Senadora tucana, que é tetraplégica, criticou publicação em que o ex-astrólogo diz que o general é um 'doente preso a uma cadeira de rodas'
“Estar em uma cadeira de rodas não é uma prisão. Ao contrário, a cadeira é o que garante o ir e vir. Sinônimo de liberdade para quem é bem resolvido consigo mesmo, como o general Villas Bôas, exemplo de grandeza, lucidez e produtividade. É lamentável que num país onde há grandes exemplos de pessoas com deficiência, ainda escutemos falas nocivas que ferem a dignidade humana. Quem usa a condição física de uma pessoa para atacá-la vive num cárcere mental, que ao contrário da cadeira de rodas, limita e desconstrói”, escreveu a senadora tucana.
Olavo de Carvalho, o encarcerado mental
Villas Bôas sofre de uma doença neuromotora degenerativa, que leva à perda de mobilidade e problemas respiratórios. Ele usa uma cadeira de rodas para se locomover desde o fim de 2017. O embate público entre o general e Olavo de Carvalho é mais um capítulo da disputa entre militares e olavistas dentro do governo. A briga começou após Olavo publicar uma sequência de postagens no Twitter sobre o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, chamando-o de “merda”.
“Santos Cruz, não me meça por você mesmo. Você, sem seu cargo e sua farda, é um nada. Eu, pelado e esmagado sob uma jamanta, sou ainda o autor de livros que serão lidos por muito tempo após a minha morte”, escreveu o escritor. “O Santos Cruz não é capaz de imaginar o que seja um escritor. Só conhece politiqueiros e fofoqueiros de merda como ele mesmo”, complementou.
Após as declarações, Eduardo Villas Bôas declarou que “mais uma vez o sr. Olavo de Carvalho, a partir de seu vazio existencial, derrama seus ataques aos militares e a FFAA, demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia”, escreveu o militar em sua conta oficial do Twitter.
Olavo rebateu e disse que a defesa de Santos Cruz por Villas Bôas mostra que o ministro “se escondeu por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas”.
Revista VEJA
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