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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Necessidade imediata



 O desemprego, depois de atingir o pico de 13,7%, vem caindo e estava, ao fim de outubro, em 12,2%. A massa de rendimentos no começo do 2016 registrava queda de 4%, agora está em alta de 4,2%. O mercado de trabalho começa a se recuperar da destruição em massa de postos de trabalho iniciada em dezembro de 2014. Mas o Brasil faz o errado de imediato e posterga o certo, e isso enfraquece a recuperação.

É certo incluir mais 18 mil pessoas dentro do inchado serviço público federal? Pois, uma proposta de emenda constitucional acaba de ser aprovada na Câmara para que servidores de Roraima e Amapá, que entraram nos serviços dos ex-territórios entre 1988 e 1993, passem a ser servidores da União. O autor da proposta é o senador por Roraima, Romero Jucá. O mesmo que fala em necessidade de ajuste fiscal em nome do governo Temer. E ele apresentou essa PEC por que? Interesse eleitoral e demagogia. Esse não é o momento de aumentar o número de servidores. Da mesma forma que, em maio de 2016, com o desemprego aumentando em avalanche no setor privado, não era hora de aprovar aumentos salariais para funcionários públicos até 2019. Agora, o governo tenta adiar o reajuste do ano que vem, mas o Congresso não se move para votar.

O mercado de trabalho vai se ajustando aos poucos. A economia dá sinais discretos de recuperação. Talvez o PIB do terceiro trimestre traga a boa notícia de ter sido positivo — calcula-se algo em torno de 0,3% — e com o sinal bom de alta no investimento. É o que se prevê sobre o dado, que sai hoje. Olhando os números do mercado de trabalho, o que se vê é que a máquina de destruir emprego, ligada pela recessão iniciada no governo Dilma Rousseff, começa a reduzir seu apetite.

Há 586 mil desempregados a menos do que no final de julho e 868 mil pessoas a mais com emprego. A maioria aceitou uma ocupação informal ou criou seu próprio trabalho. Os dados comparados com o trimestre anterior (maio-junho-julho) mostraram melhora, mas em relação ao mesmo trimestre do ano passado, houve piora. Ainda assim, o economista José Márcio Camargo acha que o quadro já inspira alguma confiança. Ele acredita que o país está perto de uma virada nessa comparação anual. No começo do ano, a diferença em relação à taxa do início de 2016 era de 3,1 pontos percentuais; agora é de 0,4. Ele acha que o país terminará 2017 melhor do que no fim do ano passado, com o desemprego em 11,5%. Quando a taxa começou a subir no início do segundo mandato de Dilma, José Márcio previu que chegaria a 13%. Parecia exagero. E chegou a 13,7%.

O pior passou no mercado de trabalho, mas o desemprego ainda é muito alto. Portanto, a taxa de criação de emprego tem que ser acelerada para dar algum conforto às famílias. Mas isso não acontecerá com o Congresso se recusando a aprovar medidas de ajuste, fechando os olhos para a urgência de uma reforma no sistema de aposentadorias e pensões. O governo está em contradição sistemática, como nesse episódio da entrada de 18 mil funcionários a mais na folha da União. E o que disse a equipe econômica? Nada. E o que fez o Planalto para impedir a aprovação desse aumento de gastos? Nada. O governo parece dizer: ajuste, ajuste, minha clientela à parte.

O IBGE tem divulgado dados impressionantes da realidade brasileira. O país precisa urgentemente aumentar o esforço para tirar do trabalho infantil quase um milhão de menores em situação irregular, por não serem registrados ou por terem entre 5 e 13 anos. Trinta mil dessas crianças têm entre cinco e nove anos. O Brasil é desigual, extremamente, mais do que as lentes do instituto captam porque o que está sendo medida é a desigualdade na renda do trabalho. A população de 60 anos ou mais cresce em ritmo acelerado, como também mostra o IBGE; de 2012 para 2016 aumentou 16%.

Diante da necessidade urgente de proteger as crianças e preparar a Previdência para a elevação da idade da população, o que é feito? Desidrata-se a proposta de reforma que estabelece a idade mínima para se aposentar em 53 anos e 55 anos agora e que só em vinte anos chegará aos níveis em que já estão México e Chile, de 62 e 65 anos. E a reforma pode nem ser votada. Este governo, com suas contradições e seu labirinto, vai acabar em 12 meses e 30 dias. O Brasil permanecerá com suas urgências imediatas, pedindo que o país seja capaz de tomar as decisões certas. Antes que seja tarde.

