Alexander
Smirnov, da Metrojet, descarta falha técnica ou erro de piloto em tragédia com
que matou 224
As
buscas por evidências que ajudem a explicar o que provocou a queda do Airbus 321 na
Península do Sinai, no Egito, no sábado (31), continuam a mobilizar
autoridades egípcias e russas. Mesmo com a investigação em fase inicial, nesta
segunda-feira (2), Alexander Smirnov, diretor da companhia aérea
russa Metrojet, dona da aeronave,
afirmou que somente um impacto externo pode ter causado a tragédia que matou todos os
224 ocupantes da aeronave. "Nós
excluímos totalmente uma falha técnica do avião e excluímos totalmente um
erro do piloto ou fator humano", disse, em entrevista coletiva,
acrescentando que a queda pode ter sido ocasionada por "um impacto
externo no avião".
O executivo, que é
ex-piloto, não deu declarações, entretanto, que
corroborem com a tese de terrorismo. Disse que as investigações
determinarão a causa do desastre, de acordo com o The New York Times.
Smirnov afirmou também que a tripulação não fez contato com a torre de comando
alertando sobre problemas técnicos na aeronave após a decolagem e uma tentativa
de pouso de emergência, como fora divulgado.
As
afirmações de Smirnov, descartando problemas na aeronave ou falha da
tripulação, foram prontamente negadas pelo governo russo. "Essas declarações são prematuras e
não são baseadas em nenhum fato concreto", disse Alexander Neradko,
diretor da Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia, em entrevista ao
canal Rossiya-24. De acordo com Neradko, as autoridades egípcias estão
controlando todas as informações sobre a investigação e não vazaram gravações
ou transcrições da caixa-preta ou da torre de controle que pudessem confirmar
as afirmações do executivo da Metrojet.
Os destroços da aeronave estão
espalhados por uma grande área, indicando que o avião se despedaçou no ar, quando ainda
estava em alta altitude. Na
madrugada desta segunda-feira (2), 144 corpos foram levados do Cairo para
São Petersburgo. Outros estavam previstos para serem levados na noite desta
segunda. Peritos começaram a trabalhar na identificação
das vítimas, por meio de amostras de DNA.
No aeroporto
de São Petersburgo, destino do avião da Metrojet que partiu do resort
egípcio de Sharm El-Sheikh, centenas de pessoas levam
flores, bichos de pelúcia, fotos das vítimas e outros objetos para homenagear
os mortos na tragédia, desde sábado. Outro ponto da cidade que se tornou
um memorial às vítimas é a Praça do Palácio.
Fonte: Revista Época
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