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segunda-feira, 29 de maio de 2023

Só se não chover - Ir ou não ir às manifestações de 4/6, eis a questão - Gazeta do Povo

Vozes - Polzonoff

"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.


Há motivos de sobra para ir às manifestações de 4/6. Apoiar Dallagnol não é o único. O problema é que os protestos foram convocados pelo MBL.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Já faz algum tempo que ouço por aí que o povo tem de voltar às ruas Tem que mostrar quem manda neste país. Tem que deixar claro que não vai aceitar isso e aquilo. Tem que esfregar a vontade popular na cara dos poderosos. Mas quem é que daria o primeiro passo? Ainda mais com um STF que criminaliza manifestações de descontentamento e um Exército dado à perfídia.

Pois o Movimento Brasil Livre, mais conhecido pela sigla MBL e pelas aventuras de seus membros na Guerra da Ucrânia, e o Vem Pra Rua, duas organizações essenciais na derrubada de Dilma Rousseff, convocaram para o próximo domingo, dia 4 de junho, atos contra... Contra o que mesmo? 
A pauta das manifestações é meio etérea, mas inclui o apoio a Deltan Dallagnol e o repúdio à censura.

Como diria um jornalista afeito a lugares-comuns, as manifestações pretendem dar vazão à indignação que cada vez mais acomete a população brasileira. Pelo menos aquela que faz parte da minha bolha. Uma gente que não aguenta mais ver o Lula fazer lulice e o Congresso se submeter à vontade do STF e seu miniexército de déspotas disfarçados de democratas. Uma gente que teme aquilo que hoje me parece inevitável: que o Brasil se transforme numa autocracia de esquerda.

Motivos para sair de casa no próximo domingo, portanto, não faltam. Certo? Mas então o que explica a relutância de tanta gente?  
Já escrevi aqui que o conforto é uma incubadora de revolucionários de sofá. 
Gente que prefere ficar esbravejando diante da TV ligada na Globonews ou lendo "1984" debaixo das cobertas (ainda mais nesse friozinho de hoje!) a sair às ruas. E eu talvez faça parte desse grupo. Que vergonha!
 
Prós e contras
Mas há duas outras razões que explicam, mas não justificam!, o esvaziamento das manifestações dos anseios populares nas ruas. 
Por mais que esses anseios sejam, em tese, justos e virtuosos. 
O mais evidente deles é a falta de credibilidade do MBL e do VPR
Que passaram quatro anos fazendo oposição ao governo Bolsonaro, quase como se preferissem um governo do PT que os mantivesse em evidência, no papel de antagonista típico de vocês-sabem-quem. Isso sem falar em certa mentalidade, digamos, autoritária dos meninos do MBL.
 
A outra razão é a profunda crise de confiança que assola este país eternamente dividido entre malandros que não querem se passar por otários e otários que se consideram muito malandros. 
Na minha bolha, por exemplo, absolutamente todos consideram a cassação de Dallagnol injusta e digna de megamanifestações. Mas todos também temem que seu apoio a uma causa inegavelmente justa seja confundido com os valores de um grupo que... francamente!
 
Por fim, há a sensação para alguns (entre os quais me incluo) de que esse tipo de manifestação democrática não tem mais qualquer efeito sobre os políticos e os ministros do STF. Isto é, os políticos com e os sem toga. Eles não temem a população porque sabem que aquela coisa lá de “todo o poder emana do povo” é só uma frase decorativa.  
Como se a Constituição fosse uma agenda de adolescente. 
Eles sabem que não perderão votos (que, no mais, sequer existem no mundo físico). Eles sabem que o cala-boca não morreu e quem manda na nossa boca são eles.
 
De qualquer modo, no dia 4 de junho pretendo estar na manifestação. Ao lado de gente honesta, mas provavelmente também ao lado de malandros oportunistas.
 Para, seguindo meu instinto jornalístico, ver qual é. E, já que vou estar lá mesmo, aproveitarei para dar minha manifestadinha, exibindo para quem quiser ver e ouvir a indignação que carrego no lado direito do peito. Mas só se não chover.

Paulo Polzonoff Jr., Colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 1 de junho de 2022

Biografia pornô: havia um alçapão no fundo do poço de Moro - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O União Brasil estuda a possibilidade de lançar o ex-ministro Sergio Moro como candidato do partido ao governo de São Paulo nas eleições de outubro. A perspectiva foi levantada pelo vice-presidente da legenda no estado, o deputado federal Júnior Bozzella (União-SP).

Em entrevista ao jornal Metrópoles, o parlamentar afirmou que a executiva do partido acredita que a candidatura de Moro ao governo paulista fortaleceria a sigla no estado. "Há membros da executiva em São Paulo que querem colocar o Moro como candidato a governador para ter um palanque no estado e fortalecer o 44 (número do partido). Para alguns deputados, isso é conveniente porque, com uma candidatura a governador, você teria um voto de legenda mais considerável", declarou Bozzella.

