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quarta-feira, 16 de março de 2022

A loucura californiana - Revista Oeste

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock
Estamos no meio de uma guerra com desfecho imprevisível, talvez fruto da loucura de Putin, um megalomaníaco que pretende restaurar a “grandeza do império soviético”, custe o que custar. Mas peço vênia aos leitores para desviar o foco nesta coluna. 
Quero falar sobre a loucura californiana, e não quero dizer, com isso, as políticas energéticas malucas que têm custado tão caro ao Estado. 
Falo da loucura mesmo, da relação da Califórnia com os doentes mentais. É um assunto que me interessa bastante, por motivos pessoais.

Tomo como base aqui o livro San Francisco: Why Progressives Ruin Cities, de Michael Shellenberger, ele mesmo um progressista desiludido. Ele escreveu o livro pois tinha muitas perguntas sem respostas, e, ao fazer suas pesquisas, descobriu que seus pares progressistas estavam equivocados em basicamente tudo sobre cidades, crimes e moradores de rua. Era preciso fazer um alerta, na esperança de mudar o rumo das coisas. Na toada atual, as principais cidades californianas ficarão inabitáveis em algumas décadas.

A maioria no poder em algumas cidades dos Estados Unidos parece acreditar que o único problema real de política pública é como pagar para deixar as pessoas fazerem o que quiserem, desde transformar parques públicos em acampamentos de drogas a céu aberto até usar calçadas como banheiros. Entre 2010 e 2020, o número de ligações feitas em São Francisco reclamando de agulhas hipodérmicas usadas em calçadas, parques e outros lugares subiu de 224 para 6.275. De 2005 a 2020, São Francisco experimentou um aumento surpreendente de 95% nos sem-teto desabrigados, enquanto o número de unidades habitacionais permanentes de apoio oferecidas pela cidade aumentou de 6.487 para 10.051.

Quando os fundos locais, estaduais e federais são contabilizados, São Francisco gasta US$ 31.985 por sem-teto apenas em moradia, sem incluir Assistência Geral, outros programas de bem-estar em dinheiro, como Assistência Temporária para Famílias Necessitadas e outros serviços. Por outro lado, a cidade de Nova Iorque gasta US$ 11.662 e Los Angeles gasta US$ 5.001. A maior razão pela qual muitas pessoas escolhem São Francisco, segundo o autor, são as drogas baratas e abundantes e a lentidão da aplicação da lei.

São Francisco tem a quarta maior taxa de mortalidade por overdose de drogas de qualquer grande cidade dos EUA

As pessoas não estão morrendo de overdose de drogas em São Francisco porque estão sendo presas, como alegam aqueles que pregam uma política carcerária ainda mais frouxa. Eles estão morrendo porque não estão sendo presos. De 2008 a 2020, as mortes por overdose de metanfetamina aumentaram 500% em São Francisco, e metade das visitas psiquiátricas ao Hospital Geral de São Francisco está relacionada à metanfetamina. Em 2019, a metanfetamina foi a droga mais comum nas mortes por overdose na Califórnia.

“Estar chapado de metanfetamina parece uma mania bipolar”, explicou um médico de emergência psiquiátrica. Metade de todos os pacientes que ele atendeu no Hospital Geral de São Francisco tinha doença mental grave e dependência de drogas. “Coisas como estimulantes de metanfetamina e cocaína vão te deixar psicótico, e então parece uma mania bipolar”, disse ele. “Quero dizer, é indistinguível.”

Hoje, São Francisco tem a quarta maior taxa de mortalidade por overdose de drogas de qualquer grande cidade dos Estados Unidos. Em 2020, 713 pessoas morreram de overdose acidental de drogas, um aumento de 61% em relação a 2019. As mortes por overdose em São Francisco aumentaram de 11 por 100.000 pessoas em 1985 para 81 por 100.000 em 2020, um aumento de mais de sete vezes. Hoje, as overdoses de drogas são a principal causa de morte de não idosos de São Francisco, respondendo por 29% das mortes de residentes com menos de 65 anos em 2019.

Nenhum Estado na América tomou medidas mais agressivas para reduzir a exposição do público a produtos químicos e ao fumo passivo do que a Califórnia. A Califórnia proibiu a venda de tabaco aromatizado, porque atrai crianças, e o uso de tabaco sem fumaça nos cinco estádios de beisebol profissionais do Estado. Proibiu o uso de cigarros eletrônicos em locais de trabalho governamentais e privados, restaurantes, bares e cassinos. São Francisco, no final de 2020, proibiu fumar cigarros em apartamentos. No outono de 2020, a Califórnia proibiu empresas de usar em cosméticos, xampus e outros produtos de cuidados pessoais 24 produtos químicos considerados perigosos.

