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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Saúde Pública no DF, sob administração Rollemberg, está literalmente entregue aos ratos

Pacientes encontram rato no setor de cardiologia do HRT

Animal acabou morto pelos próprios usuários do Hospital Regional de Taguatinga. Segundo a direção, trata-se de um fato isolado

A presença de um rato no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) assustou os pacientes que estavam na unidade de saúde na noite de domingo (13/5). Eles filmaram o roedor, que circulava pela ala de internação do setor de cardiologia do hospital.

Nas imagens (assista acima), é possível ver o momento em que os pacientes matam o animal e mostram o local onde o bicho se escondia. Um paciente encaminhou o vídeo ao Correio, e disse que a situação é recorrente. "É mais um dos casos que acontece no HRT. Ratos aparecem de dia e de noite aqui", disse a pessoa, que preferiu não se identificar.
 
[não nos responsabilizamos pela versão apresentada abaixo - em itálico vermelho:
"circulam rumores que o rato foi morto por um paciente da ortopedia; 
o cidadão está há meses internado no HRT, usando muletas, sem poder pisar no chão com os dois pés, e pelo tempo adquiriu uma certa prática - tanto no manejo das muletas como na locomoção utilizando só uma das pernas."
Assim, apesar de parecer dificil,m quase impossível, foi fácil perseguir e matar o rato.]
 
Correio Braziliense 

 

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Utilidade Pública - Excesso de sal prejudica a flora intestinal, mostra estudo

Segundo pesquisa alemã, o excesso de sódio reduz a diversidade de bactérias da flora, sendo os micro-organismos ligados ao sistema imunológico os mais afetados

Os malefícios do consumo excessivo de sal, principalmente o surgimento de problemas cardíacos, são atestados pela ciência. Uma equipe de pesquisadores da Alemanha decidiu investigar os efeitos da substância com outro foco: a flora intestinal. Em experimentos com ratos, identificaram que uma dieta rica em sódio não só reduz a quantidade de bactérias na microbiota, como propicia o surgimento de doença inflamatória e cardiovascular. Os achados foram publicados na última edição da revista britânica Nature.

Uma vez que todos comemos sal todos os dias, em cada refeição, ficamos surpresos com o fato de que ninguém ainda havia feito essa pergunta simples: o sal pode afetar os micróbios intestinais, já que ele atinge o intestino?”, conta ao Correio Dominik Muller, autor principal do estudo e pesquisador do Centro Max-Delbrück de Medicina Molecular. Para esclarecer essa dúvida, Muller e sua equipe compararam amostras fecais de ratos alimentados com uma dieta com quantidade normal de sódio e de roedores que seguiram um regime com alto teor de sódio.

Os investigadores colheram e analisaram as amostras das cobaias diariamente, durante três semanas. A partir do 14º dia, descobriram redução significativa de espécies microbianas na flora de roedores alimentados com sal em excesso. Por meio de técnicas de sequenciamento de DNA e análises computacionais, identificaram as bactérias Lactobacillus murinus, do gênero
Lactobacillus, como o grupo mais atingido. “Como esse grupo de bactérias também é conhecido por afetar o sistema imunológico, resolvemos nos aprofundar nele e desvendar os detalhes envolvidos em sua redução”, relata Muller.

Em uma nova etapa de testes com roedores, observou-se que a administração de Lactobacillus murinus reduziu a quantidade de células TH17, relacionadas à hipertensão, e impediu o agravamento de encefalomielite autoimune experimental, um modelo de inflamação do cérebro relacionada ao excesso de sal. “Curiosamente, descobrimos que o Lactobacillus atuou como um tipo de inibidor de TH17 em camundongos, algo que nos surpreendeu bastante”, ressalta o líder do estudo.

Na terceira fase da pesquisa, a equipe contou com a participação de um pequeno grupo de humanos nas intervenções. Dessa forma, os investigadores descobriram que o aumento da ingestão de sal reduziu a sobrevivência intestinal de múltiplas espécies de Lactobacillus, aumentou a quantidade de células TH17 e a pressão arterial.

