Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Assassinato do soldado Patrick Bastos Reis expõe obsessão suicida da esquerda em atacar ações da força policial
Os
governantes do Brasil têm diante de si uma opção evidente.Ou ficam do
lado da sociedade e contra o crime, ou ficam do lado do crime e contra a
sociedade.
No primeiro caso, apoiam a polícia –e têm o aplauso de uma
população oprimida pela selvageria cada vez maior dos criminosos. No
segundo, são contra a polícia –e têm o aplauso do governo Lula,
das classes intelectuais e da maioria da mídia.
Entre uma escolha e a
outra, há um oceano de hesitações.
Umas delas são trazidas pela boa
índole das pessoas em geral, ou por boas intenções, ou pelo princípio de
que os criminosos têm direito à Justiça.
A maior parte vem da
desonestidade, da hipocrisia e da cegueira mental de quem diz que a
culpa é sempre do policial.
O que não existe é a possibilidade de estar
dos dois lados ao mesmo tempo. É como nos números – ou é par ou é ímpar.
Não se pode querersegurança públicae estar em guerra permanente contra as ações da força policial.
O recenteassassinato do soldado Patrick Bastos Reis,
no Guarujá, vale por um curso completo nesta obsessão suicida da
esquerda, e dos que se julgam politicamente “civilizados”, contra a
polícia – e a favor das suas fantasias de que o homicídio, o roubo a mão
armada ou o estupro são um“problema social” e que os bandidos são
vítimas da “situação econômica”.
O soldado foi morto dentro do carro da
PM,com um tiro disparado de 50 metros de distância;é assassinato a
sangue frio, sem “confronto” de ninguém contra ninguém.
O assassino se
entregou; não foi “executado”, como dizem os pensadores de esquerda e as
camadas culturais a cada vez que um criminoso é morto em choque com a
polícia.
Tem advogado e está à disposição da Justiça. O que mais eles
querem? Se a PM tivesse ficado passiva, os gatos gordos do governo, o
sindicato dos bispos e as OABs da vida não teriam dado um pio. [em quem o ilustre articulista estaria pensando quando usou a expressão 'gatos gordos'?] Mataram
um policial? Dane-se o policial; além do mais, é um avanço para as
“pautas progressistas”.
Mas
a PM foi atrás dos cúmplices e mandantes do crime. Recebida à bala,
matou sete bandidos com antecedentes criminais; outros foram presos.
Pronto.
O ministro da Justiça já suspeita que a ação da polícia foi “desproporcional”. O dos Direitos Humanos se
diz “preocupado”.A mídia descreve as operações da PM como
“represálias” contra a “população”, e não contra o crime. É um retrato
perfeito do Brasil de hoje.
O governo Lula quer fechar os clubes de
tiro; acha que só a bandidagem tem direito de ter armas. Quer 40 anos de
cadeia para quem “atentar” contra os peixes graúdos de Brasília – e
“desencarceramento” para quem cometeu crimes. Está contra a polícia de
São Paulo. Escolheu o seu lado.
Fabio Tofic trabalhou para Fábio Luis Lula da Silva e, agora, tenta libertar Patric Uelinton Salomão (Forjado)
Forjado foi um dos alvos da Operação Sequaz, deflagrada na quarta-feira 22 | Foto: Divulgação
Um dos responsáveis pelo plano doPrimeiro Comando da Capital
(PCC) de assassinar o senador Sergio Moro (União-PR) e o promotor
Lincoln Gakiya,o criminoso Patric Uelinton Salomão foi solto no início
do ano passado graças ao advogado Fabio Tofic, que também atua na defesa
de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, no âmbito da Operação Lava Jato.
“Forjado”, como é conhecido dentro da facção, é um dos líderes de uma
ala do PCC que organiza e financia sequestros e atentados contra
autoridades e agentes públicos. É o que afirma a Polícia Federal.
Outras investigações mostram que Forjado faz parte da chamada
“Sintonia Final”, responsável pela execução das ações planejadas pelo
PCC.
A lista de ordens inclui roubos, sequestros e assassinatos.
Assim
como as demais alas da facção, a Sintonia Final é subordinada apenas aos
íderes máximos da facção — como Marco Willians Herbas Camacho, o
Marcola, transferido para a Penitenciária Federal de Brasília em 2019.
Forjado foi um dos alvos da Operação Sequaz, deflagrada
na quarta-feira 22. Ele já havia sido sentenciado por diversos crimes,
como tráfico de drogas, formação de quadrilha, roubo e homicídio.
No
início de 2022, cumpria pena por uma ação penal de lavagem de dinheiro. O
Ministério Público de São Paulo (MP-SP) estima que Forjado e outros 19
réus ocultaram cerca de R$ 1 bilhão em movimentações ilegais. Ele está
foragido.
Lulinha e Lava Jato Fabio Tofic atuou na defesa Lulinha em uma investigação no âmbito da Lava Jato. Na época, o filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi acusado de receber mais de R$ 100 milhões do grupo Oi/Telemar,por intermédio da empresa Gamecorp. O caso foi arquivado pela Justiça Federal de São Paulo no início do ano passado.
Tofic destacou, na alegação final da defesa, que, durante as
investigações contra o PCC, o nome de seu cliente foi usado de maneira
errônea. Por esse motivo, acusações equivocadas foram atribuídas à
Forjado.“Ainda que Patric fosse ‘RB’, o que se afirma apenas por amor ao
debate e para demonstrar a teratologia da hipótese ventilada, referida
planilha demonstraria, no limite, que o defendente teria, em tese,
contribuído para a entrada de valores na organização criminosa; que
teria auferido valores que entraram na contabilidade do grupo”, afirmou o
advogado. “Mas, contribuir com a entrada de ativos, ainda que no
contexto de uma facção criminosa, não configura crime de lavagem de
dinheiro!”