E, no entanto, onde os governos de São Francisco, Califórnia e outras cidades e Estados progressistas enfatizam os perigos remotos de cosméticos, pesticidas e fumo passivo, eles minimizam os perigos imediatos das drogas pesadas, incluindo o fentanil. Os psiquiatras há muito alertam contra dar dinheiro aos sem-teto mentalmente doentes e viciados em drogas, e, no entanto, é isso que São Francisco, Los Angeles e outras cidades progressistas fazem.

Muitas pessoas em recuperação do vício dizem que teriam morrido se não fossem forçadas a aceitar o tratamento. “Eu não recomendo isso como uma maneira de organizar sua vida”, disse uma delas, “mas ser indiciado pelos federais funcionou para mim. Eu não teria feito isso sem eles. Eu não fui ao tratamento para ficar limpo. Fui fazer tratamento para sair da cadeia”. No entanto, a elite progressista insiste em sua política contrária ao tratamento forçado e também à prisão dos viciados e doentes mentais que ficam perambulando pelas ruas e colocando eles próprios e terceiros em risco.

Miami adotou uma política distinta, com muito mais sucesso. A cidade da Flórida reduziu sua população de sem-teto em 57%, de um pico de 8.258 em junho de 2001 para 3.560 em janeiro de 2020, adotando políticas semelhantes às usadas na Holanda. Miami acabou com as cenas de drogas ao ar livre, forneceu atendimento psiquiátrico gratuito e tratamento de drogas para os sem-teto e expandiu abrigos e moradias de apoio. “Se você rejeita completamente a criminalização, acaba com muitas pessoas com vícios morrendo nas ruas”, constatou um especialista.

No cerne desse problema está o movimento antimanicomial, a mentalidade libertária e o relativismo que rejeita o conceito de normalidade. Foi um democrata que deu andamento ao fechamento dos hospitais psiquiátricos. O presidente John F. Kennedy propôs e defendeu com sucesso uma reforma crucial de 1963 que exigia que o governo federal financiasse centros comunitários de saúde mental, mas deixasse para os Estados financiar hospitais psiquiátricos. Os democratas da Califórnia foram ativos nos esforços para fechar os hospitais psiquiátricos.

Enquanto cerca de 52 milhões de pessoas nos Estados Unidos sofrem de alguma doença mental, como ansiedade e depressão, pouco mais de 13 milhões de adultos sofrem de doenças mentais graves. A categoria inclui esquizofrenia, transtorno bipolar grave, transtornos de humor e pensamento. Estima-se conservadoramente que cerca de 121.000 pessoas mentalmente doentes vivam nas ruas americanas.

Pessoas com doenças mentais graves são mais propensas a ficar sem-teto, interagir com traficantes de drogas e ser estupradas, espancadas ou vitimizadas do que o público em geral. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, doenças mentais graves reduzem a expectativa de vida em 10 a 25 anos, principalmente devido a condições crônicas de saúde física, mas também por suicídio. Os doentes mentais têm até dez vezes mais chances de ser encarcerados do que hospitalizados.

Acampamento de sem-teto ao lado da autoestrada no centro de Los Angeles - Foto: Matt Gush/Shutterstock

As coisas muitas vezes terminam mal quando pessoas mentalmente doentes são forçadas a entrar no sistema de Justiça criminal. Um estudo estima que cerca de um quarto das pessoas baleadas e mortas pela polícia em qualquer ano nos EUA tem uma doença mental grave não tratada. Aqueles com uma doença mental grave não tratada têm, portanto, 16 vezes mais chances de ser mortos em um encontro com a polícia do que aqueles sem uma.

Parte do problema é que os pacientes fora das instituições param de tomar seus medicamentos, tornam-se psicóticos e acabam na rua. É semelhante ao processo de desfiliação que ocorre em pessoas que sofrem de dependência de drogas ou álcool. Alguns são mandados de volta para a prisão, que muitas vezes é a única maneira de os doentes mentais graves obterem os cuidados médicos de que precisam.

O argumento libertário, defendido pelo psiquiatra Thomas Szasz, alega que o Estado não tem o direito de intervir se o indivíduo não praticar nenhum ato de agressão contra terceiros. Isso alimentou a visão de entidades como a ACLU, que defendem a “liberdade civil” dos doentes mentais. É como se colocassem sua falsa liberdade acima de sua própria vida! O movimento ganhou força com o livro publicado em 1965 na América por Foucault. Em Madness and Civilization, o filósofo francês atacou como opressão qualquer tentativa de considerar alguém normal ou louco, e como violência qualquer tentativa de tratamento forçado.

Foucault argumentou que o tratamento supostamente humanista do louco como portador de doença mental era, na verdade, uma forma mais insidiosa de controle social. Não restam dúvidas de que havia muito abuso, que famílias enviavam parentes para manicômios para fugir da vergonha de algum comportamento tido como antissocial ou pecaminoso e que nessas instituições rolava muito absurdo nos tratamentos radicais. Mas o abuso não deve tolher o uso. O resultado foi um movimento sem precedentes contra a psiquiatria em geral, e os doentes mentais ficaram largados à própria sorte, incapazes de escolher racionalmente pelo tratamento necessário.

“Esses loucos são tão intratáveis ​​apenas porque foram privados de ar e liberdade”, alegava a visão romântica que passou a glamorizar a loucura. A própria existência da loucura passou a ser questionada. Mas isso é insano. Alguém com demência, com Alzheimer grave, viraria sem-teto se não tivesse algum parente por perto para tratar. Não temos nenhum problema em dizer aos nossos familiares dementes: “Você precisa ir para a assistência domiciliar e tomar este remédio”. E, eventualmente, eles o fazem. Por que isso é diferente de uma doença psiquiátrica? “Comecei a partir de uma perspectiva de libertário civil”, disse um especialista. “Mas, no final das contas, não quero ver as pessoas morrerem com seus direitos. Essa não é a solução.”

Leia também “O caminho aristotélico”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


terça-feira, 10 de agosto de 2021

Tribunal chinês confirma pena de morte para canadense por tráfico de drogas - [exemplo oportuno e que esperamos o Brasil siga.]

Decisão coincide com comparecimento de diretora da Huawei a um tribunal canadense, para série de audiências que devem definir se Meng Wanzhou será extraditada para os EUA.

Um tribunal chinês confirmou em segunda instância a pena de morte para o canadense Robert Lloyd Schellenberg por tráfico de drogas nesta terça-feira (10).

Schellenberg foi acusado, junto a outros réus, de introduzir mais de 220 quilos de metanfetamina no país. A primeira condenação, em 2019, aumentou ainda mais a crise diplomática entre a China e o Canadá

O canadense Robert Lloyd Schellenberg durante julgamento por tráfico de drogas no tribunal de Dalian, na província de Liaoning, no nordeste da China, em 14 de janeiro de 2019. Pena de morte foi mantida em caso que desencadeou grave crise nas relações entre Ottawa e Pequim — Foto: Tribunal Popular Intermediário de Dalian via AFP 

A decisão desta terça é anunciada um dia antes de a Justiça chinesa divulgar o veredicto sobre o caso de outro cidadão canadense: Michael Spavor. O empresário e o ex-diplomata Michael Kovrig, também canadense, foram presos no fim de 2018, dias após Meng Wanzhou, executiva da Huawei, ser detida no Canadá a pedido dos Estados Unidos.

Wanzhou é filha do fundador do grupo chinês de telecomunicações Huawei e foi solta após 11 dias, depois de pagar uma fiança de 10 milhões de dólares canadenses.


Coincidências com o caso Huawei

Robert Lloyd Schellenberg foi condenado em janeiro de 2019 à pena de morte por ter introduzido, junto a outros acusados, mais de 220 quilos de metanfetaminas na China. O canadense, que já foi condenado por tráfico de drogas em seu país, se declarou inocente na China, disse que viajou à China a turismo e recorreu da condenação em maio do mesmo ano.

Detido desde 2014, Schellenberg tinha sido inicialmente condenado a 15 anos de prisão em primeira instância. Mas, pouco depois da detenção da executiva da Huawei, a Justiça chinesa considerou o veredicto "muito indulgente" e anunciou a abertura de um novo processo, que resultou na pena de morte.

'Provas confiáveis e suficientes'
A decisão de segunda instância, do Tribunal Popular Supremo da província de Liaoning, onde o canadense foi julgado e condenado, rejeitou o recurso do canadense e confirmou a pena capital.  O tribunal "considerou que os fatos constatados em primeira instância eram claros e as provas, confiáveis e suficientes". Em comunicado, disse que a pena de morte era "apropriada".

