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sábado, 3 de dezembro de 2016

Campanha presidencial na Áustria ganha a sombra de Hitler

Cartazes associam principal candidato a ditador; rival é acusado de copiar fotografias

 Tratado durante mais de 70 anos como um filho renegado, Adolf Hitler está de volta à sua pátria, pelo menos como um dos principais temas da campanha para a eleição de amanhã, que terminou com troca de acusações mútuas sobre o ditador entre os candidatos Nobert Hofer, do Partido Liberal Democrata (FPÖ), e Alexander van der Bellen, do Partido Verde. Cartazes e outdoors mostrando Hofer com o famoso bigodinho de Hitler fizeram parte da paisagem urbana das cidades nos últimos meses.
 
Em resposta, seus aliados publicaram no Facebook uma foto usada na campanha do verde Alexander van der Bellen em uma pose parecida com a documentada em duas fotos de Hitler — na mesma paisagem montanhosa dos Alpes, com o seu pastor alemão. “Nós não queremos acusar, mas a escolha dos temas da foto, Alpes, cachorro e cerca, foi pelo menos infeliz”, escreveu um aliado de Norbert Hofer.

No último duelo na TV, na quinta feira à noite, Van der Bellen, de 72 anos, mostrou o que classificou como a “face real de Hofer” exibindo a foto do candidato beijando a mão da sua colega francesa Marine Le Pen. O populismo vem crescendo no continente como uma onda antiglobalização, manifestação da população mais pobre, que se vê como perdedora por conta da União Europeia (UE) e da imigração. Para o historiador Oliver Rathkolb, nem na campanha de 1986, quando Kurt Waldheim foi eleito, o nome de Hitler foi usado com tanta frequência.  — Não nos deixem brincar com o fogo — advertiu o candidato verde, alertando para o perigo de uma vitória do adversário.

Ameaça de populismo global
Os olhos dos políticos defensores do liberalismo ocidental estão voltados para a “república alpina”. A possibilidade de uma vitória de Hofer é vista como uma catástrofe para a Europa e poderia dar novo impulso aos populistas da França, Holanda e Alemanha, aumentando o avanço da extrema-direita no continente. Analistas já falam sobre o perigo de um populismo global, reação em cadeia de um fenômeno que começou com o Brexit, no Reino Unido, e culminou com a eleição de Donald Trump, nos EUA.

Para a cientista política Sarah de Lange, o fenômeno é semelhante em toda a Europa. Os eleitores votam em uma pessoa carismática e não mais em um programa partidário, como era a tradição antigamente. — O programa é ser contra a UE, o euro e os imigrantes.

Caso Hofer vença e assuma o suntuoso palácio presidencial Hofburg, o presidente russo, Vladimir Putin, e o nacionalista sérvio, Tomislav Nikoli, terão um novo amigo na UE. Em termos de política externa, suas primeiras medidas seriam o fim das sanções contra a Rússia e a suspensão do reconhecimento da Áustria ao Kosovo, que seria visto como parte da Sérvia. Ele ainda prometeu o apoio aos sérvios que habitam parte da Bósnia-Herzegovina e almejam uma reunificação.

Manfred Welan, autor de um livro sobre a Constituição austríaca, adverte que Hofer poderia revolucionar a Presidência ao usar poderes que foram ignorados desde a Segunda Guerra Mundial — ele já anunciou que, se necessário, vai usar isso para demitir o Gabinete. Foi o modelo de Constituição da República de Weimar que tornou possível a chegada de Hitler ao poder.

Culpa transferida
Quando a Áustria foi reunificada com o grande império alemão, em 1938, 700 mil austríacos tinham a carteira do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. A transferência de toda a culpa pelo Holocausto para a Alemanha seria, segundo o historiador Rathkolb, um alicerce da identidade austríaca de hoje, compartilhada pela direita e pela esquerda.  — A Áustria sempre teve uma relação complicada com Hitler — diz Rathkolb, que é professor da Universidade de Viena.

Um exemplo da dificuldade na abordagem do passado é a postura complicada que teve até agora com a casa de Hitler, em Braunau. Apenas 71 anos após a morte, o governo tomou a primeira decisão importante sobre o imóvel. O “berço do mal”, como a casa de três andares é chamada, deverá passar por uma reforma para evitar que se transforme em um “santuário dos neonazistas”. — Braunau foi apenas o lugar de origem de Hitler. Os acontecimentos começaram em outro lugar, na Alemanha — afirmou o prefeito da cidade, Johannes Waidbacher.

Há poucos dias, Christian Kern, presidente do Partido Social Democrata (SPÖ), foi anfitrião de uma reunião de partidários no continente, na tentativa de frear o crescimento populista. No encontro, foi divulgado um pacto que seria a principal arma do contra-ataque social democrata contra a extrema-direita.  Estamos diante de um abismo — disse, sobre a expansão do populismo de direita.