Coluna da Miriam Leitão – Com Marcelo Loureiro


As vidas perdidas a bordo do submarino ARA San Juan



A primeira submarinista da América do Sul, um cabo que se casaria em duas semanas e um pai que deixou três filhos adolescentes estão entre os 44 tripulantes desaparecidos a bordo do submarino “ARA San Juan” no Atlântico.

– A submarinista –
Eliana Krawczyk sonhava em ser engenheira industrial, mas uma tragédia familiar mudou o rumo de sua vida para torná-la a primeira submarinista sul-americana. Natural de Oberá, na província argentina de Misiones, Eliana se inscreveu na Escola Naval após a morte do irmão, em um acidente, e da mãe, vítima de um infarto.  Em 2012, Eliana se tornou submarinista, a primeira da América do Sul, e aos 35 anos era chefe de máquinas do “ARA San Juan”.

– O comandante –
O capitão de fragata Pedro Martín Fernández, 45 anos, comandava o submarino. Nascido em Tucumán, no norte da Argentina, era casado e tinha três filhos adolescentes. Em 2 de março de 2015 se mudou para a cidade de Mar del Plata, 400 km ao sul de Buenos Aires, base do “ARA San Juan” e onde residia quase toda a tripulação.

– Os noivos –
O cabo Luis Niz, 25 anos, era aguardado em Mar del Plata pela cabo Alejandra Morales, onde os dois se casariam no dia 7 de dezembro.  Nascido em La Pampa, uma província sem litoral, Niz foi um dos melhores no curso de formação, o que lhe valeu a designação para o “ARA San Juan”.
O tenente Renzo Martin Silva, 32 anos, também iria se casar em breve. Entrou na Escola Naval com 18 anos e sonhava em ser submarinista desde criança, em sua cidade natal em San Juan, província encravada na Cordilheira dos Andes. Já vivia com María Eugenia Ulivarri Rodi, também militar, que seria sua futura esposa.

– Papai Fernando –
Fernando Santilli, 35, era submarinista desde 2010. Engenheiro, abandonou muito cedo sua província natal de Mendoza (oeste) para realizar o sonho de ser submarinista. Seu filho Stefano, com pouco mais de um ano, aprendeu a dizer “papai” quando Fernando já estava desaparecido em alto mar, contou sua esposa, Jessica Gopar.
“Foi meu grande amor, namoramos por sete anos, seis anos de casados e nosso filho, Stéfano, que demorou para que Deus nos enviasse”.

– A espera de um filho –
O oficial Mario Armando Toconás Oriundo, 36, entrou na Marinha aos 13 anos e havia abandonado sua Patagônia natal para se instalar em Mar del Plata, próximo à base do submarino. Era esperado por um filho de quatro anos e sua companheira, grávida de quatro meses.

AFP
 

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

PCC já opera 150 postos de combustíveis em São Paulo, diz Fecombustíveis

De acordo com o presidente da entidade, crime organizado usa estabelecimentos para lavar dinheiro de roubos

'Ilegal, e daí?': Seminário sobre ilegalidade, pirataria e contrabando. Na foto, o presidente da Fecombustíveis Paulo Miranda - Roberto Moreyra / Agência O Globo

O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, disse nesta quinta-feira que o setor enfrenta em São Paulo a concorrência desleal de, aproximadamente, 150 postos de combustíveis comandados pela facção criminosa PCC. De acordo com Soares, o crime organizado coloca os preços dos combustíveis abaixo da média do mercado para aumentar as vendas e maquiar a lavagem de dinheiro. A informação foi divulgada durante o seminário "Ilegal, e daí?", sobre ilegalidade, pirataria e contrabando, realizado pelo GLOBO, em parceria com Extra, Valor e Época, no Hotel Prodigy, no Centro do Rio. — Começamos a mapear, com ajuda de grandes distribuidoras, que postos que praticavam concorrência predatória haviam mudado de dono mas continuavam usando as suas bandeiras, mesmo comprando de outras companhias. Receptavam caminhões com combustível roubado e, quando as autoridades iam até lá, as ameaçavam. É uma fiscalização muito difícil de ser feita, porque estamos tratando com bandidos — explica Soares.

A descoberta foi feita a partir de uma reclamação sobre concorrência predatória feita por um associado em relação a um determinado posto. Segundo o presidente do sindicato, a principal finalidade dos postos comandados pelo PCC é a lavagem de dinheiro: — O crime organizado joga os preços dos combustíveis lá embaixo, as vendas disparam e, para fins de tributação pela Receita Federal, ela passa do regime de lucro real, no qual você tem de apresentar suas despesas, para o presumido, que dispensa essa apresentação porque a tributação ocorre em cima do faturamento bruto. Ele joga o faturamento lá em cima e fala que posto deu lucro enorme sem ter dado lucro nenhum e está lavando dinheiro ali, de roubo a banco, de assalto a carro forte.


