Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador religiosos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador religiosos. Mostrar todas as postagens

domingo, 1 de outubro de 2017

NKVD: Assassinos chefiados por Stalin têm seus nomes divulgados


A partir de 1993, Andrei Zhukov percorreu, pelo menos três dias por semana durante duas décadas, os arquivos de Moscou, vasculhando hora após hora as pilhas de ordens emanadas pela NKVD, a polícia secreta de Joseph Stalin, continuada pela KGB onde se formou Vladimir Putin. Ele procurou e encontrou muitos nomes de oficiais e seus respectivos cargos hierárquicos na organização.


 Grupo de agentes da NKVD.

Foi a primeira pesquisa metódica sobre os homens que executaram oGrande Terror” de Stalin entre 1937 e 1938. Nesse período da ditadura socialista foram presas pelos menos 1,5 milhão de pessoas, 700 mil das quais foram friamente fuziladas.  Na verdade, não foi o primeiro estudo sobre os líderes da NKVD e seus monstruosos crimes. Mas sim o primeiro a identificar os investigadores e os algozes que cumpriram a sádica missão.
E na lista há mais de 40 mil nomes!

Zhukov disse que não agiu por motivações políticas: “Eu sempre fiquei interessado em coisas secretas ou difíceis de achar.”  “Comecei isto apenas com um instinto de colecionador”, disse, segundo o jornal  The Guardian, de Londres.”
Mas os historiadores perceberam a importância de seu trabalho. A organização Memorial, a mais importante em recuperar a lembrança das vítimas chacinadas e dos locais de horror onde passaram seus últimos dias, publicou um CD com o banco de dados dos nomes e o postou na Internet.  Foram anos de meticuloso trabalho porque a polícia secreta tinha uma ampla faixa de atividades além das prisões e execuções.
“Não todos na lista foram açougueiros, até alguns foram assassinados por não executarem os crimes ordenados.  “Mas a vasta maioria estava ligada ao terror”, comentou Yan Rachinsky, co-presidente de Memorial.


Vala comum de vítimas de Stalin em Levashovo, São Petersburgo.
Muitos russos querem saber o destino final de seus antepassados.

Nikita Petrov, outro historiador de Memorial, sublinhou que “trabalhar na NKVD era prestigioso.  “Nos inícios dos anos 1930, marcados pela pobreza e pela fome, recebia-se para comer bem e ganhava-se um belo uniforme.
“Aqueles que entravam não sabiam que dentro de cinco anos estariam sentenciando milhares de pessoas à morte”, acrescentou.

O banco de dados de Memorial sobre as vítimas da repressão socialista soviética contém por volta de 2.700.000 nomes e mais 600 mil devem ser acrescentados ao longo de 2017.
Rachinsky acha que uma lista completa somaria aproximadamente 12 milhões de nomes, incluindo os deportados ou sentenciados por razões políticas. Acrescenta-se que em algumas regiões os algozes locais nunca confeccionaram listagens das vítimas, enquanto em outras os arquivos permanecem fechados.
 Cenotáfio aos religiosos assassinados em Levashovo.

O jornalista Sergey Parkhomenko lançou a campanha Endereço Final, instalando alguns milhares de placas onde morreram vítimas do socialismo stalinista para lhes render uma derradeira homenagem. Dos 40 mil agentes registrados por Zhukov, cerca de 10% acabaram sendo executados, encarcerados ou enviados aos campos de concentração.
Alguns voltaram quando Stalin precisou de homens para combater na II Guerra Mundial. Até ganharam medalhas ou se dedicaram a cometer mais homicídios.

http://flagelorusso.blogspot.com

 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Como morrem as instituições



Instituições não morrem de morte morrida, morrem de morte matadae raramente de forma abrupta. Fenecem (ou se atrofiam) gradativamente, ao longo de um processo pontilhado pelo desprezo de alguns e pela prepotência de outros. E, sobretudo, por agressões e traições ao seu espírito. Por ações e omissões da parte dos dirigentes e representantes aos quais incumbe zelar pelos papéis que as distinguem, mas que em vez disso acabam contribuindo para a descaracterização deles.