Fonte: O Globo


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Protecionismo cresce e ameaça recuperação global

Políticas de fechamento de fronteiras aos fluxos de pessoas, capital e comércio crescem em todo o mundo, alimentadas por um irracionalismo preocupante

[protecionismo = um mal necessário; imigrantes = prejuízos e problemas para o país que os recebe.]

A atual onda política marcada por nacionalismos populistas e xenófobos tem sua expressão econômica no crescente protecionismo e resistência à celebração de acordos comerciais multilaterais, como a Parceria Transpacífica. Além de travar o comércio internacional, esse processo vem retardando de forma perigosa a recuperação da economia da crise global de 2008. 

Relatório de Monitoramento do Comércio da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgado em julho, na reunião de cúpula da entidade, revelou que, entre meados de outubro de 2015 e meados de maio deste ano, foram apresentadas em média 22 medidas restritivas por mês pelos países-membros, a mais elevada desde 2011. É um aumento significativo, considerando-se o período anterior, quando a média, já alta, foi de 15 medidas por mês. O relatório conclui afirmando, com acerto, que a “melhor garantia contra o protecionismo é um robusto sistema multilateral de comércio”.

No mesmo período, os países-membros da OMC aprovaram 19 medidas por mês para facilitar o comércio, um pequeno aumento em relação ao período anterior. O número de ações protecionistas avançou 11% no período avaliado. O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, disse que “o relatório mostra um preocupante crescimento de medidas restritivas ao comércio postas em vigor mensalmente”. Ele lembrou que, das 2.800 medidas protecionistas adotadas desde outubro de 2008, apenas 25% foram removidas, acrescentando que “na atual conjuntura, um aumento das restrições ao comércio é a última coisa de que a economia global precisa. Esse aumento poderia ter um efeito nocivo adicional de esfriamento dos fluxos comerciais, com impacto desastroso para o crescimento econômico e a geração de empregos”. 

Neste ano, o volume global de comércio não cresceu no primeiro trimestre e caiu 0,8%, no segundo, segundo analistas ouvidos pelo “New York Times”. Os EUA não foram exceção: o volume total de importações e exportações caiu mais de US$ 200 bilhões no ano passado. E nos primeiros nove meses de 2016 recuou outros US$ 470 bilhões. Foi a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que o intercâmbio comercial entre os países caiu num período de expansão econômica. 

As políticas contrárias aos fluxos globais de pessoas, capital e mercadorias são um retrocesso óbvio. E, no entanto, tem defensores. O Brexit — a saída do Reino Unido da UE — é talvez o exemplo mais dramático dessa mentalidade retrógrada. Seu impacto no país, no bloco europeu e na economia mundial ainda não foi totalmente quantificado. Nos EUA, por outro lado, o protecionismo comercial é, estranhamente, um ponto comum entre Donald Trump e Hillary Clinton, com o argumento falacioso da defesa do mercado de trabalho local. Trata-se, em resumo, de um irracionalismo que se alimenta da desconfiança generalizada no sistema político e oferece como resposta o risco de um obscurantismo perigoso.

Fonte: O Globo - Editorial


domingo, 11 de outubro de 2015

O novo fracasso da Unasul

Finalidade da instituição é defender a soberania nacional de seus estados membros e fomentar a solidariedade regional

[a UNASUL quando foi fermentada e expelida  pela corja petista e similares - os mesmos que fermentaram e expeliram o Foro de São Paulo (a UNASUL foi produzida nos intestinos dos líderes da esquerda latino americana) tinha o objetivo de ser o embrião que substituiria a URSS, na ocasião em processo irreversível de desintegração.
Começaria pela América Latina e não faltariam petralhas stalinistas para sua expansão.
Só não contavam que a URSS conseguiria se recompor, ainda que com nova roupagem e denominação - Rússia, atualmente sob Putin - e agindo de forma bem menos lesiva do que a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.]
A condenação do líder da oposição democrática venezuelana Leopoldo López há duas semanas teve a reação esperada. A juíza Susana Barreiros sentenciou López a 13 anos e nove meses de prisão por incitar a violência política, baseando-se nas ridículas acusações do governo de que López usou mensagens subliminares para estimular seus seguidores a cometer atos de violência. O grupo Human Rights Watch denunciou a decisão, afirmando que representava “uma deterioração extrema do sistema de Justiça” e “um escárnio completo da Justiça”. A Anistia Internacional disse que era “uma absoluta falta de independência judicial”, e mais tarde considerou López um prisioneiro de consciência, designação para vítimas de repressão política.

