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terça-feira, 31 de outubro de 2023

‘O arcabouço [CALABOUÇO} fiscal bateu um recorde: está desfeito antes de começar a operar' - O Estado de S. Paulo

O ex-diretor do Banco Central diz que sinalizações do governo na área fiscal vão levar País a cenário de inflação mais alta, juros elevados e crescimento menor [alguém, exceto entre os idiotas que fizeram o L, realmente chegou a achar que que o CALABOUÇO daria certo?  -  agora é a hora da da ministra 'estepe' e outros da mesma laia, levarem o pé na bunda.]


Alexandre Schwartsman - Ex-diretor do Banco Central

Ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman avalia que as últimas sinalizações do governo na área fiscal vão deixar o Brasil “mais medíocre” do que já é. “Vamos trabalhar com inflação mais alta, juros mais altos e crescimento mais baixo”, diz.

A preocupação com o rumo das contas públicas ganhou corpo na sexta-feira, 27, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo não atingirá o resultado primário zero no ano que vem. Na segunda-feira, 30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se negou a responder se a gestão atual está comprometida com a meta de acabar com o déficit.

“Foi uma mensagem muito ruim. Eu acho que colabora no sentido de mostrar que o fundamento fiscal do País é ruim”, afirma.

Fundamento fiscal do País é ruim, afirma Alexandre Schwartsman Foto: Gabriela Biló/Estadão

A seguir trechos da entrevista concedida ao Estadão.

Qual é o impacto da fala sobre o não cumprimento da meta de resultado primário zero no ano que vem?

É um reconhecimento de um fato que a gente já vem falando há algum tempo, de que as contas não fecham. Agora, uma coisa é a gente, do lado de fora, dizer que tem problema. No melhor cenário, a gente imagina que, se tem problema, (o governo) vai adotar medidas para corrigir. Mas o que vemos é: ‘tem problema, mas a gente não vai fazer.’ E, no caso, desautorizando diretamente o ministro da Fazenda. Não é à toa que Fernando (Haddad) teve uma reação tão ruim como a que ele teve hoje (segunda) de manhã. Eu estava vendo o vídeo (da entrevista coletiva), e ele estava profundamente irritado. Não respondeu. Porque ele não tem uma resposta para isso. Foi uma mensagem muito ruim. Eu acho que colabora no sentido de mostrar que o fundamento fiscal do País é ruim e o impacto foi imediato no mercado de juro.

Poderia detalhar esse impacto?

Não vai alterar o resultado do Copom desta semana, mas a gente já começa a discutir qual mensagem que vai sair dessa história. Corremos o risco de ver o Banco Central colocar no balanço de riscos alguma coisa acerca de que a firmeza quanto ao compromisso fiscal já não é a mesma e isso acaba tendo algum impacto na política monetária lá na frente.

E já num cenário que estava mais difícil por causa do ambiente internacional...

Eu até acho que um mundo em que o juro lá fora é mais alto traz uma dificuldade adicional. Mas, concretamente, não tem uma relação tão direta entre o juro lá fora e o juro aqui dentro. 
Se pegar as taxas longas de juros, o (juro de) 10 anos real norte-americano e o de 10 anos real brasileiro, não tem uma relação de um para um. 
Você pode contornar essa restrição, desde que se tome medidas para reduzir o risco percebido. A diferença do juro real brasileiro relativamente ao juro real norte-americano pode ser pensada também como uma medida de risco fiscal. Se você tomar medidas nessa linha, não chega a virar um imperativo de que não pode baixar (a Selic) porque lá fora está subindo. Desse ponto de vista, mais sério do que os juros lá fora subindo, é que não estamos tomando os passos concretos para a redução do risco aqui dentro.

Podemos ver juros mais altos por um período maior, então?

Se você vem com uma política fiscal mais frouxa, a monetária tem de ser mais apertada. Não tem muito segredo. 
Não é por outro motivo que a gente viu a mudança no Focus. 
Estava trabalhando com 9% e puxou para 9,25%. 
O Banco Central já vai usar 9,25% nas suas simulações. 
Também é uma questão de governança. 
Ele pega a trajetória da Selic da sexta-feira anterior ao Copom. 
Já vai incorporar isso. Obviamente, não é esta semana que eles vão mudar o ritmo, provavelmente não é na próxima reunião que eles vão mudar o ritmo, mas eu acho que a gente pode ver alguma sinalização a este respeito.

E como fica a percepção entre os congressistas? O governo depende da aprovação de medidas arrecadatórias para alcançar o déficit zero no ano que vem.

Como de hábito, os governos do PT querem que alguém tire a castanha do fogo, mas jamais eles. 
O Congresso, que só tem raposa, pensa: ‘se o presidente da República não quer, por que eu vou tirar a castanha do fogo para ele?’ 
Então, o que a gente vai ver é que isso vai dificultar a capacidade do governo de obter do Congresso medidas que reduzam (o déficit). Se você (o governo) não está interessado, já declarou que não é o seu problema, por que eu (Congresso) vou me queimar fazendo isso?

Já havia uma série de incertezas em relação ao arcabouço. Muitas economistas apontavam que teria de ser revisto antes do fim do governo. Como fica a política fiscal do País agora?

Tem um prazo de validade nessas tentativas de segurar o gasto de cima para baixo, mas esse prazo está encolhendo. 
As metas fiscais aguentaram até 2007, 2008. 
O teto de gastos foi criado em 2016, implementado em 2017, e aguentou alguns anos.  
O novo arcabouço fiscal bateu recorde: está desfeito antes de começar a operar. O prazo de validade dele foi negativo. É um novo recorde para o País. Pode hastear a bandeira e cantar o hino. É um motivo para sentir orgulho de ser brasileiro.

E o País sobrevive sem uma regra fiscal, então? Como chega até 2026?

Até a Argentina sobrevive. A questão é como. Não vai ser muito legal. 
A gente vai trabalhar com inflação mais alta, juros mais altos e crescimento mais baixo. Vamos ficar mais medíocres do que já somos. 
 Agora, vai acabar o País? Não. Precisa fazer muito mais força.  
 
Olha a Argentina tentando há gerações e ainda não conseguiram acabar com o país de vez.
 
Alexandre Schwartsman, entrevista - O Estado de S. Paulo



sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

O verdadeiro Lula - Carlos Alberto Sardenberg

O presidente Lula considera uma bobagem esse negócio de banco central independente. Diz que o sistema não está funcionando porque a meta de inflação é muito baixa, a inflação real está elevada e os juros muito altos. Arremata dizendo que no tempo do seu primeiro governo o BC não era independente e conseguiu derrubar inflação e juros.

         Confusão danada.

         Começando pelo fim: o banco central nos dois primeiros mandatos de Lula, de fato, não tinha autonomia ou independência formal. Mas Henrique Meirelles, então um deputado tucano e ex-presidente mundial do Bank of Boston, só aceitou o convite de Lula para assumir o BC se tivesse plena independência. Lula prometeu e cumpriu.

         Meirelles, também sustentado pelo então poderoso ministro da Fazenda Antônio Palocci, escolheu sua diretoria e administrou a política monetária segundo a teoria e a prática de um banco central moderno.

         Quando Palocci caiu, Guido Mantega assumiu a Fazenda e tentou derrubar Meirelles. Queria colocar no lugar Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp, com propostas opostas às de Meirelles. Quase conseguiu. Preocupado com a reação dos mercados e dos operadores da economia real, Lula manteve o ex-banqueiro.

         Desfazendo a primeira confusão: Lula reclama hoje da independência, legal, do BC e argumenta que no tempo dele funcionou bem … com independência. Só que era uma independência na prática, concedida pelo presidente. Assim como fora na época de FHC.

         Essa independência era uma fragilidade, demonstrada na gestão de Dilma. A presidente interferiu direto na política monetária, ordenando uma redução de juros quando não havia condições para isso e que veio a dar na inacreditável combinação de inflação alta, juros altos e recessão.

         Provou por que o BC deve ser independente. Fica imune às políticas eleitoreiras e/ou populistas do governante de plantão. A lei de independência do BC brasileiro foi votada pelo Congresso em 2021. Determina que o BC deve perseguir a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, e fixa o mandato dos diretores do banco. Assim, o atual presidente do BCB, Roberto Campos Neto, tem mandato até dezembro de 2024, para cumprir metas já fixadas.

Mas a confusão armada por Lula começa em outro ponto da política econômica, o estado das contas públicas. O presidente ataca o teto de gastos e a exigência de responsabilidade fiscal, diz que os fiscalistas são contra os gastos sociais e logo em seguida assegura que seu primeiro governo praticou a responsabilidade fiscal.

         Este último ponto é verdade. Por influência de Palocci e Meirelles, Lula cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, entregando superávits elevados todos os anos. Repararam? Lula está invocando seu passado responsável de respeito à autonomia do BC e produção de superávits fiscais – para rechaçar qualquer regra nesses itens.  
Só que agora é para tolerar uma inflação mais alta, BC à parte, e obter uma licença para gastar e produzir déficits elevados.

         O que está por trás dessa confusão?

         É que o Lula do primeiro governo não era o verdadeiro. Ele praticou políticas responsáveis, ortodoxas, por medo da reação dos meios econômicos. Tanto que começou a mudar a postura no segundo mandato, quando se sentiu mais seguro. Tudo considerado, Dilma foi o verdadeiro Lula, com a gastança do governo, suas estatais e seus bancos.

         É o que Lula quer reviver, mas as circunstâncias mudaram. No primeiro governo, Lula recebeu a casa arrumada e um presente da globalização: o mundo todo em crescimento, com o boom das comodities trazendo dólares ao Brasil.

         Agora, o mundo desacelera, os juros são altos para combater a inflação. Aqui também. Por isso Lula não precisa reclamar da meta de inflação. A inflação real e que atinge os mais pobres já está bem acima da meta.

         Pode apostar: vai sobrar para o BC independente. 

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

Coluna publicada em O Globo / Economia / Política

 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Dilma e Levy alcançam MAIS UM RECORDE NEGATIVO - desemprego em outubro é o maior em 8 anos

Desemprego sobe para 7,9%, a maior taxa para outubro em oito anos

Em um ano, o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 7%, para R$ 2.182,10, segundo dados do IBGE

[ressalte-se que são duas situações negativas que se somam e aumentam a recessão: aumenta o número dos  desempregados e cai o salário dos que  estão empregados.
O resultado dessa soma gera mais recessão, que gera mais desemprego e salários menores e uma inflação mais alta.
Como se percebe a combinação Dilma + Levy é a destruição da economia brasileira.
A mentirosa em seu primeiro mandato colocou o Brasil no buraco e o elemento que a 'cérebro baldio' convocou para salvar a economica brasileira, tem, a cada dia adotado/proposto medidas que afundam mais ainda a ex-economia emergente.]
 
Após ter ficado estável no mês anterior, a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País voltou a subir e atingiu 7,9% em outubro de 2015, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a maior taxa para o mês de outubro desde 2007 (8,7%). Contando todos os meses, a taxa foi a mais alta desde agosto de 2009, quando estava em 8,1%. [detalhe: infelizmente a taxa agora é ascendente, ou em economês com 'viés de alta'.]
O resultado ficou perto do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 7,4% e 8%, e acima da mediana, de 7,6%. Em setembro, a taxa de desocupação foi de 7,6%.
O aumento da fila de desemprego também tem pressionado a renda. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou queda de 0,6% em outubro ante setembro e redução de 7% na comparação com outubro de 2014. O rendimento médio real dos trabalhadores em outubro foi de R$ 2.182,10, contra R$ 2.194,71 em setembro.
A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 49,6 bilhões em outubro, um recuo de 1,7% em relação a setembro e de 10,4% na comparação com outubro de 2014. Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 49,9 bilhões em setembro, uma queda de 1,4% em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2014, houve redução de 10,2% na massa de renda efetiva.