Onze dias depois, Patric foi absolvido da acusação de lavagem de
dinheiro. O juiz Thiago Baldini De Filipp, da 1ª Vara de Crimes
Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, expediu o
alvará de soltura que colocaria Forjado em liberdade no mês seguinte. O
MP-SP recorreu da decisão e, ainda hoje, o advogado Tofic defende o
membro da facção nesse processo.
Ética não é palavra para se banalizar, como fizeram com "mentira" (fake news), democracia, genocídio e tantas outras. E falta de ética não é para deixar passar em branco, como se nada tivesse acontecido. Não na vida pública!
Nesta segunda, o programa Segunda Opinião debate a falta de ética na política,que vem se tornando regra no atual governo com várias denúncias contra três ministros em apenas um mês de governo e demonstrou ser regra, também, no Legislativo.
No dia da votação para presidente da Câmara e, especialmente, do Senado, as câmeras flagraram cenas deploráveis, como o deboche de Randolfe Rodrigues com as eleições em si ou com os rumos de um Legislativo cooptado pela política do toma-lá-dá-cá, que está de volta sem qualquer vergonha.
Talvez por estar certo de que os conchavos das semanas anteriores garantiriam a reeleição do aliado de Lula, Rodrigo Pacheco, Randolfe não teve o menor pudor ao demonstrar que sua única preocupação era com o resultado do bolão dos senadores.
Conselho de Ética para quê?
Dias depois da sessão de reeleição do presidente do Senado, marcada por outros casos de extrema falta de ética, o mesmo Randolfe Rodrigues protagonizou outro ato inaceitável partindo de qualquer cidadão, que dirá de um senador da República.
Ele roubou o celular de um youtuber que o interpelava sobre um projeto de lei tirânico que pretende calar críticos e adversários.
Roubo é crime, conforme tipificado no Código Penal Brasileiro, mas de certo Randolfe acha-se acima da lei e livre de qualquer investigação ou julgamento, mesmo que interno. Ele deixou de ser, afinal, um mero representante de um partido inexpressivo e de uma esquerda barulhenta para tornar-se lider de Lula no Senado.
Esse é o típico caso para análise no Conselho de Ética e a oposição a Lula (e a seu líder histriônico) já se movimentou para que isso ocorra.A nós, eleitores, cabe a fiscalização, a cobrança e a justa indignação a respeito de tanto descaso com a ética. Sem ela, resta apenas a barbárie.
Conheço algumas pessoas que não acordam com o humor nas alturas.
E daí? Que mal há nisso?
O cinismo
não passa de uma externalização do vício como virtude, do tipo daqueles
que idolatram e verbalizam como matracas a expressão “gratidão”!
Ademais, embora nada possa ser mais importante do que o indivíduo “único”, somos todos diferentes!
Confesso que me enquadro no time das pessoas que despertam no estilo da obsoleta válvula.
De acordo
com alguns, sou dotado de um defeito - para ser econômico - congênito:
sou um pessimista. Ou talvez um realista convicto.
Mais ainda nesse momento verde-amarelo. Que desagradável!
Mas como não ser pessimista com esse bando de ladrões incompetentes, mentindo pelos cotovelos?
Sou um
sujeito mediano, porém, longe de ser um mal informado para acreditar
nesses estúpidos e farsantes, com suas teses e ações risíveis e
destruidoras.
A turma do
amor, convenhamos, além de ser extremamente maliciosa, utiliza com
primor o embuste de promover e dizer exatamente o contrário daquilo que
pensa e, de forma mais importante, do que faz. Já notaram
que agora são as tais de união, de construção e, seguramente, as
palavras de ordem dos “guerreiros da simulação e do roubo”: igualdade e
justiça social.
Minha preferida, evidente, é liberdade, mas a de fato.
Claro que
muitos desses ineptos não sabem e/ou dissimulam para locupletarem-se,
que indivíduos livres não são iguais, e indivíduos iguais não são
livres. Biologia na veia.
Pois eu
ligo a televisão e não consigo me desvencilhar de uma palavra dita com a
mesma frequência e intensidade da enfadonha “gratidão”: “democracia”.
Admito que outro atributo que não exerço total controle sobre o meu ser - embora tenha exercitado e muito - é a chatice.
Putz, mas não é mais possível suportar esses incompetentes aludindo a “democracia”,por óbvio, a deles.
A democracia deles, segundo meu entendimento, significa realmente cleptocracia.
À
democracia que arrotam é mais ou menos aquela que verbalizam para
ludibriar a maioria dos tupiniquins mal formados e/ou informados. Os
objetivos são singelos: enganar e gatunar.
Esse
governo eleito professa absurdamente a (des)arte de enfatizar os vícios
do coitadismo ao invés das virtudes do desenvolvimento e do progresso
para todos.
A democracia da falsa igualdade acaba por conduzir a todos para a miséria da pocilga.
Eles fingem
e fraudam para iludir essa maioria de incautos do pau brasil, e eu já
disse que para otário ainda tenho que caminhar uma longa distância.
Não dá para
recomeçar o mundo do zero, o que é factível é factualmente dar
igualdade de oportunidades para todos, muito embora e rapidamente, a
diferenciação naturalmente se imporá. Repito: somos distintos, dotados
de diferentes atitudes, habilidades e planos de vida.
A questão principal sempre se aloja na mesma tecla: a dos incentivos institucionais, que por aqui estão de cabeça para baixo.
Um governo
“do bem e democrático”, meu juízo, deveria prover os incentivos
adequados para que as pessoas pudessem, por conta própria, melhorarem e
sentirem-se donas de seus destinos. Porém, a vasta maioria desses
politiqueiros se nutre do ciclo vicioso da dependência criada.
Qual é a ordem do dia vermelho?O tal do abstrato coletivo, a mentira da igualdade de resultados, e a corrupta justiça social.
Não aguento mais ouvir, ver e ler sobre essas tais de democracia e de justiça social.
Pior, nem posso desejar e recomendar que esses incompetentes trabalhem.
"O nosso sistema eleitoral é perfeito. O do Butão também, assim como o de Bangladesh"
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
— Candidato, o senhor quer aproveitar essa oportunidade que eu estou lhe dando generosamente e dizer a um Brasil de audiência que vai reconhecer a sua derrot… quero dizer, que vai reconhecer o resultado da eleição?