Mas a resposta mais previsível foi a da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que emitiu um comunicado reiterando “seu respeito pelas decisões adotadas pelas autoridades judiciais de seus estados membros”. Sim, é verdade. Os governos, inclusive alguns que tiveram seus líderes protegidos pelas mesmas organizações que criticaram a sentença da juíza Susana, afirmaram que não poderiam criticar decisões judiciais dos demais. E onde estariam esses líderes hoje se a Unasul não houvesse questionado as ações internas dos estados membros ou a falta de investigação dos desaparecimentos extrajudiciais por parte das autoridades há 30 anos? Mortos, no pior dos casos, e, no melhor, mortificados pela complacência da comunidade internacional ante sua difícil situação.

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Há muitas coisas que a Unasul faz bem. A coordenação regional permitiu aos governos desafiar as companhias farmacêuticas do Norte para garantir preços mais baixos e melhor acesso a medicamentos. E a Unasul proporcionou um fórum importante para discutir temas de segurança regional, o que permite maior cooperação e intercâmbio de informação. 
 Mas, quanto a direitos humanos, democracia e mediação de conflitos, a Unasul fracassou em várias ocasiões, em grande parte por já estar predestinada ao revés nessas áreas. Conforme seu estatuto de fundação, a finalidade da Unasul é defender a soberania nacional de seus estados membros e fomentar a solidariedade regional. Isto pode ser contraponto às décadas de intervenção americana, mas debilita o sistema normativo internacional que se desenvolveu desde a Segunda Guerra para a proteção dos direitos humanos.

Após os horrores do Holocausto e o massacre de seus povos em nome da consolidação do sistema soviético de Josef Stalin, o mundo civilizado inscreveu os direitos humanos básicos em documentos internacionais. A ideia central era a de que, em casos de abuso flagrante dos direitos humanos básicos e, à medida que o sistema evoluiu, do devido processo legal, dos direitos democráticos básicos, como eleições livres e justas, a proteção dos direitos humanos e políticos deve prevalecer sobre as noções tradicionais de soberania nacional. Nestas instâncias, os governos externos e as organizações internacionais teriam a obrigação moral de se manifestarem em defesa desses direitos — e inclusive, em alguns casos, de organizar ações coletivas para proteger esses direitos e os cidadãos afetados.

Tais noções não foram inscritas nos documentos constitutivos da Unasul. Pelo contrário. Em lugar de defender o direito dos cidadãos a escolher livre e justamente seus líderes eleitos, a Unasul promete apoiar as ações das autoridades eleitorais dos estados membros sem ter em conta a independência e a imparcialidade das mesmas. A Unasul é uma união de estados independentes organizados para defender sua soberania nacional individual, o oposto de uma organização multilateral moderna, comprometida com normas progressistas. E é assim que a Unasul tem funcionado. Nas eleições presidenciais de 2013 na Venezuela, em meio a dúvidas quanto ao acesso igualitário aos meios de comunicação e a uma campanha claramente respaldada pelo Estado a favor de seus candidatos, a Unasul ratificou a vitória do atual presidente, Nicolás Maduro, pela mais mínima das margens, 1,5%, ante o candidato opositor Henrique Capriles. Muito convenientemente, o governo venezuelano não convidou observadores eleitorais da Organização dos Estados Americanos (OEA), da União Europeia ou organizações não governamentais dos EUA. E há o risco de que ocorra o mesmo nas próximas eleições legislativas de dezembro.

Frente aos protestos generalizados que levaram López ao cárcere, a Unasul tentou mostrar importância, enviando uma comissão liderada pelo ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, para mediar a crise. O problema, de novo, é que uma organização dedicada à defesa da soberania nacional dos estados membros não pode arbitrar objetivamente um conflito entre um governo e a sociedade. Os esforços tão elogiados da Unasul e de Samper resultaram em nada.

Tudo isso não teria tanta importância se se tratasse de um caso isolado de uma pessoa (Leopoldo López), apesar do elemento humano. Porém, o fracasso da Unasul vai além do caso López. Por um lado, mostra a vontade da organização regional de rechaçar o amplo consenso internacional sobre o que constitui o devido processo legal e o Estado de Direito e os grupos com legitimidade inatacável, como Anistia Internacional e Human Rights Watch. Em segundo lugar, a noção de que as organizações internacionais têm o direito de opinar sobre as decisões judiciais dos membros é componente essencial da defesa moderna das normas internacionais.


Afirmo isso como americano. Gostaria de pensar que, se o governo dos EUA estivesse encurralando manifestantes e os encarcerassem por 14 anos, as organizações multilaterais às quais o país pertence criticariam a decisão. Também gostaria de pensar que se um futuro presidente como Donald Trump aprovasse a deportação forçada de imigrantes ilegais, como prometeu, a comunidade regional denunciaria tão flagrante violação dos direitos humanos. [é DEVER dos governantes de qualquer nação, priorizar a defesa   dos interesses dos seus cidadãos.
O nascido em um país tem o DEVER INALIENÁVEL de que seus direitos prevaleçam sobre os de qualquer estrangeiro.
Aceitar imigrantes pode ser até um gesto humanitário, mas, antes de tudo cabe aos governos que cogitem recebê-los, analisar os prejuízos que um fluxo de estrangeiros terá sobre o bem estar dos nacionais.]

