Aumentou a temperatura do confronto entre
membros do Ministério Público e da Polícia Federal. Eduardo Mauat da Silva, delegado da PF que integra a força-tarefa da
Operação Lava Jato, que está em Curitiba, acusou abertamente Rodrigo Janot de “tolher a investigação”. Não ficou só
aí: sugeriu, em entrevista coletiva, que
o procurador-geral da República pode estar atuando politicamente: “Houve, por parte do doutor Janot, uma
iniciativa de tolher as investigações da Polícia Federal. E nós queremos que
ele explique à sociedade o porquê disso”. A pedido do chefe do MP, o
ministro Teori Zavascki, do Supremo, suspendeu a tomada de depoimento de
parlamentares em sete inquéritos.
Mauat não economizou: “[Janot] ocupa um cargo político, foi
indicado pelo governo, e não poderia interferir numa investigação da PF. São
questões que precisam ser explicadas”. [o
delegado não mencionou que Janot está terminando seu primeiro mandato, quer ser
reconduzido e para conseguir seu intento precisa apenas do apoio de uma pessoa:
Dilma Vana Rousseff.
Talvez,
para alcançar esse objetivo Janot esqueceu o significado de investigar e
processar passando a considerar os dois verbos com idênticos significados.]
O delegado afirmou ainda que os membros da Polícia Federal que integram
a força-tarefa em Curitiba não recebem
com regularidade a ajuda de custo de R$ 200 para estadia e refeição: “Os policiais estão tirando dinheiro do
bolso. Você pode matar uma operação à míngua se tirar os recursos dela”.
Por: Reinaldo Azevedo
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