Os líderes do partido acreditam que a esposa de Moro, a advogada Rosângela Moro, herdaria automaticamente os votos que o ex-juiz teria para deputado federal e que o casal poderia ainda impulsionar a candidatura de Luciano Bivar ao Planalto. "Com Moro governador e a Rosângela deputada, você teria muito voto de legenda, e a Rosângela, automaticamente, herdaria esses votos que o Moro teria para deputado federal. Então, uniria o útil ao agradável. Seria um belíssimo palanque para o Bivar em São Paulo, além de favorecer a chapa de deputado federal em São Paulo e o União Brasil no país como um todo", avalia Bozzella.

Lucro das empresas subiu mais de 50% mesmo com guerra, “fecha tudo” na China e clima ruim

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É bem constrangedor. Moro, afinal, já disse em entrevista que não havia a menor possibilidade de virar político. Depois, já político, garantiu que somente o cargo do ex-chefe no Palácio do Planalto lhe interessava, sem qualquer plano B. Em seguida, após derretimento em pesquisas e troca precoce de partido, restou ao ex-juiz agradecer por uma pesquisa que o colocava com 20% de intenção de votos para o Senado. Agora seu partido já falava em disputa para governador...

Moro, que saiu da forma que saiu do governo, e tudo supostamente para salvar sua biografia, virou um joguete na mão de raposas da política. O futuro político de Moro será decidido por caciques do centrão. Moro já colocou Luciano Bivar como o salvador da Pátria e da democracia. 
Moro já colou sua imagem na do MBL, movimento de moleques oportunistas e sem escrúpulos
E agora, pelo visto, Moro já se sente bastante à vontade ao lado de Alexandre Frota, o eterno ator pornô que declarou apoio a Marcelo Freixo, o socialista. Quanto falta para Moro pedir voto para Lula? [Moro, os que traem o presidente Bolsonaro, tipo o feito pelo Doria - vulgarizado pelo capitão com o vulgo de calcinha apertada - por você mesmo, pelo Frota e outros se acabam politicamente, sem que o mito precise mover um dedo. Veja o Lula - ousou pensar em enfrentar o presidente Bolsonaro é agora um criminoso descondenado - porém,não inocentado - é um candidato com medo das ruas.]

Quero lembrar ao estimado público que jamais aceitei o boçal do Frota na política, mesmo quando ele fingia ser de direita. Meus textos comprovam: alertei que o sujeito era um oportunista, fazia mal ao conservadorismo por se vender dessa forma, e torci para que a "frota tosca" perdesse espaço para a turma de Paulo Guedes no governo. Frota, enfim, nunca me enganou. Mas agora eis que seduziu Moro, o biografado. Qual o nome do filme?

Nós quase sentimos pena por Moro nesse papelão tão patético. Mas aí lembramos do que ele tentou fazer com o governo, em meio a uma pandemia, tudo aparentemente por pura ambição pessoal, e a pena logo passa. Quem planta vento colhe tempestade. 
Que se deixa ser picado pela mosca azul do poder acaba mal.  
Moro tem muita preocupação com sua biografia, mas deveria ler é literatura clássica, para conhecer melhor a natureza humana. 
Pode começar com Macbeth, de Shakespeare.
 
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 
 

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Mamãe, me lasquei! - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino


O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou por unanimidade o relatório do deputado Delegado Olim (SP) que recomenda a cassação do também deputado Arthur Moledo do Val (União Brasil), conhecido como Mamãe Falei. Foram dez votos a zero. Agora o processo segue para o plenário da casa, que votará pela cassação do mandato ou pela absolvição do parlamentar.

Mamãe Falei é julgado pela Assembleia por conta de áudios machistas que fez sobre mulheres da Ucrânia. Ele viajou em março ao país que passa por guerra contra a Rússia e disse, em uma gravação direcionada a amigos, que as ucranianas “são fáceis porque são pobres”. Por conta do episódio, deixou o Podemos e abandonou a pré-candidatura ao governo estadual.

Durante a votação, uma pequena claque de jovens desocupados apoiava o deputado. Garotos imberbes são tudo o que restou ao MBL, um movimento que teve o seu protagonismo durante as manifestações pelo impeachment de Dilma, e que por isso acabou enganando muita gente - eu mesmo inclusive, mea culpa.

Tão logo ficou claro para mim que os "garotos" só tinham mesmo um projeto particular de poder, e nada mais, e que essa fama havia subido às suas cabeças, passei a critica-los em público. O líder do grupo, Renan Santos, tentou me intimidar com mensagens agressivas de áudio, achando que "mandava" em mim. Fiquei ainda mais desconfiado com a postura e subi o tom das críticas. Um exército de militantes e robôs passou, então, a me atacar nas redes sociais de uma forma que petistas e bolsonaristas jamais fizeram. Tive a certeza de que estava lidando com um movimento sujo, sob uma liderança podre.

