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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Enem prova que Estado brasileiro obriga aluno a obedecer a catecismo político em vez de aprender - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Pelo menos 40% das questões se referiam a temas de misoginia, diversidade, luta de classes, homofobia, pobreza e racismo, enquanto restante do conhecimento foi espremido [temas menores, cuja discussão querem amplificar para compensar a falta de projetos para o BEM do Brasil e dos brasileiros e que devem, quando discutidos,  ser em discussão compactada.]


O último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o mais importante teste para avaliação de conhecimento dos alunos brasileiros antes da universidade, não foi apenas mais uma vergonha. 
Também não foi só uma prova da desonestidade fundamental que os comissários do Ministério da Educação aplicam na formulação das perguntasnem da aberta malversação de dinheiro público, uma vez mais, em favor de interesses ideológicos particulares.  
Mais do que tudo, o Enem deste ano deixa claro porque o Brasil continua tendo um dos piores sistemas de ensino público do mundo. Os donos do aparelho educacional não permitem que os estudantes aprendam a fazer conta, a escrever em português e a adquirir uma compreensão mínima de um texto escrito. 
Em vez disso, usam o Estado brasileiro e os seus recursos para obrigar os alunos a obedecerem a um catecismo político. 
Ou respondem às perguntas como os donos do Enem querem que elas sejam respondidas, ou não passam no exame.
 
 Das 90 questões apresentadas este ano, pelo menos 40% se referiam aos temas da misoginia, diversidade, luta de classes, homofobia, pobreza e racismo - ou o orgulho de ser negro. 
 E o restante do conhecimento humano? 
Foi apertado no espaço que sobrou. 
No balanço geral, metade das perguntas não mediam o que o aluno aprendeu em seus anos de educação básica
Faziam propaganda política e ideológica em estado bruto, sem disfarces, como no “horário gratuito” do período eleitoral
O agronegócio foi denunciado pelos autores da prova como uma atividade nociva ao Brasil e à natureza ou o aluno respondia que o setor mais avançado da economia do Brasil é ruim para o país, ou a sua resposta estava errada. 
O capitalismo é obviamente condenado; exige-se, nas alternativas “certas”, que o aluno aponte o sistema como um mal em si. 
As perguntas apresentam como fatos indiscutíveis o que são unicamente as crenças políticas dos professores. 
 Fala-se nas “estruturas de opressão sócio e historicamente construídas”. Mais: além de uma fraude em termos de avaliação objetiva de conhecimentos, o Enem deste ano foi uma espetacular exibição de ignorância por parte dos que fizeram as perguntas.
 
Há questões redigidas com erros técnicos grosseiros; já não se trata, aí, de desvio de conduta, mas de pura incompetência. Há erros de português. Há perguntas impossíveis de se responder corretamente – ou todas as alternativas de resposta estão erradas ou todas estão certas, o que obriga o aluno a jogar na sorte. 
O compositor Caetano Veloso, por exemplo, não conseguiu responder à pergunta que foi feita sobre duas de suas próprias canções; depois de refletir com muita atenção sobre cada uma das alternativas, afirmou que todas estavam certas. [o citado é considerado pelos 'intelectuais' de botequim uma SUMIDADE ... em que? não se sabe.] 
Como é obrigatório cravar apenas uma opção das cinco apresentadas, a chance de errar é de 80%. 
É um dos pontos mais baixos a que já chegou o Enem.

 Leia aqui e saiba mais sobre a inteligência do ministro da DESeducação: 

Ministro da Educação - petista = pt, perda total - erra contas; sua professora foi a Dilma

A ditadura ideológica imposta à educação brasileira é, além de uma violação aos direitos dos estudantes, o método mais eficaz de se concentrar renda que existe no Brasil. 
Os objetivos políticos dos encarregados de ensinar se opõem à aquisição de conhecimento real; isso cria um sistema que mantém a maioria dos alunos da escola pública em situação de ignorância perpétua. 
Não aprendem o que é indispensável para se ter mais oportunidades, obter remuneração melhor ou reduzir a sua desigualdade. 
É um sistema que condena milhões de jovens brasileiros a viverem fazendo os trabalhos mais pesados, recebendo os salários mais baixos e tendo as menores chances de conseguir uma existência mais cômoda. 
Os educadores brasileiros não estão interessados em ensinar matemática, ciências e outras disciplinas necessárias para alguém atender às exigências do mercado de trabalho e da sociedade de hoje. 
Querem fazer “pedagogia na esperança” – essa mesma que mantém o Brasil como um dos países mais ignorantes sobre a face da Terra.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


domingo, 6 de agosto de 2023

Governo Lula fez sua escolha: está contra a polícia e do lado do crime - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Assassinato do soldado Patrick Bastos Reis expõe obsessão suicida da esquerda em atacar ações da força policial