Apesar de otimistas com os resultados, os cientistas acreditam que mais estudos com humanos são necessários a fim de comprovar a relação das bactérias Lactobacillus murinus com os problemas inflamatórios e cardiovascular. “Precisamos analisar um número maior de pacientes para confirmar essa suspeita, esse é um dos nossos planos. Realizaremos ensaios clínicos maiores, controlados com placebo, que analisarão o efeito de bactérias do gênero Lactobacillus sobre a pressão arterial e a polarização com as células TH17”, adianta Muller. “Essa função imunomoduladora pode ser interessante para tratar doenças inflamatórias, o que poderá trazer ganhos na área médica”, complementa.


Dieta
Hermes Aguiar Júnior, gastroenterologista do Hospital Santa Lúcia Norte, em Brasília, e membro titular da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia, avalia que a pesquisa enriquece um campo que tem sido muito estudado. “Já sabemos dos malefícios da ingestão excessiva do sal em fatores renais e no sistema nervoso, por exemplo. Mas a sua relação com a microbiota intestinal ainda não havia sido avaliada. De uma forma geral, esse é um tema que tem sido bastante explorado, pesquisas estão relacionando a causa e os possíveis tratamentos de enfermidades com a diversidade da microbiota”, explica.


O médico ressalta ainda a necessidade de estudar melhor o tema, com um número maior de pacientes, mas destaca que o artigo alemão pode ser considerado importante por mostrar mais um motivo para o consumo controlado de sal. “Sabemos que ainda é um estudo experimental, mas, ainda assim, o efeito na microbiota é mais uma razão para tirar o sal da dieta. A diversidade das bactérias é algo importante. Sabemos que alguns carboidratos complexos presentes em verduras, como o brócolis e a cenoura, são melhores para o intestino por serem mais difíceis de ingerir. Isso beneficia a flora intestinal, diferentemente de alimentos menos complexos, como a batata, o macarrão e o pão”, ensina.

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Palavra de especialista

Vasto campo a explorar

“Um estudo maior, que inclua pessoas com pressão arterial normal e alta, compare várias doses de sal e um placebo, levando, assim, a várias leituras funcionais da microbiota ao longo do tempo, é algo que aguardamos ansiosamente. A lista de doenças complexas em que a microbiota intestinal pode desempenhar um papel importante está crescendo, mas uma atenção cuidadosa aos fatores envolvidos nessa relação é necessário ao testar hipóteses. Dúvidas existentes que estudos futuros, sem dúvida, esclarecerão. Mesmo efeitos considerados ‘modestos’ atualmente são mais do que dignos de novos estudos devido ao profundo potencial para benefícios à saúde global.” 


David A. Relman,  pesquisador da Universidade de Stanford, em artigo opinativo divulgado na revista Nature

Correio Braziliense
 

 

terça-feira, 11 de julho de 2017

Senadoras ocupam Mesa, presidente do Senado corta luz e sessão da reforma trabalhista é suspensa




Eunício ficou irritado com senadoras que ocuparam a Mesa para tentar obstruir trabalhos [quando o gato sai, os ratos tomam de conta.

Essas baderneiras que estão transformando a Mesa Diretora do Senado no picadeiro de um circo estão quebrando o decoro parlamentar e devem ser denunciadas ao Conselho de Ética.]

 Plenário do Senado às escuras após ordem do presidente da casa, senador Eunício Oliveira de desligar as luzes. - Ailton Freitas / Agência O Globo


As senadoras da oposição Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) , Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Souza (PT-PI) ocuparam a Mesa do plenário do Senado na manhã desta terça-feira e se recusam a deixar o posto. O presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), chegou para comandar a sessão da reforma trabalhista e tentou conversar com as senadoras, mas não foi atendido. Ele ficou visivelmente irritado e suspendeu os trabalhos. O protesto já dura quase três horas. Dispostas a ficar o quanto for necessário, as senadoras pediram, inclusive, marmitas, que foram abertas na própria mesa.
 
Após cerca de 10 minutos de sua chegada, Eunício tomou o microfone da senadora Fátima Bezerra, que presidia a sessão. Ele disse ainda que iria cortar o som dos microfones até que pudesse comandar os trabalhos e foi aplaudido por senadores da base, que exclamavam que era preciso "acabar com essa bagunça" e ameaçavam denunciar as parlamentares ao Conselho de Ética da Casa. Apesar da situação, as senadoras permaneceram na mesa da Presidência.  — Está encerrada a sessão e não tem som enquanto não sentarmos nesta Mesa. Está suspensa a sessão — corrigiu o presidente do Senado.