Para piorar o que já era ruim, os integrantes do MBL, Arthur principalmente, passaram a afirmar que eu era um "vendido", que recebia grana de empresário bolsonarista para "defender" o governo. Não era nem insinuação, mas afirmação leviana, falsa, irresponsável. Arthur do Val fez isso no programa Pânico, com palavras e gestos, e também em seu canal do YouTube.

Confesso, portanto, que essa merecida cassação tem um sabor de vingança pessoal, além da necessária limpeza na política paulista. Foi feita a justiça no Conselho de Ética, e espero que o plenário chancele. O áudio não é apenas machista, como muitos dizem; é abjeto, asqueroso e demonstra total falta de empatia para com o próximo.  
 Arthur estava num cenário de guerra, vendo mulheres refugiadas, desesperadas, que têm feito de tudo para tentar se salvar ou salvar seus filhos. E foi nesse contexto que o "rapaz" pensou apenas em se dar bem sexualmente, para explorar essas moças. Isso beira à psicopatia!

O gado do MBL alerta que isso abre perigoso precedente. São os mesmos que aplaudiram a perseguição absurda ao deputado federal Daniel Silveira. São os mesmos que se uniram ao PT e ao PSOL para pedir impeachment sem embasamento do Bolsonaro. Ou seja, são hipócritas, nada mais. E no caso dessa provável cassação, o precedente parece fazer sentido: é quebra inaceitável de decoro demonstrar esse tipo de mentalidade.

Pode não haver crime no áudio, mas do ponto de vista político é mortal sim, e deveria ser. O deputado quis cair "atirando" e denunciou - agora - podres de cada um dos seus colegas. Pode ser que na Alesp tenha gente ainda pior do que ele, criminosa mesmo, e não apenas indecente. Mas mesmo assim sua atitude demonstra, uma vez mais, falta de humildade e dignidade. Ele repete que "errou", mas age assim porque, no fundo, considera um deslize pequeno o que fez. Não entende sequer a gravidade. Não foi um "erro", mas sim uma exposição em público de seu verdadeiro caráter - ou melhor, da completa falta dele.

O MBL derrete, e é bom que seja assim. Os PsolKids, como passaram a ser chamados, não passam de tucaninhos sedentos pelo poder, ambiciosos demais, e desprovidos de valores e princípios nobres. E pensar que foi com essa "garotada" que Sergio Moro resolveu se juntar para demonizar e derrotar Bolsonaro. Não por acaso Moro caminha para seu próprio fim melancólico na política, antes mesmo de começar...

 

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

terça-feira, 1 de março de 2022

AVULSAS


 

 De dar nojo - Artur e Renan do MBL vão pra Ucrânia se aproveitarem da tragédia

 
 
 

sábado, 22 de janeiro de 2022

Moro leviano - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino - VOZES

Quando Sergio Moro saiu do governo da forma que saiu, comentei que talvez fosse o fim de Bolsonaro. Hoje vejo que fui muito afoito. Talvez tenha sido o fim do Moro. O ex-juiz tinha um capital político importante por conta da Lava Jato, mas desde então adotou uma postura bem estranha. Aliou-se à imprensa tucana que faz oposição ao governo, fez denúncias graves sem provas, e agora disputa com Bolsonaro a presidência, demonizando o atual governo do qual fez parte e o colocando como tão ruim quanto o lulopetismo, o que é ridículo.[Moro não disputa nada; o ex-juiz é apenas um futuro ex-candidato à presidência da República. Moro simboliza todos que querem ser mas não passam do 'querem'. Sua vocação, até mesmo patológica,é e sempre será ser um EX qualquer coisa. ]

Não por acaso, Moro virou um traidor para milhões de brasileiros. Suas mensagens nas redes sociais são coisa de marqueteiro, tudo calculado e artificial para agradar certa elite "progressista". E, pensando em ter algum engajamento, Moro decidiu se unir ao que há de pior: os tucanos oportunistas do MBL, que já demonstraram não possuir qualquer espírito público, somente um projeto particular de poder.

Parece que essa parceria já tem influenciado a postura de Moro. Kim Paim, um trabalhador que mora na Austrália e prepara "dossiês" com base em notícias da imprensa e documentos oficiais, fazendo elos interessantes que muitos gostariam de manter debaixo do tapete, resgatou mensagens de Moro na "Vaza Jato" e fez perguntas incômodas sobre a postura do ex-juiz. Moro não gostou, e atacou o mensageiro:

É exatamente a tática que o MBL usa contra os outros, contra mim mesmo. Passei a denunciar a guinada suspeita do movimento tucano, que passou a se aproximar até do Psol e do PT para atacar o governo, demoniza até Paulo Guedes, e apela para pura demagogia na pandemia. Incapazes de rebater meus pontos, o MBL passou a repetir que sou "vendido", ou seja, que sou pago para defender o governo. Canalhice da pior espécie. E, pelo visto, Moro embarcou no mesmo estilo podre. Virou mais um do MBL.
 
