Lembra da pesquisa que apontou a avaliação positiva de Dilma na casa dos 7,7%? Esqueça. Já diminuiu. A inflação aumentou. Para quase 10% ao ano. Há governadores que não gostariam de ser vistos a essa altura na companhia de uma presidente tão rejeitada. Estão constrangidos. Mas não se pode rejeitar um convite presidencial. Por mais que o presidente esteja abaixo do volume morto.
Os governadores voltarão aos seus Estados do mesmo jeito que chegaram a Brasília – de bolsos vazios. Terão servido de figurantes para o brilho fugaz de uma presidente que mal se segura de pé. É possível que ela não se perceba assim. Mas é assim que é.
Lula dá sinais de estar perto de jogar a toalha
Foi um Lula esgotado,
aborrecido, impaciente, sem imaginação
que se apresentou para cerca de 200
pessoas reunidas na sede do Sindicato dos Bancários do ABC, na grande São
Paulo. Sacou velharias do fundo da memória. Do tipo: “Estou de saco cheio e cansado das mentiras e safadezas”. Ou do
tipo: “Estou cansado de agressões à
primeira mulher a governar o país”.
Foi o que Lula fez: - O que a gente vê na televisão parece os nazistas criminalizando o povo judeu, os romanos criminalizando o povo cristão, os fascistas criminalizando os italianos. Sei que é difícil para parte da elite brasileira aceitar certas coisas. O que nazistas, judeus, romanos, cristãos, fascistas e italianos têm a ver com as crises ora enfrentadas pelo Brasil – a política, a econômica e a ética? Lula não explicou.
Seu abatimento, segundo confidência de amigos, decorria das notícias que haviam lhe chegado a respeito da reportagem de capa da revista VEJA deste fim de semana. Segundo a VEJA, o empresário Léo Pinheiro, ex-operador da construtora OAS em Brasília, começou a negociar com a Justiça a delação premiada. Ninguém mais do que Léo sabe como Lula enriqueceu depois de chegar à presidência da República. Foi ele que reformou de graça o apartamento de Lula no Guarujá e seu sítio em Atibaia, São Paulo.
Se, de fato, Léo abrir o bico, Lula correrá o risco de ser engolido pela lama provocada pela Operação Lava Jato. Em certo momento do seu discurso, Lula cometeu uma frase sem sentido: “Não é porque uma criança está com febre que a gente vai enterrar”. Mas foi em frente. Tocou de raspão na crise econômica: - Temos que dizer para todas as pessoas que acham que o mundo vai acabar, que não há momento na história desse país que o Brasil não tenha passado por uma crise.
Sim, e daí? Para finalmente arrematar: - Quem vem apostando no fracasso deste País vai quebrar a cara.
Lula não é mais aquele. O que é que se faz com ele?
Fonte: Blog do Noblat – Ricardo Noblat
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