Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A pior notícia para a Ucrânia é o alento para o mundo: ela hoje está sozinha, implorando ajuda
Não é chocante dizer que o mundo mudou mais nos últimos dez ou mesmo
cinco anos do que no período compreendido entre a década de 1910 e a
Guerra Fria. O século 21, inaugurado em seu primeiro cataclismo no 11 de
setembro de 2001, foi abalado por reiterados eventos que mudaram a
configuração, a cultura ou ao menos o clima político de países bem
afastados de seu epicentro: a crise de 2008, a Primavera Árabe se
espalhando como fogo numa floresta seca, a eleição de Trump (e mesmo de
Bolsonaro), a pandemia do covid e, agora, a guerra na Ucrânia.
Pessoas atravessam uma ponte destruída ao evacuar a cidade de Irpin, a noroeste de Kyev, durante bombardeios - Foto: Shutterstock
Algo une esses eventos: o quase integral desconhecimento dos formadores de opinião sobre seu desenvolvimento — ainda que a onda conservadora eleitoral só não tenha sido compreendida pelas elites. Se a crise do mercado financeiro era um assunto técnico, a guerra na Ucrânia se destaca pelo seu exotismo. É curioso pensar o que se sabia sobre a Ucrânia no Ocidente até o fim do ano passado,quando Vladimir Putin começou a ameaçar o país de maneira mais ostensiva. Passados cem dias de conflito, ainda é difícil a ocidentais aprender algo dos destroços, mas algo podemos tatear sobre o futuro geopolítico a partir destes cem dias de destruição.
Provokatsiya: dois métodos de guerra Uma das palavras russas que se parecem com o portuguêsé a especialidade dos autocratas russos, sejam os tsares, os ditadores socialistas, sejam os autocratas da nova Rússia: a provokatsiya como gestão de vizinhos, negócios e, sobretudo, inimigos.
A Rússia, imponente como território e de mentalidade militar desde as reformas de Pedro I, o Grande, e seus anseios por uma Marinha russa pujante, pode constantemente provocar seus inimigos a se moverem, apenas por defesa.
Foram exatamente mobilizações russas na sua imensa fronteira que esquentaram o clima militar na crise de julho, que culminou com a Primeira Guerra Mundial. Putin fez exercícios militares constantes na fronteira ucraniana, e na Geórgia, e em direção à Polônia, antes de finalmente invadir a Ucrânia.
E os movimentos militares russos ainda confundem o Ocidente:o equipamento militar russo do primeiro cerco a Kiev parecia obsoleto, mas ao mesmo tempo possui aviões supersônicos e um conjunto ofensivo de mísseis que rompe barreiras antimísseis com frequência assustadora (e os testes continuam, como na costa japonesa).
A forma russa de fazer guerra, até mesmo na Segunda Guerra Mundial, já envolveu mandar soldados aos pares para o front com apenas um fuzil: quando o primeiro morresse, o segundo tomava a arma e seguia adiante.
Usar vidas humanas como peões de xadrez ainda é uma constante: contingentes terrestres de soldados aparecem aos montes, sem parecer haver muita preocupação com proteção. A ofensiva é pelo enxame, desnorteando a defesa — mas após destruição aérea e com amplo suporte.
Se os carros, os tanques e, sobretudo, a munição russas não parecem em bom estado para as tropas terrestres, o mesmo não se pode dizer do armamento de ponta. No fim de maio, russos testaram o míssil hipersônico Zircon, de lançamento marítimo. O receio para o Ocidente é a utilização de armamento inédito, como bombas eletromagnéticas, nunca testadas contra alvos humanos,ou artefatos como a“maior bomba não nuclear” do mundo, o que poderia causar o efeito de uma bomba nuclear sem o risco de um ataque nuclear em um vizinho.
Putin tem se saído um exímio vencedor, sem que o Ocidente consiga nem ao menos entender o que testemunha
Na Ucrânia, cidades foram cercadas, como Kiev, Slovyansk, Kramatorsk, seguindo-se tal paradigma. Com seu contingente, russos podem obrigar o inimigo a gastar tempo se movimentando, mesmo que de forma inútil ou contraditória, apenas para evitar o risco de serem atacados.