Eunício fechou todas as entradas ao plenário e cercou o lugar de seguranças, proibindo qualquer novo acesso à sala. Ele deixou o local por volta de 12h20, rumo ao gabinete da presidência e disse que a sessão estava suspensa. As luzes foram apagadas e microfones desligados. Questionado sobre quando retomaria a sessão, ele foi direto: — Quando essa ditadura deixar.

As senadoras tentam obstruir a votação da reforma trabalhista prevista para esta terça-feira. Fátima Bezerra abriu a sessão destinada à votação da reforma. Neste primeiro momento, estão previstos pronunciamentos na tribuna. A sessão que discute a reforma começou às 11h, mas o presidente do Senado chegou por  volta das 12h.


Os senadores da base do governo sinalizaram que a opção que está na mesa é levar a sessão para outro local. O auditório Petrônio Portela já está sendo organizado por assessores. Questionado se a votação poderia ocorrer mesmo sem o painel eletrônico, que detalha as votações nominais, o vice-presidente da casa, Cássio Cunha Lima, afirmou que o painel nem sempre existiu no Senado e que votações ocorriam do mesmo jeito.

Uma série de manifestantes que conseguiram entrar no Senado, apesar do rigoroso sistema de segurança, se concentram na porta do auditório com gritos de protesto contra a reforma e contra o presidente Michel Temer. A imprensa está proibida de se aproximar do local.

Fonte: O Globo
 
 

domingo, 12 de fevereiro de 2017

A vida sem lei no Espírito Santo

Uma greve ilegal de policiais militares deixa o Espírito Santo à mercê do crime e o caos esmaga a rotina de cidadãos comuns, feitos reféns em casa 

[falta comprovar a existência de uma greve dos policiais militares; existe uma paralisação causada por pessoas não policiais e, até que provem, sem apoio do contingente policial.
A interpretação de um comandante tem grande valor dentro de determinados aspectos referentes à disciplina, mas, quando se torna necessário a tipificação do delito cometido pelo policial, tem que haver uma denúncia,  acompanhadas de provas que a suportem, aceitação da denúncia pelo Poder Judiciário e o devido processo legal.
E até agora nada disso ocorreu - quando muito alguns comandantes mandaram instalar inquéritos,   passo inicial para a coleta de elementos que justifiquem a denúncia, incluindo as provas. Não sendo cumprido os trâmites legais, o assunto sai do 'estado democrático de direito' e tudo se torna possível.
O entendimento, a interpretação de um comandante é uma coisa - provar é outra.]


"Eu me sinto naqueles filmes de zumbi em que as pessoas de repente somem da cidade. Só que, em vez de mortos-vivos, eu temo encontrar bandidos.” Na porta da casa da irmã, Fernando Antonio dos Santos se refere ao silêncio perturbador das ruas desertas na periferia de Vitória, a capital do Espírito Santo. É manhã da quinta-feira, dia 9, e as poucas pessoas que andam por ali se olham com medo umas das outras. Nas cidades mais violentas do Brasil há sempre um risco em cada esquina. A diferença na Grande Vitória nesta semana é que todos os locais se tornaram esquinas imprevisíveis. O medo quase pode ser respirado. Fernando, que veio para uma visita, não pode voltar a Goiás porque não há transporte público. Kátia, sua irmã, estendeu um lençol branco com a palavra “Paz” na fachada do sobrado. É só um gesto de desespero. Em pé no alto da laje, ela observa as ruas de onde a qualquer momento pode surgir uma horda de bandidos armados, dispostos a matar e a saquear. “Nunca tive tanto medo. Parece que a gente está na Guerra da Síria”, diz.

Uma greve ilegal da Polícia Militar que durou uma semana, encerrada na noite desta sexta-feira (10), converteu as cidades capixabas em cenários distópicos, daqueles onde o medo interditou a vida. Com quase todos os 10 mil policiais aquartelados nos batalhões, a população enclausurou-se e os criminosos sentiram-se livres para agir com violência. Agências bancárias não funcionaram, o comércio baixou as portas, os hospitais pararam de atender e as escolas entraram em férias. Em apenas uma semana ocorreram 127 assassinatos, incontáveis roubos e ao menos 300 saques em lojas. A ausência do aparato de segurança pública, um pilar do estado de direito, trouxe não só a violência, como expôs o pior do comportamento humano. Cidadãos comuns, desses que trabalham, reclamam da corrupção dos políticos e não têm ficha policial, foram flagrados saqueando lojas ao lado de bandidos, para obter bens de consumo como fogões, televisões, fornos de micro-ondas e telefones celulares.
 

Para outros cidadãos, amedrontados, prevaleceu o instinto de sobrevivência. Os supermercados ficaram lotados de gente em busca de alimentos e água para trancar-se em casa. Logo que os funcionários abriam as portas, nas primeiras horas da manhã, o enervante trombar de carrinhos nos corredores e a confusão de mãos nas prateleiras para pegar mercadorias tomavam conta do ambiente. Era preciso encher a despensa quanto antes. Felizmente, as farmácias funcionavam como consolo à falta de atendimento nos postos de saúde. Nem os hotéis se salvaram. A comida podia demorar até três horas para chegar ao quarto e o prato vinha incompleto porque parte das guarnições acabava antes, devido à demanda. Por volta de 20 horas, o hóspede espiava pela janela as ruas onde nem carros passavam. O toque de recolher numa metrópole sitiada já fora dado.


O caos começou a se impor sobre a ordem na manhã da sexta-feira, dia 3. Um grupo de mulheres de policiais protestava na porta do quartel da PM da cidade de Serra, região metropolitana de Vitória. Uma das líderes do movimento, a mulher de um capitão, que não se identifica, contou que os maridos reclamam das condições de trabalho. Segundo ela, faltam viaturas e equipamentos de proteção, a carga horária é excessiva e há sete anos os policiais não ganham reajuste salarial na escala que reivindicam. Por meio de grupos nas redes sociais, as mulheres dos policiais espalharam o plano de bloquear a saída dos batalhões. 

Elas argumentavam que nenhum PM teria coragem de furar o cerco, pois ali poderia estar a mulher dele ou de um colega. A manifestação ganhou corpo e atraiu políticos adversários do governador Paulo Hartung, do PMDB, que naquele dia se internara no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para retirar um tumor da bexiga, uma cirurgia sem maiores complicações. Uma das líderes do movimento de mulheres disse que o vereador Cabo Porto, policial militar, mandou entregar lanche e barracas em um acampamento em frente ao quartel. Porto é filiado ao PSB, mesmo partido do ex-governador Renato Casagrande, adversário de Hartung. Casagrande acusa Hartung de sucatear a segurança pública com corte de verbas. Hartung, que governa um estado depauperado pela crise econômica e pelo tombo da Petrobras, diz que gasta com responsabilidade e não dá muita corda para negociação com sindicalistas.

A notícia do sumiço da polícia chegou rápido aos bandidos. Sem demora, e por ironia, eles atacaram primeiro os condomínios da região onde moram policiais em Serra, que já foi uma das cidades mais violentas do país. Atiraram no transformador de energia na rua do edifício Fragata para agir na escuridão. Ainda fardado e sem saber da greve, um soldado da PM deparou com o grupo armado quando chegava em casa. Ele caiu da moto, mas conseguiu sacar a pistola para atirar nos “ratos”, nome que a PM capixaba dá aos traficantes das favelas. Os moradores dos 300 apartamentos entraram em pânico. Na noite seguinte, mais de 20 bandidos com pistolas e facas voltaram a atacar, mas os policiais que moram no prédio se prepararam para confronto. Convocaram os moradores civis para ajudar na segurança e montaram uma barricada na rua. O síndico Waldison Pimentel Junior, de 34 anos, achou que precisava de mais reforço. Contratou quatro seguranças particulares armados ao custo diário de R$ 800. A brigada ganhou fama na região para dissuadir os marginais, mas a onda de saques e homicídios espraiou por toda a região metropolitana de Vitória e pelo interior do estado.

 >> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Quando os ratos começam a abandonar o navio...

Por mais que seja uma mulher sapiens, e corajosa, ninguém resiste à solidão

O distinto público tem dificuldade de entender por que Lula e o PT criticam a política econômico do governo da presidente Dilma.
Ora, eles não apoiam o governo? Não fazem parte dele?

Ou querem dar a impressão de quer apoiam, sim, fazem parte, sim, mas nada têm a ver com a política econômica? Como isso seria possível?  O governo de Dilma é sustentado por um conjunto de partidos. O que detém mais ministérios e mais cargos é o PT. É o mais importante, pois.