Para bem fixar o sentido da afirmação acima peço licença para fazer dois esclarecimentos preliminares. O primeiro é que esta reflexão carece de sentido para extremistas de direita ou de esquerda. Para os adeptos do fascismo (e do populismo, seu primo pobre latino-americano), o que importa é a vontade do líder, do Führer, nunca os “formalismos vazios” que os liberais chamam de “instituições”. Numa linha muito própria, o conceito de política empregado pelos comunistas e seus companheiros de viagem tem pouco ou nada que ver com instituições; mal se distingue da tática, domínio regido muito mais pela malícia do que por valores. Os leitores a que me dirijo são, portanto, preferencialmente, os que prezam o liberalismo político e a democracia.

Em segundo lugar, há uma interrogação prévia a ser respondida. O que distingue uma instituição de uma organização qualquer? Minha resposta, já em parte indicada, é que uma instituição só existe em função do fiel cumprimento, por seus dirigentes e representantes, dos papéis que conferem sentido prático aos valores que ela professa. Uma igreja cujos dirigentes não se comportam como religiosos pode ser qualquer coisa, mas igreja certamente não é

O comandante militar que propende a agir como braço armado de um líder ou de uma facção política pode ser um caudilho, mas não a autoridade que jurou defender a sociedade e a Constituição. A distinção que estou tentando delinear vale em todos os níveis e âmbitos da sociedade. Por ação ou omissão, o professor que não vê diferença entre ensino e proselitismo e a maioria estudantil que se acomoda ou se deixa intimidar pelos profissionais do grevismo também contribuem para a descaracterização da instituição universitária.

Infelizmente, a crise política e econômica em que o Brasil se encontra é propícia à multiplicação de comportamentos anti-institucionais. Três casos recentes parecem-me requerer um comentário crítico. Primeiro, o posicionamento assaz polêmico de dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello.

Barroso, antecipando o possível afastamento de Dilma Rousseff e a consequente ascensão de Michel Temer, exclamou diante de uma plateia algo como “um governo do PMDB? Meu Deus, é isso o que temos?” – enunciando uma posição manifestamente facciosa. Não menos chocante, Marco Aurélio Mello, dono de uma formidável bagagem de conhecimentos jurídicos e de uma não menos formidável experiência judicante, assumiu uma posição frontalmente contrária ao impeachment, chegando mesmo a vaticinar dias sombrios para o país no caso de a proposição a ser brevemente votada na Câmara dos Deputados sair vitoriosa. Um juízo de valor, sem nenhuma dúvida, com a agravante de haver sido formulado como uma previsão ou antecipação hipotética de um estado de coisas futuro.

Proposições desse tipo são adequadas quando enunciadas pelos profissionais da futurologiaa chamada “construção de cenários” –, mas descabem por completo na boca de um magistrado. O segundo caso, que comento por dever de oficio, é a compra de votos para tentar deter o impeachment que Lula organizou nas dependências do hotel Golden Tulip, em Brasília. Há coisa de 20 anos, e com objetivo patentemente eleitoral, Lula ofereceu aos brasileiros uma avant-première do gênero populista pelo qual haveria de se nortear, afirmando que mais de metade da Câmara dos Deputados era integrada por “picaretas”. Em outros tempos – lembro-me dos anos 50 –, teria recebido uma resposta à altura. 

Se se atreveu a fazer tal afirmação, foi certamente por perceber a vertiginosa perda de altitude do Poder Legislativo no período pós-transição e pós-Constituinte. Mas, ainda assim, quem ali vemos, no Golden Tulip, dando expediente full-time, é um ex-presidente da República. Um ex-presidente investigado pela Justiça, isso é certo, mas que ao menos por três razões deveria dar-se ao respeito: o cargo que ocupou durante oito anos, a estima que parcela expressiva da sociedade ainda lhe devota e um elementar respeito às instituições democráticas.

Por último, devo também me referir a certo tipo de parlamentar, aquele ao qual Lula parece estar se dedicando com maior afinco. Falo dos “picaretas”, do “baixo clero”, dos que devem seus mandatos aos “grotões” – ou seja, daqueles que jamais ergueram a voz para contestar esses termos pejorativos, como também não contestaram o insulto que Lula lhes fez em 1993.

