O agressor criou uma conta falsa no Facebook com fotos íntimas e de familiares da vítima. Em troca, exigiu que a mulher, uma ex-namorada, se masturbasse, gravasse e mandasse para ele as imagens
Um técnico em informática, de 34 anos, foi preso no início do mês em Teresina (PI) pela prática de estupro virtual. É o primeiro caso do tipo no país. “O agressor ameaçou a vítima para obter fotos de conteúdo íntimo. Ele exigiu que ela se masturbasse, gravasse e mandasse para ele as imagens. Ele constrangeu alguém sob ameaça para manter ato libidinoso. Foi isso que configurou o crime de estupro”, explicou o delegado de repressão aos crimes de informática, Daniel Pires.
A
vítima é uma estudante universitária de 32 anos, que foi namorada do
agressor por menos de seis meses. O agressor, que não teve o nome
revelado, é casado, tem um filho, e a mulher dele está grávida. Segundo o
delegado, a conduta do técnico está tipificada como crime, porque ele
constrangeu a ex-namorada para praticar ato libidinoso sob ameaça de
divulgar as fotos íntimas dela até para os familiares da vítima, por
meio de um perfil falso no Facebook, que ele tinha feito em nome da
ex-namorada.
O perfil criado por ele continha,
além das imagens íntimas, fotos da família e até do filho dela. Ela não
sabia de onde partiam as ameaças e procurou a polícia. O agressor foi
identificado após descobrirem o IP (endereço virtual) do computador e
chegaram até a casa do técnico, que foi preso. O acusado, que mora no
mesmo bairro da vítima, confessou os atos, e disse que só estava
"brincando" com a ex. No computador dele também foi encontrado um
arquivo com milhares de fotos de mulheres nuas. A polícia investiga se
há mais casos de crimes do tipo cometidos por ele.
Embora
o estupro virtual não esteja previsto no Código Penal, o crime pode ser
enquadrado com base no artigo 213, sobre estupro e prevê a pena para
quem obriga alguém a praticar qualquer tipo de ação de cunho sexual
contra sua vontade, sob ameaça ou com o uso de violência, mesmo sem a
presença física do agressor.
Fonte: Correio Braziliense
Fonte: Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário