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domingo, 6 de agosto de 2023

Governo Lula fez sua escolha: está contra a polícia e do lado do crime - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Assassinato do soldado Patrick Bastos Reis expõe obsessão suicida da esquerda em atacar ações da força policial

Os governantes do Brasil têm diante de si uma opção evidente. Ou ficam do lado da sociedade e contra o crime, ou ficam do lado do crime e contra a sociedade
No primeiro caso, apoiam a polícia – e têm o aplauso de uma população oprimida pela selvageria cada vez maior dos criminosos. No segundo, são contra a polícia – e têm o aplauso do governo Lula, das classes intelectuais e da maioria da mídia. 
Entre uma escolha e a outra, há um oceano de hesitações
Umas delas são trazidas pela boa índole das pessoas em geral, ou por boas intenções, ou pelo princípio de que os criminosos têm direito à Justiça. 
A maior parte vem da desonestidade, da hipocrisia e da cegueira mental de quem diz que a culpa é sempre do policial. 
O que não existe é a possibilidade de estar dos dois lados ao mesmo tempo. É como nos números – ou é par ou é ímpar. 
Não se pode querer segurança pública e estar em guerra permanente contra as ações da força policial.
 
 Taba Benedicto/Estadão
Movimentação de policiais militares no distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá, litoral de São Paulo; soltado da PM foi morto Foto: Taba Benedicto/Estadão

O recente assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, no Guarujá, vale por um curso completo nesta obsessão suicida da esquerda, e dos que se julgam politicamente “civilizados”, contra a polícia e a favor das suas fantasias de que o homicídio, o roubo a mão armada ou o estupro são um “problema social” e que os bandidos são vítimas da “situação econômica”.  

O soldado foi morto dentro do carro da PM, com um tiro disparado de 50 metros de distância; é assassinato a sangue frio, sem “confronto” de ninguém contra ninguém.  
O assassino se entregou; não foi “executado”, como dizem os pensadores de esquerda e as camadas culturais a cada vez que um criminoso é morto em choque com a polícia. 
Tem advogado e está à disposição da Justiça. O que mais eles querem? Se a PM tivesse ficado passiva, os gatos gordos do governo, o sindicato dos bispos e as OABs da vida não teriam dado um pio. [em quem o ilustre articulista estaria pensando quando usou a expressão 'gatos gordos'?]   Mataram um policial? Dane-se o policial; além do mais, é um avanço para as “pautas progressistas”.
Mas a PM foi atrás dos cúmplices e mandantes do crime. Recebida à bala, matou sete bandidos com antecedentes criminais; outros foram presos. Pronto. 
O ministro da Justiça já suspeita que a ação da polícia foi “desproporcional”. O dos Direitos Humanos se diz “preocupado”. A mídia descreve as operações da PM como “represálias” contra a “população”, e não contra o crime. É um retrato perfeito do Brasil de hoje. 
O governo Lula quer fechar os clubes de tiro; acha que só a bandidagem tem direito de ter armas. Quer 40 anos de cadeia para quem “atentar” contra os peixes graúdos de Brasília – e “desencarceramento” para quem cometeu crimes. Está contra a polícia de São Paulo. Escolheu o seu lado.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
 
 

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Barulho inútil - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Desfile de blindados passou por Brasília sem incomodar um tico-tico, mas foi transformado 

Brasília, como se sabe desde 1960, é uma dessas cidades onde as camadas mais altas – políticos, potentados do serviço público e todo o mundinho que vive delas, numa relação de seres que só prosperam como parasitas uns dos outros – não trabalham. Não de verdade; o trabalho que fazem produz bens e serviços de valor igual a três vezes zero e dificilmente seria considerado “trabalho” pela maioria dos brasileiros comuns. (Com o “home office”, é claro, a coisa só piora.) O resultado é que a capital passou a ser o paraíso natural número 1 das falsas questões, crises ou problemas. É natural. Na falta do que fazer, inventa-se coisas extraordinárias, emocionantes e em geral absolutamente falsas, para dar aos peixes graúdos a oportunidade de fingir que estão resolvendo problemas monumentais e inexistentes – e de parecer, assim, importantíssimos para os destinos do Brasil e do mundo.

Aconteceu de novo, com a história desse “desfile militar” que passou por Brasília a caminho de uma área de Goiás que fica ali perto, onde faria as mesmas manobras que vem fazendo no mesmo lugar há 33 anos – uma carreata de carros blindados que atravessou a cidade, deu uma paradinha no Palácio do Planalto para entregar um convite (o presidente gostaria de ver o exercício?) e foi-se embora sem incomodar um tico-tico. 

Esse não-fato foi transformado, no minuto que se soube dele, numa “crise militar” de primeiríssima grandeza. [a crise se tornaria grave, importante, se o bom senso não tivesse pousado sobre o ministro Toffoli iluminando-o, situação que o levou a perceber a gravidade de qualquer decisão que pretendesse impedir que as FF AA desfilassem, ou transitassem, em solo brasileiro.
O ministro inspirado remeteu o assunto ao STJ que quando o recebeu o evento combatido já tinha ocorrido e ocorreu a famosa, e muitas vezes útil, perda do objeto.] Era o dia da votação da emenda propondo mudanças no atual sistema de votação para as eleições de 2022; por conta disso, e só disso, políticos, mídia e primeiros escalões e geral entraram em transe. Estaria havendo, segundo a bolha de Brasília, uma “ação militar” para intimidar a Câmara dos Deputados; era uma ameaça de “golpe”, ou de pré-golpe, um momento de “tensão” e mais uma porção de coisas horríveis.
Nada disso tem, teve ou terá o menor ponto de contato com a realidade. Os tanques de guerra (na verdade, o que mais tinha era caminhão de transporte) foram embora, a mudança no sistema eleitoral não alcançou os 308 votos que precisava para ser aprovada teve até maioria de votos, mas não o suficiente [ainda que fosse aprovada em dois turnos na Câmara, o Pacheco sentaria em cima e quando fosse a primeiro turno no Senado a anterioridade eleitoral do artigo 16, CF,  impediria que fosse aplicada nas eleições 2022.]e meia hora após a passagem do desfile a história toda estava morta e enterrada. Ou seja: barulho inútil do primeiro ao último dos 15 minutos de fama que essa história teve.
A ocasião, naturalmente, serviu para políticos que morrem de medo de uma bala de borracha mostrassem toda a sua valentia diante dos “militares”, dizendo que não se deixariam “intimidar” e outras lorotas. 
Só ficam valentes porque que não correm risco nenhum fazendo cara de machão para general bonzinho
sabem que não vai acontecer nada, e que falar mal do Exército, hoje, é tão perigoso quanto falar mal do Instituto de Pesos e Medidas. [a abordagem do ilustre colunista Guzzo, levanta uma pergunta que insiste em surgir quando alguma autoridade, em sua maioria inimiga do presidente e do Brasil, diz que as instituições estão alertas e não permitirão que a democracia seja quebrada, etc, etc
A pergunta é: se a sempre invocada quebra da democracia for realmente para valer, como as instituições vão impedir? 
Não olvidem que tais tipo de quebra não são avisadas com antecedência nem discutidas em redes sociais. Quando chegam ao nosso conhecimento já ocorreram ou estão em fase adiantada.]

Serviu, também, para se ouvir uma dessas declarações que seriam um poema se não tivessem sido feitas. “Foi uma coincidência trágica”, disse o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, referindo-se ao desfile e a votação. “Trágica” por que? O deputado Lira, então, acha que a presença legal de tropas do Exército Brasileiro na capital do país é uma tragédia? É ele quem está dizendo.
 
J. R. Guzzo,  colunista - O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 19 de março de 2021

A culpa de Pazuello: acusações que não param de pé - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

No futuro, vai se saber com mais exatidão as responsabilidades do terceiro ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro – ou, o que é mais provável, nunca se saberá nada ao certo

Em algum dia, no futuro, vai se saber com mais exatidão os méritos, os deméritos e as responsabilidades do terceiro ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro – ou, o que é mais provável, nunca se saberá nada ao certo, pois o episódio todo e o seu personagem principal já estavam confortavelmente esquecidos 24 horas depois da demissão. Nesses casos, como se sabe, o interesse para se verificar os fatos desaparece e em geral não volta mais.

Sempre é possível afirmar, porém, algumas coisas básicas sobre essa tempestuosa passagem do general Eduardo Pazuello, homem de intendência e de logística, pelo ainda mais tempestuoso Ministério da Saúde. A mais curiosa é a seguinte: o ex-ministro não deu certo, tanto que foi demitido, mas as acusações mais apaixonadas contra ele não ficam de pé por cinco minutos.

O principal delito do general como ministro, segundo a narrativa geral apresentada ao público, é que ele “não conteve o avanço da pandemiano Brasil. Como assim, “não conteve?” E quem é o general Pazuello para conter uma calamidade deste tamanho? 
Quem, em qualquer lugar do mundo, conseguiu conter? 
Até hoje ninguém, com certeza. Não se sabe então, quanto a isso, qual seria a culpa específica do ex-ministro.
Outra culpa imputada a ele, para se ficar em linguagem jurídica, é que a vacinação está indo mal
Pode ser, mas nesse caso é necessário explicar por que o Brasil, entre os 200 países do mundo, é o quinto que mais vacinou até hoje; está a caminho dos 12 milhões de vacinas aplicadas, em dois meses de ação. Salvo a Inglaterra, nenhum país da Europa, nem o Japão ou o Canadá, aplicaram mais vacinas que o Brasil.
O general é acusado – falou-se até em processo na justiça por sua “negligência” perante o trágico caos sanitário em Manaus, onde faltou “até oxigênio”, nas palavras da mídia. 
E o que ele teria a ver com a falta de oxigênio em Manaus? 
Não existe no mundo lugar onde comece a faltar oxigênio de uma hora para outra – isso é um efeito clássico do abandono permanente do sistema hospitalar por quem devia cuidar dele. 
É trabalho da Prefeitura e do Estado, ainda mais depois das ordens expressas do STF em suas ordenações gerais sobre a covid. 
Justo a Prefeitura de Manaus e o governo do Amazonas, envolvidos desde os primeiros dias da vacinação em fraudes para furar a fila em favor de parentes dos peixes graúdos?

É por essa e por outras que é tão difícil, neste país, alguém ser responsabilizado objetivamente pelos erros administrativos que de fato cometeu. Falam muito, sempre, mas é só isso que acontece – falatório.

J. R Guzzo, jornalista - O Estado de S. Paulo