia, Guará e Cruzeiro, mas
não encontrou nenhum estabelecimento com estoque disponível. “Moro com a
minha esposa e dois filhos, e o gás está acabando. Tenho medo de como
vou fazer para alimentar todo mundo. Sinto-me com as mãos atadas”,
desabafou.
Até a situação se normalizar, muita gente teme encontrar
mercadorias com preço elevado. O desabastecimento atingiu supermercados,
e em alguns locais, os preços sofreram reajustes. Para quem fez
compras, os últimos dias foram de tormento. “O quilo da batata, que
estava a R$ 3, subiu para R$ 5. Também percebi aumento na cebola e
cheguei a encontrar o quilo por R$ 8. Uma garrafa de iogurte, que estava
a R$ 5, passou para R$ 10. Apesar desse otimismo de que todos falam, eu
não vejo muitas soluções. Estamos sem saída”, reclamou a aposentada
Maria de Fátima Vieira, 61.
No comércio, a
preocupação se repetiu. Gerente de um bar e restaurante no Cruzeiro
Velho, Alex Lélis, 28, ficou quase uma semana sem cerveja no
estabelecimento. “O movimento está péssimo. Teve dias que ninguém
apareceu aqui. Fiquei com as portas abertas das 19h à meia-noite, e
nada”, queixou-se. “É complicado. Nós dependemos de vários serviços para
manter o bar funcionando. Quando um para, todos os outros são
afetados.”
Segundo o presidente da Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Rodrigo Freire, até
quinta-feira, o setor teve um prejuízo de R$ 80 milhões. Além disso, no
ramo hoteleiro, 6 mil reservas foram canceladas. “O nosso setor sofreu
muito prejuízo com a greve. As pessoas passaram a fazer somente o
necessário, e o entretenimento ficou em segundo plano. Neste fim de
semana, por exemplo, Brasília receberia a Campus Party. Tudo isso
impactou negativamente”, lamentou.
Ontem,
o transporte público do DF funcionou com 60% da frota pela manhã. À
tarde, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) autorizou que
as empresas aumentassem 10% do total de veículos. Ao todo, 420 coletivos
a mais foram colocados em circulação. Segundo informações do órgão,
hoje e amanhã, a taxa seguirá o padrão do fim de semana, com 40% do
serviço nas ruas. De acordo com o subsecretário de fiscalização da
Secretaria de Mobilidade, Felipe Martins, a redução “teve como objetivo
garantir a reposição total dos níveis de combustível de todas as
empresas.” [mentira;
caso fosse verdade estamos diante de um ineditismo, qual seja: todo dia "acontece" 'reposição total de níveis de combustível', haja vista que o transporte coletivo de Brasília é o pior do Brasil.
Aliás a Segurança Pública também é péssima e a Saúde pior ainda.]
caso fosse verdade estamos diante de um ineditismo, qual seja: todo dia "acontece" 'reposição total de níveis de combustível', haja vista que o transporte coletivo de Brasília é o pior do Brasil.
Aliás a Segurança Pública também é péssima e a Saúde pior ainda.]
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