Barbara, do canal TeAtualizei, cobrou do ex-juiz onde estão as Fake News apontadas por Kim Paim, uma vez que a própria imprensa já usou essas mesmas mensagens, sem falar do STF, e Moro não negou seu teor: "Se as mensagens da vaza jato são tão mentirosas (como eu mesma acreditei por muito tempo), pq o Moro pediu desculpas por algo que ele não disse?"

Do meu lado, com todo respeito, questionei se Moro estava sendo leviano ou se tinha provas da grave acusação que fizera contra Paim. Moro não respondeu, apesar da enorme repercussão do meu comentário. Por sua vez, sua assessoria informal de imprensa preferiu dobrar a aposta:

Leandro Ruschel comentou sobre a postura dos "antas": "O Antagonista virou o cercadinho do Moro. Pelo menos eles são transparentes. Outros veículos fazem campanha pra Lula, enquanto alegam isenção. Gostei dessa parte: "VPR e MBL já estão subindo tag...". Tremam! O pessoal que coloca 600 pessoas na Paulista está vindo com tudo!"

É gado que chama? Ou vassalo? Essa semana Moro deu "entrevista" a Felipe Moura Brasil, outro que mais parece assessoria de imprensa do candidato. É essa gente que me chama de capacho ou insinua que sou bolsonarista e vendido. Eles têm um político de estimação. Eles fazem campanha escancarada. Eles viraram oposição ferrenha a Bolsonaro não por espírito público, mas por disputa de poder. É um jogo sujo, de quem não parece realmente preocupado com o Brasil.

Ao mesmo tempo em que denunciam a aproximação do governo com o centrão, ignorando que é inviável ter governabilidade sem isso, elogiam o mesmo centrão, como fez o próprio Moro, afirmando que há gente boa lá. Alexandre Borges, outro dessa patota, chegou a defender como "conservadores" o centrão fisiológico, tudo para atacar bolsonaristas:

Eis o que está cada vez mais transparente: essa turma toda, tucana de alma, oportunista ao extremo, quer derrubar Bolsonaro porque busca o poder. Eles não conseguem admitir indivíduos independentes, que fazem análises isentas por não almejarem qualquer cargo público. Partem então para a tática pérfida de acusar todos que enxergam virtudes no atual governo de "vendidos". É leviandade demais, algo que um ex-juiz jamais deveria fazer.

Rodrigo Constantino, colunista - VOZES - Gazeta do Povo


sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Causas perdidas - Revista Oeste

Silvio Navarro

As ruas não ecoam as palavras de ordem contra o governo, desconcertam os institutos de pesquisa e esvaziam os balões de ensaio sobre candidaturas que representam a "terceira via"  

Nos últimos cinco meses, o presidente Jair Bolsonaro enfrentou a maior artilharia já promovida no país contra um governo pela imprensa tradicional e seus políticos e influenciadores favoritos desde Fernando Collor de Melo (1990-1992). 
Foram incontáveis as manchetes que prenunciaram o término precoce por meio de um impeachment iminente, o caos econômico e um genocídio resultante do que consideraram um “descaso na condução da pandemia”. O fim da linha culminaria no surgimento natural de uma candidatura da chamada “terceira via”, capaz de angariar o espólio dos bolsonaristas e dos intelectuais que desertaram do PT. Tudo devidamente atestado pelos institutos de pesquisa. 
Ilustração: Naomi Akimoto Iria/Revista Oeste
Ilustração: Naomi Akimoto Iria/Revista Oeste

O mês de setembro chegou à metade e até agora nada se comprovou. O retrato nítido dessas previsões equivocadas foi o contraste entre a multidão que tomou as ruas no 7 de Setembro e o fiasco da manifestação do último domingo, 12. A despeito do rastilho de pólvora provocado pelo discurso inflamado de Bolsonaro contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Dia da Independência — que precisou ser contornado no dia seguinte com a ajuda do ex-presidente Michel Temer (leia nesta edição) —, o Brasil não via tamanha mobilização popular há pelo menos seis anos, quando Dilma Rousseff foi afastada do cargo. Algo semelhante à campanha das “Diretas Já”.

Não é preciso ser um grande analista político para perceber que a passeata convocada como contraponto à festa bolsonarista tem um erro na origem. Sabe-se lá se por inocência ou delírio de grandeza, seus organizadores optaram por repetir os mesmos locais lotados no 7 de Setembro — a Avenida Paulista, a orla de Copacabana e a Esplanada dos Ministérios, o que tornou a comparação inevitável. Outro detalhe: quem empunhou o microfone não conseguiu explicar objetivamente por que o presidente deveria ser expulso da cadeira — muito menos disfarçar que estava ali por interesses políticos pessoais.

