Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Governos
ficam lamentando, falam em mandar ‘tropas’, mas sabem que tudo o que
tem de fazer é simular atividade e ficar esperando o tempo passar
O Congresso Nacional,
o supremo sistema judiciário e as classes intelectuais, que querem
pensar por todos os brasileiros, transformaram o Brasil num território
livre para o crime.
Tomaram 30 anos atrás, ou algo assim, uma decisão
fundamental: ficar ao lado dos criminosos e contra os cidadãos.
Com o
apoio da maior parte da mídia, dos “movimentos sociais” e dos advogados
criminalistas mais bem pagos, o Poder Legislativo passou a aprovar sistematicamente, nestas três décadas, leis em benefício direto da bandidagem e dos bandidos.
A
grande teoria é que o crime, no fundo, é um “problema social”, causado
pela pobreza, pela incompetência dos governos e pela “sociedade”.
Enquanto não se resolver isso tudo, sustenta o “campo progressista”, a
prioridade do poder público não pode ser a repressão aos atos
criminosos.Tem de ser a recuperação moral dos bandidos, a oferta de
oportunidades para que possam viver honestamente e, acima de tudo, a
multiplicação permanente dos seus direitos diante da Justiça.
O
trabalhador ficou sem transporte. É o “novo normal” do Rio.
Regiões
inteiras da cidade não fazem mais parte do território nacional; é como
se tivessem sido ocupadas por uma tropa estrangeira, que não reconhece a
existência da República Federativa do Brasil, nem do “Estado”.
Nos
episódios mais recentes de violência, inclusive, as quadrilhas
capricharam em esfregar na cara dos governos que no país controlado por
elas existe a pena de morte – e que estão dispostas a continuar
aplicando suas sentenças.
As autoridades ficam lamentando; falam em
mandar “tropas”, mandar “verbas”, mandar o Batman. Sabem que tudo o que
tem de fazer no momento é simular atividade e ficar esperando o tempo
passar. Daqui a pouco as pessoas esquecem – e o Rio de Janeiro voltará
às suas condições normais de temperatura e pressão.
Os
brasileiros que cumprem a lei sabem, há muito tempo, que o Estado
deixou de assegurar o seu direito constitucional à vida.
Sabem, também,
que os peixes graúdos do aparelho público que controlam as suas vidas,
além dos milionários, vivem num país onde não há crimes, nem qualquer
ameaça para a sua segurança pessoal – rodam em carros blindados, têm
esquadrões armados em sua volta e não precisam chegar a menos de 50
metros de distância da população. Sua única preocupação é condenar a até
17 anos de cadeia os acusados de um quebra-quebra que consideram
“golpistas”.
Num país onde intelectuais, artistas e partidos de esquerda querem entregar a Amazônia para a administração da ONU, de militantes ambientais ou do Rei da Noruega, nossas possibilidades, nessa comparação com Zelenski, são bem escassas
A invasão da Ucrânia por tropas da Rússia, com todos os seus desdobramentos em matéria de destruição, violência extrema e martírio da população civil, permite uma comparação muito interessante com o Brasil neste ano eleitoral de 2022. É simples: separe, um por um, todos os candidatos à Presidência da República, e veja se algum deles, qualquer deles, seria capaz de se comportar como o presidenteVolodmir Zelenskiestá se comportando na guerra
contra o seu país. Zelenski não fugiu. Não se rendeu. Não renunciou. Não
está de quatro em busca de um acordo com os russos. Ficou no seu cargo,
assumiu as suas responsabilidades e colocou um colete à prova de bala
para enfrentar o inimigo. Corre risco de vida, mas até agora teve a
coragem de cumprir suas obrigações. [Um comentário: tudo bem! Zelenski não praticou nenhum ato que possa ser interpretado como covardia; só que também não praticou nenhum ato que possa ser classificado como de coragem.
