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quinta-feira, 13 de julho de 2023

Escolas cívico-militares e os três inimigos históricos de Lula - Percival Puggina

         Não resta dúvida de que o PT foi trazido de volta ao poder para cumprir seu destino histórico e destruir o país
Eu sabia – já escrevi tanto a respeito! – mas era consequência do que podia ler nos fatos; agora, Lula verbalizou tudo, audível e claramente, aos amigos da sua Pátria Grande reunidos no Foro de São Paulo. Disse ele:Aqui no Brasil nós enfrentamos o discurso do costume, o discurso da família, o discurso do patriotismo, ou seja, o discurso de tudo aquilo que a gente aprendeu historicamente a combater”.
 
Qual a principal trincheira desse combate? 
Onde a frente ampla da desgraça nacional avança sem encontrar resistência alguma? 
Onde, num total desequilíbrio de forças se estabelece o domínio dos corações e das mentes
É nas salas de aula do país, convertidas em crematório do futuro ao longo de toda a cadeia produtiva do ensino.
 
Não surpreende o entendimento entre o MEC e o Ministério da Defesasim, você leu certo que acabou com as escolas cívico-militares criadas em 2019
Afinal, os três inimigos contra os quais a liderança esquerdista do continente “aprendeu historicamente, etc., etc” estão presentes nesses educandários: 
1º) as famílias, que junto com os professores, em assembleia e por votação decidem adotar esse modelo; 
2º) os bons costumes, porque traficantes, malfeitores e desordeiros mantêm distância e os alunos são orientados para condutas civilizadas voltadas ao aprendizado
3º) o patriotismo, porque nessas escolas, o sadio e produtivo amor à pátria não é reprovado, mas estimulado.
 
De um modo gradual, elas serão absorvidas pela mesmice de um sistema cujos péssimos resultados gritam nas aferições internas e rankings internacionais que avaliam o desempenho escolar em todos os níveis de ensino. “É que não se faz Educação sem dinheiro!”, exclamarão em coro as salas de professores. 
No entanto, em 2019, o Brasil ocupava o 6º lugar no investimento em Educação, medido na proporção com o PIB, perdendo apenas para os países nórdicos e para a Bélgica.
 
Mas é só isso que a esquerda no poder combate historicamente e põe as escolas cívico-militares de joelhos com a nuca exposta? Não, tem muito mais. 
Ela substitui o moralmente correto pelo “politicamente correto”, a História por um elenco de narrativas capciosas, a solidariedade pelo antagonismo, o amor ao pobre pelo ódio ao rico.
 
Essa esquerda combate a estrutura familiar pela condenação do suposto patriarcado, como se a paternidade fosse apenas poder e não amor, responsabilidade, serviço e sacrifício.  
A sala de aula não pode ser o vertedouro das frustrações de quem detém o toco de giz.
 
Ela desrespeita a inocência das crianças. Contra a vontade unânime dos parlamentos do país, introduz pela janela a ideologia de gênero nas salas de aula enquanto os valores saem pela porta.  
Como alavanca ideológica, não estimula o respeito à propriedade privada, nem o empreendedorismo, nem o valor econômico do conhecimento e das competências individuais.  
 
Poderia prosseguir pois nada há de meu apreço que não seja combatido pela esquerda em sua guerra cultural ou contra o Ocidente, ou por uma nova ordem mundial. O desejado pluralismo de ideias é substituído pela exclusão da divergência
O Estado que deveria servir a sociedade põe a sociedade a seu serviço. 
O Estado e a política que os camaradas da Pátria Grande querem precisa dos necessitados de seu auxílio, sem os quais desaparecem politicamente.
 
Vejam o quanto essa esquerda é dependente de um sistema de ensino que não ensine, cujo foco não esteja no aluno e sua aprendizagem, mas em difusos e sinistros objetivos político-ideológicos. 
Tal sistema, quando fala em escola de tempo integral, mais me assusta do que me alegra!