Quer nas referências verbais que fazia em relação a eles, quer nas atividades “práticas” mediante as quais procura aliciá-los, Lula sempre os aviltou na física e na jurídica – ou seja, como indivíduos e como integrantes da instituição legislativa. Se esse é um retrato fiel dos “picaretas”, se eles de fato carecem, como Lula insinuou, da altivez e da independência que o exercício de um mandato eletivo pressupõe, se entre eles a regra é a falta de brios e de hombridade, então, convenhamos, o Congresso Nacional está de fato prestes a perder o status de uma verdadeira instituição. Está se transformando numa organização qualquer, fadada a perder o respeito dos cidadãos.

Fonte: Publicado no Estadão - Bolívar Lamounier

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Dilma é um retrato na parede - Lula dá sinais de estar perto de jogar a toalha



Além de uma fotografia, o que restará, logo mais, do encontro no Palácio do Planalto da presidente Dilma Rousseff com os governadores de Estado? Os governadores dependem da boa vontade do governo federal para governar com mais ou menos dinheiro.  Em momentos de aperto, como é o caso, o presidente precisa passar ao país a impressão de que politicamente ainda é forte.  Isso pode funcionar quando há espaço para a dúvida em relação à fortaleza ou à fraqueza do presidente. Não é o caso. A popularidade da presidente compete, hoje, com a taxa de inflação. Na verdade, perde para a taxa.

Lembra da pesquisa que apontou a avaliação positiva de Dilma na casa dos 7,7%? Esqueça. Já diminuiu. A inflação aumentou. Para quase 10% ao ano. Há governadores que não gostariam de ser vistos a essa altura na companhia de uma presidente tão rejeitada. Estão constrangidos. Mas não se pode rejeitar um convite presidencial. Por mais que o presidente esteja abaixo do volume morto.

Os governadores voltarão aos seus Estados do mesmo jeito que chegaram a Brasília – de bolsos vazios.  Terão servido de figurantes para o brilho fugaz de uma presidente que mal se segura de pé.  É possível que ela não se perceba assim. Mas é assim que é.
Lula dá sinais de estar perto de jogar a toalha 

Foi um Lula esgotado, aborrecido, impaciente, sem imaginação que se apresentou  para cerca de 200 pessoas reunidas na sede do Sindicato dos Bancários do ABC, na grande São Paulo. Sacou velharias do fundo da memória. Do tipo: “Estou de saco cheio e cansado das mentiras e safadezas”. Ou do tipo: “Estou cansado de agressões à primeira mulher a governar o país”.

Como se Dilma, pelo fato de ser mulher, estar sendo agredida. Ou como se Dilma, pelo fato de ser mulher, não poder ser criticada. “Não tem pessoa com caráter mais forte nesse país do que ela”.  Há pouco mais de um mês, em conversa com religiosos no Instituto Lula, o ex-presidente bateu em Dilma por ela fazer “um governo de surdos”. Disse que ela estavano volume morto”.  Quando um político não sabe o que dizer, costuma se referir à perseguição movida pelos nazistas na Alemanha aos judeus antes e durante a 2ª. Guerra Mundial. 

Foi o que Lula fez:  - O que a gente vê na televisão parece os nazistas criminalizando o povo judeu, os romanos criminalizando o povo cristão, os fascistas criminalizando os italianos. Sei que é difícil para parte da elite brasileira aceitar certas coisas. O  que nazistas, judeus, romanos, cristãos, fascistas e italianos têm a ver com as crises ora enfrentadas pelo Brasil – a política, a econômica e a ética? Lula não explicou.

Seu abatimento, segundo confidência de amigos, decorria das notícias que haviam lhe chegado a respeito da reportagem de capa da revista VEJA deste fim de semana.  Segundo a VEJA, o empresário Léo Pinheiro, ex-operador da construtora OAS em Brasília, começou a negociar com a Justiça a delação premiada.  Ninguém mais do que Léo sabe como Lula enriqueceu depois de chegar à presidência da República. Foi ele que reformou de graça o apartamento de Lula no Guarujá e seu sítio em Atibaia, São Paulo.

Se, de fato, Léo abrir o bico, Lula correrá o risco de ser engolido pela lama provocada pela Operação Lava Jato.  Em certo momento do seu discurso, Lula cometeu uma frase sem sentido: “Não é porque uma criança está com febre que a gente vai enterrar”. Mas foi em frente. Tocou de raspão na crise econômica:  - Temos que dizer para todas as pessoas que acham que o mundo vai acabar, que não há momento na história desse país que o Brasil não tenha passado por uma crise.