O presidente ucraniano não fugiu, mas também não se expõe, ainda que em uma breve demonstração de ação, leva a maior parte do tempo em discurseira vazia, incitando seus presididos ao combate, cobrando dos 'aliados' coisas que ele sabe não serão fornecidas e levando o povo ucraniano a por pura ingenuidade ou excesso de confiança a uma batalha em que já entram perdendo.]
Os ataques russos à Ucrânia
começaram na madrugada do dia 25 de fevereiro. Zelenski não fugiu.
Assumiu suas responsabilidades para enfrentar o inimigo. Corre risco de
vida, mas até agora teve a coragem de cumprir suas obrigações. Qual dos
candidatos presidenciais brasileiros faria a mesma coisa?
Qual dos candidatos
presidenciais brasileiros, honestamente, você vê fazendo a mesma coisa?
Num país onde as classes intelectuais, os artistas e os partidos de
esquerda querem entregar a Amazôniapara a administração da ONU, de
militantes ambientais ou do Rei da Noruega, as nossas possibilidades,
nessa comparação com o presidente da Ucrânia, parecem bem escassas.
Pense em cada candidato; veja, com serenidade, quem é capaz de fazer o
que o presidente Zelenski está fazendo. O Brasil, por sorte, não foi
invadido pela Rússia, nem por ninguém, e não vai ser. É realmente um
alívio.
Aqui um grupo de candidatos
soltou uma valente exigência, a 15.000 km de distância dos combates,
para que o Brasil assuma uma posição “mais rigorosa” contra a Rússia,
além da declaração em favor da paz que já fez na ONU; vamos ver o que
faria cada um deles quando a primeira bomba explodisse a um quilômetro
do Palácio do Planalto.
O PT, por sua vez, conseguiu o feito de lançar
duas notas oficiais sobre o mesmo assunto, uma depois da outra e com a
segunda desmentindo a primeira. A nota inicial condenava o “imperialismo
americano”.A que veio em seguida assumiu uma neutralidade vazia, tola e
pusilânime. O companheiro Maduro, na Venezuela, hoje a estrela-guia de
Lula, foi mais honesto – disse logo que é a favor da invasão e pronto.
O Brasil de hoje é o país da
“engenharia política”, dos acordos Lula-Alckmin, do “Centrão” e por aí
afora. Aqui um ministro do STF tem medo do barulho dos aviões da FAB
que, segundo ele, “quebram os vidros” do seu palácio, mesmo que ninguém
tenha visto até hoje nem um pedaço desses vidros quebrados. O presidente
Zelenski, realmente, parece viver em outro planeta.
Bolsonaro mostra aos generais quem manda e imobiliza adversários de 2022
Enquanto
novas pesquisas de popularidade não vêm, o presidente Jair Bolsonaro
bateu na mesa, mostrou aos generais quem manda,manteve seus filhos
nomeando pessoas-chave e, engrenando uma segunda, na contramão do que
dissera na campanha, deixou claro que vai disputar a reeleição. [detalhes: - o presidente Bolsonaro declarou na campanha que se fosse apresentada uma emenda acabando com a reeleição ele não seria contra; - apesar do presidente ser um capitão do Exército, diante dos principios de hierarquia e disciplina os militares - o que inclui os oficiais quatro estrelas, da ativa e mesmo os com comando de tropas - ele é considerado não um capitão e sim o presidente da República = comandante supremo das Forças Armadas; - provando que o ditado ninguém é perfeito, errar é humano - ressalvando que persistir no erro é diabólico - vale para todos o presidente Bolsonaro insistem em aceitar que seus filhos se intrometam no exercício da função para qual ele foi eleito e não os filhos.] Os
ambientes e a oportunidade do lançamento à reeleição foram escolhidos a
dedo: na cidade onde cresceu, a pequena Eldorado (SP), e naMarcha para
Jesus, na capital paulista. Dos 57 milhões de votos que Bolsonaro teve,
em torno de 22 milhões são atribuídos aos evangélicos. As imagens só
poderiam ser o que foram: festa, aplausos, apoio emocionado. Quanto
à oportunidade: quando o governador João Doria começa a botar as
manguinhas de fora, o ministro Sérgio Moro está na palma da mão do
presidente e o vice Hamilton Mourão anda quieto como nunca. Detalhe:
Bolsonaro falou em reeleição dele, não da chapa dele. Assim, demarcou
território, botou os potenciais adversários nos devidos lugares e jogou a
isca para seus eleitores e seu rebanho.