PS – Os muitos bons e valiosos professores têm meu louvor e sabem contra o que também se empenham.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 28 de dezembro de 2021

SERVIÇO PÚBLICO OU INICIATIVA PRIVADA?

Qual sua opção?

O economista Ricardo Bergamini mostra que em 2002 o gasto com pessoal consolidado (união, estados e municípios) representou 13,35% do PIB e 41,64% da carga tributária que era de 32,06%.  Em 2018 alcançou 16,38% do PIB e 49,25% da carga tributária. Em 2020 chegou a 16,68% do PIB e 50,26% da carga tributária.

De modo acelerado, a despesa com pessoal ativo e inativo crescia mais do que a economia e os impostos além do suportável pelo mercado. Aquilo não podia dar certo; havia um precipício no horizonte. Para muitos, esse momento chegou; estados e municípios quebrados, vencimentos congelados, salários atrasados, aposentadorias postergadas, contribuições compulsórias elevadas, estabilidade na mira dos especialistas. E um gasto com pessoal, em relação ao PIB, equivalente ao dos países nórdicos.

Mesmo assim, levantamento de Bergamini mostra que “pelo menos 119 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (27) e reúnem 222.906 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 33.689,11 no Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado do Pará”. E diz mais: “Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso”.

No ano passado, o Instituto Millenium divulgou trabalho mostrando que, em média, a remuneração do setor público ainda era 110% superior à do setor privado em atividades equivalentes. A estabilidade persiste como o grande charme dos concursos públicos, em geral.

Por quanto se vê, apesar das dificuldades, o setor público se preserva na esperança de muitos jovens brasileiros. A estes o alerta: quanto mais cuidarem de sua formação, quanto mais queimarem pestanas nos livros, quanto mais zelarem pelos próprios talentos, quanto mais desenvolverem sua criatividade, quanto mais cuidarem da própria imagem e do próprio caráter, quanto mais atenção dedicarem aos bons professores e menor atenção derem aos “fazedores de cabeça”, mais amplo e promissor será seu horizonte na vida. Bons negócios surgem em mentes assim; bons empregos procuram pessoas assim e as levam para patamares inimagináveis de remuneração que só a iniciativa privada tem o poder de tornar reais. 

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O refúgio da esquerda

A queda do Muro de Berlim foi uma linha divisória. O sonho esquerdista esvanecera, expondo o pesadelo que tinha engendrado. Talvez nenhum país mostre melhor o sucesso do capitalismo e o fracasso do socialismo. Enquanto a Alemanha Ocidental era uma amostra de um Estado de bem-estar social, com todas as liberdades garantidas, a Alemanha Oriental, dita democrática e socialista, obrigava seus cidadãos a compartilharem a penúria, sufocando todas as liberdades. Não eram propriamente cidadãos, mas súditos do Estado.

Podemos também comparar, a modo de exemplo, a próspera e capitalista Coreia do Sul, Estado democrático, com a totalitária e socialista Coreia do Norte, que vive da opressão de seus súditos, da fome, e aterroriza o planeta com suas armas nucleares. Ou se pense, ao nosso lado, na ditadura de Maduro e em seu apoio em Cuba e no PT, no Brasil. Esses parecem não ter nada aprendido com a História, embora, talvez como galhofa, queiram reivindicá-la. Note-se que nem lhe sobrou a defesa dos pobres e do então dito proletariado, pois os Estados que mais conquistaram direitos sociais são os capitalistas, seja em suas vertentes social-democrata (países nórdicos), trabalhista (Grã-Bretanha) ou democrata-cristã (Itália e Alemanha). Aliás, neste último país o consenso era de tal ordem que a alternância entre os partidos cristãos e social-democrata em nada alterou, se não implementou, os ganhos sociais por todos reconhecidos. À esquerda não restou nem o social, salvo em sua face social-democrata, tida por direita pelos comunistas, socialistas e, entre nós, petistas.