Será possível que mesmo assim, Dilma ponha em prática a política econômica de outro partido que não a do PT?  Talvez a política econômica do PMDB, quem sabe?
Do PMDB também não. Os chefes do PMDB, dos mais ilustres aos mais apagados, fazem oposição à política econômica do governo.

Dizem que ela está quebrando o país.  É razoável supor que ela não esteja sendo imposta a Dilma por algum partideco. Não faria sentido.  Faria sentido Dilma reeleger-se para adotar em seguida a política econômica do partido que derrotou, o PSDB?
Mas por que faria isso?

Para deixar o PSDB sem discurso econômico? Por que reconhece que a política econômica do PSDB seria a única capaz de salvar o governo?  Pensando melhor: não foi Lula que aconselhou Dilma a promover um duro ajuste fiscal? E que até indicou para o Ministério da Fazenda o presidente do Bradesco?

É tudo confuso, não?  Só sei que Dilma está ficando cada vez mais sozinha.
Por mais que seja uma mulher sapiens, e corajosa, ninguém resiste à solidão. 

Ricardo Noblat

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dirceu admite que o comportamento de Lula ao abandoná-lo segue o adotado pelos ratos quando o navio começa a afundar: abandonar a embarcação



Ressentido, Dirceu sente abandono até de Lula
Ex-ministro fica sem defesa do PT e se queixa da falta de apoio público. Mesmo assim, amigos garantem que não há hipótese de delação premiada
Dias antes de ser preso na 17ª fase da Operação Lava-Jato, o ex-ministro José Dirceu, de 69 anos, se mostrava vencido. Ligava para a família pedindo que o visitassem porque poderia “ser preso a qualquer hora”. Na semana que antecedeu a prisão, em conversa com amigos, chegou a calcular que ficaria preso por pelo menos “seis ou oito meses”. A tensão resultou em uma crise de hipertensão, com pico de pressão arterial de 19 por 12 (o normal é 12 por 8).

Nos últimos tempos, Dirceu se mostrava ressentido com lideranças do PT, sobretudo com Lula, com quem não fala desde antes de sua condenação no mensalão. Queixava-se da falta de apoio público por parte da cúpula do partido. Como esperava, sua defesa não foi feita, mais uma vez, na reunião de terça-feira da Executiva Nacional do PT. Desde que começou a cumprir pena, ele deixou de participar dos destinos políticos do partido e pouco foi visitado pelos “companheiros”. Em março deste ano, seu almoço de aniversário, antes marcado pela presença de políticos de todos os calibres, contou com poucas pessoas e nenhum figurão da legenda.

Há tempos a base de apoio de Dirceu deixou de ser sua corrente interna do partido, a Construindo Um Novo Brasil, e passou a ser o “setorial” da juventude. São esses jovens que organizam manifestações de apoio e gritam, em eventos petistas, “Dirceu, guerreiro do povo brasileiro”. O grito de guerra, no entanto, não foi entoado no último congresso nacional do partido, em junho passado. E a julgar pela reação dos petistas depois da revelação das evidências de que o ex-ministro teria recebido benesses pessoais como uma milionária reforma em sua casa e o aluguel de um jato particular talvez não volte a ser ouvido tão cedo. 

Integrantes do partido dizem que a suspeita de ter usado um esquema de corrupção para “enriquecimento pessoal” feriu a sensibilidade dos militantes.

CONTABILIDADE FICAVA POR CONTA DO IRMÃO
Mesmo com o faturamento de quase R$ 40 milhões de sua empresa, a JD, Dirceu nega ter enriquecido e diz ter dívidas de R$ 3 milhõesacumuladas com a defesa em processos e as atividades políticas. Em conversas com amigos antes da prisão, Dirceu admitiu erros: deixar que a Jamp, do operador Milton Pascowitch, pagasse suas despesas diretamente e pedir pagamentos adiantados, operação típica de lavagem de dinheiro.

Segundo amigos, até recentemente ele não sabia como a questão financeira era gerida. A contabilidade ficava por conta do irmão Luiz Eduardo, também preso. Luiz Eduardo foi escolhido justamente por características que agora podem complicar Dirceu: é um sujeito simples, completou só o ensino médio, nunca teve relação com a política ou vida pública e pode não saber como responder aos investigadores. De antemão, Dirceu acredita que será condenado. E diz lamentar não ter mais 50 anos para ter tempo de cumprir a pena e tentar redimir a biografia. Segundo amigos, não há hipótese de que ele aceite delação premiada.