Demite um general daqui,
outro dali, o capitão presidente está preocupado mesmo é com sua base
eleitoral, incluídas as tropas, não os chefes militares. Quando o
general Santos Cruz (defenestrado da Secretaria de Governo) acusou o
governo de ser “um show de besteiras”, muitos concordaram plenamente,
mas Bolsonaro deu de ombros. Personagem central já na campanha, o
também general Augusto Heleno tinha a missão de dar conselhos, segurar
os excessos e corrigir erros do presidente como a tal base militar dos
EUA. Era assim. Agora, Bolsonaro manda, Heleno escuta. Para completar,
Bolsonaro empurrou o general Floriano Peixoto para os Correios e pôs no
seu lugar na Secretaria-Geral da Presidência o major PM Jorge Oliveira,
amigão da família e ex-assessor do gabinete do “03”, deputado Eduardo
Bolsonaro. Trocar um general do Exército por um major da PM na mesma
função é esquisito, mas o presidente deu o seu recado: o governo é dele,
ele faz o quer. Outra mudança curiosa foi na articulação
política: sai o deputado e chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, entra o
general de quatro estrelas da ativa Luiz Eduardo Ramos, outro amigão do
presidente. Ninguém aposta um tostão furado na permanência de Onyx por
muito tempo no Planalto. O ministro, porém, não tem do que
reclamar. Diferentemente do general Juarez Cunha e do economista Joaquim
Levy, ele não foi demitido pela imprensa. E, diferentemente dos
generais Santos Cruz e Franklimberg de Freitas, ex-Funai, nem mesmo foi
demitido. Vai ficando, comemorando a troca da articulação política pelo
PPI, o programa de parceria de investimentos, bem estruturado, com
cronograma definido e bilhões de reais à mão. A troca foi boa? Há
controvérsias. De toda forma, Onyx se livrou de um abacaxi,
porque, seja um deputado, seja um general da reserva, seja um da ativa,
não adianta. O problema da articulação política não é do titular, mas no
presidente, que passou 28 anos na Câmara, mas se recusa a fazer
política, a boa política. No Congresso, a pergunta que não quer
calar é: por que o presidente descarta o “banco de talentos” indicado
por parlamentares, mas um só deputado, o “03”, já nomeou o chanceler, o
primeiro e o segundo ministro da Educação, o presidente do BNDES e,
agora, o secretário-geral da Presidência?
Câmara e Senado
trabalham a pleno vapor, como, justiça seja feita, algumas áreas
técnicas do governo. Enquanto isso, o presidente está no palanque, com
criancinhas no colo, fazendo flexões, envolto por multidões e metido em
camisas do Flamengo. Se a economia se recuperar, pode até dar certo. Se
não, parece pouco para garantir a reeleição.
Uma das premissas para um povo
se tornar uma nação evoluída é conhecer e respeitar o seu passado
histórico. A história dos povos está cheia de erros e acertos;
eventualmente e temporariamente estes dois aspectos se confundem ao
sabor dos tempos. Mas não há nada como o decorrer dos dias...
Durante
21 anos a partir do dia 31 de março de 1964 o Brasil viveu sob a égide
de cinco presidentes militares. Foram anos difíceis e conturbados. Eram
dias perigosos no mundo inteiro. Os mais jovens não se recordam: havia a
guerra fria e o Muro de Berlim. Havia o capitalismo e o comunismo.
Havia a liberdade e a escravidão do pensamento.
O Brasil foi levado de
roldão pelo furacão da história e não saiu ileso.Quando o General
Mourão Filho movimentou as suas tropas na madrugada de 31 de março dando
início à Revolução de 1964, o comunismo fincava suas garras sobre o
território brasileiro já de longa data. Não fosse a coragem e o
patriotismo de um punhado de oficiais das nossas Forças Armadas, o
Brasil teria sido submetido durante longos anos ao terror da longa noite
comunista. Somente os mais desinformados ainda acreditam que a esquerda
implantara a luta armada em favor da democracia.
Os“anos de chumbo”foram na verdade o período em que duas ideologias antagônicas se
digladiaram no Brasil, a exemplo do que ocorreu na Coreia, Vietnam ou
nos países do leste europeu tentando se libertar da opressão do monstro
soviético.A grande questão é que aqui no Brasil se permitiu que os
perdedores escrevessem a história a seu bel prazer e sem nenhum
compromisso com a verdade e com os fatos ocorridos. Decorre desta
omissão dos vencedores a ignorância da nossa juventude.
Assim, nossos
jovens em mais um aniversário da Revolução de 31 de março,
continuam acreditando em heróis de papel, chavões de marqueteiros e
mentiras cuidadosamente repetidas. Homens e mulheres dos dois lados
tombaram naqueles anos: militares, militantes e inocentes. O terrorismo
comunista não poupou o solo brasileiro e também aqui deixou a sua marca
de sangue, dor e ódio. Os mortos daqueles anos (não importando o lado em
que estivessem) nos encaram dos seus túmulos e perguntam: valeu a pena o
nosso sacrifício? Militares e militantes – e aqui excluo os inocentes
que morreram vítimas da luta instalada no Brasil – lutaram e morreram
defendendo os ideais em que acreditavam. Merecem respeito justamente por
isso, ainda que a esquerda tenha escolhido o caminho errado da
guerrilha e do terrorismo. Merecem respeito porque na sua ótica lutavam
por um Brasil que acreditavam poderia ser melhor. É preciso recordar-se
que naqueles anos (1960/1970)o projeto comunista/socialista ainda não
havia naufragado miseravelmente no lamaçal da corrupção e da
incompetência.
Nossos jovens daqueles anos parecem ter convivido com
Theodore Roosevelt, que certa ocasião afirmou: "é muito melhor arriscar
coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a
derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam
muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não
conhece vitória nem derrota."Os jovens de hoje, com raríssimas e
honrosas exceções, formam fila na penumbra cinzenta, para tristeza de
nossa Pátria Mãe Gentil.
O Brasil não honra e não chora os seus
mortos daquele período. Não os honra porque não conhece a sua verdadeira
história(e a maioria nem se interessa em conhecer). Não chora
justamente porque não se pode lamentar aquilo que se desconhece. O
Brasil precisa fazer as pazes com a sua história. Precisa estudá-la,
divulgá-la, analisá-la, discuti-la; ela precisa estar nas nossas salas
de aula conduzida pelas mãos e mentes de verdadeiros Mestres e não por
ideólogos de doutrinas fracassadas. Só assim, os sacrifícios daqueles
anos não serão em vão. Só assim os nossos mortos serão honrados e
poderão descansar em paz. Só assim poderemos nos tornar, enfim, uma
grande Nação.
O gesto de
Nicolás Maduro de impedir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela é
capaz de mudar a direção dos ventos que sopram na caserna
Apoiadores da oposição venezuelana
exigem atravessar a fronteira entre a Colômbia e a Venezuela -
23/02/2019 (Edgard Garrido/Reuters)
O povo venezuelano agoniza premido pela
perversidade da ditadura de Nicolás Maduro. Os cidadãos afortunados o
bastante para sobreviver à violência dificilmente escapam da fome. Os
mais pobres, que compõem a maior parte da população, perderam entre 20% e
30% do peso corporal nos últimos dois anos. A maioria dos supermercados
está desabastecida, mas ainda que houvesse produtos nas prateleiras não
há renda que resista a uma inflação de 1.000.000% ao ano. Faltam
medicamentos, água e outros insumos básicos para viver com dignidade na
Venezuela.
Diante deste quadro, o mínimo esperado de Maduro seria a autorização
para a entrada de ajuda humanitária internacional, permitida até em
zonas conflagradas. Mas esperar uma nesga de moralidade de Maduro
exigiria boas doses de otimismo e boa vontade. A entrada de ajuda foi
negada. Na quinta-feira passada, o ditador ordenou o fechamento do
espaço aéreo da Venezuela e das fronteiras terrestres do país com o
Brasil e a Colômbia, além da fronteira marítima com a ilha de Curaçao,
no mar do Caribe.
A decisão foi uma resposta à ação coordenada entre grupos de oposição ao regime —
liderados por Juan Guaidó, que há um mês se autoproclamou presidente
constitucional da Venezuela, tendo sido reconhecido internacionalmente—,
os Estados Unidos e os países que fazem parte do Grupo de Lima,
incluindo o Brasil, para envio de comida, água e outros itens ao país
vizinho. O plano prevê que hoje sejam entregues carregamentos de ajuda a
grupos de voluntários venezuelanos estacionados nas fronteiras do país
com o Brasil e a Colômbia. Esses voluntários, arregimentados pela
oposição liderada por Guaidó, são responsáveis por abastecer os
caminhões e distribuir os insumos à população no território venezuelano.
A despeito do fechamento da fronteira, o presidente Jair Bolsonaro
afirmou que o plano para envio de ajuda à Venezuela está confirmado.
Ontem, um avião da Força Aérea Brasileira chegou a Boa Vista (RR) com um
carregamento de 19 lotes de arroz, 14 de açúcar, dezenas de sacos de
leite em pó e caixas com diversos tipos de medicamentos para ser
entregue na cidade de Pacaraima. Tropas e veículos blindados do Exército venezuelano estão na cidade
de Santa Elena de Uairén, a 12 km da fronteira do país com o Brasil. Ao
menos dois venezuelanos que tentaram cruzar a fronteira para o Brasil
foram atingidos por tiros disparados por membros da Guarda Nacional
Bolivariana no lado venezuelano. No mais grave incidente desde a
escalada da tensão fronteiriça, as tropas leais a Nicolás Maduro
atiraram contra um grupo de civis que tentavam manter aberta uma
passagem em Gran Sabana, na fronteira com o Brasil. Um casal foi morto.
As autoridades brasileiras têm mantido a serenidade para lidar com a
grave situação na fronteira com a Venezuela. O vice-presidente Hamilton
Mourão disse que brasileiros não cruzarão a fronteira com a Venezuela e
que um conflito armado com o país vizinho só ocorreria “se o Brasil
fosse atacado”. “Mas Maduro não é louco a esse ponto”, complementou
Mourão, que na próxima segunda-feira participará da reunião de
emergência do Grupo de Lima na Colômbia. O momento pede temperança. Vale destacar ainda a disposição do
governo brasileiro em manter o plano de envio de ajuda humanitária ao
sofrido povo venezuelano.
Não se pode esquecer, no entanto, que o país vizinho detém o controle
sobre o fornecimento de energia para Roraima. De uma hora para outra,
Nicolás Maduro pode ordenar seu corte, afetando a vida de milhares de
brasileiros. Resta saber como o Brasil reagiria a um ato hostil como
esse. Nicolás Maduro se sustenta no poder tão somente pelo apoio que ainda
recebe da cúpula das Forças Armadas. Cada vez mais isolado e reconhecido
como responsável direto pela miséria do povo, seu destino depende
diretamente dos humores dos militares e de sua capacidade de compra de
apoio. Impedir a entrada de ajuda humanitária é um gesto capaz de mudar a
direção dos ventos que sopram na caserna.