O modelo de luta da Otan é quase invertido: intervenções pontuais, com o mínimo possível de baixas dos próprios exércitos, com retratações rápidas para reagrupamento e realocação. O que os russos consideram um modelo “marítimo” (talassocrático) de guerrear. Determinar quem está ganhando ou perdendo neste novo modelo é tarefa quase impossível.
Mudanças temporais A mesma incompreensão se dá na dinâmica temporal. O Ocidente já se meteu em guerras nas quais não fazia a menor ideia do que estava fazendo: Coreia, Vietnã, Afeganistão (crendo que armar um guerreiro muçulmano seria uma forma de enfraquecer o “inimigo ateu” soviético), Iraque. Putin, possivelmente com câncer, não pensa no tempo de sua vida: está em um conflito armado com a Ucrânia, a “Pequena Rússia”, há mais de três séculos, e não pretende resolvê-lo no tempo de sua vida. Valores como “defender o povo”valem mais para um russo do que nossa confusão entre esquerda e direita — e o legado que o autocrata pretende deixar com a guerra e com as mudanças no tabuleiro geopolítico não pode ser facilmente compreendido por nossa visão no máximo eleitoral, de quatro em quatro anos.
Putin pode enfraquecer a Ucrânia,criar governos de autóctones que possa controlar diretamente de Moscou em diversos países-satélites (já havia feito o mesmo com a Guerra Russo-Georgiana, em 2008, num país bem menor e mais facilmente controlável),demonstrar o poder russo para fazer a Otan se retrair e ganhar influência sobre a Europa, até começar a chegar à Polônia, à Alemanha e sabe-se lá mais onde. Em todos esses intentos, Putin tem se saído um exímio vencedor, sem que o Ocidente consiga nem ao menos entender o que testemunha.
Dois lados errados Em relação à Ucrânia, a Otan vem testando os limites do poder de Putin desde pelo menos a era Obama — foi o ex-presidente que afirmou que convidaria a Ucrânia para a organização, o que nem sequer faz sentido: o estatuto da Otan impede o ingresso de países com conflitos territoriais.
Os membros da Otan não têm nenhuma clareza sobre a instituição, e seus dirigentes atuais são pouco instruídos sobre os problemas históricos que enfrentam. Exemplo paradigmático foi a exclusão da Rússia do sistema bancário Swift por Joe Biden.
Ora, impedir que russos acessem o sistema bancário internacional parece ser uma medida tomada contra a Cuba de 1959, não contra um país patrocinado pela China, e que, ao transferir boa parte de suas reservas para o iuane, pode, pelo contrário, quebrar o dólar — sem falar em criptomoedas e no mercado negro.
Mas a Suíça também é um novo paradigma do novo mundo, por aceitar o pedido — logo a neutra Suíça, que passou por duas Guerras Mundiais sem envolvimento, sendo usada quase como sinônimo de hospitalidade e não adesão. Caso este conflito escalone, além de mudanças em moedas, na balança comercial, na produção (na qual os fertilizantes brasileiros têm papel fundamental), veremos uma Europa que não reconhecemos, além de uma dependência cada vez maior das potências entre si, sem falar no risco de conflito com a também turbulenta China, que violou o espaço aéreo de Taiwan seis vezes na mesma manhã da declaração de guerra com a Ucrânia.
Vemos nesta guerra dois lados errados:a Otan com a instalação de bases militares, como a da Romênia,enquanto Putin quer instaurar um totalitarismo, com propaganda de ser um cruzado contra a “decadência” e a “nazificação” ucranianas.