A despeito de todo o esforço de boa parte da mídia, as imagens não puderam ser disfarçadas. O vexame ficou ainda maior quando confrontadas lado a lado. No dia 7 de Setembro, 11 dos 18 quarteirões da avenida estavam completamente tomados de gente, além das ruas paralelas e perpendiculares. Levando-se em conta a rotatividade dos manifestantes, é possível concluir que cerca de 320 mil pessoas passaram por ali (leia box no fim da reportagem). No dia 12, entretanto, o público ultrapassou por pouco 5 mil almas aglomeradas em frente ao Masp. O mesmo ocorreu no Rio e em Brasília.

(...........)

O fato é que movimentos como MBL e Vem Pra Rua, partidos como o Novo, postulantes sem voto à Presidência e parte da esquerda ainda tímida em assumir que estará no palanque de Lula no ano que vem ficaram desconcertados diante da falta de adesão. O PT, aliás, é relevante frisar, foi o primeiro a tirar o time de campo quando percebeu que, a cada dia que passa, fica mais clara a polarização com Bolsonaro — e que não é hora de errar com uma “pataquada” como a do dia 12. O vídeo do governador paulista João Doria (PSDB) dançando no palco da Paulista, por exemplo, é suficiente para amparar a decisão de quem optou por não aparecer ali.

Veja também:  Acompanhe em imagens um resumo da manifestação de 12/9:

Oficialmente, nenhum dos nomes que sonham com o Palácio do Planalto jogou a toalha — e é improvável que isso ocorra pelo menos até março, quando começam a valer os prazos do calendário eleitoral. Ciro Gomes (PDT) investiu na contratação do marqueteiro do petrolão, João Santana, para tentar suavizar sua carranca. João Amôedo (Novo) mantém o partido à mercê de suas vontades. E João Doria, o favorito da imprensa “nem Lula, nem Bolsonaro”, trava uma disputa interna com o gaúcho Eduardo Leite. Outros nomes que os institutos de pesquisa tentam insuflar vão ficando pelo caminho, como o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro, que desapareceu.

Fim do picadeiro da CPI
Outro dado digno de registro é a inexpressividade da CPI da Covid. Alardeada como o front legislativo capaz de sangrar o governo Bolsonaro, a comissão chega cambaleante aos últimos dias de vida. Ao longo de cinco meses, a equipe dos xerifes da pandemia não conseguiu uma única denúncia robusta: foi da cloroquina à Copa América de futebol, mandou prender depoentes e humilhou médicos (e principalmente médicas) que contestaram o tribunal inquisitorial de Renan Calheiros (MDB-AL) e Omar Aziz (PSD-AM). O circo vai chegar ao fim ameaçando acusar Bolsonaro, no máximo, de charlatanismo e da morte do ator Tarcísio Meira.
 
O comissariado só não enveredou por onde deveria: o “covidão” em Manaus, no Pará, e o tal Consórcio do Nordeste, chefiado pelo ex-ministro petista Carlos Gabas — seguramente a figura mais blindada pelos senadores. A última cartada de Renan foi encomendar uma análise dos documentos da CPI ao jurista Miguel Reale Júnior, um dos coautores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. 
O objetivo era encontrar argamassa para sustentar que Bolsonaro incorreu em algum crime de responsabilidade — segundo os jornais, a equipe dele já apontou sete sugestões. 
A partir daí, caberia ao procurador-geral da República, Augusto Aras, redigir uma denúncia ao Supremo, o que dez em dez políticos no Congresso não apostam nenhuma ficha que acontecerá. Outra estratégia é incluir no relatório mudanças na Lei do Impeachment. “O relator pode recomendar providências para aperfeiçoar a legislação”, afirmou o senador Marcos Rogério (DEM-RO), que vai apresentar um parecer paralelo ao de Renan, assinado pelo grupo minoritário da comissão. “Mas não creio que caberia mudança na Lei do Impeachment, porque não tem correlação direta com a CPI, que apura fatos determinados. São eles: ação e omissão do governo federal e dos Estados e municípios no enfrentamento da covid-19. Ele está misturando as estações e deixando claro que sua motivação, desde o início, foi o enfrentamento eleitoral e o embate com o presidente. Está indo além do papel da CPI.” [lembrando que a decisão final se pedido de impeachment vira processo de impeachment, depende de 342 deputados votarem a favor do impeachment. Nenhuma lei será capaz de produzir os tão necessários 342 votos.]

Renan divulgará seu texto na semana que vem. O documento será anunciado com pirotecnia no Senado, num evento coordenado pela produtora Paula Lavigne, mulher do cantor Caetano Veloso — é possível que ele também compareça. A ideia dos assessores da CPI é reunir pais de famosos mortos pela covid-19, como a mãe do ator Paulo Gustavo, para discursar ao som de Como Nossos Pais, canção de Ivan Lins, gravada por Elis Regina. [nem esse circo pretendido terá condições de produzir os já citados 342 votos; o circo, a pirotecnia ocorrerá no Senado, já tem até picadeiro - o palco onde ainda funciona a covidãop - mas a apreciação de pedido de impeachment, caso Lira encaminha algum, será no Plenário da Câmara.]

Democracia vem da junção em grego de demos (povo) e kratia (poder, governo). No primeiro parágrafo da Constituição brasileira, consta a frase: “Todo o poder emana do povo”. Talvez esse seja justamente o ponto de partida: muita gente do piso de cima não consegue entender onde o povo está.

Manifestação home office - Quantos manifestantes cabem na Paulista?

‘Meritocracia é a utopia do liberalismo’, afirma Pondé

Silvio Navarro, colunista - Revista Oeste

 

 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Para analista, contradições na convocação e carta de Bolsonaro com aceno ao STF esfriaram manifestações contra o governo

Entrevista: 'Protestos vazios cobram preço político', diz cientista político Carlos Melo

As imagens da Avenida Paulista com uma presença modesta de manifestantes contra Jair Bolsonaro rodaram as redes, utilizadas à esquerda e à direita como mostra do insucesso do protesto. Para o cientista político Carlos Melo, do Insper, os organizadores cometeram um erro ao realizar um ato com baixa adesão — e isso pode cobrar um preço. Mas isso, diz ele, não representa o potencial eleitoral dos grupos políticos. Melo diz que o esvaziamento do protesto começou em contradições na própria convocação e que a carta elaborada por Michel Temer, publicada via Palácio do Planalto, arrefeceu o sentimento de que seria preciso uma resposta rápida a um iminente golpe por parte de Bolsonaro. Para o cientista político, a centro-direita precisa se "fulanizar" em torno de um nome antes de buscar uma união com a esquerda: "enquanto a chamada terceira via não tiver um rosto, a dispersão é natural". [ No Brasil, NÃO EXISTE OPOSIÇÃO ao presidente Bolsonaro. O grupelho que diz ser oposição,  não passa de um aglomerado de imbecis que além de não terem condições de ser oposição, também não querem  - o que os integrantes de tal amontoado desejam é que o 'capitão' os veja, instale os dedos para alguns e eles caiam de 'quatro', se se alinhas às hostes bolsonaristas.
São tão sem noção, sem rumo, sem ideias, que até para caírem aos pés do presidente Bolsonaro, vão brigar entre si.
Todos sabem que em 2022, SEM PANDEMIA, com a ECONOMIA SE RECUPERANDO, DESEMPREGO e INFLAÇÃO EM QUEDA, NÃO TEM PARA NINGUÉM = BOLSONARO VAI FAZER BARBA, CABELO, BIGODE...]

A reprovação ao governo federal é aproximadamente o dobro da aprovação, de acordo com as últimas pesquisas. [pesquisa de âmbito nacional, por telefone, entrevistando 1.000 pessoas.] Mas o ato do domingo, convocado por MBL, Vem Pra Rua e Livres contra Bolsonaro, não conseguiu encher mais de duas quadras da Avenida Paulista. Por que essa dificuldade?
Me parece ter um problema com a convocação do ato, que desde o princípio foi convocado para ser "nem Lula nem Bolsonaro". Depois de quarta-feira (pós 7 de Setembro), ele muda sua natureza, então já tem um problema aí. Estamos falando de apenas quatro dias (até o domingo da manifestação). Além disso, existiram vetos cruzados em todo esse antibolsonarismo.  Por fim, houve acordos que não foram cumpridos. O sujeito de esquerda que se prepara para sair de casa (e ir ao ato) e vê aquele pixuleco enorme (boneco inflável de Bolsonaro equiparado a Lula), ele não vai mais. Esse foi um ponto de divergência entre os organizadores.

O protagonismo do MBL, que tem histórico de ataques à esquerda e engajamento no impeachment de Dilma, também interferiu na baixa adesão?
Ressentimentos políticos existem e são marcantes, mas eles fazem parte. A superação desses ressentimentos se dá ao longo do tempo e precisa ser operado politicamente. Não é do dia 7 para o dia 12 que esse negócio vai ser feito. Esse processo foi atropelado pelo que decorreu do discurso do Bolsonaro (no 7 de Setembro).

Qual é a influência do recuo do presidente, expresso em carta, nessa desarticulação?
Em se tratando do Bolsonaro, recuos são sempre muito precários e duvidosos. Mas a carta tira o sentido de emergência e de temor de um "golpe já", esfria aquele calor, aquele ambiente do dia 8, em que havia caminhoneiros nas ruas. Para muita gente, ela veio como uma espécie de alívio. Dizer que a carta é um fator preponderante (para o esvaziamento do protesto) talvez seja um exagero.

Bolsonaristas debocharam do ato de domingo. Vale a pena botar carro de som na rua para encher duas quadras na Paulista?
Não vale a pena. É um erro que tem consequências. Cobra um preço político. O que que as pessoas razoáveis fazem diante dos erros? Avaliam e tentam corrigir. Claro que os adversários vão tirar sarro dos seus erros. Encontrar a justa medida, o timing certo para sair às ruas, é uma arte. Agora eles deveriam tentar fazer um balanço sincero, às vezes doloroso, dos erros que cometeram, e corrigir.  
 
Veja também:Após protestos, Bolsonaro diz que 'minoria' contra seu governo é 'digna de dó'
 
Política - O Globo -  ENTREVISTA COMPLETA
 
 

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Eles perderam de vez a noção - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Jair Messias Bolsonaro levou uma facada em 2018 e quase morreu. O autor, Adélio Bispo, era um ex-filiado do PSOL, esteve na Câmara pelo que indica o registro, e contou com suporte jurídico após a prisão. Quem mandou matar Bolsonaro? Essa pergunta nunca saiu da boca de quem insiste diariamente na questão de quem matou Marielle Franco, a vereadora do PSOL. Em vez disso, petistas como o próprio Lula chegaram a chamar a facada de "fake", de farsa. Bolsonaro já passou por várias cirurgias por conta dela.

O grau de psicopatia é assustador. Em vez de deixar diferenças políticas de lado, muitos esquerdistas torcem abertamente pela morte do presidente. Alguns desejam isso com ar de filosofia pragmática, como fez Helio Schwartsman na Folha. Mas eles não conseguem esconder o ódio em seus corações, a falta de empatia pelo próximo, e o veneno que intoxica suas almas ocas. [um jornalista recentemente sugeriu que o presidente se suicidasse; quarta-feira um ilustre e desconhecido youtuber comunicou que havia comprado fogos de artifício para  comemorar eventual morte do presidente. Mario Frias, secretário de Cultura, postou respondendo a pergunta de um amigo sobre se conhecia o famoso youtuber: "Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho".
Com a súbita fama, decorrente de uma postagem de péssimo gosto - agourando o presidente da Republica - o youtuber se tornou conhecido ser o ofensor um historiador negro e defensor do comunismo. Imediatamente um ex-ator de novelas, em final de carreira,acusou Frias de racismo.]

LEIA TAMBÉM: ONU condena prisões arbitrárias em Cuba e exige liberação de manifestantes
Em imagens: chuvas causam destruição na Europa

Agora que o presidente foi internado novamente, com risco de nova cirurgia, a turma podre saiu do bueiro uma vez mais, para expor sua falta de limites, de ética, de compaixão. São várias mensagens no mesmo teor, e esse claro discurso de ódio não é censurado nas redes sociais, que por sua vez impedem questionar sobre a real eficácia das vacinas - minha conta principal do Twitter foi suspensa uma semana por isso, e o vídeo da estreia do programa 4por4 foi retirado do YouTube com mais de 700 mil visualizações, só porque falamos que as vacinas experimentais são... experimentais!

Eis o tipo de coisa que circula livremente, e sem o repúdio dos nossos "humanistas" de plantão, inclusive aqueles que demonstram absoluta revolta quando o mesmo Bolsonaro dá uma resposta mais atravessada a algum jornalista:  Pausa aqui para mostrar como o MBL hoje em dia é indistinguível do Felipe Neto, que eles detonavam antes. Arthur do Val praticamente escreveu a mesma mensagem que o imitador de focas. Ninguém sério leva mais a sério os PsolKids, que se provaram oportunistas com claro viés de esquerda. Mas segue o show de horrores:

Esses são nossos "democratas" que se vendem como a resistência ao fascismo, que existe somente em suas imaginações toscas. Os que acusam Bolsonaro de insensível ou mesmo genocida destilam insensibilidade e torcem pela morte do presidente. A tática consiste em desumanizar o oponente, trata-lo como bicho, como um rato, um verme, e aí justificar essa postura abjeta.

Quem quer criticar o governo Bolsonaro ou a postura do presidente é livre para fazê-lo, e é legítimo que o façam numa democracia. O que estamos vendo, porém, é algo bem diferente disso. Estão tratando Bolsonaro como se fosse o próprio vírus chinês. Estão o colocando no rol dos piores tiranos genocidas do planeta, como se ele fosse Hitler, Stalin, Mao ou Fidel Castro. E isso enquanto normalmente defendem esses tiranos, ao menos os comunistas!

Tudo que podemos fazer numa hora dessas, além de expor a hipocrisia de seus discursos "humanitários", é rezar por suas almas. Essas pessoas devem ser muito infelizes, com vidas bem medíocres e vazias, para destilar tanto veneno e ódio assim...