Mais desempregados A fila do desemprego aumentou 67,5% em outubro ante o mesmo mês do ano anterior, a maior variação da série histórica, iniciada em março de 2002. A alta foi o equivalente a 771 mil pessoas a mais buscando uma vaga no mercado de trabalho. Na comparação com setembro, o aumento no total de desempregados foi de 3,2%, 60 mil pessoas a mais. "A gente tem conjugação de dois fatores que levam ao crescimento da taxa (de desemprego): redução da ocupação e aumento da desocupação", explicou Adriana Beringuy, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O fenômeno foi provocado pelo corte de vagas, que aumentou a pressão na busca por um emprego. O número de ocupados caiu 3,5% em outubro ante outubro de 2014, o equivalente à extinção de 825 mil vagas. Em relação a setembro, o número de ocupados recuou 1%, 230 mil postos de trabalho a menos. 
"Essas pessoas que já estavam na população desocupada, elas não estão sendo absorvidas, e muitas daquelas que estavam ocupadas estão sendo dispensadas", apontou Adriana.
A população inativa impediu um aumento ainda maior na taxa de desemprego
. O total de inativos cresceu 2,9% em outubro ante outubro de 2014, 561 mil pessoas a mais. Em relação a setembro, a alta foi de 1,4%, 272 mil indivíduos a mais na inatividade. "Se a população chamada não economicamente ativa não tivesse crescido, provavelmente o crescimento da taxa (de desemprego) seria ainda mais intenso", reconheceu a gerente do IBGE.

Indústria O emprego na indústria recuou 0,7% na passagem de agosto para setembro, na série livre de influências sazonais. Este é o nono resultado negativo consecutivo em sequência. Com isso, o emprego industrial acumula recuos de 5,7% no ano e de 5,4% em 12 meses.
Já na comparação com setembro de 2014, o emprego industrial apontou queda de 7% em setembro deste ano. Trata-se do 48º resultado negativo consecutivo e a maior queda já registrada na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal - Emprego e Salário (Pimes), iniciada em dezembro de 2000.
Segundo o órgão, foram registradas reduções no contingente de trabalhadores em todos os 18 ramos pesquisados na comparação interanual, com destaque para meios de transporte (-12,4%), máquinas e equipamentos (-10,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,7%), alimentos e bebidas (-2,9%), produtos de metal (-10,6%), borracha e plástico (-8,4%) e outros produtos da indústria de transformação (-10,3%).

 Fonte: Estadão
 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

No programa, PT exalta o aumento de gastos

O programa do PT que vai ser exibido hoje e já está no youtube mostra que o partido ainda não entendeu a natureza da crise econômica. Isso fica claro na fala do ator José de Abreu: "Não é melhor a gente não acertar em cheio, tentando fazer o bem, do que errar feio fazendo o mal?"

O vídeo exalta as medidas tomadas pelo governo entre 2012 e 2014, principalmente os gastos, que teriam retardado a chegada da crise no país. Pois foi justamente isso que tornou o nosso caso, agora, pior do que o de outras economias.

A desoneração da folha de pagamento custou R$ 38 bilhões, segundo o vídeo; a redução do IPI, mais R$ 32 bilhões. A desoneração da cesta básica, R$ 17 bi; e R$ 19 bilhões foram gastos com redução de impostos de pequenas e médias empresas. 

O vídeo continua exaltando o gasto: R$ 90 bilhões com Bolsa Família; R$ 42 bilhões em medicamentos gratuitos; R$ 2,3 bilhões com o programa Mais Médicos; R$ 89 bilhões no Minha Casa, Minha Vida; R$ 27,5 bilhões no Fies; R$ 15 bilhões no Pronatec. Também fala em R$ 1 trilhão investido em infraestrutura, mas o que o IBGE constata é que o investimento no país caiu como proporção do PIB.

O superávit primário virou déficit, e agora o país corre o risco de perder o grau de investimento. A inflação subiu porque houve estímulo à demanda; a taxa de poupança despencou, e o déficit em conta-corrente ficou mais forte.  

Não há recursos para investimentos e a taxa Selic voltou às alturas.

O partido continua sem entender que foi o próprio governo que nos levou ao cenário de recessão com inflação alta.

Fonte: Coluna da Miriam Leitão