Os militares vão aceitar?
[o mais trágico, o pior dos piores é que eles vão aos poucos testando reações e a cada não reação consolidam uma tirania - em um teste suspendem um ato administrativo discricionário, em outro proíbem uma norma, cancelam outra e nenhuma reação.
Cada vez ficam mais prepotentes e confiantes que são o Estado. A cada arbitrariedade aceita passivamente, na forma bovina, mais fortes se sentem, e ficam.
Urge um Poder Moderador.]
Moraes rasgou a Constituição ao promover a ingerência de um poder em
outro, ao suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para a Direção-Geral da Polícia
Federal – que é um Departamento do Ministério da Justiça e cargo de livre
nomeação do Presidente da República. Moraes já vinha usurpando o papel de “ministro
da Justiça” e de “Diretor da PF”, pois indicou delegados federais que atuam nos
esquisitos processos secretos que correm no STF para investigar quem ataca o
Supremo e quem pratica o crime de veicular “fake news”.
O ministro extrapolou seu poder, supostamente acolhendo, liminarmente, um
pedido do PDT para impedir a nomeação e posse de Ramagem para o comando da PF. Esta
medida é uma inegável e grave quebra da ordem institucional. Sim, a tal “normalidade
democrática” foi seriamente comprometida. Ter escrito o livro “Direito
Constitucional”, best seller no mundo jurídico, não autoriza Moraes a abusar do
poder no uso da caneta de ministro do STF.
O STF interferiu indevidamente no Poder Executivo. Tecnicamente,
Bolsonaro foi deposto pela canetada de Moraes. Ao que se saiba, o ministro não
foi eleito Presidente da República. No passado recente, antes de Michel Temer
indicá-lo para o cargo de "deus" no STF, Moraes era filiado ao PSDB. Só que nunca
disputou cargo eletivo. Ocupou, no entanto, cargos de extremo prestígio e
poder.
Vide seu currículo: Promotor concursado, Alexandre de Moraes deixou o
Ministério Público de São Paulo em 2002 ocupar a Secretaria de Justiça e da
Defesa da Cidadania da gestão de Geraldo Alckmin. De agosto de 2004 até maio de
2005, acumulou a presidência da antiga Febem (atual Fundação Casa). Entre 2007
e 2010, ocupou a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo da
prefeitura, durante a gestão de Gilberto Kassab. Durante determinados períodos,
acumulou as presidências da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e SPTrans
(São Paulo Transportes – Companhia de Transportes Públicos da Capital) e
também, a titularidade da Secretaria Municipal de Serviços de São Paulo.
Após deixar a prefeitura paulistana, montou o seu escritório de
advocacia. Deixou de atuar como advogado para voltar ao governo de São Paulo em
2014. Convidado por Geraldo Alckmin, ocupou o cargo de secretário de Segurança
até 2016 – quando foi para o Ministério da Justiça na cota do PSDB no governo
Temer. Dali saltou para o Supremo... Agora, parece que acumulou outro cargo: o
de Presidente da República, na intervenção suprema sobre Bolsonaro, que virou
alvo de um inquérito no STF para apurar “denúncias” feitas pelo ex-ministro Sérgio
Moro.
Alexandre de Moraes decretou uma intervenção do STF no Poder Executivo.
Moraes promoveu a deposição de Jair Bolsonaro.
O que falta mais acontecer no
Brasil? Um golpe de Estado?
Nas redes sociais, a galera já está perguntando, com maldade: Onde estão os militares fodões? A Ordem Constitucional foi corrompida, mais uma vez...
Nada de anormal... No Brasil, Lex Luthor derrota o Super Homem, usando a Constituição Criptonita de 88...
Por
isso, antes que o STF mande me prender, lanço a candidatura de
Alexandre para Imperador de Bruzundanga. Ele merece! E com direito a FHC
como Bobo-Geral da Corte!
Transcrito do Alerta Total - Jorge Serrão - Editor Chefe
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