Os governantes do Brasil têm diante de si uma opção evidente. Ou ficam do lado da sociedade e contra o crime, ou ficam do lado do crime e contra a sociedade
No primeiro caso, apoiam a polícia – e têm o aplauso de uma população oprimida pela selvageria cada vez maior dos criminosos. No segundo, são contra a polícia – e têm o aplauso do governo Lula, das classes intelectuais e da maioria da mídia. 
Entre uma escolha e a outra, há um oceano de hesitações
Umas delas são trazidas pela boa índole das pessoas em geral, ou por boas intenções, ou pelo princípio de que os criminosos têm direito à Justiça. 
A maior parte vem da desonestidade, da hipocrisia e da cegueira mental de quem diz que a culpa é sempre do policial. 
O que não existe é a possibilidade de estar dos dois lados ao mesmo tempo. É como nos números – ou é par ou é ímpar. 
Não se pode querer segurança pública e estar em guerra permanente contra as ações da força policial.
 
 Taba Benedicto/Estadão
Movimentação de policiais militares no distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá, litoral de São Paulo; soltado da PM foi morto Foto: Taba Benedicto/Estadão

O recente assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, no Guarujá, vale por um curso completo nesta obsessão suicida da esquerda, e dos que se julgam politicamente “civilizados”, contra a polícia e a favor das suas fantasias de que o homicídio, o roubo a mão armada ou o estupro são um “problema social” e que os bandidos são vítimas da “situação econômica”.  

O soldado foi morto dentro do carro da PM, com um tiro disparado de 50 metros de distância; é assassinato a sangue frio, sem “confronto” de ninguém contra ninguém.  
O assassino se entregou; não foi “executado”, como dizem os pensadores de esquerda e as camadas culturais a cada vez que um criminoso é morto em choque com a polícia. 
Tem advogado e está à disposição da Justiça. O que mais eles querem? Se a PM tivesse ficado passiva, os gatos gordos do governo, o sindicato dos bispos e as OABs da vida não teriam dado um pio. [em quem o ilustre articulista estaria pensando quando usou a expressão 'gatos gordos'?]   Mataram um policial? Dane-se o policial; além do mais, é um avanço para as “pautas progressistas”.
Mas a PM foi atrás dos cúmplices e mandantes do crime. Recebida à bala, matou sete bandidos com antecedentes criminais; outros foram presos. Pronto. 
O ministro da Justiça já suspeita que a ação da polícia foi “desproporcional”. O dos Direitos Humanos se diz “preocupado”. A mídia descreve as operações da PM como “represálias” contra a “população”, e não contra o crime. É um retrato perfeito do Brasil de hoje. 
O governo Lula quer fechar os clubes de tiro; acha que só a bandidagem tem direito de ter armas. Quer 40 anos de cadeia para quem “atentar” contra os peixes graúdos de Brasília – e “desencarceramento” para quem cometeu crimes. Está contra a polícia de São Paulo. Escolheu o seu lado.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
 
 

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Suprema blasfêmia- Ana Paula Henkel

 Revista Oeste

Rosa Weber pode até desdenhar das páginas da nossa Constituição, mas não menosprezar as páginas da história



Cena do filme Pearl Harbor | Foto: Divulgação

As imagens da “invasão do Capitólio”, em 6 de janeiro de 2021, rodaram o mundo
É claro que ali havia baderneiros, infiltrados e também aqueles que queriam apenas protestar contra uma eleição presidencial cheia de perguntas e nenhuma resposta. 
Como a nossa em 2022. Mas, sim, “invasão” está entre aspas porque as imagens da “insurreição”, trancafiadas no baú do Partido Democrata por dois anos, já que eles tinham maioria na Câmara e no Senado, e obtidas pelos Republicanos em 2023 com a retomada da Câmara, não mostram bem uma invasão — mas portas sendo abertas por policiais do Capitólio e “terroristas que ameaçavam a democracia norte-americana” com câmeras fotográficas, garrafas de água e sendo ciceroneados por outros policiais para dentro do prédio, onde tiravam selfies com os “golpistas”.