Dominic Barton, embaixador do Canadá no Canadá, criticou a decisão. "Condenamos o veredicto nos termos mais fortes e apelamos à clemência da China", disse o diplomata.   "Transmitimos em várias ocasiões à China a nossa firme oposição a esta pena cruel e desumana e continuaremos fazendo isto".[mais cruel e desumana é o tráfico de drogas e todos os malefícios que acarreta; somos favoráveis a penas severas, sem clemência para reincidentes; também defendemos que os usuários sejam punidos de forma com extremo rigor = sem usuários não há demanda, sem demanda não há tráfico. Lembramos que as execuções de brasileiros,  traficantes de drogas, pela Indonésia reduziu o interesse dos traficantes brasileiros por aquele país - redução pequena, certamente estão sendo mais cuidadosos.]

G 1


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Polícia apreende 4 metralhadoras fabricadas com impressão 3D

Armas foram encontradas durante operação contra comércio de drogas na Austrália

A polícia de Queensland, na Austrália, prendeu cinco pessoas durante uma operação contra o comércio ilegal de drogas no subúrbio de Nerang, em Gold Coast. Mas o que chamou a atenção dos agentes foi a descoberta de quatro submetralhadoras que haviam sido produzidas no local, com auxílio de computadores e impressoras 3D.


 Metralhadoras ainda passarão por exame de balística - DIVULGAÇÃO/POLÍCIA DE QUEENSLAND

A operação foi realizada na última sexta-feira, em dois endereços, mas divulgada apenas nesta semana. Em entrevista à rede local ABC, o detetive Jon Wacker afirmou que foi a primeira vez que metralhadoras produzidas em Queensland foram descobertas. Além das armas, os policiais encontraram peças, carregadores, silenciadores e todo o equipamento para a fabricação.  — Essas armas ainda passarão por análise balística — disse Wacker, destacando que elas eram semelhantes com a submetralhadora israelense Uzi. — A metralhadora Uzi pode disparar entre 500 e 600 tiros por minuto, então é muito preocupante pensar que essas armas estão sendo fabricadas aqui em Queensland.

A Operação Oscar Quantum apreendeu os armamentos num endereço em Lawrence Drive. Num outro local, em Hilldon Court, os policiais localizaram um grande laboratório clandestino capaz de produzir quantidades em escala comercial de metanfetamina. — Parte do motivo de termos realizado as incursões na sexta-feira foi porque a polícia queria interromper a distribuição de drogas antes das festas de formatura — disse Wacker.


Fonte: O Globo

 

domingo, 18 de janeiro de 2015

Archer achava que nunca seria fuzilado

Em entrevista concedida a Folha de S.Paulo na última terça-feira (13), o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira demonstrou que achava que não seria morto na Indonésia. Preso há 11 anos desde que tentou entrar no país em 2003 com 13,4 kg de cocaína nos tubos de sua asa delta no aeroporto de Jacarta, o brasileiro foi condenado à morte e executado neste sábado (18).

De acordo com Ricardo Gallo, da Folha de S.Paulo, Archer fez planos para o futuro durante a entrevista ao jornal. "Olha só: quando eu sair daqui, vou até São Paulo e a gente se encontra", disse o traficante preso. Ainda segundo o jornal, Archer também mencionou planos de voltar ao Rio de Janeiro para rever amigos e a tia Maria de Lourdes, única familiar com quem teve contato após a morte da mãe em 2010. Archer também já havia perdido o pai e não tinha esposa nem filhos.

O traficante brasileiro executado vivia bem na prisão, afirma Ricardo Gallo. "Além de não pensar na morte, outra característica de Marco Archer Cardoso Moreira era o bom humor colegial, incompatível com sua situação. Contava piadas, dizia fazer brincadeiras com os guardas e se vangloriava do churrasco preparado para o diretor do presídio. O otimismo contrastava com a realidade", relatou. 


 "Marco era usuário de metanfetamina cristal, droga conhecida na Indonésia como shabu-shabu". Na prisão perdeu quase todos os dentes por falta de tratamento e estava nitidamente envelhecido. Recentemente, o brasileiro havia relatado arrependimento e disposição para ensinar jovens sobre os efeitos nocivos das drogas".                                                                                                                                                                                                      


Marco Archer Cardoso Moreira foi executado às 15h30 do horário de Brasília.

 

Com informações da Folha de S. Paulo
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