A descoberta desses postos irregulares levou à criação de uma força-tarefa no estado, numa parceria entre a Secretaria de Justiça, o Ministério Público (MP-SP), o Instituto de Pesos e Medidas e Associação Nacional do Petróleo, para investigar essa rede ilegal. Segundo Soares, no entanto, o setor ainda não sentiu nenhum resultado "palpável":  A crise dos últimos três anos aumentou muito essas irregularidades.
O seminário é uma realização patrocinada por Enel, Light, Sindicom e Souza Cruz.

O Globo
 

Policiais mantêm carros com peças de segunda mão que são doadas por oficinas


TCE rejeitou esta semana um edital da Secretaria de Segurança para a compra de 750 veículos


 “A gente pode conversar, mas não tira foto minha, não. Só do carro”. O pedido é de um policial militar, que, em seguida, começa a falar em tom de desabafo. Ele tira o veículo da sombra de um pequeno prédio e o estaciona sob o sol forte do início da tarde de ontem para mostrar alguns defeitos. Cita algumas falhas mecânicas e explica por que os pneus estão carecas:  — Pode parecer estranho, mas peguei os quatro numa loja há pouco tempo. O dono vende pneus novos para a clientela e dá os velhos para a gente. Quem trabalha com policiamento motorizado está fazendo isso. Comerciantes, percebendo nossas  têm doado peças usadas para que possamos trabalhar.

O problema parece longe de uma solução, já que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) rejeitou esta semana um edital da Secretaria de Segurança para a compra de 750 veículos, que renovariam parte da frota da PM. A justificativa para a decisão: os valores apresentados pelo governo estariam acima dos praticados no mercado.

A conta avaliada durante uma sessão plenária realizada pelo TCE na terça-feira foi de R$ 66.323.853,34, o que corresponde a R$ 17.058.928,70 (34,63%) a mais que uma estimativa feita por técnicos do órgão para aquisição dos veículos. Baseados em consultas a concessionárias e cotações da tabela Fipe, eles consideraram ideal um gasto de R$ 49.264.925,20 com novos carros.

ORÇAMENTOS DIFERENTES
Os dois orçamentos, tanto o da Secretaria de Segurança quando o do TCE, consideram um acréscimo de 20% em cima dos preços devido à necessidade de instalação de acessórios especiais, como radiotransmissores, giroscópios e sirenes. Mas, em seu relatório sobre o edital, assinado pela conselheira substituta Andrea Siqueira Martins, o tribunal observa que o governo estadual deveria ter fornecido a fonte de consulta.

O TCE, diante da diferença de quase 35% entre os valores propostos, determinou que a secretaria deve ampliar as pesquisas de preços junto a empresas especializadas, incluindo as de outros estados da Região Sudeste. E, em consulta ao Sistema Integrado de Gestão e Administração da Frota da PM, o tribunal verificou que, em abril, 986 viaturas não tinham condições de rodar. O número corresponde a 38% do total de carros da corporação (2.594). No entanto, no dia 13 deste mês, o colunista do GLOBO Ancelmo Gois informou que o percentual de carros da PM parados por falta de manutenção já chegava a 52% (1.349).

Anteontem, quando o TCE divulgou sua decisão, a repórter fotográfica do GLOBO Márcia Foletto flagrou seis policiais militares empurrando uma caminhonete quebrada durante patrulhamento na Vista Chinesa. A situação da frota é tão ruim que mexeu com os sentimentos do mecânico José Ednaldo Jerônimo, que deixou sua terra natal, João Pessoa, há 35 anos e hoje é dono da Jerônimo’s Car, no Rio Comprido. Ele conserta, em média, dois carros da PM por dia. Ontem, um da corporação e um da Polícia Civil estavam na oficina do paraibano para reparos. — Trazem para cá viaturas totalmente quebradas. Vêm em reboques ou puxadas por outros carros. Faltam pastilhas de freios, velas, cabos, correias, tantas peças... Sinto que tenho o dever de ajudar. O último carro da PM que recebi está com pneus carecas, elevadores dos vidros das janelas precisando de reparos, para-choque arrebentado e lanternas e faróis quebrados. Pego viaturas de tudo quanto é lugar, até do batalhão do Leblon (23º BPM).

A quantidade de veículos que a Secretaria de Segurança tenta comprar representa quase um terço (28,9%) da frota atual da Polícia Militar. O TCE deu prazo de 30 dias para que seja feita a revisão do orçamento. Mas um outro edital da pasta foi aprovado pelo tribunal: o de chamamento público para oficinas que queiram prestar serviços de manutenção preventiva e corretiva em veículos da PM. Com uma verba prevista de R$ 93.662.160,00, o documento prevê gastos com fornecimento e instalação de peças que atendam às recomendações dos fabricantes dos carros.