Fracassada, a questão colocada à esquerda foi: onde refugiar-se? Parece não ter tido outra opção senão refugiar-se nos costumes, nos valores sociais ou em políticas ditas progressistas, que só mascaram seu próprio afã de uma nova hegemonia política. O politicamente correto é, nesse sentido, uma expressão dessa sua nova máscara, mais palatável para quem ignora ou compartilha todos os crimes perpetrados pela esquerda no poder. Entre nós, em experiência recentíssima, observamos o PT levar o País praticamente à bancarrota, não fosse, para evitar o pior, o impeachment da ex-presidente Dilma. Nem as conquistas sociais foram mantidas, com o desemprego avassalador e a inflação corroendo os salários dos mais desfavorecidos.

A esquerda fracassada procura, agora, reinventar-se. Escolheu para cavalo de batalha os que ela considera conservadores”, em particular mira o MBL, por ter-se insurgido contra duas exposições, uma no Santander, em Porto Alegre, com imagens de zoofilia e pedofilia, e a outra no MAM, com mostra de um homem nu sendo tocado por uma criança. Para tentar capturar a classe média usa palavras como censura, arte e ditadura, numa sequência de bobagens capaz de atormentar qualquer pessoa sensata.

Foquemos a questão. O problema não está nas exposições em si, mas em crianças que se encontram face a face com situações de eroticidade precoce, incapazes que são, em sua idade, de juízos morais. Ficam expostas, vulneráveis


O que garante que uma criança que se acostume a tocar em homens nus não o faça com outro homem qualquer na rua ou que queira tocar seu órgão sexual? Seria a liberdade dos progressistas?

Que adultos apreciem tais tipos de eventos é meramente uma escolha pessoal, que deve, evidentemente, ser garantida. Se isso é “arte”, problema deles. Não há censura. Cada um escolhe suas visitas a exposições, assim como a forma que mais lhe parecer apropriada para desfrutar o sexo. Trata-se de uma questão individual de pessoas adultas no uso – ou desuso – de seu desejo e de sua razão. Outra coisa, muito diferente, é permitir ou obrigar uma criança a fazer o mesmo.  Na exposição do Santander, crianças eram levadas por escolas a visitar a exposição, como se se tratasse de algo pedagógico. Qual pedagogia? A da erotização das crianças? A de as impulsionar para relações sexuais precoces? A de considerar animais como objetos sexuais? Se isso for considerado liberdade, só pode ser em sua acepção muito particular de completa ausência de limites, conduzindo, depois, ao mais completo desregramento moral.

O que parece mais incomodar essa esquerda sem bússola, contudo, é o fato de estar perdendo a batalha pela opinião pública. Artistas desocupados ou que não têm o que dizer chegaram a falar em “ditadura”. Qual, aliás? A do Estado, que não se imiscuiu nesse assunto senão sob a forma de uma recomendação do Ministério Público para que a exposição em Porto Alegre fosse reaberta? O banco, sensatamente, teve juízo para não seguir essa “recomendação”. O que, na verdade, pretendem os prosadores da ditadura é que o Estado intervenha para defender as suas concepções. Pretendem implantar a ditadura do “progressismo” e do “politicamente correto”, enquanto formas compensatórias do fracasso de suas concepções esquerdistas.

O MBL, ao defender a ideia de que crianças não se submetam a essa ideologia, foi o seu alvo preferido. Não foi o Estado. Por quê? Pela simples e boa razão de que os autointitulados progressistas estão perdendo a luta pela conquista da opinião pública. Observe-se que não se trata de uma disputa entre sociedade e Estado, mas uma interna à própria sociedade. Um setor desta não suporta mais a “ditadura” do politicamente correto, que lhe é imposta goela abaixo. Decidiu dar um basta. E tem legitimidade para tal.
A onda dita conservadora no Brasil é uma reação a esses excessos e arbítrios. É como se não existisse a liberdade de escolha entre ser conservador, liberal ou “progressista”. Valeria somente esta última opção. Tudo o mais seria “ditadura”. Pretendem impor a sua hegemonia a uma sociedade que passou a rejeitá-los. Não podem mais suportar este outro fracasso. Estão desnorteados e vociferam. É a pobreza mesma do pensamento!