— Vou reconhecer o resultado se a eleição for limpa.
— Candidato, está provado que as eleições são limpas.
— Como assim?
— Isso mesmo que o senhor ouviu: está provado que as eleições brasileiras são limpas.
— “São”?
— São.
— Mas as eleições nem aconteceram ainda, como você sabe que elas são limpas?
— Porque eu sei. Entendo disso. Fui eu mesmo que fiz a pauta do telejornal.
— Ah, tá. Mas e se der algum problema? Não existe sistema perfeito, né?
— Existe sim. O nosso sistema eleitoral é perfeito. O do Butão também, assim como o de Bangladesh.
— Você falando assim eu fico até aliviado.
— Se eu fosse você não ficava.
— Por quê?
— Nada. Esquece. Coisa minha. Vamos continuar a sabatina.
— Pois não.
— Candidato, por que o senhor não aproveita essa oportunidade que eu estou lhe dando generosamente e admite para um Brasil de audiência que o outro candidato é muito melhor?
— Porque eu não acho.
— O senhor não se acha arrogante, agressivo e antidemocrático querendo derrotar um candidato que todo mundo acha melhor que o senhor?
— Todo mundo, quem?
— Ah, todo mundo: a MPB, o STF, os grandes bancos, nós… quer dizer… nós, não. Nós somos absolutamente isentos. Nossa missão é informar.
— Eu já notei.
— Que bom, candidato. Com o senhor espalhando desinformação, alguém tem que informar, correto?
— Que desinformação eu espalhei?
— Que as eleições não são limpas.
— Eu não disse isso. Disse que quero que as eleições sejam limpas. Você é que está dizendo que elas são limpas antes delas acontecerem.
— E são mesmo. Está provado.
— Provado por quem?
— Pelo Barroso, pelo Fachin e pelo Alexandre de Moraes. Ele até disse que teve que engolir a derrota do Corinthians pro Internacional mesmo tendo sido roubada, então todo mundo vai ter que engolir o resultado dessa eleição.
— Não entendi. Quer dizer que roubo não se discute?
— Não. Quer dizer que quem perde tem que calar a boca. Perdeu, mané.
— E o que isso tem a ver com eleição limpa?
— Cala a boca. Perdeu, mané.
— Como perdi, se a eleição ainda não aconteceu?
— Olha as pesquisas.
— A eleição vai ser tão limpa quanto as pesquisas?
— O dicionário. Na letra i tem um monte de palavra bonita. Sempre que quero botar mais ênfase e falar balançando a cabeça pro meu topete se mexer abro o dicionário na letra i.
— Interessante.
— Também é com i, mas não acho uma palavra tão forte, por isso não usei.
— Certo. Acabou a sabatina?
— Não. O senhor ainda não reconheceu que as eleições serão limpas.
— É porque as eleições ainda não…
— Candidato! Pare de desinformar. Pare de atentar contra a democracia. Pare de atacar a imprensa. Pare de atacar o judiciário. Diga logo que as eleições são limpas e não amola.
— Como podem ser consideradas limpas se não são auditáveis?
— Fake news! Candidato, você e o seu gabinete do ódio inventaram essa história de voto auditável para tentar roubar a eleição.
— Roubar? É justamente o contrário…
— Cala a boca! O senhor já falou demais aqui. Nem sei por que estou te dando tanto espaço. Até me arrependi da minha generosidade.
— Tá bom. Vou embora. Mas se depois da eleição algum técnico encontrar problemas nas urnas que não são auditáveis posso voltar aqui pra comentar?
— Isso é impossível, candidato. As eleições são limpas. Pare de tentar dar o golpe.
— Transparência é golpe?
— Quando mostra o que não deve, é.
— Ah, agora que entendi a lógica.
— Você é um pouco lento.
— Sem dúvida.
— Tão lento que fica querendo disputar uma eleição que já perdeu ahaha. Desculpe, me empolguei.
A bandidagem punida pela Lava Jato quer de volta o dinheiro que entregou para escapar da cadeia
Quer dizer que agora existem vagas na cadeia também para delinquentes da
classe executiva?, intrigaram-se em 20 de março de 2014 milhões de
brasileiros fartos da roubalheira institucionalizada pelos governos do
PT.
A recém-nascida Operação Lava Jato, que agrupava juízes,
procuradores e policiais federais, prendera Paulo Roberto Costa, diretor
de Abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012.
Ao executivo nomeado pelo
presidente Lula, que o chamava dePaulinho, não demorariam a
juntar-se outros três diretores da estatal — Renato Duque, Nestor
Cerveró e Jorge Zelada.Quer dizer que enfim seria dissolvido o clube
dos condenados à perpétua impunidade? Seria, começou a acreditar o país
que presta quando a devassa do escândalo do Petrolão pareceu ter
atingido, em 20 de novembro de 2014, o ponto de não retorno.
Naquele dia,a fase da Lava Jato batizada de Juízo Final iniciou a
varredura das catacumbas que ocultavam empresários premiados com obras
públicas multibilionárias.
Convocado para depor na Polícia Federal de
Curitiba, um bando de figurões homiziados no comando das nove maiores
empreiteiras nacionais provocou o primeiro congestionamento de jatinhos
na história do aeroporto da capital paranaense, fez uma escala nos
quartos de hotéis que reservara por uma noite e foi caprichar no papel
de inocente.
Aquilo não duraria mais que duas horas, informava o sorriso
confiante dos depoentes. Todos só voltariam para casa depois de longos
meses hospedados na gaiola. E então mesmo os céticos profissionais
desconfiaram que a coisa era para valer. Disso o país inteiro teve
certeza com o início do cortejo de delações premiadas.
Para escaparem da cadeia, quadrilheiros toparam escancarar caixas pretas, contar tudo o que sabiam e, para espanto das vítimas da quadrilha, devolver à Petrobras ao menos parte do produto do roubo. Passados 500 dias, a Lava Jato havia recuperado R$ 870 milhões.Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da estatal, nem esperou por cobranças: em fevereiro de 2015, avisou que entregaria aos integrantes da Lava Jato pouco menos de US$ 100 milhões.
A rendição do novo rico acampado no segundo escalão inaugurou o desfile de cifras inverossímeis, produzidas por refinarias que não saíram das pranchetas e promessas ou ultrapassaram em décadas o prazo fixado para a conclusão das obras.
Todas acabaram reduzidas a usinas de licitações criminosas, contratos superfaturados, aditivos pornográficos, propinas de dimensões siderais e outras bandalheiras espantosas.
Em 28 de janeiro de 2015, a presidente da Petrobras, Graça Foster, informou que o saque somara R$ 88,6 bilhões. Tal façanha resultou da mobilização de um elenco de filme épico italiano. O Petrolão juntou gatunos em ação no comando da estatal, empreiteiros de grosso calibre, ministros de Estado, senadores, deputados e donos de distintos partidos, doleiros lavadores de dinheiro, empresários com livre acesso ao Planalto, vigaristas tarimbados(como José Dirceu e Antonio Palocci), sumidades ainda pouco valorizadas(como Sérgio Cabral),um presidente da Câmara, o marqueteiro do rei, três tesoureiros do PT e, fora o resto, um ex-presidente da República. Mas havia topado com adversários bons de briga, bem equipados e extraordinariamente eficazes, que já no início do embate venceram a disputa pelo apoio da torcida brasileira.
Entre o início de 2014 e o fim de 2018, a grande maioria dos brasileiros festejou a ampliação diária do acervo de provas, evidências e indícios de que, se é verdade que chegou com as primeiras caravelas, a corrupção havia alcançado proporções pandêmicas com a Era PT. Para os poderosos patifes, 6 da manhã tornou-se a mais cruel das horas: era nesse momento que soavam as pressagas batidas na porta. Em março de 2016, conversas grampeadas atestaram a onda de angústia que invadira o Congresso. Era preciso estancar a sangria, implorou o senador Romero Jucá aos parceiros Renan Calheiros e José Sarney. A publicação da súplica custou a Jucá a antipatia nacional, a suspensão de viagens em aviões de carreira e a derrota na tentativa de reeleger-se.
Em contrapartida, foram promovidos a heróis nacionais os participantes da ofensiva que, por ter desmontado o maior esquema corrupto de todos os tempos, tornou-se a mais eficiente operação anticorrupção da história. Nos desfiles de 7 de Setembro, a passagem das viaturas da Polícia Federal foi aclamada pela multidão.
Nas raras aparições públicas, o juiz Sergio Moro passou a ser aplaudido de pé. É compreensível que os brasileiros honestos tenham enxergado na prisão de Lula a efetiva entrada em vigor de um preceito esquecido numa página da Constituição: todos são iguais perante a lei.
A sentença de Moro, expedida em julho de 2017, foi confirmada em janeiro de 2018 pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre. E começou a ser cumprida em em 7 de abril de 2018.
“O Brasil se tornou um país de corruptores sem corruptos”
Sentenciado a pouco mais de 12 anos de cadeia pelas trapaças que envolveram o tríplex do Guarujá, o ex-presidente foi solto em 8 de novembro de 2019 pela mão amiga do Supremo Tribunal Federal.
Na véspera, para devolver às ruas o criminoso já punido em segunda instância também pelo que andou fazendo com o sítio em Atibaia, a maioria da Corte decidira que ninguém pode ser preso antes da tramitação em julgado da sentença condenatória. Em março de 2021, o socorro indecoroso se completou com a inacreditável acrobacia executada pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
Desde que assumiu o posto vago pela morte de Teori Zavascki, Fachin vinha julgando com a placidez de monge tibetano os recursos fabricados pelos advogados de Lula. Só ao deliberar sobre a derradeira manobra o malabarista togado decidiu que o réu deveria ser julgado em Brasília, não em Curitiba.
Ao inventar a Lei do CEP,o juiz nomeado por Dilma Rousseff arrancou a máscara que camuflava o mais dissimulado dos ministros.
Ele reivindicara o lugar deixado por Zavascki para consumar o assassinato da Lava Jato, desativada pelo procurador-geral Augusto Aras em fevereiro de 2021. E também inspirar-se no avesso da verdade para transformar um belo capítulo da saga republicana no mais obsceno faroeste à brasileira.
Graças ao roteirista espertalhão, neste outono de 2022 Lula disputa a Presidência caprichando na pose de inocente, aciona judicialmente o procurador federal Deltan Dallagnol por “danos morais”, exige a condenação de Moro por ter perseguido a alma viva mais pura da nação e afirma que o Petrolão nunca existiu.
No momento, quem deve explicações é o juiz que cumpriu seu dever. No faroeste à brasileira, é o bandido que vence no final. O PT acha pouco: para bancar a festa da vitória, quer que o Supremo obrigue Moro a pagar uma indenização de bom tamanho ao partido que virou bando. Animados com a soltura do chefe, numerosos quadrilheiros solicitam que a conversa fiada que livrou Lula da cadeia seja estendida aos demais companheiros.
Previsivelmente, apareceram no palco delatores premiados que querem recuperar o produto do roubo usado para driblar a gaiola.
A realidade brasileira supera o que há de mais inventivo na estante do realismo fantástico.
“É simplesmente imoral pretender a devolução do dinheiro saqueado por ímprobos administradores”,ensina o jurista Ives Gandra Martins, que também contesta as críticas à operação que enquadrou os saqueadores da Petrobras. “Não houve qualquer cerceamento de defesa e as decisões foram baseadas em provas materiais de corrupção, concussão, desvio de verbas públicas, favores inadmissíveis e retorno da parte do assalto às finanças estatais”, resume Gandra. “Não creio que tenha sido esta a intenção da Corte, mas o STF desmontou a Operação Lava Jato. O Brasil se tornou um país de corruptores sem corruptos.”
O jurista Adilson Dallari endossa os pareceres de Gandra.“Tentou-se mostrar que havia um conluio entre o Ministério Público e o juiz. Juízes, promotores e advogados conversam, sim, fora dos autos, mas isso não compromete o curso do processo, nem anula a decisão. Basta ler o texto das sentenças, muito bem elaboradas e confirmadas nas instâncias superiores.” Dallari vê as coisas como as coisas são. “Não há ex-condenados, mas descondenados. O STF buscou e encontrou um subterfúgio para livrar o Lula. Outros réus pegaram carona na ação entre amigos que beneficiou o ex-presidente.” Para o jurista, denúncias e ações contra procuradores e juízes têm vida curta: “Depois das eleições serão todas arquivadas, pois são totalmente despropositadas e infundadas”.
Na História Nacional da Infâmia, a sinopse do mais torpe faroeste à brasileira caberá em uma única frase: “Quando as investigações se aproximaram perigosamente de alguns ministros do Supremo e seus amigos, os ameaçados resolveram estancar a sangria”.
Cartão por aproximação: lado a lado com vítimas, golpistas roubam dinheiro de conta bancária. Saiba como se proteger
Ativar autorização por celular e capa de proteção estão entre orientações para não ser lesado
Uma em cada quatro transações presenciais com cartões de crédito é
feita por aproximação, informa a Associação Brasileira das Empresas de
Cartão de Crédito e Serviços (Abecs). A previsão é que a modalidade
chegue a representar metade das transações no país até o fim de 2022. Em
alta de 375%, o pagamento via cartão por aproximação tem conquistado
usuários pela comodidade e atraído criminosos que se utilizam da
tecnologia NFC(Near Field Communication) que, em português, pode ser
traduzido como "comunicação de campo próximo", para surrupiar o dinheiro
da conta enquanto estão lado a lado com suas vítima.
Uma em cada quatro operações presenciais com cartão de crédito são feitas por aproximação, segundo a AbecsPixabay
Os criminosos chegam perto das pessoas com maquininhas de aproximação
para tentar fazer operações em cartões desprotegidos. Isso é possível
porque, como não há necessidade de digitar a senha, muitas vezes o
consumidor só percebe que foi vítima de roubo horas depois.
Para se precaver desse golpes, as duas principais orientações dos
especialistas são: ativar a autorização pelo celular e utilizar uma capa
protetora no cartão.
As investidas de golpistas chegaram a acender o alerta em deputados
estaduais no Rio de Janeiro, e a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)
chegou a aprovar um projeto segundo o qual a emissão de cartões de de
crédito ou débito por aproximação deveria ser previamente aprovada pelo
consumidor.
As operadoras, previa a lei, também deveriam informar sobre medidas
para evitar roubo, furto e limites de transações. O governador Cláudio
Castro, no entanto, vetou o projeto de lei.— Deixe o celular habilitado para todas as suas operações, assim será
avisado imediatamente de qualquer movimentação e poderá agir
imediatamente para cancelá-la — orienta Francisco Gomes Júnior,
especialista em Direito Digital e Crimes Cibernéticos e presidente da
Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP).
Em fevereiro, o Procon-SP emitiu um alerta para esta modalidade de crime: "Há notícias de pessoas que foram vítimas de criminosos que aproximam
máquinas que usam essa tecnologia — conhecida como NFC — e debitam
valores do cartão de crédito e de débito", afirmou a nota do órgão, à
época.
É responsabilidade dos bancos responder por eventuais prejuízos
causados às vítimas de golpe, orienta Fabio Pasin, pesquisador do
programa de serviços financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor (Idec).— O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor determina que o
fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços — diz.
Confira as dicas Utilize capas protetoras no cartão, elas são feitas de materiais como fibra de carbono, alumínio e plástico e impedirão leituras e operações indevidas. Cadastre o cartão no smartwatch ou no celular. Dessa forma, a transmissão só será autorizada mediante a confirmação nos dispositivos. Desabilite a função de proximidade. Esta solicitação pode ser feita por aplicativo ou com a empresa do cartão. Diminua o valor-limite para compras por aproximação. Use carteiras revestidas por metal ou algum tipo de material especial e dispositivos podem bloquear a ação das maquininhas que se aproximam. Parcelamento: Relp: programa de parcelamento de dívidas de empresas registra 380 mil adesões. Use papel laminado para revestir o cartão, fazendo com que haja o bloqueio da radiofrequência. Use cartão virtual quando optar por fazer compras na internet. Confira o valor do débito. No pagamento por aproximação, o visor da máquina está virado para o vendedor, e o pagador não confere o valor do pagamento. Ao perceber que o cartão foi clonado, entre em contato com a administradora e peça imediatamente o bloqueio. Faça um boletim de ocorrência na delegacia para, de alguma forma, reaver os valores perdidos na fraude.
As centenas de bilhões que sobraram, porque o roubo acabou, mostram o tanto que os corruptos tiravam dos pagadores de impostos
O IBGE acaba de mostrar que o PIB brasileiro cresceu
4,6% em 2021e superou as perdas da pandemia.
No ano anterior, embora o
FMI tenha previsto uma queda de 9%, o PIB do Brasil caiu metade disso:
3,9%.
A despeito da campanha do fique em casa e feche tudo, o brasileiro
levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima.
Nossa resiliência é
parte de nossa energia, nossa força, nosso espírito, principalmente se o
governo não atrapalha. Mesmo quando o clima atrapalha, como aconteceu
com o agro, tivemos o maior crescimento desde 2010 e nosso Produto
Interno Bruto chegou a R$ 8,7 trilhões. E não é um número abstrato,
distante, porque, segundo o IBGE, o consumo familiar subiu 3,6%, assim
como subiram a poupança e o investimento privado.
Fonte de emprego para a
mão de obra mais necessitada, a construção civil cresceu 9,7%.
Neste
ano, o investimento estrangeiro já procura o Brasil como porto seguro, e
nossa moeda se valorizou em cerca de 10% ante o dólar, a moeda-base do
mundo.