As guerras mundiais começaram por fatores diversos, que entrelaçaram diversos países. A pior notícia para a Ucrânia é o alento para o mundo: ela hoje está sozinha, implorando ajuda. E o Ocidente não quer se comprometer. [Comentando: antes mesmo do primeiro disparo já antecipávamos que a Ucrânia seria a perdedora e alertávamos que o ex-comediante que ainda preside aquele País, estava arrumando uma guerra na expectativa de seus 'aliados de discurso' aceitassem combater por eles e estes queriam testar o poderio militar russo sem se comprometerem - afinal, a última coisa que os 'líderes' da Otan querem é arrumar uma guerra contra a Rússia - ninguém tem dúvidas que se necessário a Rússia usará armamento nuclear, provavelmente tático, sem que a Otan revide = é bem mais fácil lançar bombas nucleares sobre um Japão moribundo - caso Nagasaki/Hiroshima - do que sobre uma Rússia com capacidade de revide = não esqueçamos que um revide levará a uma retaliação que resultará no fim do planeta Terra.
Portanto, é bem mais fácil dar corda a uma Ucrânia presidida por um 'estadista', que pensa que uma guerra é uma comédia.]
A
queda do Muro de Berlim foi uma linha divisória. O sonho esquerdista
esvanecera, expondo o pesadelo que tinha engendrado. Talvez nenhum país
mostre melhor o sucesso do capitalismo e o fracasso do socialismo.
Enquanto a Alemanha Ocidental era uma amostra de um Estado de bem-estar
social, com todas as liberdades garantidas, a Alemanha Oriental, dita
democrática e socialista, obrigava seus cidadãos a compartilharem a
penúria, sufocando todas as liberdades. Não eram propriamente cidadãos,
mas súditos do Estado.
Podemos também comparar, a modo de
exemplo, a próspera e capitalista Coreia do Sul, Estado democrático, com
a totalitária e socialista Coreia do Norte, que vive da opressão de
seus súditos, da fome, e aterroriza o planeta com suas armas nucleares.
Ou se pense, ao nosso lado, na ditadura de Maduro e em seu apoio em Cuba
e no PT, no Brasil. Esses parecem não ter nada aprendido com a
História, embora, talvez como galhofa, queiram reivindicá-la. Note-se
que nem lhe sobrou a defesa dos pobres e do então dito proletariado,
pois os Estados que mais conquistaram direitos sociais são os
capitalistas, seja em suas vertentes social-democrata(países nórdicos),
trabalhista (Grã-Bretanha) ou democrata-cristã (Itália e Alemanha).
Aliás, neste último país o consenso era de tal ordem que a alternância
entre os partidos cristãos e social-democrata em nada alterou, se não
implementou, os ganhos sociais por todos reconhecidos. À esquerda não
restou nem o social, salvo em sua face social-democrata, tida por
direita pelos comunistas, socialistas e, entre nós, petistas.
Fracassada,
a questão colocada à esquerda foi: onde refugiar-se? Parece não ter
tido outra opção senão refugiar-se nos costumes, nos valores sociais ou
em políticas ditas progressistas, que só mascaram seu próprio afã de uma
nova hegemonia política. O politicamente correto é, nesse sentido, uma
expressão dessa sua nova máscara, mais palatável para quem ignora ou
compartilha todos os crimes perpetrados pela esquerda no poder. Entre
nós, em experiência recentíssima, observamos o PT levar o País
praticamente à bancarrota, não fosse, para evitar o pior, o impeachment
da ex-presidente Dilma. Nem as conquistas sociais foram mantidas, com o
desemprego avassalador e a inflação corroendo os salários dos mais
desfavorecidos.
A esquerda fracassada procura, agora,
reinventar-se.Escolheu para cavalo de batalha os que ela considera
“conservadores”, em particular mira o MBL, por ter-se insurgido contra
duas exposições, uma no Santander, em Porto Alegre, com imagens de
zoofilia e pedofilia,e a outra no MAM, com mostra de um homem nu sendo
tocado por uma criança.Para tentar capturar a classe média usa palavras
como censura, arte e ditadura, numa sequência de bobagens capaz de
atormentar qualquer pessoa sensata.
Foquemos a questão. O
problema não está nas exposições em si,mas em crianças que se encontram
face a face com situações de eroticidade precoce, incapazes que são, em
sua idade, de juízos morais. Ficam expostas, vulneráveis.
O que garante
que uma criança que se acostume a tocar em homens nus não o faça com
outro homem qualquer na rua ou que queira tocar seu órgão sexual? Seria a
liberdade dos progressistas?
Que adultos apreciem tais tipos de
eventos é meramente uma escolha pessoal, que deve, evidentemente, ser
garantida. Se isso é “arte”, problema deles. Não há censura. Cada um
escolhe suas visitas a exposições, assim como a forma que mais lhe
parecer apropriada para desfrutar o sexo. Trata-se de uma questão
individual de pessoas adultas no uso – ou desuso – de seu desejo e de
sua razão. Outra coisa, muito diferente, é permitir ou obrigar uma
criança a fazer o mesmo. Na exposição do Santander, crianças eram
levadas por escolas a visitar a exposição, como se se tratasse de algo
pedagógico. Qual pedagogia? A da erotização das crianças?A de as
impulsionar para relações sexuais precoces? A de considerar animais como
objetos sexuais? Se isso for considerado liberdade, só pode ser em sua
acepção muito particular de completa ausência de limites, conduzindo,
depois, ao mais completo desregramento moral.
O que parece mais
incomodar essa esquerda sem bússola, contudo, é o fato de estar perdendo
a batalha pela opinião pública. Artistas desocupados ou que não têm o
que dizer chegaram a falar em “ditadura”. Qual, aliás? A do Estado, que
não se imiscuiu nesse assunto senão sob a forma de uma recomendação do
Ministério Público para que a exposição em Porto Alegre fosse reaberta? O
banco, sensatamente, teve juízo para não seguir essa “recomendação”. O
que, na verdade, pretendem os prosadores da ditadura é que o Estado
intervenha para defender as suas concepções. Pretendem implantar a
ditadura do “progressismo” e do “politicamente correto”, enquanto formas
compensatórias do fracasso de suas concepções esquerdistas.
O
MBL, ao defender a ideia de que crianças não se submetam a essa
ideologia, foi o seu alvo preferido. Não foi o Estado. Por quê? Pela
simples e boa razão de que os autointitulados progressistas estão
perdendo a luta pela conquista da opinião pública. Observe-se que não se
trata de uma disputa entre sociedade e Estado, mas uma interna à
própria sociedade. Um setor desta não suporta mais a “ditadura”do
politicamente correto, que lhe é imposta goela abaixo. Decidiu dar um
basta. E tem legitimidade para tal. A onda dita conservadora no
Brasil é uma reação a esses excessos e arbítrios. É como se não
existisse a liberdade de escolha entre ser conservador, liberal ou
“progressista”. Valeria somente esta última opção. Tudo o mais seria
“ditadura”. Pretendem impor a sua hegemonia a uma sociedade que passou a
rejeitá-los. Não podem mais suportar este outro fracasso. Estão
desnorteados e vociferam. É a pobreza mesma do pensamento!
Fonte: Denis Lerrer Rosenfield - O Estado de S. Paulo
Estão brincando de choque de Poderes. A
esquerda percebeu que se trata de uma oportunidade de ouro para
desmobilizar e, em certo sentido, desmoralizar a pauta liberal, que
chama de “onda conservadora”
Até que enfim mais alguém na grande
imprensa se lembra de algo que já observei aqui e em toda parte. Caso o
projeto que muda a lei que pune abuso de autoridade seja aprovado — e a
observação vale também para o tal crime de responsabilidade de juízes e
membros do Ministério Público —, quem é que vai julgar uns e outros se
processados? Resposta: os juízes!
Procuradores
do Ministério Público Federal e associações de magistrados resolveram
convocar para hoje uma manifestação contra o Congresso. Não errei em
nada: esses são os organizadores do ato, e essa é a pauta. Trata-se de
um evento inédito — e, obviamente, ruim. Estão brincando de choque de
Poderes. A esquerda percebeu que se trata de uma oportunidade de ouro
para desmobilizar e, em certo sentido, desmoralizar a pauta liberal, que
chama de “onda conservadora”.
Não por
acaso, Antonio Prata, cujo talento reconheço e cujas teses, no mais das
vezes, repudio, anuncia a sua adesão ao protesto. Diz estar em dúvida se
vai ou não. É mera hesitação decorosa e estilística. Ele vai. E, do seu
ponto de vista, faz muito bem. Qualquer
liberal com um mínimo de discernimento sabe que a roubalheira petista
era só um instrumento de algo muito maior e mais nefasto: o sequestro do
estado. Pôr bandidos na cadeia, pouco importa o partido, é só uma
obrigação-meio. Tal tarefa deve ser encarada como coisa cotidiana.
Transformar isso em finalidade da luta política é coisa de beócios, de
energúmenos — não é nem de direita nem de esquerda; só é coisa de gente
burra. Mas a burrice anda imodesta…
A cada vez
que leio ou ouço na imprensa a expressão “a Câmara desfigurou o projeto
do MP”, penso — e depois escrevo: “Que coisa mais cretina!”.Em primeiro
lugar, o papel do MP não é legislar. Ou é? Em seguida, constato — e
depois escrevo: ainda bem que quatro das 10 medidas foram jogadas no
lixo mesmo. Eram fascistoides. Outras também caíram. Não é o fim do
mundo.
Antonio Prata vai ao protesto. Eu não vou. Eu não vou
porque o Ministério Público tem todo o poder de que precisa. E suas tais
10 Medidas não eram contra a corrupção exatamente, mas a favor de mais
poderes para o… Ministério Público. Eu não vou
porque, com as leis que já temos, o Ministério Público meteu na cadeia
parte considerável do PIB, um ex-presidente da Câmara e um senador. E
vai mais gente.
Eu não vou
porque, com as leis que já temos, delações premiadas vão botar na
berlinda umas duas centenas de políticos, que serão, havendo os indícios
necessários, devidamente processados. Eu não vou
porque, com efeito, sou contra a forma que tomou o crime de
responsabilidade de juízes e membros do MP(isso não vai prosperar), mas
sou favorável ao projeto que muda a lei que pune abuso de autoridade.
Eu não vou
porque fiz um desafio ao juiz Sergio Moro e ao procurador Deltan
Dallagnol — que dissessem qual trecho do projeto inibe a Lava Jato —, e
eles negaram fogo. Eu não vou
porque Moro teve a chance, no debate com Gilmar Mendes, de revelar qual
parte do projeto atrapalhava as investigações, e ele não o fez. Eu não vou
porque o juiz se limitou a afirmar que não “é hora” de votar um texto
que combate abuso de autoridade. Como eu aprecio a língua portuguesa,
entendo que então existiria um momento para o… abuso de autoridade. Sou
um democrata e não posso concordar com isso.
Eu não vou
porque, como lembrou Gaspari, se juízes e procuradores não confiam nos
juízes e procuradores, por que eu haveria de confiar? Eu não vou
porque essa é uma agenda de demonização do Congresso, o mesmo que terá
de votar as reformas. Desmoralizá-lo interessa a quem não quer as
reformas liberalizantes — e por isso Antonio Prata vai.
Eu não vou
porque essa suposta agenda de combate à corrupção é,na verdade, uma
agenda e combate às reformas. Não por acaso, estão sendo lideradas pelas
duas categorias mais bem pagas pelo estado brasileiro: procuradores e
juízes. Eu não vou
porque, à diferença do que dizem os senhores procuradores e juízes, o
país está, sim, avançando no combate à corrupção. E isso se faz com
reformas contínuas, não com atos de força, que buscam desmoralizar o
Congresso, sem o qual não se fazem as… reformas!
Eu não vou
justamente porque apoio a Lava Jato, mas eu a quero como operação do
estado, não como ato voluntário de quem ameaça renunciar —como se isso
fosse possível — caso suas vontades não sejam satisfeitas. Eu não vou porque é mentira que a Lava Jato corra qualquer risco. E, sabendo
que Antonio Prata vai, fica ainda mais claro por que eu não vou. Eu até
poderia dividir com ele a mesa de um bar, mas não uma manifestação —
quer dizer: quem sabe uma a favor de Montesquieu…
Quero o
Ministério Público ocupando-se do seu trabalho.E seu trabalho não é
fazer política, demonizar os políticos, conceder entrevistas coletivas a
cada dois dias e cevar jornalistas com vazamentos seletivos.