Generais
das Forças Armadas ouvidos pelo Estado afirmaram que o futuro de
Nicolás Maduro dependerá do apoio que ainda terá dos militares
venezuelanos
Generais das Forças Armadas ouvidos pelo Estado afirmaram que o futuro de Nicolás Maduro dependerá do apoio que ainda terá dos militares venezuelanos. Para eles, a Venezuela não
tem uma resistência organizada. Não se tem certeza do quanto se
resistiria porque não se sabe exatamente com que parte das Forças
Armadas a oposição poderia contar e se esse número seria expressivo. Os militares brasileiros lembram ainda que existem três grupos
armados na Venezuela a serviço do governo. Além das próprias forças, há
as milícias e a Guarda Nacional, e todos vivem das benesses dadas por
Maduro. Por isso, há dúvidas sobre a proporção e se haveria algum apoio
desses grupos ao líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que se declarou presidente interino da Venezuela.
De
acordo com esses militares, uma saída seria Maduro, vendo que a pressão
internacional contra ele cresceu e a situação em seu país começa a sair
do controle, pedir asilo a algum “país amigo” como Cuba ou Nicarágua.
Mas não há previsão sobre quando isso poderia acontecer, embora as
fontes militares ressaltem que nenhum país consegue conviver com a
instabilidade de“dois presidentes no poder”. As mesmas fontes militares
ressalvam que nada na Venezuela ocorre rapidamente, necessitando de um
“período de maturação”. Os militares ouvidos torcem para que esse
período seja breve.
A rapidez do Brasil em reconhecer Juan Guaidó como presidente
interino da Venezuela, conforme ele mesmo se declarou, não foi
considerada precipitada. Segundo apurou o Estado, todo este desenho já
estava sendo construído e foi amplamente discutido na semana passada,
durante a visita do presidente da Argentina ao Brasil, Mauricio Macri. Fontes
do governo brasileiro asseguram que não há o menor risco de qualquer
envolvimento das Forças Armadas brasileiras com a Venezuela. Os
militares, assim como a diplomacia brasileira, estão acompanhando
atentamente o desenrolar dos fatos. Nesta quarta-feira, 23, quando
ocorreram confrontos e tumultos no país vizinho, não houve registro de
aumento significativo de entrada de venezuelanos no Brasil. Embora as
Forças Armadas estejam alertas, não há nenhuma movimentação de tropas
nas fronteiras com a Venezuela.
Há, no entanto, uma grande
preocupação com a possibilidade de confronto entre os próprios militares
venezuelanos,em razão da tensão provocada pela promessa de anistia a
militares que desertarem, feita pela oposição. Hoje, a cúpula das Forças
Armadas venezuelanas está comprometida com o governo Maduro. Na
avaliação dos oficiais brasileiros, eles foram corrompidos a ponto de
existirem mais de 2 mil generais, número considerado “absurdo”.No
Brasil existem cerca de 150 generais.
Maduro seguiu o receituário de Hugo Chávez e alimentou a lealdade das
Forças Armadas com cargos políticos e posições de comando em estatais.
No entanto, a avaliação de militares é que existem focos de resistência
interna, em postos mais baixos. Os militares de baixa patente, vendo o
apoio crescente de organizações internacionais e de várias nações,
poderiam ajudar a sustentar Guaidó, evitando sua prisão. Além das Forças
Armadas, a Guarda Nacional e as milícias são fortes apoiadoras do
chavismo e de Maduro.
Armados e com poder similar ao de forças
policiais, os integrantes da guarda são conhecido por reprimir
manifestantes, como visto durante a última onda de protestos na
Venezuela, em 2017.Segundo as fontes ouvidas pelo ‘Estado’, com o
governo brasileiro apoiando o governo de oposição na Venezuela, as
autoridades militares e diplomáticas estarão em alerta máximo,
aguardando a evolução dos fatos, para que o presidente Jair Bolsonaro
possa dar os próximos passos em relação ao país vizinho.
Santos Cruz quer “portas abertas” para a imprensa em seu gabinete e
diz que a transparência é fundamental para se descobrir rápido casos de
corrupção
O ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz acha que houve uma falha geral
da sociedade brasileira, inclusive da imprensa, que não viu em tempo os
absurdos de corrupção que ocorreram no Brasil. Ele acredita que as
instituições deveriam ter dado o alerta antes, diante de tantos sinais
de que algo estava errado. Ele diz que da parte dele está preparado para
manter diálogo franco com movimentos sociais, imprensa, políticos.