O ex-ministro sustenta que o dinheiro que recebeu não era propina, mas resultado do trabalho como consultor internacional. Diz que valores recebidos enquanto preso vinham de taxas de sucesso dos negócios que intermediava. E afirma que o jatinho à sua disposição não era luxo, mas necessidade — ele quase apanhou algumas vezes em saguões de aeroportos pelo Brasil. A despeito do ostracismo no partido, fazia sempre um diagnóstico de política, assunto do qual declinava apenas para assistir ao desenho “Peppa Pig” com a filha Maria Antonia, de cinco anos.

Fonte: O Globo



quinta-feira, 25 de junho de 2015

Lula: O capitão covarde que abandona o navio que afunda - a rola do jornalista e a mandioca da Dilma

Da atriz Mônica Fraga, em seu Facebook:
"Depois da rola do jornalista, agora temos de engolir a mandioca da Dilma. Sério, tá difícil viver nessa promiscuidade política. Melhor seria voltar pra vida de mulher sapiens mesmo, viu..."
 
 
O navio Brasil afunda enquanto o capitão tenta se safar
 
1912. Titanic bate num iceberg e começa a afundar. O leitor conhece, no mínimo, a ficção com Leonardo DiCaprio. Eis o que nos interessa aqui: o capitão fica no navio. Assume a responsabilidade pelo acidente. Não admite salvar sua pele enquanto tantos inocentes vão morrer por algo que ele próprio poderia, talvez, ter evitado. Era uma época de gentlemanship, de cavalheirismo, onde algo chamado honra tinha muito valor.
  2012. Um século depois, portanto. O navio Costa Concordia naufragou na Itália. Seu capitão, Francesco Schettino, é flagrado abandonando o barco e deixando centenas de pessoas em pânico, aguardando resgate. Os tempos mudaram. Mas como prova de que ainda se espera uma conduta mais nobre das pessoas, o capitão foi condenado a 16 anos de prisão por homicídio. Data do naufrágio: dia 13 de janeiro. 

Treze também é o número do PT, e seu capitão, Luiz Inácio Lula da Silva, também é afeito a abandonar o navio afundando. Ao contrário de acidentes em iceberg ou rochas subaquáticas, o navio Brasil, pilotado por Lula, está a afundar por negligência do próprio comandante, por total irresponsabilidade. Mas o capitão desconhece o significado de honra, de ética, de cavalheirismo. Vale tudo para salvar a própria pele.

É com base nisso que Lula joga na fogueira até sua criatura, sua “alma gêmea”, que ele alçou ao patamar de comandante (ou comandanta, e bota anta nisso!) de forma arbitrária. Dilma havia pilotado apenas uma pequena loja de bugigangas. A loja foi à falência. No setor público, comandou o setor elétrico. Quebrou também. Mas Lula achava que tinha em mãos uma ótima comandante para o navio. Deu nisso.
 
O que faz nosso capitão? Acende a fogueira. É o primeiro a jogar a pedra. Acusa o governo e a presidente, como se não tivesse nada com o naufrágio. Foi pego em flagrante tentando sair pela tangente, às escondidas, enquanto o barco ia a pico com milhões de inocentes dentro. Lula tem cidadania italiana. Não gosta do conceito britânico de honra, do código dos cavalheiros. É capaz de detonar sua própria criatura só para salvar sua pele.


O capitão do navio italiano foi para a cadeia. Lula corre o risco de ir para a cadeia também, não por ter destruído o navio Brasil, mas por estar próximo demais da máfia das empreiteiras e ser o maior beneficiado do esquema de corrupção da quadrilha. 

Desesperado, faz de tudo para sobreviver politicamente, para salvar sua pele, mesmo que precise entregar a de seus “companheiros” no caminho. O PT só pensa em cargos, diz o capitão, como se não tivesse nada com isso, como se fosse diferente, e não o líder da gangue.  Quando um navio começa a afundar, os ratos são os primeiros a abandoná-lo. O molusco virou um roedor desesperado, disposto a tudo para se safar.

Por: Rodrigo Constantino - Revista VEJA