É injusto acusar Alexandre de Moraes de ser o único no Supremo Tribunal Federal (STF)
a ser autoritário, de massacrar as leis em nome de um projeto
ditatorial hipócrita, em nome de uma falsa democracia. Todos que
endossam seu projeto de perseguição, censura e arbitrariedades contra
inimigos políticos e contra o Estado Democrático são cúmplices e
coniventes.
Especialmente os ministros do STF, cada vez menos discretos.
Recentemente, o ministro Gilmar Mendes disse, a plenos pulmões, que a
Lava Jato e o bolsonarismo são movimentos fascistas, que visam a
eliminar pessoas e a destruir a democracia.
Disse também que a Lava Jato
usava do Estado para torturar pessoas, jogando-as na cadeia e só
liberando-as mediante confissão do crime.
É macabramente divertida a
acusação de Gilmar, porque ele parece estar se olhando em um espelho e
acusando os próprios abusos do Supremo.
Pessoas presas por crime de
opinião, jogadas no calabouço, sem o devido processo legal nem crime
definido.
Torturadas pelo poder do Estado, sem saber ao certo quando e
como serão julgadas, praticamente obrigadas a confessar um crime que
jamais cometeram. Com um adendo: na Lava Jato, houve farta comprovação
de crimes cometidos pelos presos. Na Lava Jato, os tais presos eram
corruptos notórios.
Os presos de hoje são presos políticos que estão
trancafiados e torturados pela corrupção moral de uma lógica ideológica
invertida — ou financeira, ou de simples megalomania — das autoridades
que os trancafiam e torturam.
Os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes encararam e
subvertem a regra do jogo democrático. Alexandre chega a dizer que “a
extrema direita usa as redes para disseminar fake news e
discurso de ódio para práticas de discursos nazistas e fascistas e de
ataques à democracia”. Gilmar diz que o bolsonarismo é fascismo.
Reparem
na lógica: se você está lidando com pessoas a quem considera fascistas e
nazistas, a lei pode ser interpretada ou mesmo ultrapassada em nome do
combate a quem quer destruir a democracia.
Você desumaniza o adversário
para tratá-lo como um nazista, um assassino, um criminoso que quer te
matar. Daí, você, como juiz supremo e garantidor da democracia, se
investe de plenos poderes para calar, censurar e prender esta extrema
direita nazista.
Mas quem são estas pessoas de extrema direita ?
Onde
estão os nazistas brasileiros que querem destruir a democracia e
assassinar povos inteiros?
Eles identificam como qualquer pessoa que
tenha apoiado Bolsonaro ou se colocado a favor da Lava Jato ou mesmo se
colocado contra a eleição de Lula e a volta da cúpula de corruptos
condenados petistas.
É a tática de desumanização de adversários, para
justamente usar de tudo para combatê-los e massacrá-los. Tática usada,
aliás, pelo próprios nazistas para justificar a perseguição aos judeus
na Segunda Guerra
Não à toa , os ministros supremos conduzem julgamentos coletivos sem
individualização de conduta.
Tratam pessoas que estiveram presentes na
invasão do 8 de janeiro como gado.
Não importa que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional lulista
tenha sido flagrado conduzindo os invasores.
Não importa que haja
depredadores e pessoas que nem lá estiveram no meio.
Importa que sejam
bolsonaristas de extrema direita desumanizados pelo próprio STF, que
tenham de ser condenados perante toda a população, para provar que toda a
direita brasileira é um câncer a ser extirpado do território
brasileiro.
O mais assustador é que o processo de desumanização de uma classe
política — que representa e dá voz a uma maioria de conservadores em
todo o Brasil — não para no Supremo: é comungado pela maior parte da
grande mídia tupiniquim.
Para citar citar dois exemplos recentes: a
apresentadora Daniela Lima, vendo a comemoração da soltura do
ex-ministro Anderson Torres, caiu na gargalhada, debochando da alegria
de pessoas a quem chamava de “extrema direita”.
A extrema direita era um
grupo de parlamentares e jornalistas censurados e perseguidos pela
Justiça brasileira.
Pessoas como Bárbara Destefani, que implorava para
ter um tratamento justo, como o de um traficante ou assassino pela
Justiça brasileira.
Estas pessoas a quem Alexandre e Gilmar chamam de
“extrema direita fascista”. Pessoas como o-ex ministro Anderson Torres,
que ficou preso por meses, torturado pelo Estado, sem saber do crime que
cometeu.
O jornalista Reinaldo Azevedo, ex-antipetista e atual assecla
do regime, justifica a perseguição, justifica a censura, justifica a
prisão arbitrária e ilegal de pessoas, diante do que ele chama de um
mundo paralelo de bolsonaristas que querem golpear a democracia.
De fato, o golpe está dado. Um golpe na democracia, comungado por
juízes e jornalistas que invertem a realidade e demonizam cidadãos
comuns e pessoas que clamam por liberdade.
É a inversão mais diabólica
que se viu na história da República brasileira. Juízes se unem em
uníssono ao comunista ministro da Justiça, para chegarem ao grotesco de
censurar uma rede social por ter publicado uma opinião.
Não satisfeitos,
obrigam a rede a se retratar e publicar uma opinião contrária à dela e
igual ao desta junta de juízes ditatoriais.
Ainda não satisfeitos,
ameaçam multar quem OUSAR ver publicações desta rede em VPN caso a rede
seja censurada. Notem: nem mesmo a ditadura chinesa ousou censurar a
própria população neste nível.
Seria aterrador, não fosse o surreal de
haver jornalistas apoiando a aclamação deste estado de atrocidades
praticadas pelo próprio Estado brasileiro. Seria já surreal, não fosse
criminoso o silêncio de outros ministros do STF e o silêncio mesmo de
alguns líderes da direita brasileira ao não berrarem para o Brasil e
para o mundo que, no Brasil, se instala a pior ditadura da história do
país.
Caetano Veloso dizia que Narciso acha feio o que não é espelho.
Caetano, como Chico Buarque e outras fraudes ideopatas da arte
brasileira, também parecem perceber a direita e o conservadorismo
brasileiro como um mal a ser eliminado.
Caetano, Chico, Gilmar,
Reinaldo, Daniela e tantos outros da mídia, do Judiciário, do mundo
cultural e artístico nacional se transformaram no monstro autoritário
que dizem combater.
Se olham no espelho como narcisos e adoram a própria
monstruosidade persecutória, ditatorial, fascista.
E atribuem a outros o
caráter e o reflexo de sua própria monstruosidade.
Leia mais: “Alexandre, o Supremo”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 164 da Revista Oeste
LEIA TAMBÉM: Gleisi ataca Estadão por críticas ao governo Lula [essa esquerdista sabe que quando a mídia, ainda que a velha imprensa, começa a atacar um governo que antes defendia, é que está próximo do atacado - no caso a bagunça alcunhada de governo Lula - cair fora, deixar de fingir que governa; é público e notório que a produção expelida governo lulopetista é apenas atacar o governo anterior - que deixou de ser governo tem mais de 125 dias.
O Estadão finalmente divulga, através do que aquela senhora chama de "editoriais arrogantes, desinformados, mofados e raivosos", ter percebido, ainda que com atraso, que defendia o lado errado, o lado do atraso, o lado contra o Brasil.]
Presidente nacional do PT xingou editoriais publicados pelo jornal