Avanço de distratos de imóveis pressiona regulamentação do governo
Índice de cancelamentos chega a 43,4% em 2016; governo estuda fixar multa de 25% sobre valor
O avanço do número de distratos nas operações de compra de imóveis
novos em todo o país fez aumentar a pressão do setor da construção para
que o governo regulamente direitos e obrigações (penalidades) para os
casos de desistência do comprador antes da entrega das chaves. O índice
de cancelamentos, que não chegava a 20% até o início de 2014, começou a
crescer de forma expressiva desde então e chegou a 43,4% no ano passado,
concentrado principalmente nas compras de imóveis com valores entre R$
300 mil e R$ 800 mil. A justificativa das incorporadoras para a urgência
da regulação é que, com os cancelamentos em níveis elevados e as vendas
fracas, as empresas ficam sem garantias suficientes para tomar crédito,
o que acarreta atrasos em obras de novos empreendimentos.
No ano passado até novembro, cerca de 40,9 mil contratos de venda foram cancelados por distrato, o que equivale a 43,4% do total de imóveis vendidos no período. Na prática, a cada cem imóveis comercializados na planta, em quase 44 os consumidores não tiveram condições ou não quiseram levar os contratos de compra adiante. A elevação do índice de distratos já era esperada em razão do aumento do desemprego, mas essa disparada, segundo executivos do setor da construção, foi desencadeada principalmente por investidores que compraram imóveis pensando em sua valorização e, como o mercado deu uma estagnada, desistiram do negócio temendo perder dinheiro.
PAGAMENTO TAMBÉM POR ATRASO NA OBRA
Ler matéria completa
Nenhum comentário:
Postar um comentário