Os cidadãos dos países da América do Sul deveriam exigir o mesmo da Unasul. Evitar um retorno aos dias obscuros dos regimes autocráticos da década de 1970 depende disso.
Por: Christopher Sabatini é professor-adjunto da Universidade de Columbia e editor do LatinAmericaGoesGlobal.org



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Dois exemplos do que os petistas consideram diálogo: Suplicy propõe diálogo com os ‘black blocs” e Dilma com o “Estado Islâmico”



O 'diálogo' com os black blocs
O ex-senador Eduardo Suplicy estava com a corda toda na cerimônia em que assumiu a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo. Bem a seu estilo, fez um discurso em que defendeu o diálogo com todos os "movimentos" que têm participado de protestos na cidade, inclusive com os notórios black blocs - arruaceiros cuja única reivindicação é ter a liberdade irrestrita de causar o maior dano possível ao patrimônio alheio.

Talvez seja o caso de não se levar a sério o que diz Suplicy -
a menos, é claro, que se considere normal e sadio que uma autoridade municipal entre em negociação formal com quem deveria estar na cadeia. No entanto, caso o agora secretário de Direitos Humanos resolva levar adiante sua esdrúxula promessa, será apenas mais um entre tantos atos irresponsáveis de uma Prefeitura que se apequenou diante de grupelhos radicais. Quem não se lembra do prefeito Fernando Haddad em cima de um carro de som, em março do ano passado, estimulando os baderneiros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto a pressionar a Câmara Municipal a aprovar projetos de seu interesse? Diante disso, não surpreende que, em São Paulo, a truculência tenha se tornado o atalho preferido dos oportunistas para o encaminhamento de reivindicações ditas "sociais".

Ao "conclamar todos os movimentos" para "dialogar", Suplicy elencou diversos grupos, como os que defendem o passe livre, os homossexuais, os imigrantes e os negros, e entre eles incluiu os black blocs - como se fossem legítimos representantes de uma minoria. Não foi a primeira vez que Suplicy considerou os black blocs dignos de serem ouvidos. Em 2013 ele leu, na tribuna do Senado, um manifesto daquele grupo. Dizendo que os black blocs eram, na verdade, "a sociedade civil, a juventude, os trabalhadores indignados por trás de um capuz negro", o texto, de um cinismo exemplar, informava que os vândalos "estão apenas se defendendo de uma polícia que carrega em seu cerne o autoritarismo assassino do regime militar". O manifesto exigia assim o "fim da Polícia Militar e de sua mentalidade fascista".

Não surpreende que a leitura de Suplicy tenha sido recebida com espanto e protestos por seus colegas no Senado. Mas o petista não se deu por vencido. Respondeu que os black blocs tinham de ser ouvidos, pois, embora eventualmente recorram à violência, apenas "buscam justiça" e têm "boas intenções".

O paulistano já conhece bem as "boas intenções" dos black blocs. Desde que foram apresentados a eles, nas manifestações de junho de 2013, os moradores de São Paulo sabem que, a qualquer momento, durante qualquer protesto do Movimento Passe Livre (MPL), esses mascarados estarão presentes para atacar estações do metrô, pontos de ônibus, agências bancárias e o que mais aparecer pela frente. Em sua tática, a esperada reação da Polícia Militar é sempre bem-vinda, pois assim os baderneiros podem posar de vítimas da repressão policial.

Neste ano, já foram seis os protestos promovidos pelo Movimento Passe Livre na cidade, e em todos eles os black blocs deram o ar da graça, sem que o MPL os censurasse nem tentasse deles se desvincular. Pelo contrário, a turma do passe livre tratou de criticar a Polícia Militar, que apenas fez seu trabalho ao prender alguns vândalos.
Mas o secretário não parece se importar com os transtornos que o MPL e seus parceiros truculentos estão sistematicamente causando à cidade. O que importa é "dialogar" - e Suplicy se disse animado até mesmo a participar de uma das manifestações do MPL, se isso ajudar a negociação.  Quando um secretário municipal se dispõe a esse tipo de atitude, que subverte totalmente o papel de um gestor da coisa pública, é sinal de que a crise que a cidade vive não é apenas administrativa, mas moral. Mas, como o secretário em questão é Eduardo Suplicy - aquele que, no Senado, já imitou Bob Dylan e vestiu cueca sobre as calças -, resta a esperança de que tudo não passe de uma grande blague.

Fonte: Editorial – O Estado de São Paulo