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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O 'santo' não era mais tão santo - Os PMs erraram ao tentar forjar a cena do crime. Apresentassem os fatos: o suspeito esboçou reação e foi usada a força necessária para neutralizarsária

Eduardo: de coroinha na igreja ao envolvimento com o tráfico

Adolescente morto tinha abandonado a escola em 2014, no 9º ano do ensino fundamental

Caçador de pipas, coroinha da igreja, adolescente vaidoso e “vapor” do tráfico.

Eduardo Felipe Santos Victor foi tudo isso, conforme contaram, na quarta-feira, amigos e parentes do jovem de 17 anos, que teve o destino selado na véspera, num beco do Morro da Providência, vítima de policiais que tentaram forjar um confronto.  Pintinho ou Felipe da Provi, como ele se identificava no Facebook, cresceu na comunidade oriunda da primeira favela do Brasil. Habilidoso para recuperar pipas caídas e subir em mangueiras, tornou-se conhecido no lugar.

Outra diversão do rapaz, tricolor, era o futebol. A bolinha de gude, mais uma. Fez primeira comunhão na Paróquia Santa Catarina de Alexandria. E, na Igreja de Santa Rita de Cássia, virou coroinha. Mas a candura acabou com o tempo.  Numa família de oito irmãos, Eduardo Felipe parou de estudar em meados do ano passado. Cursava o 9º ano na Escola Municipal Calouste Gulbenkian, na Cidade Nova. Até que sua mãe, Patricia Santos, entrou em contato com a unidade para avisar que o filho não voltaria mais, alegando que ele não conseguiria conciliar os estudos com o trabalho.

Amigos reconhecem, no entanto, que o garoto se envolveu com o tráfico. Na quarta-feira, num vídeo na internet, o adolescente aparecia supostamente vendendo drogas, e o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência confirmou que ele vinha sendo monitorado.  Antes do desfecho de terça-feira, foram três anotações criminais: por tráfico de drogas, injúria e ameaça. — Ele era tão bom que fiquei surpresa quando entrou para o tráfico. Acho que subiu à cabeça dele o fato de se sentir adorado e importante — contou uma vizinha de Eduardo, uma adolescente de 16 anos.

Apesar de estar envolvido com o crime, o jovem não deixava de participar de festivais de pipa na favela.  — Seria fácil recuperá-lo. Tinha boa índole — lamentou outro amigo da família, Fabrício Santos.

Fonte:  O Globo
 

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