A Secretaria de Segurança informou que vai encaminhar a decisão do TCE à PM, responsável pela elaboração do edital para compra de veículos. A corporação ficará encarregada de fazer os ajustes propostos e prestar esclarecimentos ao tribunal.

O Globo

Rollemberg: demita auditores de trânsito do DETRAN-DF e contrate moradores de rua - sai mais barato e funciona melhor

Mais uma vez DETRAN-DF se enrola e abandona controle de trânsito e morador de rua tem que assumir

O DF-TV,  1ª  edição de hoje, da TV Globo, não tivesse mostrado, seria dificil de acreditar.
Ontem, 29, durante uma forte chuva na L2 Sul, o semáforo na altura da 404 Sul que controla o fluxo de trânsito que vem do Lago Sul, parou de funcionar e o CAOS se instalou no trânsito.

A salvação foi um morador de rua, conhecido por Paulão, que mesmo sob forte chuva assumiu o controle do trânsito, com direito e apito e tudo, conseguindo por um pouco de ordem no CAOS.

Quando Paulão estava em plena atividade - substituindo o ineficiente DETRAN-DF, um motorista filmou uma viatura do DETRAN se deslocando pela L 2 Sul, a toda velocidade, e simplesmente ignorou a situação do trânsito e em vez de parar e assumir as funções desempenhadas de forma improvisada pelo morador de rua simplesmente seguiu em frente.

Questionado pela omissão o DETRAN-DF alegou que a viatura não parou por ir atender ocorrência mais urgente. Curioso é que naquele horário e naquela região  não ocorreu nenhuma situação de emergência no trânsito - caso tivesse ocorrido aquele Departamento poderia deslocar outra viatura, mais próxima do local da emergência e a que passou na L2 atendera a situação.

Pelo histórico de omissões do DETRAN temos a tentação de pensar que a emergência daquela viatura era simplesmente ir buscar no colégio o filho de um dos membros da guarnição???

A notícia sobre o morador de rua assumir as funções de 'auditor de trânsito' foi publicada no DF-TV 1ª edição TV Globo de hoje - veja o vídeo.


Editores do Blog Prontidão Total


Advogado diz a CPMI que provas usadas por Janot contra Temer foram adulteradas

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, nesta quinta-feira, 30, o advogado Rodrigo Tacla Duran disse que os documentos utilizados pelo então procurador-geral da República (PGR) Rodrigo Janot, em denúncia contra o presidente Michel Temer, foram “adulterados” e, portanto, são falsos.

Ao fazer essa acusação, Tacla Duran se refere aos documentos do sistema de comunicação secreto do setor de propinas da Odebrecht, chamado de Drousys. O advogado disse aos parlamentares que contratou uma perícia que mostra que sistemas internos da Odebrecht foram adulterados antes de serem entregues ao Ministério Público Federal. 

Alguns das informações disponibilizadas no Drousys pela Odebrecht foram usados por Janot para embasar a segunda denúncia contra o presidente da República, rejeitada recentemente na Câmara dos Deputados.  “A perícia comprova que os extratos do Meinl Bank são falsos. Comprovam também que o sistema Drousys da Odebrecht foi manipulado e adulterado, antes, durante e depois de ter sido bloqueado pelas autoridades da Suíça. Isso quer dizer que essas informações não se prestam como provas para incriminar quem quer que seja, muito menos deputados, senadores e o presidente. A prova é nula”, disse Tacla Duran.

Duran foi convocado para depor à CPMI porque é apontado como operador de propinas da Odebrecht. O advogado tem um pedido de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro, mas se mantém em liberdade na Espanha, onde vive atualmente. Por conta do pedido feito pelo magistrado, Tacla Duran foi alvo de um pedido de extradição para o Brasil, o que foi negado por autoridades espanholas.  “Eu não parto da premissa de que o procurador Janot estava mentindo. Eu parto da premissa de que ele obteve no Drousys, mas isso prova que o sistema foi manipulado depois do bloqueio feito pela Suíça em março de 2016”, argumentou o advogado em videoconferência.

Tacla Duran se recusou a entrar no acordo de delação que envolveu 77 executivos ligados à empreiteira. Ele é acusado de operar, ao lado de executivos do departamento de propinas da Odebrecht, propinas de dois contratos firmados pelos consórcios Pipe Rack e TUC, integrados pelas empresas Odebrecht e UTC, com a Petrobras para a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo