J. R. Guzzo
Assassinato do soldado Patrick Bastos Reis expõe obsessão suicida da esquerda em atacar ações da força policial
Os
governantes do Brasil têm diante de si uma opção evidente. Ou ficam do
lado da sociedade e contra o crime, ou ficam do lado do crime e contra a
sociedade.
No primeiro caso, apoiam a polícia – e têm o aplauso de uma
população oprimida pela selvageria cada vez maior dos criminosos. No
segundo, são contra a polícia – e têm o aplauso do governo Lula,
das classes intelectuais e da maioria da mídia.
Entre uma escolha e a
outra, há um oceano de hesitações.
Umas delas são trazidas pela boa
índole das pessoas em geral, ou por boas intenções, ou pelo princípio de
que os criminosos têm direito à Justiça.
A maior parte vem da
desonestidade, da hipocrisia e da cegueira mental de quem diz que a
culpa é sempre do policial.
O que não existe é a possibilidade de estar
dos dois lados ao mesmo tempo. É como nos números – ou é par ou é ímpar.
Não se pode querer segurança pública e estar em guerra permanente contra as ações da força policial.
O recente assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, no Guarujá, vale por um curso completo nesta obsessão suicida da esquerda, e dos que se julgam politicamente “civilizados”, contra a polícia – e a favor das suas fantasias de que o homicídio, o roubo a mão armada ou o estupro são um “problema social” e que os bandidos são vítimas da “situação econômica”.
O soldado foi morto dentro do carro da
PM, com um tiro disparado de 50 metros de distância; é assassinato a
sangue frio, sem “confronto” de ninguém contra ninguém.
O assassino se
entregou; não foi “executado”, como dizem os pensadores de esquerda e as
camadas culturais a cada vez que um criminoso é morto em choque com a
polícia.
Tem advogado e está à disposição da Justiça. O que mais eles
querem? Se a PM tivesse ficado passiva, os gatos gordos do governo, o
sindicato dos bispos e as OABs da vida não teriam dado um pio. [em quem o ilustre articulista estaria pensando quando usou a expressão 'gatos gordos'?] Mataram
um policial? Dane-se o policial; além do mais, é um avanço para as
“pautas progressistas”.
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Mas
a PM foi atrás dos cúmplices e mandantes do crime. Recebida à bala,
matou sete bandidos com antecedentes criminais; outros foram presos.
Pronto.
O ministro da Justiça já suspeita que a ação da polícia foi “desproporcional”. O dos Direitos Humanos se
diz “preocupado”. A mídia descreve as operações da PM como
“represálias” contra a “população”, e não contra o crime. É um retrato
perfeito do Brasil de hoje.
O governo Lula quer fechar os clubes de
tiro; acha que só a bandidagem tem direito de ter armas. Quer 40 anos de
cadeia para quem “atentar” contra os peixes graúdos de Brasília – e
“desencarceramento” para quem cometeu crimes. Está contra a polícia de
São Paulo. Escolheu o seu lado.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo