Eduardo: de coroinha na igreja ao envolvimento com o tráfico
Adolescente morto tinha abandonado a escola em 2014, no 9º ano do ensino fundamental
Caçador de pipas, coroinha da igreja, adolescente vaidoso e “vapor”
do tráfico.
Outra diversão do rapaz, tricolor, era o futebol. A bolinha de gude, mais uma. Fez primeira comunhão na Paróquia Santa Catarina de Alexandria. E, na Igreja de Santa Rita de Cássia, virou coroinha. Mas a candura acabou com o tempo. Numa família de oito irmãos, Eduardo Felipe parou de estudar em meados do ano passado. Cursava o 9º ano na Escola Municipal Calouste Gulbenkian, na Cidade Nova. Até que sua mãe, Patricia Santos, entrou em contato com a unidade para avisar que o filho não voltaria mais, alegando que ele não conseguiria conciliar os estudos com o trabalho.
Amigos reconhecem, no entanto, que o garoto se envolveu com o tráfico. Na quarta-feira, num vídeo na internet, o adolescente aparecia supostamente vendendo drogas, e o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência confirmou que ele vinha sendo monitorado. Antes do desfecho de terça-feira, foram três anotações criminais: por tráfico de drogas, injúria e ameaça. — Ele era tão bom que fiquei surpresa quando entrou para o tráfico. Acho que subiu à cabeça dele o fato de se sentir adorado e importante — contou uma vizinha de Eduardo, uma adolescente de 16 anos.
Apesar de estar envolvido com o crime, o jovem não deixava de participar de festivais de pipa na favela. — Seria fácil recuperá-lo. Tinha boa índole — lamentou outro amigo da família, Fabrício Santos.
Fonte: O Globo
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