Avisou que o governo vai punir tanto a invasão de propriedade do MST
quanto o grileiro que ocupar terra pública.
Santos Cruz teve uma carreira impressionante no Exército, no Brasil e no
exterior. Viveu oito anos fora do país, nos Estados Unidos, na Rússia,
na África. Comandou na ONU forças de paz e tropas em ofensiva de guerra.
Durante a operação militar no Congo, dava entrevistas frequentes para
as grandes redes de televisão do mundo. Órfão desde muito cedo, e sem
qualquer parente nas Forças Armadas, ele é a prova da capacidade de
formação de quadros do Exército brasileiro. A escrivaninha e a mesa de
trabalho do gabinete da Secretaria de Governo estavam ocupadas por
papéis quando entrei lá para entrevistá-lo. Ele se entende naquele
amontoado de pastas dos muitos assuntos que está estudando. Tem notado
nas suas análises dos documentos muitos sinais de desperdício. É
inevitável pensar que aquela mesma sala foi ocupada por Geddel Vieira
Lima para quem, naquela quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República
havia pedido 80 anos de prisão.— Como ninguém viu? R$ 51 milhões circularam pelo país, foram sacados,
transportados até chegar no apartamento. Como ninguém viu? — pergunta
ele.
O fato de ter tido uma formação militar e estar agora num cargo de negociação com políticos e com a sociedade não o preocupa: — Não tem problema nenhum. Você tem princípios de educação, conversar
com pessoas, escutar, ter consideração, princípios de vida que a gente
utiliza em qualquer situação. Infelizmente, a prática política foi
deturpada como um jogo de interesses.
Ele diz que o dia a dia dessa conversa com bancadas e partidos será
exercido com a Casa Civil. Sob o seu comando está também a Secom,
responsável pela comunicação. Ele não pensa no momento em fechar a EBC, Empresa Brasileira de Comunicação, que tem duas televisões. Está
estudando como reduzir os custos e o número de pessoal: — Na relação com a imprensa, quero abertura total, porta aberta, porque é
a única forma de conseguir que não se tenha a surpresa que tivemos nos
últimos 10 anos.
A surpresa a que ele se refere são os casos de corrupção: — Foram valores escandalosos, inimagináveis, tudo isso machucando a
população. Achei que a imprensa talvez tenha falhado, outros órgãos
também.
Ele diz que a falha foi a imprensa ter demorado a ver o que estava
acontecendo. O jornalismo, segundo ele, precisa fazer uma revisão,
entender que também é responsável em evitar que novos escândalos de
corrupção aconteçam, mantendo-se vigilante: — Só a imprensa divulgando tudo com muita publicidade, acessando todas
as contas, todos os planos de trabalho, todas as licitações, toda
aplicação de dinheiro, quem é que está usando dinheiro público.
O ministro Santos Cruz diz que as portas da Secretaria estão abertas
também para todos os segmentos sociais, mas avisa que não concorda com a
invasão de terras pelo MST. Perguntei se ele estava falando de terra
improdutiva:
— Improdutiva no conceito de quem? O problema é quem classifica. [trecho na integra no vídeo a partir dos 9']
Entrevista do General Santos Cruz para Miriam Leitão da GloboNews
À frente da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, o general da
reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, fala de seus desafios na função.
Uma delas será a articulação junto ao Congresso Nacional. Fala também
sobre o MST, grilagem de terras, relação entre União e os Estados,
desperdícios de dinheiro público entre outros assuntos importantes.
Disse que o país foi governado quase 14 anos pelos que achavam que a
invasão era o método de começar o assentamento, mas até hoje há pessoas
pela estrada: — Peraí, se você tinha o poder da caneta, orçamento, obrigação do
executivo e não resolveu, significa que eles (os sem-terra) eram usados
como massa de manobra.
