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domingo, 23 de julho de 2023

Sob ataque, STF vai reforçar segurança armada e monitoramento anti-hacker

 Desde os atos de oito de janeiro, estoque de armamento não letal também foi recomposto e ampliado

 .

Manifestantes invadiram o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto em 8 de janeiro (Marcelo Camargo/Agência Brasil/.)

Com seus ministros sob intenso ataque de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu reforçar medidas de segurança para os magistrados e abriu pregão para a contratação específica de equipes de guarda-costas armados para atuarem no estado do Paraná, onde vivem familiares de Edson Fachin, e locação de veículos blindados de representação para Rio de Janeiro, onde Luís Roberto Barroso e Luiz Fux têm família. Também pretende gastar até 3,9 milhões de reais para monitoramento e segurança contra ataques hackers.

[a 'paranoia' = obsessão de que vai ser atacado =  que acomete o STF  atualmente (destacando que se trata de um órgão do Poder Judiciário e não de uma unidade da polícia secreta)  também esteve presente nos tempos da União Soviética, quando a KGB tinha instalações com segurança exagerada, da mesma forma que a 'stasi',  'stb' e outros serviços de segurança comunista.
De nada adiantou, quando ventos contrários as obrigaram a concordar com mudanças de regime - que ocorreram sem violência.]

Para a contratação de serviços de monitoramento, operação, controle e segurança cibernética, o STF quer que a empresa vencedora da licitação esteja apta para uma devassa completa em seu ambiente computacional, identifique vulnerabilidades que possam facilitar o acesso de invasores a dados confidenciais e a sistemas internos e monitore ininterruptamente dados do tribunal para detectar e debelar ataques hackers.

Ao custo máximo de 1 milhão de reais, o Supremo também pretende contratar segurança pessoal armada no Paraná para acompanhar tanto o ministro Edson Fachin quanto seus familiares e outros integrantes da Corte que porventura cumpram agenda no estado. Além da escolta, os guarda-costas farão varreduras para identificar eventuais objetos plantados nos carros dos ministros. No caso dos carros blindados a serem alugados no Rio, a ideia é que o tribunal desembolse cerca de 365 mil reais para ter à disposição veículos novos e com quilometragem livre.

Desde que o tribunal se tornou o alvo número um da fúria dos manifestantes que depredaram Brasília no dia 8 de janeiro, a Corte já havia reforçado o estoque de armamento não letal para conter protestos mais extremados e hoje mais de 40 seguranças com armas de fogo estão designados para fazer a escolta dos ministros. 
A rotina da maior parte dos magistrados é espartana, já que qualquer exposição pode resultar em hostilidades como as que aconteceram com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, admoestado por uma família de brasileiros no aeroporto internacional de Roma.

A presidente Rosa Weber e a ministra Cármen Lúcia, por exemplo, praticamente não têm vida social, Luís Roberto Barroso diz sair com “uma procissão de seguranças” até para atividades comezinhas, Edson Fachin faz caminhadas escoltado e interrompeu antigos passeios de Fusca, e o decano Gilmar Mendes, que por anos foi o destinatário do maior número de importunações públicas, hoje frequenta preferencialmente eventos privados.

Política - Revista VEJA


Lula prega a desordem ao incentivar linchamento dos inimigos políticos - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Petista é hoje o maior pregador do ódio, da violência e da discórdia em atuação no Brasil

O Brasil está afundando, cada vez mais, num abismo em que a autoridade pública incentiva abertamente o linchamento dos inimigos políticos – ou de quem é considerado inimigo. 
O último surto desse tipo de doença degenerativa, presente no DNA de todas as ditaduras, se manifestou em mais um dos crescentes disparos de ira do presidente da República. 
Sem esperar qualquer decisão da Justiça, Lula chamou de “animal selvagem” um cidadão acusado de ofender o ministro Alexandre de Moraes num bate-boca no aeroporto de Roma. Sustentou, mesmo, que não se trata de “um ser humano”. Disse, em seguida, que eles devem ser “extirpados”. O que significa isso? 
A lei brasileira exige que todos, sem distinção, sejam tratados como seres humanos e tenham direito à vida; não há exceções
A lei também estabelece que todo mundo é inocente até ser provada a sua culpa, e no caso, ainda não se provou nada; talvez não se prove nunca. Não está previsto em lugar nenhum, enfim, que uma pessoa deva ser “extirpada” – apenas que seja punida segundo o processo legal. 
O que Lula fez não foi exigir a aplicação rigorosa da lei. Foi estimular a desordem.
Qual a surpresa, aí? Este tem sido, há muito tempo, o comportamento natural do presidente – ele é hoje o maior pregador do ódio, da violência e da discórdia em atuação no Brasil. 
Há algum outro que diga em público as coisas que ele vive dizendo? 
O que há de realmente perturbador não é isso. É a aceitação passiva de um regime político que obriga a sociedade a engolir a mentira no lugar da verdade e que ameaça com cadeia, e outros tipos de repressão, quem aponta os fatos.  
É uma ordem jurídica que trocou a lei pela vingança, usa a polícia como o seu serviço particular de segurança armada e substituiu a realidade pela propaganda oficial. É, mais do que qualquer outra coisa, a continuação do vale-tudo ideológico e moral que começou com o combate ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a tudo o que havia ao seu redor. Bolsonaro ia acabar com o Brasil; nesse caso, era justo usar qualquer meio para acabar com ele antes, como aplicar a censura “só até a eleição”, ou dizer que a “sociedade está acima da lei”.  
É a velha história: vamos matar mil para salvar um milhão
Houve a mesma coisa com a histeria descontrolada, por parte da máquina estatal, de todas as elites e da mídia, no tratamento da covid. O Brasil ia desaparecer; era preciso, para salvar o País, eliminar as liberdades, os direitos individuais e a vigência das leis.

Bolsonaro já foi. A covid já foi. Ficou, e vai ficando cada vez mais, a ideia de que só há um Deus, o consórcio STF-Lula, e uma só verdade – a deles.

J. R.Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

 

domingo, 26 de junho de 2022

STF e TSE se preparam para 7 de Setembro - Lauro Jardim

 O Globo

Eleições 2022

Planos de Bolsonaro para o 7 de Setembro já acendem alerta no STF e no TSE [será que há algum risco de algum dos ministros do STF e TSE decretar, em virtude do estado de alerta citado, o cancelamento do desfile de 7 de setembro?]


Jair Bolsonaro no Dia da Independência em 2021

Jair Bolsonaro e os seus seguidores deram todos os sinais de que pretendem repetir o 7 de Setembro do ano passado, com manifestações Brasil afora "pela liberdade". Só que agora com um combustível a mais: a temperatura escaldante do período eleitoral.

Em grupo de zap: Bolsonaro envia mensagem com a frase 'PM seguirá Exército em caso de ruptura institucional'  [Atualizando: a mensagem citada não é atual e sim de AGOSTO/2021, enviada pelo presidente da Amebrasil (Associação dos Militares Estaduais do Brasil), coronel Marcos de Oliveira - Material Abaixo: 

A íntegra da matéria pode ser vista na coluna do Lauro Jardim - em O Globo, acima linkada.]

Nota da Amebrasil

 

O STF, alvo preferencial da turba bolsonarista, já está tomando várias providências. A pedido de Luiz Fux, a deep web já está sendo monitorada.

Além disso, desde a véspera do Dia da Independência ninguém poderá circular num raio de 1,5 quilômetro do prédio-sede. Uma segurança armada e um cordão de isolamento cercarão a Corte.

Na sede do TSE, que fica a dois quilômetros dali, as mesmas medidas preventivas devem ser tomadas. Afinal, quem já estará na presidência será Alexandre de Moraes. 

Blog do Lauro Jardim, jornalista - O Globo