Rodrigo Constantino, colunista -  Gazeta do Povo -VOZES 

 

segunda-feira, 1 de julho de 2019

General Heleno discursa em ato em defesa de Moro

Atos em defesa de Moro miram Congresso e STF 

Mobilizações são registradas em ao menos 70 cidades dos 26 estados e no DF

Manifestantes saíram neste domingo às ruas em pelo menos 70 cidades dos 26 Estados, além do Distrito Federal, em defesa do ministro da Justiça, Sérgio Moro, da Operação Lava Jato e da aprovação da reforma da Previdência – uma das principais bandeiras do governo. Os atos também foram marcados por novos ataques ao Congresso e a ministros do Supremo Tribunal Federal. No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro citou a “civilidade” e “legitimidade” dos movimentos, enquanto o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno, discursou em um carro de som ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em Brasília.

Quatro bonecos foram inflados em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Dois deles simbolizando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Lula (ambos com roupa de presidiário), um de Moro vestido de super-homem e o último unindo Lula, o ex-ministro do PT José Dirceu e o ministro Gilmar Mendes, do STF. Na avenida Paulista, lugar escolhido pelos manifestantes em São Paulo, bonecos e faixas também traziam críticas ao Supremo e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Os protestos foram convocados depois que o site The Intercept Brasil passou a divulgar supostas trocas de mensagens entre Moro e procuradores da Lava Jato em Curitiba. Essas mensagens sugerem a intervenção do então juiz federal na condução da operação, inclusive com a indicação de possíveis testemunhas. A iniciativa dos atos coube a grupos como o MBL e o Vem Pra Rua. Atuantes durante o processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, eles não participaram das manifestações pró-Bolsonaro de maio passado – marcadas, como neste domingo, por ataques ao Supremo e ao Congresso. O Nas Ruas, criado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), também teve participação ativa na organização.

Tumulto
Integrantes do MBL chegaram a ser hostilizados por outros ativistas, por um discurso de “independência” em relação a Bolsonaro. Em São Paulo, cerca de 20 integrantes do DireitaSP foram até o caminhão do MBL estacionado em frente ao Masp para gritar contra o grupo. Houve um princípio de tumulto e a Polícia Militar teve de agir para evitar uma briga generalizada. No Rio de Janeiro, também houve ataques entre integrantes de grupos diferentes. “A gente não puxa o saco do Bolsonaro e somos críticos ao governo”, disse Renato Battista, coordenador nacional do MBL.

Na avenida Paulista, que teve quatro quadras ocupadas por manifestantes vestindo principalmente verde e amarelo, o carro de som do Nas Ruas foi o ponto de encontro mais “governista” do ato. Entre os oradores, além de Zambelli, estavam o empresário Luciano Hang, dono da Havan, o senador Major Olimpio (PSL) e o cantor Latino. “Nós apoiamos o ministro Sérgio Moro, o pacote anticrime e o governo Bolsonaro”, afirmou Tomé Abduch, porta-voz do Nas Ruas.

‘Eu vejo’. Após a publicação das supostas mensagens pelo The Intercept Brasil, Moro se apresentou em audiência no Senado. Com isso, ele buscou esvaziar articulação de partidos de esquerda que falavam em criar uma CPI. O ministro nega qualquer interferência nas investigações quando era juiz e coloca em dúvida o teor das mensagens. Ele usou o Twitter para se referir às manifestações. “Eu vejo, eu ouço, eu agradeço. Sempre agi com correção como juiz e agora como ministro”, escreveu ele, em uma das mensagens. Em outra, agradeceu o apoio de Bolsonaro. “Sou grato ao PR (presidente da República) e a todos que apoiam e confiam em nosso trabalho. Hackers, criminosos ou editores maliciosos não alterarão essas verdades fundamentais. Avançaremos com o Congresso, com as instituições e com o seu apoio.”

No Rio, o ato chegou a ocupar cerca de seis quadras da Avenida Atlântica, em Copacabana. O ato teve o Hino Nacional e palavras de ordem como “O STF é uma vergonha”, “Rodrigo Maia se acha 1.º ministro”, “Fora PT e a velha política”.

Em Porto Alegre, o ato foi realizado no centro, apesar da chuva e do frio de 16 graus. Foram registradas ainda manifestações em capitais como Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Goiânia (GO) e Curitiba (PR), e cidades do interior paulista, como Campinas e Sorocaba. Em Boston (EUA), o ato reuniu cerca de 20 pessoas. A frase “In Moro We Trust” (Em Moro nós confiamos) apareceu em cartazes.
PEDRO VENCESLAU, DENISE LUNA, RENATO ONOFRE, EDUARDO RODRIGUES, GABRIELA BILÓ, JOSÉ MARIA TOMAZELA e LEONARDO AUGUSTO, RITA SOARES, PEDRO MOREIRA, LUCIANO NAGEL, JULIO CESAR LIMA E MARÍLIA NOLETO, ESPECIAIS PARA O ESTADO