Menos de 24 horas após o início do cerco das Forças Armadas na
Rocinha, pelo menos seis pessoas foram presas e 16 fuzis foram
apreendidos. Entre os presos está Luiz Alberto Santos de Moura,
conhecido como Bob do Caju. Ele é acusado de ter planejado a invasão à
Rocinha, no último domingo. As armas apreendidas teriam sido usadas
pelos traficantes que participaram da ação no domingo.
[o essencial é manter o cerco, verificar tudo que entra ou sai da favela - desde adultos, carros, até carrinho de bebê - cercar mais duas ou três favelas em pontos distintos (é importante que os bandidos de outras comunidades saibam que a operação não vai parar na Rocinha, ali é apenas o inicio do começo) e segunda ou terça começar a reduzir o perímetro cercado na Rocinha e iniciar a varredura, barraco a barraco - ONGs de Direitos Humanos devem ser impedidas de entrar na área sob controle militar.
Esse pessoal só complica, estão sempre prontos a apontar imaginárias violações de direitos dos bandidos e esquecem sempre os DIREITOS HUMANOS dos HUMANOS DIREITOS.]
Policiais
do Batalhão de Operações Especiais (Bope) também acharam munições ainda
não contabilizadas, rádios transmissores, granadas e cadernos de
anotações dentro da comunidade. Os presos e as armas foram encaminhadas à
11ª DP (Rocinha). Desde o início dos conflitos na Rocinha, no último
domingo, quatro pessoas morreram, uma delas foi identificada como Thiago
Fernandes da Silva, e seis pessoas ficaram feridas. Além disso, foram
dez presos - já contando com os seis das últimas 24 horas. Além deles
também foram presos Edson Gomes Ferreira, Wilklen Nobre Barcellos, Fabio
Ribeiro França e Edson Antônio da Silva Fraga - que se entregou.
Após o tiroteio que chegou a fechar por cerca de 1 hora os acessos à comunidade, na madrugada deste sábado, moradores tentam retomar a rotina no início da manhã deste sábado. O trânsito segue livremente sem retenções, e o comércio no Via Apia e
no entorno da favela está funcionando normalmente. Uma moradora, que
não quis dar declarações, num gesto de receptividade, chegou a levar
pães e cafés para agentes do Exército que patrulham os acessos da
comunidade. [as tropas devem ser orientadas para não aceitar nada, nem mesmo água, oferecido por moradores da área sob cerco.]-
Numa situação dessas não tem como dormir tranquila, mas antes de o dia
clarear deram muitos tiros lá para cima - disse uma moradora da
localidade do Morro da Alegria, apontando para a mata ao lado direito do
túnel Dois Irmãos: - Não consegui dormir mais, fiquei aflita sem saber o que realmente
poderia estar acontecendo. Parecia muito perto da minha casa.
Um homem de 37 anos que trabalha como pedreiro foi revistado ao sair
da comunidade. Ele estava indo para o trabalho, em Jacarepaguá, e disse
não ter se incomodado com a abordagem dos agentes do Exército. - Já é a segunda vez que passo aqui hoje e sou revistado. Não me
incomodo porque sei que eles estão fazendo o trabalho deles, mas acabam
perdendo tempo, tinham que ir nas pessoas certas que aí pegava e acabava
logo isso tudo.
Um pai que deixava a comunidade por volta das 8h com malas e as duas
filhas disse que as levaria para a casa da avó, onde iria ficar até que a
operação terminasse. - Moro aqui há 10 anos e não é a primeira vez que esse tipo de
operação acontece por aqui. Infelizmente já estamos acostumados, mas as
crianças ficam assustadas porque não entendem muito bem as coisas.
Por volta das 6h, mais tropas das Forças Armadas chegaram à
comunidade. Equipes da Polícia Militar, do Exército, da Marinha e da
Aeronáutica permanecem desde a sexta-feira na região. A Rocinha vive em clima de guerra desde o último domingo, quando o
bando do traficante Nem da Rocinha, que está preso, entrou na comunidade
para retomar os pontos de venda de drogas. Na sexta, após seis dias de
operações, o governo do estado solicitou a ajuda do Exército, que fez
com cerco à favela com 950 homens.
Fonte: O Globo
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