Fonte:  Denis Lerrer Rosenfield - O Estado de S. Paulo

domingo, 27 de setembro de 2015

O Momento Certo

Saber quando agir é tão ou mais importante do que a ação em si. Identificar a hora certa, o onde e o quando são fundamentais para que tenhamos sucesso. Seu erro, por outro lado, é a garantia quase certa da derrota. Na arte da guerra, isso fica ainda mais claro.
 
A história está repleta de exemplos do quão importante foi a escolha da hora da ação.  Da Batalha de Kadesh à eliminação de Bin Laden podemos encontrar, ao longo da história, os sucessos e fracassos que a escolha do momento determinou a povos, exércitos, nações ou mesmo civilizações inteiras. Tão ou mais importante que o “como fazer” é o “quando e onde fazer”. E hoje, estamos em um desses momentos.
 
O cenário que se desenha desde pelo menos dez anos atrás, nos conduz para que cheguemos a uma reunião de características que possibilitam, a um bom estrategista, a escolha do local e da hora da ação. O cenário hoje é o seguinte: elevada tensão no Oriente Médio, notadamente nos países islâmicos. Crise econômica europeia e a consolidação do poder político dos partidos de esquerda no continente. Degradação moral no ocidente, causada pela estratégia socialista, com o enfraquecimento do cristianismo. Enfraquecimento do poderio dos EUA, cujo presidente é simpático ao islamismo e adota a política da não intervenção. 
 
Esses fatores nos levam a algumas conclusões: as tensões no Oriente Médio faz com que ocorram deslocamentos de grande contingente populacional das áreas afetadas. A crise europeia faz com que a procura por mão de obra mais barata aumente, a fim de que se diminuam os custos. Por consequência, a Europa busca nos imigrantes a solução para o problema da mão de obra. É precisamente o que estão fazendo países como a Alemanha, o Reino Unido, a França e os países nórdicos.
 
A crise moral do Ocidente e o enfraquecimento do cristianismo faz com que setores da sociedade busquem a retomada da moralidade europeia através de aliados improváveis como o Islã ou a Rússia de Putin. A esquerda, internacionalista, busca incentivar a vinda de imigrantes dando-lhes polpudos incentivos estatais, tolerância religiosa e a possibilidade de que obtenham total cidadania. Enquanto isso, os EUA diminuem seus esforços no combate ao terrorismo islâmico.
 
Em suma, o Ocidente jamais passou por um momento tão vulnerável como agora. Em nenhum outro momento da história tantos fatores se uniram para que seja justificada a ocorrência de um processo de migração que pode vir a ser o maior da História. Em nenhum outro momento o islamismo teve a oportunidade de entrar no seio do cristianismo e destruí-lo. Porque é isso o que vai acontecer. Aliás, já está acontecendo.
 
No Reino Unido, França, Itália e Alemanha, por exemplo, são inúmeros os protestos de muçulmanos contra a atuação da polícia e contra as leis desses Estados por não seguirem a Sharia. Cristãos são hostilizados de todas as formas e há verdadeiros enclaves teocráticos islâmicos no território europeu. Em breve, com sua taxa de natalidade muito maior do que a dos nativos europeus, o continente será parte do Califado. A imigração em massa apenas acelerará o processo.
 
Estamos, enfim, no momento ideal para que a Europa seja tomada de assalto pelo islamismo. A inércia dos EUA, a eficiência da esquerda em destruir as identidades nacionais e o fanatismo religioso dos muçulmanos selará o seu destino. Para o islã, o momento do ataque é ideal. E este ataque está ocorrendo sem o disparo de um único tiro entre forças armadas europeias e islâmicas.

Resta esperarmos pela reação do Ocidente a essa verdadeira invasão bárbara que ocorre em pleno século XXI... Mas parece que, quando e se ela acontecer, o momento terá sido perdido.