O que houve? Deus olhou para o Brasil? O destino
resolveu nos premiar?
Ou fomos nós que nos rebelamos contra a campanha
pessimista?Aposto na última hipótese. Em primeiro lugar, porque nos
rebelamos contra grupos políticos-fisiológicos que se apropriavam do
Estado, que é patrimônio de todos os brasileiros.
Quando a maioria
decidiu, nas urnas, por uma proposta que não queria partidos políticos
dominando estatais e a administração direta federal, boa parte da
transformação se concretizou.
A principal vítima da rapina, a Petrobras,
teve resultado recordista, assim como o BNDES, que ajudava ditaduras
estrangeiras e, agora, investe nos empreendimentos brasileiros. A Caixa
Econômica se tornou o banco social que é sua vocação e tem tido os
maiores resultados da história. Antigas estatais, que sempre tiveram
prejuízos, nunca foram tão bem.
Isso sem falar nos resultados na administração direta.O
Banco Central repassou, no ano passado, cerca de R$ 72 bilhões ao
Tesouro.
As contas do setor público tiveram o primeiro resultado
positivo em sete anos, de R$ 64,7 bilhões em 2021, isso que impostos
foram reduzidos sobre combustíveis e bens duráveis.
E ainda sobrou para
concluir obras cronicamente inacabadas, como pontes e a bendita água
para o Nordeste, além de subsidiar a renda das vítimas do feche tudo com
o Auxílio Brasil e perdoar 92% das dívidas dos estudantes no Fies.
Sobrou até para dar os 33% aos professores do básico.
As centenas de
bilhões que sobraram, porque o roubo acabou, mostram o tamanho que os
corruptos tiravam dos pagadores de impostos.
No Estado inchado,ainda se penduravam nas folhas de
pagamento milhares de cargos em comissão, DAS de alto nível, que não
apareciam no local de trabalho e sustentavam boas casas no Lago Sul de
Brasília. Foram simplesmente demitidos. Lei rolante passou a apoiar quem
realmente precisa, e acabaram-se as mamatas de imposto sindical e
ajudas estranhas. Ministros tiveram autonomia, mas sem mando de partidos
políticos. Os que desfrutavam do dinheiro fácil que vinha com o suor
dos pagadores de impostos reagiram de todas as formas, até mesmo usando a
pandemia, mas não conseguiram vencer o povo resiliente, teimoso e mais
informado.
É
óbvio que Lula está querendo exatamente o contrário do que querem os
trabalhadores; eles falam com o seu bolso, Lula fala com os seus
interesses
A realidade, mais talvez que
qualquer outra coisa, tem o dom de deixar a esquerda brasileira fora de
si. A realidade atrapalha o tempo todo,revela mentiras e, sobretudo,
não vai embora quando é ignorada – simplesmente continua onde está,
façam o que fizerem. Acontece o tempo inteiro e, é claro, tem de
acontecer muito nas campanhas eleitorais. Está acontecendo de novo, na
presente campanha de Lula para voltar à Presidência da República.
Os fatos são bem simples. Você
se lembra do imposto sindical que ficou pagando durante anos a fio, não
lembra?
Foi uma das piores modalidades de extorsão jamais inventadas
contra o trabalhador neste país, com o roubo anual de um dia de salário
de cada brasileiro, e sua entrega de presente para os sindicatos. Essa
praga foi eliminada cinco anos atrás, numa das realizações mais notáveis
do governo Michel Temer e do Congresso Nacional, dentro da reforma
maior da legislação trabalhista – o principal passo para a modernização
das relações de trabalho dos últimos 80 anos no Brasil.
Ficou assim,
então. Em 2017,último ano em que o imposto sindical foi cobrado, os
sindicatos enfiaram no bolso R$ 3 bilhões,arrancados diretamente do
esforço de quem trabalha.
De lá para cá, o pagamento passou a ser
voluntário.
Só paga quem quer, e quem acredita em sindicato; quem não
quer não paga. E o que aconteceu? Aconteceu que ninguém pagou mais. No
ano passado a arrecadação do imposto sindical caiu para R$ 65 milhões –
[ queda superior a 95%] ou seja, praticamente sumiu.
É uma simetria perfeita.Poucas
vezes se viu um benefício financeiro para o trabalhador tão direto como
esse.
Poucas vezes os sindicatos ficaram tão irados com um prejuízo. Foi
automático: quem trabalha gostou e continua gostando, os sindicatos
detestaram e continuam detestando.
Eis aí exatamente a quantas andam,
medindo em dinheiro, o apreço, a simpatia e a solidariedade do
trabalhador brasileiro por seus sindicatos; assim que foi permitido
pagar ou não, todo mundo sumiu. É esse o valor que dão ao sistema que a
esquerda nacional acha essencial para a sua proteção. Realidade é isso.
É óbvio que Lula está querendo
exatamente o contrário do que querem os trabalhadores; eles falam com o
seu bolso, Lula fala com os seus interesses. Um dos pontos-chave do
“programa de governo”de Lula,[o descondenado, jamais inocentado,luladrão.] justamente, é ressuscitar a cobrança do
imposto sindical. Trata-se, à sua maneira, de outro ataque frontal às
realidades. É um clássico, em matéria de mentira integral: ele diz em
público que vai salvar o operário, mas, na vida real, o que quer é tirar
o seu dinheiro. É só isso.
Lula dizer ao público que tudo não passou, digamos assim, de um grande mal-entendido.
De todos as dificuldades que o ex-presidente Lula vai ter durante a sua campanha eleitoral de 2022 uma das mais complicadas é a corrupção. O ideal, para ele, seria que o assunto fosse esquecido. Corrupção? O que é isso? Os problemas do Brasil são bem outros, gostaria de dizer ele - e, a partir daí, soltar o verbo com aquela discurseira de sempre, onde não se compromete a nada de sério e promete tudo que há de errado, do “controle dos meios de comunicação” à venda das reservas do Brasil em dólares para distribuir ao povão.