Sim, eu posso imaginar o que você está pensando agora. Tivemos um Capitólio tupiniquim.

Mas as similaridades não param por aí. No aniversário de um ano do famoso 6 de janeiro, a vice-presidente da nação mais poderosa do mundo, Kamala Harris, decidiu incluir a data como um dos três dias mais sombrios da história norte-americana, e afirmou que o 6 de janeiro de 2021 viverá na memória do país comparando o dia ao episódio em Pearl Harbor, quando os japoneses atacaram a base militar americana no Pacífico, colocando os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, e aos ataques terroristas de 11 de setembro às Torres Gêmeas em Nova York.



Do alto de sua absoluta ignorância e desonestidade, Harris, a campeã de impopularidade até dentro do Partido Democrata, proferiu: “Certas datas ecoam ao longo da história. Incluindo datas que lembram instantaneamente, a todos que as viveram, onde estavam e o que estavam fazendo quando nossa democracia foi atacada. Datas que ocupam não apenas um lugar em nosso calendário, mas um lugar em nossa memória coletiva. 7 de dezembro de 1941, 11 de setembro de 2001 e 6 de janeiro de 2021”.

Comparar 6 de janeiro com Pearl Harbor não mostra apenas desequilíbrio e estupidez, mas desrespeito à história e às vítimas de uma guerra real não esse fascismo imaginário imposto a todos aqueles que discordam do sistema e seus peões. Mas Kamala não está só. 
O 6 de janeiro tupiniquim, o nosso 8 de janeiro, traz similaridades além das narrativas emplacadas pelas assessorias de imprensa de partidos políticos na própria imprensa. 
A mesma idiotice de Kamala foi proferida esta semana, sem o menor pudor e com os mesmos ares de “defesa da democracia”, por uma ministra da mais alta corte do Brasil aquela corte que deveria reservar suas cadeiras a pessoas com notável saber jurídico, reputação ilibada e, pelo amor de Deus, é pedir demais o mínimo conhecimento de história?

Na última sexta-feira, 14 de julho, durante discurso no Seminário e Encontro Nacional da Associação de Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC), Rosa Harris, digo, Rosa Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal e atual presidente da Corte, comparou o vandalismo do 8 de janeiro no Distrito Federal — repudiado veementemente por todos nós da Revista Oeste — ao ataque à base naval de Pearl Harbor, nos Estados Unidos, feito pela Marinha japonesa, em 1941. “O presidente Franklin Roosevelt, em 8 de dezembro de 1941, perante o Congresso Norte-Americano, ao reagir ao ataque aéreo japonês, deflagrado na véspera, contra as Forças Navais Norte-Americanas, em Pearl Harbor, no Havaí, disse que aquela data, 7 de dezembro de 1941, pelo caráter traiçoeiro da agressão, viveria eternamente na infâmia. Para nós, 8 de janeiro de 2023 será eternamente o dia da infâmia. E não deixaremos ser esquecido, na defesa da democracia constitucional e do Estado Democrático de Direito”, regurgitou a ministra de Lula a bobagem dita pela vice de Biden.

 


Com todo o respeito, dona Rosa, vamos conversar. A senhora pode até desdenhar das páginas da nossa Constituição, que hoje em dia é facilmente moldada, amassada e rasgada eu diria até tratada com “caráter traiçoeiro da agressão” —, mas menosprezar as páginas da história não dá. Essas não se curvam a caprichos narcisistas infames.

(...)

Um dia antes do ataque a Pearl Harbor, em 6 de dezembro de 1941, os Estados Unidos interceptaram uma mensagem japonesa que indagava sobre movimentações de navios e posições de ancoragem em Pearl Harbor. O decodificador passou a mensagem a seu superior, que respondeu que entraria em contato na segunda-feira, 8 de dezembro. No domingo, 7 de dezembro, um operador de radar em Oahu, no Havaí, viu um grande grupo de aviões em sua tela indo em direção à ilha e ligou para seu superior, que lhe disse que provavelmente era um grupo de bombardeiros americanos B-17 e que não era para se preocupar.

O ataque japonês a Pearl Harbor começou às 7h55 daquela manhã, e todo o ataque levou apenas uma hora e 15 minutos. O capitão Mitsuo Fuchida enviou a mensagem de código “Tora, Tora, Tora” à frota japonesa depois de sobrevoar Oahu para indicar que os americanos seriam pegos de surpresa. Não sei se o “jênio”, com “J” mesmo, do assistente que teve a brilhante ideia de comparar o 8 de janeiro com Pearl Harbor lhe contou, mas a senhora acredita que a força de ataque japonesa consistia em 353 aeronaves lançadas de quatro porta-aviões pesados? 
No aparato militar do histórico ataque de 7 de dezembro de 1941, havia 40 aviões torpedeiros, 103 bombardeiros nivelados, 131 bombardeiros de mergulho e 79 caças. O ataque também consistia em dois cruzadores pesados, 35 submarinos, 2 cruzadores leves, 9 petroleiros, 2 encouraçados e 11 contratorpedeiros.

Agora imagine se os oficiais norte-americanos tivessem levado a sério a informação passada pela inteligência do iminente ataque? Dentro da esdrúxula comparação, seria como se a Abin tivesse avisado o ministro da Justiça e mais 48 agências do governo de um possível ataque e os envolvidos tivessem dado de ombros. 

 

A destruição do USS West Virginia, no dia 7 de dezembro de 1941, em Pearl Harbor, Havaí | Foto: Shutterstock

Dona Rosa, apesar das centenas de pessoas presas sem o devido processo legal e o amplo direito de defesa pelo 8 de janeiro, não houve feridos graves ou mortos no Brasil no que a senhora chama de “dia da infâmia”
Em Pearl Harbor, o ataque japonês, além de deixar 1.178 pessoas feridas, matou 2.403 militares norte-americanos, incluindo 68 civis, e destruiu ou danificou 19 navios da Marinha dos Estados Unidos, incluindo oito navios de guerra. Mais de 300 aviões da frota americana foram destruídos.  
Não sei se te contaram, mas o navio USS Arizona permanece no fundo do mar em Pearl Harbor com sua tripulação a bordo até hoje. 
Metade dos mortos naquele 7 de dezembro estava no Arizona e, por isso, há uma bandeira dos Estados Unidos tremulando permanentemente acima do encouraçado afundado, que serve de memorial a todos os norte-americanos que morreram no ataque. 
 
Não sei se a senhora se comove com facilidade como o ministro Gilmar Mendes, que chora desembaraçadamente diante de tanta emoção quando homenagens a advogados de corruptos são prestadas, mas vou deixar alguns pontos rápidos aqui para a senhora, caso ache pertinente dividi-los com o cérebro “jenial” que a aconselhou a comparar o 8 de janeiro com o Pearl Harbor.  
Coisa rápida, não quero tomar muito seu tempo, sei que a senhora é muito ocupada defendendo a demogracinha brasileira.
Os membros sobreviventes da tripulação que serviram a bordo do USS Arizona durante o ataque pediram a seus familiares que, após sua morte, suas cinzas fossem depositadas por mergulhadores sob uma das torres de artilharia afundadas no Arizona. Cerca de 44 sobreviventes do navio agora descansam com seus companheiros no fundo do Pacífico. 
 
(...)

Já que é o nosso dinheiro que sustenta muitas viagens, comes e bebes de vossas excelências, eu não me importaria se a senhora, em rota para um desses muitos congressos que os supremos costumam atender para falar mal do Brasil, desse uma parada no Havaí, quem sabe levasse o assessor “jênio”, e entendesse — de fato — o que foi e o que significa Pearl Harbor para o povo norte-americano que, aliás, também ouviu a comparação que a senhora vergonhosamente repetiu da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris.  

Não, dona Rosa, isso não é um elogio.

Numa recente viagem ao Havaí com a minha família, tive a oportunidade de visitar pela primeira vez Pearl Harbor e, claro, entrar no Memorial USS Arizona, um museu a céu aberto exatamente sobre um dos navios abatidos pelos japoneses. Sei que a senhora pensou que marcaria pontos extras com a turba que joga até amarelinha com a palavra “democracia”, mas, acredite, a infame comparação que a senhora fez é de um profundo desrespeito a um lugar que deve ser visitado por todos que desejem prestar verdadeiras homenagens a quem, de fato, lutou pela liberdade que temos hoje. Liberdade até para falar bobagens usando pronomes ridículos ou gritar “ameaça à democracia” toda vez que alguém chama um ministro de comunista ou traidor da pátria.