Sim, e daí?  Para finalmente arrematar:  - Quem vem apostando no fracasso deste País vai quebrar a cara.

Lula não é mais aquele. O que é que se faz com ele?

Fonte: Blog do Noblat – Ricardo Noblat 


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Lula está contrariado por Dilma, sua criatura ser teimosa e pensar por conta própria – temos que concordar com boquirroto, Dilma pensando não produz nada útil



Em encontro com religiosos, Lula faz duras críticas a Dilma e a sua gestão: ‘ela está no volume morto’
Ex-presidente admitiu ainda que é ‘um sacrifício’ convencer sua sucessora a viajar pelo país e defender sua gestão [Lula aqui está errado: como alguém consegue defender a gestão desastrosa do poste Dilma?]

Como se estivesse em um confessionário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu o coração a um seleto grupo de padres e dirigentes de entidades religiosas no auditório de seu instituto, anteontem, em São Paulo. Em tom de desabafo, criticou duramente a presidente Dilma Rousseff e creditou ao governo dela, sobretudo no segundo mandato, a crise vivida pelos petistas.
 
Para Lula, a taxa de aprovação da companheira está no “volume morto”, numa referência à situação hídrica paulista, e, com o silêncio do Planalto, o “governo parece um governo de mudos”. O ex-presidente admitiu ainda que é “um sacrifício” convencer sua sucessora a viajar pelo país e defender sua gestão. — Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, e eu estou no volume morto. Todos estão numa situação muito ruim. E olha que o PT ainda é o melhor partido. Estamos perdendo para nós mesmos — disse Lula.
Para ilustrar a profundidade do poço em que se meteu o PT, Lula citou uma pesquisa interna do partido, que revela que a crise se instalou no coração da legenda, o ABC Paulista. Muito rouco, o ex-presidente dizia coisas como “o momento não está bom” e “o momento é difícil”.
Acabamos de fazer uma pesquisa em Santo André e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%. Entreguei a pesquisa para Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo — disse Lula aos religiosos.

Ele afirmou ter dito à presidente: “Isso não é para você desanimar, não. Isso é para você saber que a gente tem de mudar, que a gente pode se recuperar. E entre o PT, entre eu e você, quem tem mais capacidade de se recuperar é o governo, porque tem iniciativa, tem recurso, tem uma máquina poderosa para poder falar, executar, inaugurar”.

Na mesa, os mais de 30 participantes do encontro, entre eles o bispo dom Pedro Luiz Stringhini, não deram trégua ao ex-presidente. Sobraram críticas para o PT, o governo, o próprio Lula e seu pupilo, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Os religiosos defenderam que o partido volte à antiga liturgia e se aproxime mais dos trabalhadores. Lula concordou com a tese, dizendo que os petistas trocaram a discussão da política pela do mandato.

A reunião faz parte da estratégia do partido de tentar se reaproximar de sua base social. O interlocutor da ala religiosa é o ex-ministro Gilberto Carvalho, [satanás representando a ala religiosa? Tem coisa errada?] mencionado diversas vezes por Lula, em seu discurso de mais de 50 minutos, para exemplificar como o governo Dilma perdeu o contato com os movimentos sociais. Lula cobrou da presidente, e tem feito isso em outras reuniões reservadas, uma agenda positiva e mais exposição pública. Para o petista, Dilma deixou o governo mais distante dos mais pobres. — Na falta de dinheiro, tem de entrar a política. Nesses últimos cinco anos, fizemos muito menos atividade política com o povo do que fizemos no outro período — disse ele, citando as conferências nacionais com grupos sociais:  — Isso acabou, Gilberto!

Lula reclamou que Dilma tem dificuldade de ouvir até mesmo os conselhos dados por ele: — Gilberto sabe do sacrifício que é a gente pedir para a companheira Dilma viajar e falar. Porque na hora que a gente abraça, pega na mão, é outra coisa. Política é isso, o olhar no olho, o passar a mão na cabeça, o beijo.

Nesse ponto da conversa, o ex-presidente fez questão de ressaltar: falar com a população não é “agendar para falar na televisão”.  Durante a reunião, Gilberto Carvalho, que saiu do núcleo central do governo Dilma depois de muitas críticas à atuação da equipe da presidente, concordava com Lula, completava frases e assentia com a cabeça enquanto o ex-presidente subia o tom:  Aquele gabinete (presidencial) é uma desgraça. Não entra ninguém para dar notícia boa. Os caras só entram para pedir alguma coisa. E como a maioria que vai lá é gente grã-fina... Só entrou hanseniano porque eu tava no governo, só entrou catador de papel porque eu tava no governo — disse Lula, que completou: — Essa coisa se perdeu.

Lula revelou o quem tem conversado com Dilma nos encontros privados. Os dois têm feito reuniões em São Paulo, e a presidente só as informa na agenda oficial depois que são realizadas. Ele disse que fala para a presidente que a hora é de “ir para a rua, viajar por esse país, botar o pé na estrada”. Diz ainda que os petistas não podem temer as vaias. Uma das armas para recuperar a combalida gestão, segundo ele, é investir na execução do Plano Nacional de Educação. O problema seria, de acordo com ele mesmo, que o próprio PT desconhece o conteúdo do plano.

“OS MINISTROS TÊM DE FALAR”
O petista, que não falou com os padres sobre uma possível candidatura à Presidência em 2018, mas não esconde que pode concorrer ao terceiro mandato, disparou fortemente contra os ministros, sobretudo os do PT. Os ministros têm de falar. Parece um governo de mudos. Os ministros que viajam são os que não são do PT. Kassab já visitou 23 estados, não sei quem já visitou 40 estados - exagerou.

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, preside o PSD e quer recriar o Partido Liberal. Foi citado mais uma vez, para criticar o desânimo dos líderes petistas:  — Aí não dá. Kassab já tá criando outro partido e a gente não tá defendendo nem o da gente!

Lula disse que também tem chamado a atenção do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, dizendo que ele deveria fazer mais discursos públicos.— Pelo amor de Deus, Aloizio, você é um tremendo orador — disse ele, que emendou, arrancando risos dos religiosos: — É certo que é pouco simpático.

O ex-presidente ressaltou ainda que “inaugura-se (obra do) Minha Casa Minha Vida todos os dias”, mas que os políticos locais não destacam o papel do governo nas obras.  Para criticar o empenho de Dilma na aprovação do ajuste fiscal, Lula afirmou:  — Falar é uma arma sagrada. Estamos há seis meses discutindo ajuste. Ajuste não é programa de governo. Em vez de falar de ajuste... Depois de ajuste vem o quê? — criticou Lula, apontando que é preciso “fazer as pessoas acreditarem que o que vem pela frente é muito bom”. Segundo o petista, “agora parece que acabou o (assunto) do ajuste”. [Dilma não gosta de viajar por causa das vaias e dos discursos que tem que ‘cometer’; ao discursar Dilma tem que dar explicações , fazer promessas e NINGUÉM ACREDITA MAIS NELA, a cota de mentiras da presidente esgotou-se nas mentiras que ela usou durante a campanha eleitoral.]

A VACA TOSSIU
Lula disse que o governo não dá boas notícias ao país.  — Nós tivemos as eleições no dia 26 de outubro. De lá pra cá, Gilberto, nós temos que dizer para vocês, porque vocês são companheiros, depois de nossa vitória, qual é a noticia boa que nós demos para este país? Essa pergunta eu fiz para a companheira Dilma no dia 16 de março, na casa dela.

Wagner (Defesa) e Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência), além de Rui Falcão, presidente nacional do PT.  —Eu fiz essa pergunta para Dilma: “Companheira, você lembra qual foi a última notícia boa que demos ao Brasil?” E ela não lembrava. Como nenhum ministro lembrava. Como eu tinha estado com seis senadores, e eles não lembravam. Como eu tinha estado com 16 deputados federais, e eles não lembravam. Como eu estive com a CUT, e ninguém lembrava.

Lula aponta mancadas da Dilma
— Primeiro: inflação. Segundo: aumento da conta de água, que dobrou. Terceiro: aumento da conta de luz, que para algumas pessoas triplicou. Quarto: aumento da gasolina, do diesel, aumento do dólar, aumento das denúncias de corrupção da Lava-Jato, aquela confusão desgraçada que nós fizemos com o Fies (Financiamento Estudantil), que era uma coisa tranquila e que foram mexer e virou uma desgraceira que não tem precedente. E o anúncio do que ia mexer na pensão, na aposentadoria dos trabalhadores.