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quinta-feira, 18 de maio de 2023

‘Seu Kassio, isso já está encerrado’, diz Moraes para ministro do TSE

Magistrados julgaram caso que condenou Mara Gabrilli e outros políticos, por associarem o presidente Lula ao caso Celso Daniel

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e o ministro Kassio Nunes Marques, recém-empossado integrante efetivo da Corte, tiveram um atrito, nesta quinta-feira, 18. Ambos participaram de uma sessão que condenou parlamentares a pagarem multa de R$ 10 mil, pelo compartilhamento de um vídeo em que a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) associa Lula, então candidato à Presidência, à morte de Celso Daniel, ex-prefeito petista de Santo André.

Ao votar, Kassio Nunes Marques disse que a acusação de Mara sobre o petista “foi um depoimento pessoal, uma experiência de vida”, e lembrou da existência de processos em aberto, em Minas Gerais, para analisar o caso. “Desculpe, seu Kassio”, interveio Moraes. “Isso já está encerrado em São Paulo. Até porque não há ninguém com foro privilegiado em relação ao assassinato ocorrido em Santo André. Não consta que nenhum deputado ou senador tenha participado.”

Por fim, Nunes Marques ficou vencido, além do relator, Carlos Horbach, e Raul Araújo. A proposta do juiz do STF era de multar apenas Mara, e não os políticos que repercutiram a acusação.

lula
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), durante caminhada de campanha do Mercado Municipal da cidade de São Paulo – 28/09/2022 | Foto: Willian Moreira/Estadão Conteúdo

Tudo começou no ano passado, quando Mara concedeu uma entrevista à rádio Jovem Pan, em 28 de setembro, durante o período eleitoral. Ao recordar o assassinato, a senadora disse que, se o empresário Ronan Maria Pinto não fosse pago, entregaria Lula como mentor do caso Celso Daniel. Lula pagou R$ 12 milhões da chantagem para o Ronan Maria Pinto ficar quieto”, disse. “O Ministério Público de São Paulo acabou por encobrir o caso na época.”

Mara vai além e afirma que seu pai e outros empresários eram “extorquidos pelo PT com uma arma na cabeça”.

 

Redação - Revista Oeste


sábado, 8 de outubro de 2022

“Não posso apoiar o Lula, ele dilacerou o Brasil”, diz vice de Tebet

Senadora Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, afirma que votar no candidato do PT seria trair seu pai, sua família e sua história

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar nas eleições. Fechadas as urnas do primeiro turno, Tebet anunciou seu apoio ao ex-presidente Lula (PT). Mara, por sua vez, disse que não se engajaria em nenhuma das duas campanhas e que votaria em branco.

A senadora tucana explicou sua opção. Segundo ela, apoiar a candidatura petista seria, para dizer o mínimo, uma contradição. “Não posso apoiar o Lula, ele dilacerou o Brasil”, ressaltou . Mara Gabrilli  se refere aos vários escândalos de corrupção envolvendo o ex-presidente e os governos do PT. Mais que isso, ela tem um motivo pessoal para se manter afastada da campanha do ex-presidente.

A senadora afirma que votar em Lula seria trair a memória de seu pai, o empresário Luiz Alberto Gabrilli, que, por anos, foi  extorquido durante a gestão do então prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), no início da década de 2000. O prefeito, assassinado em 2002, era coordenador da campanha de Lula à Presidência em 2002.

Em depoimento à Polícia Federal, o publicitário Marcos Valério, condenado no escândalo do mensalão, disse que o crime tinha ligações com PCC, organização criminosa que arrecadaria dinheiro junto à prefeitura de Santo André para as campanhas do PT.

O assassinato do prefeito, aliás, acabou ressurgindo durante a campanha eleitoral no primeiro turno. Em um dos debates, o presidente Jair Bolsonaro fez referência ao caso em uma pergunta dirigida a Simone Tebet. A emedebista preferiu não entrar na polêmica, indicando que o questionamento deveria ser encaminhado ao candidato do PT.

Marcos Valério contou que Lula, quando ocupava o Planalto,  foi chantageado e pagou milhões de reais para que seu nome não fosse citado como um dos mandantes do crime — acusação, ressalte-se, que nunca foi comprovada.

Logo depois do primeiro turno Mara Gabrilli foi convidada para um encontro no diretório do PMDB em São Paulo, com a presença de políticos dos partidos que apoiam Lula. Foi quando ouviu o pedido — recusado — para que declarasse apoio ao petista.

Política - Revista VEJA


sexta-feira, 21 de maio de 2021

Para CPI, vírus é inocente, e Bolsonaro, o culpado - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo

Senadores tentam a todo momento incriminar o presidente Jair Bolsonaro na CPI da Covid.

A CPI da Covid encerrou a semana ouvindo duas vezes o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Para a próxima semana está agendado para terça-feira (25) o depoimento da número três do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, e na quarta-feira (26) serão decididas as próximas convocações.

Nesta quinta-feira (20), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou que a comissão está ouvindo só um lado na tentativa incriminar o governo federal e o presidente da República
 Ele lembrou que o governo enviou R$ 112 bilhões para estados e municípios no ano passado e fez transferências patrimoniais que somam R$ 40 bilhões.

O parlamentar lembrou que houve muito desvio de verba e que isso precisa ser investigado. Ele sugeriu que se chame o ex-ministro da Previdência Social no governo Dilma, Carlos Gabas, porque no momento ele é o executivo do consórcio do Nordeste que comprou centenas de respiradores que ainda não foram entregues.

Como o depoente é maltratado
Para vocês terem uma ideia da falta de educação na CPI. A primeira intervenção do general Pazuello na CPI foi interrompida pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que disse: “o senhor passou 10 minutos falando e não disse nada”. Aziz está se mostrando uma espécie de promotor adjunto. [será que o delegado que interrogou parentes do senador - foram presos e todo preso costuma ser interrogado - agiu com grosseria em relação aos presos - por roubalheira maciça e justamente na área da saúde?] Enquanto o advogado de Pazuello conversava com o ex-ministro, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) interrompeu de forma repreensiva a conversa.

Para encerrar, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) acusou o ex-ministro de espalhar o vírus pelo país ao distribuir pacientes com Covid pelo país dada a superlotação dos hospitais de Manaus. Segundo a parlamentar, foi assim que a nova cepa que surgiu no estado foi difundida e que isso é um crime. Quando Pazuello foi responder, Gabrilli afirmou não estar interessada na resposta dele e pediu ao presidente se podia usar o tempo de réplica para fazer outra pergunta. [essa senadora anda sumida da mídia e usa tenta usar a CPI para se promover - lhe falta competência para voos mais altos e aparecer na mídia, ainda que por sua ignorância, é sempre uma forma de não sumir no ostracismo.]

E o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que é delegado da Polícia Civil, chegou a falar em prender Pazuello. Parecia que o parlamentar estava em frente a um meliante tentando intimidá-lo falando em quais artigos do Código Penal ele poderia ser incluído. [o delegado Contarato  esqueceu que apesar de senador, seu cargo continua sendo de delegado da Polícia Civil - e, mesmo entre os senadores e seus iguais o tratamento tem que ser respeitoso (até por uma questão elementar de educação). O delegado tem a obrigação de saber que, não sendo em situação de flagrante, até para prender um jovem prestando o Serviço Militar Inicial existe normas que devem seguidas.  
Imagine para prender um oficial-general. Sugerimos que tão logo o ilustre senador conclua seu mandato, que tudo indica é mandato único, ou é cassado ou não é reeleito - faça um curso de reciclagem. O senador deve estar desatualizado das boas maneiras devidas a todos e do respeito devido a um oficial-general do Exército - aliás, é bom ele ao se dirigir a um general utilize o tratamento Vossa Excelência, poderá ser advertido se faltar com tal OBRIGAÇÃO. 
Apesar da nossa notória aversão ao comportamento do senador Randolfe Rodrigues o cumprimentamos pelo 'puxão de orelhas' que aplicou, merecidamente, no delegado Contarato.]

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que atuava como presidente naquele momento, esclareceu que nos termos do habeas corpus Contarato faltou com urbanidade e estava fazendo uma ameaça. Depois o parlamentar foi até Pazuello, talvez para pedir desculpa.

