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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Tombini fala em retomada de 'algum' crescimento no fim do ano

Entrevistei hoje o presidente do Banco Central Alexandre Tombini e a primeira pergunta foi sobre o índice de atividade econômica, que revelou queda de 4,1% em 2015. Ele lembrou que o IBC-Br não é uma prévia do PIB, apurado pelo IBGE, mas admite que o resultado é muito ruim, comprovando que a economia está em contração. Tombini acha, contudo, que o país pode iniciar a recuperação até o final do ano. A entrevista estreia nesta quinta-feira, às 21h30, na GloboNews.

Tombini entende que a atividade continua fraca neste começo de ano. A projeção do BC para 2016 será revista depois da divulgação oficial do IBGE, em março. Ele acha que no final do ano o país estará se recuperando, com a inflação acumulada em 12 meses em queda. Mas, pelas projeções de especialistas e de outras instituições, este deve ser outro ano muito difícil. A OCDE revisou para -4% a sua previsão para o PIB brasileiro.

A projeção não é a garantia de que algo de fato vai ocorrer. A economia é dinâmica; novos fatores aparecem e podem mudar o quadro. Mas alguns eventos são mais prováveis. Com a recessão, a inflação acumulada em 12 meses, por exemplo, tem grande probabilidade de cair, após os 10,67% registrados em 2015. Tombini contou que espera essa “desinflação”.

A recuperação do crescimento, entretanto, depende muito da confiança. Ela é frágil e difícil de restabelecer. A confiança é algo subjetivo.

Tombini contou sobre um aspecto positivo da economia, que é o ajuste externo. O déficit em transações correntes caiu quase pela metade em 2015, e deve zerar em pouco tempo. O dólar alto é outro ponto que pode ajudar a estabilizar a economia. Com o produto importado mais caro, as importações são substituídas por artigos nacionais, ativando a economia local.

Na entrevista, que vai hoje ao ar às 21h30, ele fala da situação internacional, o que é mais importante para o Banco Central, e o que levou à decisão de manter os juros.

Fonte: Coluna da Miriam Leitão 

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