Ali, olhando para os destroços nas águas do Pacífico e andando sobre um dos navios abatidos, é impossível não se emocionar. Na parte final do memorial estão entalhados em uma parede de mármore os nomes de mais de 1,1 mil marinheiros e fuzileiros navais mortos no USS Arizona durante o ataque a Pearl Harbor. A maioria dos mortos tinha idade entre 17 e 23 anos. Há muitas fotos do ataque de 7 de dezembro de 1941, mas não encontrei nenhuma com generais servindo água aos japoneses.

Não sei se a senhora gosta de cinema, mas eu gostaria de deixar uma dica para o fim de semana da senhora, se a senhora tiver tempo, claro — defender o país contra terroristas que vendem algodão-doce durante uma tentativa de golpe sem tanques e sem políticos em Brasília em um domingo não deve ser tarefa fácil. 
No clássico e épico Tora! Tora! Tora!, filme de guerra de 1970 que dramatiza o ataque japonês a Pearl Harbor na Segunda Guerra Mundial, o almirante Isoroku Yamamoto, que comandava a Marinha Imperial Japonesa, diz, logo depois do ataque à base norte-americana: “Temo que tudo o que fizemos foi acordar um gigante adormecido e enchê-lo com uma terrível determinação”. Alguns historiadores defendem que Yamamoto não teria dito exatamente essa frase, mas escrito algo parecido, como “Posso correr livre por seis meses… depois disso, não tenho nenhuma expectativa de sucesso”, resumindo um sentimento geral entre os almirantes japoneses de que não demoraria muito para que o orgulho ferido do então gigante adormecido, aliado à enorme capacidade industrial dos Estados Unidos, garantisse a destruição do Império Japonês.
 
Pensando bem, há um ponto de convergência entre esse discurso sem pé nem cabeça que a senhora leu esta semana e a realidade no Brasil. O orgulho ferido. O nosso. O do povo brasileiro que vem sofrendo um ataque sem precedentes por parte de ministros que insistem em andar fora da lei. Que insistem em prender inocentes, cassar e caçar oponentes políticos. Silenciar cidadãos, jornalistas e qualquer um que cruze o espelho narcisista da Corte. Há um ataque surpresa covarde a cada dia que nasce. 
 
(...)

E a história deixa lições. Trinta dias após Pearl Harbor, 134 mil norte-americanos se alistaram nas Forças Militares. O ataque criou uma onda de patriotismo e indignação que levantou o país e ajudou a curar o orgulho ferido. Catástrofes unem pessoas. Desafios criam vínculos de honra, coragem, amor à pátria e resiliência para lutar pelo que é correto e para lutar contra qualquer projeto de poder nefasto. Se Adolf Hitler, com todo o seu poderio superior, foi derrotado, só há esperança em nosso caminho contra qualquer tipo de Gestapo.

Depois de um embate terrível nas páginas da história, japoneses e norte-americanos hoje têm uma sólida e profunda relação de amizade, e o Japão é um dos fortes aliados da América.  
Quem sabe um dia, mesmo diante da atual guerra abertamente declarada ao Brasil e suas leis, o atual Supremo Tribunal Federal se tornará um aliado da nação brasileira e defenderá seu povo. 
Pelo menos sonhar ainda não é proibido no Brasil.

Leia também “A escravidão do pensamento”

ÍNTEGRA DA MATÉRIA - CLIQUE AQUI - Revista OESTE

 

 Ana Paula Henkel, colunista da Revista Oeste

 


domingo, 2 de outubro de 2022

Doutrinação política em escola infantil: o que isso diz sobre o petismo - Gazeta do Povo

Vozes - Cristina Graeml


Doutrinação em escola infantil

Mais um caso de doutrinação em sala de aula para confirmar o que tenho noticiado há tempos e muitos recusam-se a reconhecer que existe. Brasil afora há militantes de esquerda travestidos de educadores, tentando impor aos alunos uma ideologia que nada tem a ver com a matéria que deveria estar sendo ensinada.

O caso que motivou a gravação deste vídeo foi noticiado pela Gazeta do Povo na última terça-feira (27). Desta vez a “professora” doutrinadora, que aparentemente não se importou de estar sendo filmada, escancara o método de doutrinação com crianças pequenas, feito de forma lúdica e cheio de estratégias subliminares.