Queira ou não queira, entretanto, a corrupção não vai sumir por um ato de vontade de Lula, do PT e do estado maior da sua campanha de 2022. Ele vai dizer o que, então? Segundo informa a jornalista Malu Mader em um artigo em O Globo, a primeira coisa que ocorreu ao partido até o momento foi montar um programa negacionista, e põe negacionista nisso, em relação às acusações de roubalheira extrema na Petrobras – ou seja, o petrolão, possivelmente o surto de ladroagem mais tresloucado de todo o período Lula-Dilma. A ideia, aí, é negar, pura e simplesmente, que houve qualquer roubo na Petrobras.
A estratégia, ao que parece, é dizer ao público que tudo não passou, digamos assim, de um grande mal-entendido, que os inimigos de Lula, maliciosamente, transformaram em denúncia. Não houve, por essa teoria, superfaturamento na Petrobras porque “as auditorias” feitas nos contratos não mostraram a prática de sobrepreço; além disso, argumenta o PT, a Petrobras é “uma empresa de capital aberto” que opera inclusive na “Bolsa de Valores de Nova York” e, pelo que se deve concluir deste fato, os contratos que a sua diretoria fez não poderiam estar incorretos. Empresa de capital aberto não rouba, não é mesmo? Parlamentares petistas deverão fazer um curso intensivo de três horas para entender o plano de defesa e rebater as acusações de corrupção que forem feitas durante a campanha. A gerente operacional do projeto é a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann – ou “presidente”, de novo, para respeitar-se a “linguagem neutra” hoje em promoção na esquerda e na Rede Globo.
Lula deve saber o que está fazendo; ninguém vai querer ensinar política a um personagem descrito pelos analistas, e por ele próprio, como maior gênio político que este país já viu. Mas, vista de hoje, a ideia toda, do começo ao fim, parece muito ruim. Em primeiro lugar, porque faz uma grosseira trapaça de palavras ao dizer que não houve “superfaturamento”. Pode não ter sido utilizada exatamente esta palavra, “superfaturamento”, durante o processo, mas houve roubo, sim – e é só isso o que interessa. A própria Petrobras, e com Dilma na presidência da República, estimou em seu balanço de 2014 que foram de 2,5 bilhões de dólares - sim, de dólares – as perdas da empresa com “valores que a Petrobras pagou adicionalmente” por ativos envolvidos na roubalhança lulo-dilmista. É o quê, isso? Roubo.
O projeto estratégico a ser executado pela deputada, além do mais, tem uma dificuldade mortal: uma penca de altos executivos da Petrobras confessou os crimes de corrupção passiva que cometeu durante o regime de Lula e Dilma. Muito pior que isso: devolveram o dinheiro roubado, ou parte dele. A pergunta é a mais simples do mundo:se não roubaram, por que devolveram?Para fazer uma doação pessoal ao “Estado” brasileiro? A Petrobras recebeu de volta, até hoje, 6 bilhões de reais. Não se sabe como o cursinho da deputada vai orientar os militantes e parlamentares petistas a responderem à pergunta acima.
Não seria melhor o PT se fazer de morto quanto à toda essa história de corrupção e não tocar, simplesmente, no assunto?
É claro que os inimigos vão deitar e rolar, mas o que se vai fazer?
O que se roubou está roubado; não dá para “desroubar”.
Talvez desse mais lucro ficar falando em genocídio, miséria no Nordeste e perseguição aos quilombolas, ou qualquer outra coisa saída do saco de assuntos da esquerda. Mas é Lula quem sabe da sua vida.
Manobra ocorrida depois de outra decisão importante do
árbitro: recolocar no jogo o participante desclassificado por roubo
O árbitro da disputa diz que as regras do jogo são
claras. Clareza pressupõe segurança. Não é preciso mexer em nada — o
garantidor da disputa limpa garante.
Não muito tempo antes o
árbitro fora visto defendendo mudanças nas regras do jogo para aumentar a
segurança da disputa.
Aumentar a segurança pressupõe segurança
insuficiente.
Participantes do jogo e outros interessados encamparam a
proposição de aprimoramento das regras — o mesmo aprimoramento defendido
pelo próprio árbitro. Mas o árbitro ressurge afirmando que o
aprimoramento que ele acabara de defender agora é retrocesso — e risco
de insegurança.
Parte dos envolvidos na disputa pergunta ao árbitro o que mudou no jogo para que ele mudasse em 180 graus a sua posição sobre as mudanças propostas. O árbitro xinga os interlocutores e não responde. É soberano e não deve satisfações a ninguém.
Segurança mesmo só há sem a possibilidade de auditar o resultado
Participantes do jogo descobrem um relatório policial mostrando que o árbitro reconheceu violação das regras de segurança na disputa anterior. Essa violação chegou ao centro do sistema que rege a disputa, abrindo amplas possibilidades de manipulação de resultados. Não se sabe a extensão da manipulação porque todos os arquivos do sistema de segurança foram apagados pelo árbitro.
Por que o árbitro apagou a memória da disputa? Cala a boca que ninguém te perguntou nada.
O árbitro então se diz alvo de uma conspiração. Denuncia ameaça de golpe. Diz que os que propõem o aumento da segurança na disputa na verdade querem fraudá-la. Afirma que o sistema verificador de resultado que está sendo proposto é uma brecha para a manipulação.
Segurança mesmo só há sem a possibilidade de auditar o resultado.
Mentir e dissimular é só começar. O soberano é justo — só mente por uma boa causa. Ele precisa livrar a coletividade de um golpe demoníaco e por isso sai mentindo furiosamente, acusando os que constatam a impossibilidade de auditagem da disputa de desinformação, fake news e sabotagem. O árbitro passa a agir para tirar do jogo o vencedor da última disputa.
Diz que ele deve ser desclassificado por pleitear que o resultado seja verificável.
O soberano afirma que isso é blasfêmia, então é porque é.A manobra ocorre após outra decisão importante do árbitro: recolocar no jogo o participante que foi desclassificado por roubo. O infrator é recolocado na disputa porque burlou todas as regras, mas foi sem querer.
Fair play. Por falar em roubo, a polícia constata a vulnerabilidade das regras do jogo. O país sai às ruas pedindo a atualização dessas regras para aumento da segurança na disputa — uma mudança simples que todo mundo entendeu. O árbitro diz que a polícia, os técnicos e o povo estão errados. São todos suspeitos de conspiração.
No gabinete está tudo tranquilo. É um ambiente limpo e seguro, sem barulho de povo e sem polêmica. As manchetes amestradas ecoam a voz do árbitro, que se delicia lendo e relendo o noticiário amigo no qual não há espaço para gentalha batendo pé nas ruas — essa massa ignara que nem fala cinco idiomas. Desse bem-estar profundo o soberano retira toda a verve e o elã do seu próximo libelo virtual. É ou não é doce, a vida?
Mas… Que ruído é esse? Parece estar vindo lá de fora. Está aumentando. Será o mundo real, esse inconveniente?
Será que na verba para o ar-condicionado dos corredores subterrâneos se esqueceram da duplicação das paredes? Resolvam isso! Urgente!
Esta instituição é a dona da bola. Faz com ela o que quiser. Pode inclusive chutá-la para um dos gols, se assim desejar. Quem vaia já perdeu. Dupliquem as paredes e aumentem o som. Mozart ou Beethoven, tanto faz. O quê? Hackearam? Só tem forró?
Valor
‘fundão eleitoral’ foi aumentado em quase três vezes pelo Congresso –
ou perto de R$ 6 bilhões. É duro acreditar num roubo deste tamanho, mas
esse roubo acaba de ser feito [que pode com alguns penduricalhos - que não precisam ser criados, já existem - chegar próximo aos R$ 10 bilhões. Enquanto isso, o ministro Barroso alega que a implantação do voto impresso fica muito cara = exagerando no cálculo pode chegar aos R$ 2 bilhões.]
A democracia brasileira,
por conta do que estão fazendo com ela no mundo das coisas reais, em
que os fatos vão na direção exatamente contrária ao mundo de fantasias
pregado dia e noite pelos discursos, manifestos e orações das classes
esclarecidas, não está valendo quase mais nada hoje em dia. O “quase”
está aí unicamente porque, bem ou mal, o sujeito ainda não pode ser
trancado na cadeia pelo guarda da esquina, o fiscal da prefeitura não
tem o direito de expropriar o imóvel onde ele mora e outras graças deste
tipo; no resto, e principalmente na política, foi tudo para o diabo.
Sempre
que se diz algo parecido, sempre mesmo, a primeira reação é:
“Exagero... Vivemos problemas normais dos regimes democráticos... A
democracia tem o seu preço...” e etc. etc. etc. Sempre que se escuta
essa conversa toda tenha certeza de estão batendo a sua carteira. Almas
boas podem até acreditar que a democracia é mesmo sujeita a dificuldades
aqui e ali,que só podem ser combatidas com “mais democracia” e outros
feitos virtuosos. Mas os vigaristas, que sempre estão em maioria
absoluta nessas coisas, sabem muito bem que não é exagero nenhum. Na
verdade, dão graças a Deus pela delicadeza com que são tratadas hoje em
dia as safadezas praticadas por eles para encher seus próprios bolsos
com a utilização sistemática do sistema democrático.
Que
exagero pode haver, quando se trata de destruição da democracia, ou da
destruição de democracias rigorosamente um quarto-de-boca como a nossa,
em chamar de calamidade um “Fundão Eleitoral” como esse
que inventaram aí? Da última eleição geral de 2018 – presidente,
governadores senadores e deputados – para esta agora de 2022, o dinheiro
extorquido dos pagadores de impostos para financiar as campanhas
eleitorais foi aumentado em quase três vezes, ou perto de 6 bilhões de
reais. É duro acreditar num roubo deste tamanho; mas aí é que está, esse
roubo acaba de ser feito. Se isso não é jogar uma banana de dinamite em
cima da democracia, o que é, então? [no Brasil, que dizem viver sob o 'estado democrático de direito' = democracia à 'brasileira' - se usa a pobre democracia para justificar os maiores absurdos, seja um assalto nos moldes do 'fundão eleitoral' ou usar medidas antidemocráticas a pretexto de preservar a democracia.
Se tornou aceitável, até louvável, na ótica de algumas autoridades, que se viole a Constituição Federal para preservá-la - especialmente se a medida violadora se aplique a apoiadores do presidente da República.]
Além do crime, há as agravantes e os detalhes sórdidos; para ficar em apenas um deles, aCâmara dos Deputados,
que figura como um dos Doze Apóstolos das sagradas “instituições”
nacionais, impediu, com trapaças de regimento, que os deputados pudessem
votar individualmente pelo “sim” ou pelo “não”. Não deu para saber,
assim, que votou em quê;foi como fornecer máscaras para os bandidos
esconderem os seus rostos durante o assalto.
O Supremo Tribunal Federal,
os meios de comunicação e o consórcio OAB-MST-CNBB-LGBTQIA+ conduz
neste momento uma guerra termonuclear contra “atos antidemocráticos” e
outros crimes de lesa-pátria. Não lhe corre, nunca, que as agressões
mais viciosas contra o Estado de direito e as liberdades estão sendo
feitas, com a bênção de todos, em safadezas cheias de desculpas
virtuosas como esta do Fundão Eleitoral de 6 bi.Uma das maneiras mais
eficazes para se destruir uma democracia é tirar dela o apoio da
população – uma população que se tornou hostil ou, pior ainda,
indiferente. É o que acontece hoje no Brasil, com a corrupção deslavada,
o perdão aos ladrões de porte máximo, a impunidade permanente oferecida
pelo STF e demais tribunais superiores, a vadiagem dos políticos e tudo
o mais.
O respeito do povão por Congresso, Supremo, “instituições”,etc. está em zero – com viés de baixa.