Lembrei que este governo entregou a demarcação de terra indígena para
ruralista e fala em combater o que chama de indústria de multa do Ibama.
Perguntei se isso não seria visto como um sinal de incentivo à
grilagem: — É um absurdo essa interpretação, completamente equivocada. A lei é
para todos. Não interessa se é para o movimento ou para o grileiro.
Senão vira baderna.
Sobre sua trajetória pessoal, o ministro contou que estudou em escola
simples, de madeira, mas com excelentes professores. Que nada recebeu de
herança dos pais, exceto o essencial: “prateleiras cheias de livros.”
É flagrante a falta de um plano de ação. De início,
não estava prevista a presença das Forças Armadas nas ruas. Mas, na terça-feira, as tropas foram a campo
A
intervenção federal na segurança do Rio completará um mês e meio sem que a
população fluminense consiga vislumbrar resultados positivos. Não há dúvida de que a medida
era necessária, e continua sendo, dado o descontrole que tomou conta da área
nos últimos meses. O próprio governador Luiz Fernando Pezão, ao pedir a ajuda
do governo federal, admitiu que não tinha mais condições de debelar a violência
que alarma o estado. Erros de gestão de sua equipe,
somados à mais grave crise financeira da história do Rio, criaram um terreno
fértil para o aumento dos índices de criminalidade. No carnaval, a
inépcia ficou evidente. O plano de ação custou a ser anunciado e, quando foi
posto em prática, revelou-se pífio, a ponto de precisar ser revisto às
pressas, antes da Quarta-Feira de Cinzas. Portanto, não podia ficar como
estava.
Mas a
intervenção precisa atender uma população atordoada com a violência. Até porque criaram-se
expectativas. Não se pode dizer que as primeiras medidas tomadas pelo
interventor, general Braga Netto, não estejam na direção certa. O comando da
segurança foi mudado. E anunciou-se que a prioridade será o combate à corrupção
nas polícias, a recomposição da tropa — o déficit de PMs é um dos obstáculos
para melhorar o policiamento — e a recuperação da frota, que se encontra
sucateada, como é de conhecimento público. São premissas básicas, de fato
importantes.
Porém, há
que se ir adiante.E o cotidiano violento do Rio não é para principiantes. De
modo que alguns erros são inadmissíveis. Tome-se como exemplo a operação
de terça-feira, na Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3). A inspeção contou com 220 homens do Exército e 120 inspetores
de Segurança e Administração Penitenciária. O objetivo era combater os “escritórios
do crime", de onde presos comandam a venda de drogas. Mas a ação teve resultados bem modestos — foram
apreendidos ventiladores e um celular. Segundo o estado, os presos teriam quebrado os aparelhos e atirado os
fragmentos na rede de esgoto. Talvez tenha faltado integração com quem
tem experiência nesse tipo de inspeção.
É
flagrante também a falta de um plano de segurança. De início, não estava prevista a
presença das Forças Armadas nas ruas, a não ser em ações pontuais. Mas, diante
de números que mostram o aumento da violência após a intervenção, na
terça-feira, as tropas foram a campo. Porém, com hora para chegar e sair, como
mostrou reportagem do “Jornal Nacional”, da Rede Globo. A impressão é
que decisões são tomadas sem planejamento.Está claro que a criminalidade não será derrotada com improvisos, e sem
uma integração efetiva entre governo federal, estado e município. Não se pode
admitir, por exemplo, que enquanto a Rocinha sangra com uma guerra sem fim, o
prefeito Marcelo Crivella proponha dar um “banho de loja” na comunidade, que,
para ele, está muito “feinha”.Vencer essa chaga
que fragiliza o Rio é tarefa dos três níveis de governo.
[essencial é que sejam expedidos mandados de busca
coletivos;
direito
a prender para averiguações; e,
liberar
as tropas - federais e policiais militares - para reagir à altura, usando a
força necessária, sempre que atacadas ou encontrar reação durante ações
de patrulhamento.
Liberando
esses três mecanismos os bandidos ficarão cientes que entraram na guerra para
perder.]