Líderes pretendem convocar sessão extraordinária nesta terça-feira
Líderes da oposição e de partidos que apoiaram o impeachment tentarão
revogar, em sessão extraordinária na noite de terça-feira, a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação do impeachment na Casa.
Em reunião na noite desta segunda-feira, líderes ou representantes de
14 partidos da Casa decidiram apoiar a convocação de sessão
extraordinária para tentar votar e aprovar recurso contra a anulação.
Mas, segundo a Secretaria-Geral da Mesa, em caráter excepcional, os pareceres podem ser dados diretamente em plenário, se houver interesse da maioria do plenário. — O regimento permite que o colégio de líder, substitutivamente ao presidente da Casa, convocar sessões extraordinária. E o plenário é soberano para anular um ato do presidente — afirmou o líder do DEM, Pauderney Avelino (DEM-AM), cujo partido entrou com representação contra Maranhão no Conselho de Ética da Câmara.
Para garantir celeridade na decisão plenária, o presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR), também convocou sessão do colegiado para a tarde desta terça-feira e pretende discutir a decisão de Maranhão no plenário da comissão. — Pessoalmente, entendo que é uma decisão absurda, e o único caminho é sustá-la. O presidente interino invadiu competência que é da Mesa Diretora. O plenário pode fazer isso sim, é soberano — disse Serraglio.
Antes da reunião, líderes e deputados se reuniram e divulgaram nota criticando a decisão monocrática de Maranhão. A decisão foi classificada de “estapafúrdia, abusiva e teratológica”. Na nota afirmam, ainda, que é uma “tentativa vã do governo de interferir em assuntos internos do legislativo, buscando desesperadamente a anulação de um ato legítimo da Câmara”. Entre os deputados de partidos que criticam a decisão do presidente interino estão PP, PSD, PSDB, Solidariedade, PSC, PHS, PSB, PRB, PPS, PTN e PTB
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