Pazuello depôs de forma muito paciente e controlada. Ele respondeu todas as perguntas e não usou o direito de ficar em silêncio garantido pelo STF.  Eu repito, parece que a sentença está pré-estabelecida. O vírus é inocente, a culpa é da cloroquina e de Bolsonaro. Acusam o presidente de provocar aglomeração, mas antes diziam que Bolsonaro não tinha público. Isso é esquisito!

LEIA TAMBÉM:
Operação da PF contra ministro Salles surpreendeu até Bolsonaro

Um ministro do STF seria tratado como os depoentes da CPI da Covid?

Inauguração no Piauí
Bolsonaro viajou para a divisa do Piauí com o Maranhão para a inauguração de uma ponte estaiada de 185 metros sobre o rio Parnaíba, unindo os dois estados e o acesso de Tocantins e Bahia à ferrovia Norte-Sul — vale dizer, ao porto de Itaqui.
O ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, anunciou uma segunda ponte, na BR 330, com a mesma finalidade. Foi um dia movimentado para o presidente, que costuma fazer essas viagens para inaugurações às quintas-feiras.
  

Alexandre Garcia, colunista - VOZES - Gazeta do Povo  


sábado, 8 de junho de 2019

Farra no Itamaraty

ISTOÉ teve acesso com exclusividade a um documento do Ministério das Relações Exteriores contendo informações sobre a farra na liberação de passaportes diplomáticos concedidos na gestão do ministro Ernesto Araújo. Somente nos quatro primeiros meses deste ano, o Itamaraty concedeu 986 passaportes (com esses passaportes especiais, o cidadão pode entrar em qualquer país, sem visto, e ter regalias no embarque e desembarque). Esse total dá uma média de quase 250 passaportes diplomáticos ao mês. O número surpreende, pois, em 2018, foram concedidos 1.200 mil documentos especiais durante o ano inteiro. Ou seja, uma média mensal de 100 passaportes. Isso significa que a média mensal aumentou em 150% durante o governo Bolsonaro.

Privilégios
O mais grave é que pelo menos 500 desses passaportes foram concedidos para ministros, deputados e senadores. Na lista de beneficiários, estão nomes que já nem mais fazem parte do governo, como o ex-ministro Ricardo Vélez Rodrigues. Também conseguiram o documento personalidades políticas como o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL).

Parentes
Além dos políticos, os passaportes foram dados para seus parentes, como esposas e filhos. Estão na lista ainda o governador do DF, Ibaneis Rocha. Até mesmo integrantes do PSL que lutam contra os privilégios, em teoria, solicitaram o documento. A senadora Soraya Thronicke conseguiu o documento para ela e para a filha, Isabela Thronicke.

Doenças raras
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) acaba de ser eleita presidente da Comissão de Doenças Raras do Senado. O vice será o senador Romário (Podemos-RJ). Tetraplégica, Mara vive numa cadeira de rodas e Romário tem uma filha com Síndrome de Down. Os dois lutam em defesa das pessoas com deficiência. Ao tomar posse, Mara disse: “Os casos são raros, mas são muitos”. (sic)

Rápidas
* Desmancha prazeres, Bolsonaro determinou o fechamento do escritório da Itaipu em Curitiba, onde trabalha Rosângela da Silva, namorada de Lula. Os 150 funcionários serão transferidos para Foz do Iguaçu. A filial gastava R$ 7 milhões por ano.

* A Câmara vai gastar R$ 5,2 milhões com a compra de 20 elevadores para instalar em apartamentos funcionais dos deputados. O pregão para solicitação deveria ter saído em maio, mas foi suspenso por questões administrativas. Deve sair este mês.

* A esquerda quer continuar bagunçando o coreto. O PSOL, PT e a CUT marcaram greve geral para o próximo dia 14 de junho, contra a Reforma da Previdência. Todo mundo sabe que a reforma é a única coisa que pode tirar o país do caos em que está.

* Para impedir uma greve de caminhoneiros, Bolsonaro comemora a queda no preço dos combustíveis: 6% no Diesel e 7,2% na gasolina. Colocou ainda seus ministros para negociar com os motoristas.

IstoÉ