Às vésperas das eleições de 2022, a professora fingiu que ia educar os alunos para a cidadania e para a democracia. Talvez a intenção maior fosse fazer com que as crianças chegassem em casa contando para os pais que o Brasil já tem um novo presidente e que ela, a criança, ajudou a escolher "o melhor" candidato.

A atividade escolar é um atentado escancarado à democracia
e, mais do que isso, um ataque ao futuro do Brasil, já que uma educadora, irresponsável, tenta influenciar crianças inocentes para quem sabe, quando crescerem, se transformarem em eleitores que rezam conforme uma cartilha específica, a da esquerda, e não, seguindo sua própria consciência.

Para entender melhor o método desleal, através do qual partidos e ideologias políticas se infiltram em sala de aula, clique. Caso queira apenas ler sobre o ocorrido, segue a descrição do fato junto com minha opinião.

Doutrinação em escola infantil
A atividade pedagógica foi realizada numa escola infantil no bairro Areias, em Recife (PE). Não é possível saber se as duas mulheres que realizam a tarefa são necessariamente professoras. Podem ser educadoras ou auxiliares, mas são adultas, portanto, responsáveis por cuidar, entreter e ensinar aquelas crianças.

Num primeiro momento, registrado em vídeo, uma delas entrega cédulas de papel para os alunos, pedindo que marque um "x". A gravação, divulgada em redes sociais e aplicativos de mensagens, não mostra o que foi dito antes da entrega das cédulas para as crianças nem se houve campanha para algum dos candidatos.

Outro vídeo, que circulou junto com esse primeiro, mostra o momento seguinte, da apuração, revelando que o voto não era sigiloso. Pelo contrário, os eleitores mirins foram expostos e constrangidos, uma vez que a professora celebrava ou repudiava cada um dos votos, conforme sua própria preferência política.

Aparentemente só havia dois candidatos na cédula. Ao revelar os votos, fica clara a preferência da responsável pela divulgação do resultado, que eu vou chamar de professora, porque está sim, ali na condição de professoras. Está à frente da turma, diante do quadro, comandando a atividade.

A professora retira os votos de uma urna, lê o nome das crianças e expõe em quem elas votaram. Apenas dois nomes de candidatos são mencionados: Lula e Jair Bolsonaro. Sempre que o aluno votou Lula, a funcionária fala o número 13 - que representa o PT, partido do ex-presidente e atual candidato. E comemora: "Luuuula! Nosso presidente!"

Em dois casos, os votos foram para Bolsonaro. Depois de enfatizar o nome da criança que votou no candidato, a professora constrange o eleitor mirim, com expressão de desagravo: “Bolsonaro, Bolsolixo”. E, para enfatizar a reprovação, repete a adjetivação pejorativa.

Veja o nível de constrangimento a que essas crianças foram expostas, já que os nomes delas, repito, estavam na cédula, foram lidos em voz alta e sua escolha foi revelada, junto a uma “classificação” do candidato.

(...)


Fake News em sala de aula
Além do xingamento, a professora utiliza o número 40 como se fosse o do partido do presidente da República, quando na verdade, Bolsonaro é candidato à reeleição pelo número 22.

(...)

A estratégia do número errado associado a Jair Bolsonaro é clara: confundir o eleitorado mais desatento, que não costuma checar informações por conta própria para conhecer a verdade dos fatos.Vai que alguém, discordando da doutrinação, resolve votar em Bolsonaro na eleição real? Quem sabe não digita o número errado, anulando o próprio voto?

Aproveito o momento para repassar um lembrete importante para o dia das eleições: anote num papel o número de todos os candidatos em que pretende votar. Leve a colinha para urna e, após digitar os números, antes de confirmar o voto, confira a foto e o nome que aparece na tela. Só depois aperte a tecla verde para confirmar.

Desonestidade e covardia contra crianças
Vale lembrar outro detalhe sórdido deste episódio.
Crianças pequenas sequer têm o discernimento ou a coragem de um adolescente para contestar o adulto que está ali na condição de autoridade. Que criança ousaria questionar alguém que está ali para orientar, instruir, repassar conhecimento?

Reações e respostas à sociedade
Conforme mostrou a reportagem da Gazeta do Povo, o episódio de doutrinação de crianças nessa aula deplorável numa escola de Recife gerou cobrança imediata e resposta. O ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, manifestou-se pelas redes sociais.

    “É inadmissível a postura desses profissionais que utilizam crianças para doutrinação política nas escolas em nosso país. A doutrinação nas escolas é realizada por uma minoria que prejudica a imagem de nossos professores, uma classe primordial para o futuro do nosso país. Enquanto nossos estudantes deveriam estar aprendendo e recuperando-se dos impactos ocasionados devido ao fechamento prolongado das escolas na pandemia, vemos situações absurdas como esta.”
    Victor Godoy Veiga, ministro da Educação

Vitor Godoy Veiga
informa ainda que, como ministro da Educação, já havia solicitado que a escola em que o episódio ocorreu fosse identificada para que os fatos fossem esclarecidos e medidas cabíveis fossem adotadas, respeitando-se a autonomia da rede estadual e municipal.

A resposta veio pelo Twitter: “A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, esclarece que a creche exposta no vídeo não integra oficialmente a Rede Municipal própria de Ensino do Recife. A gestão informa que, aparentemente, se trata de uma unidade comunitária conveniada e que já está apurando o caso para as providências necessárias”.

Cristina Graeml, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Acusar é fácil, mas cadê as provas - Gazeta do Povo

J. R. Guzzo - VOZES

Caso Covaxin

Em depoimento à CPI da Covid, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse que o presidente Jair Bolsonaro citou Ricardo Barros como o responsável por um suposto esquema na compra da vacina Covaxin. A primeira denúncia de corrupção no alto da administração Bolsonaro, após dois anos e meio de governo, começou mais ou menos ao contrário do roteiro normalmente seguido neste tipo de novela.   

Denúncia de ladroagem, pelo modelo clássico, começa com a apresentação de fitas gravadas, um vídeo, uma foto, ou algo assim, mostrando que alguém cometeu alguma safadeza — ou que é altamente suspeito de ter cometido. 
Pode haver também a divulgação de documentos, assinaturas, contratos ou notas fiscais. 
Às vezes há testemunhas de conversas ou de encontros — podem não ter sido gravadas ou filmados, mas alguém estava lá, viu e ouviu o que aconteceu. Pode haver, até mesmo, delação — premiada ou grátis.

LEIA TAMBÉM: Leis de “incentivo à ladroagem” passam fácil pelo Congresso no Brasil de hoje

Enfim: sempre, na denúncia de roubalheira, começa-se com as provas, ou com aquilo que o acusador diz que são provas. Depois, é claro, essas provas podem se revelar fracas, mal apresentadas ou falsas — mas é por aí que se começa sempre, pelas provas. No caso da denúncia sobre a compra da Covaxin, episódio que por enquanto teve sua vida limitada ao ecossistema da “CPI” de Renan Calheiros e da mídia, está acontecendo exatamente o contrário. Primeiro apareceu o acusador, em meio à gritaria do circo armado dentro do Senado — mas provas mesmo, que é o que interessa, o homem diz que vai apresentar depois, se for “necessário”.

Como assim “se for necessário”? A prova é tudo o que realmente interessa numa denúncia de corrupção; não pode ser um detalhe, para se ver mais tarde. O deputado [com credibilidade igual ou menor que a do relator Calheiros, presidente Aziz, ou do 'drácula' - se é que um nível de credibilidade possa descer tanto que veio com a denúncia diz que, se for “obrigado”, terá “como provar” o que está dizendo. Que história é essa? Ele acha que prova é algo opcional, que o sujeito mostra ou não — e todo mundo no comando da “CPI” leva a coisa perfeitamente a sério.

O pior é que o acusador fica ameaçando detonar todo mundo, na base do “me segura, se não eu vou ter de brigar”. Tira, põe, deixa ficar — e o que se tem de concreto até agora, após uma semana inteira de fim do mundo, é três vezes zero.

A “CPI” da Covid nasceu morta, porque nasceu mal intencionada
Fez questão, desde o primeiro minuto, de não investigar a verdadeira corrupção na administração da epidemia a que foi praticada pelas “autoridades locais”, com a benção e permissão do Supremo Tribunal Federal. Em vez disso, dedicou-se de corpo e alma ao seu objetivo de fazer guerrilha política ao governo, na eterna esperança de virar a mesa que tem marcado cada passo e cada ato da oposição.
O governo é acusado, ao mesmo tempo, de retardar e de apressar a compra das vacinas. 
A denúncia de corrupção é uma falsificação grosseira. 
A histeria, a ignorância, a desonestidade e a falta de educação dos inquisidores só serviram, até agora, para converter os que já foram convertidos. É um balanço triste.
 
J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES