Isabella Macedo e Marcello Corrêa
Projeto foi defendido pelo presidente da Casa, Davi
Alcolumbre (DEM-AP). Medida de ajuste deve gerar economia de R$ 130 bi
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou durante a sessão desta segunda-feira que a proposta para socorrer estados e municípios deve proibir o reajustes nos salários de servidores federais, estaduais e municipais por 18 meses. Segundo o presidente da Casa, a estimativa passada pelo Ministério da Economia é de que sejam poupados R$ 130 bilhões durante o período. - Eu recolhi as manifestações da senadora Zenaide quando fala da questão do reajuste por 18 meses, mas gostaria de lembrar os senadores que há 15 dias a discussão não era não reajustar salários. Há 15 dias a discussão era cortar 25% dos salários dos servidores municipais, estaduais e federais. Então acho que seria um gesto evitarmos os reajustes por 18 meses e em contrapartida termos os recursos para ajudarmos os estados e municípios — afirmou Alcolumbre.
Coronavírus: Alcolumbre diz que 'setor público tem de dar sua parcela' no enfrentamento à pandemia
O presidente da Casa é o relator da proposta e prevê a apresentação de seu parecer inicial para quinta-feira. A votação deve acontecer no sábado, por causa do feriado do Dia do Trabalho na sexta-feira. Alcolumbre se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no início da tarde. Segundo o amapaense, a estimativa da pasta é que a economia total seja de R$ 130 bilhões no período. — Acho que é uma conquista essa conciliação com o governo, protegermos por 18 meses a conta (da União). E a gente tem que lembrar que, pela proposta, não reajustar os salários de municípios, estados e União. A conta que me deram hoje, a gente está falando de economia, ou seja, recursos que vão sobrar para os cofres da União, dos estados e dos municípios, na monta de R$ 130 bilhões em 18 meses.
Segundo integrantes da equipe econômica, a proposta está avançando. O impasse sobre o socorro aos entes federados ocorre há ao menos um mês. A Câmara dos Deputados aprovou projeto que prevê que a União compense os governos locais pelas perdas na arrecadação de impostos, mas a ideia é fortemente criticada por Guedes, que vê na medida um "cheque em branco" para gestores regionais.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou durante a sessão desta segunda-feira que a proposta para socorrer estados e municípios deve proibir o reajustes nos salários de servidores federais, estaduais e municipais por 18 meses. Segundo o presidente da Casa, a estimativa passada pelo Ministério da Economia é de que sejam poupados R$ 130 bilhões durante o período. - Eu recolhi as manifestações da senadora Zenaide quando fala da questão do reajuste por 18 meses, mas gostaria de lembrar os senadores que há 15 dias a discussão não era não reajustar salários. Há 15 dias a discussão era cortar 25% dos salários dos servidores municipais, estaduais e federais. Então acho que seria um gesto evitarmos os reajustes por 18 meses e em contrapartida termos os recursos para ajudarmos os estados e municípios — afirmou Alcolumbre.
GOVERNO
GOVERNO
Bolsonaro cutuca Guedes três vezes durante fala sobre servidores públicos.
Por Lauro Jardim
Jair Bolsonaro até que tentou ser discreto, mas foi visível o seu desconforto com parte da fala de hoje de Paulo Guedes em frente ao cercadinho do Palácio da Alvorada hoje.
Tudo ia muito bem, até quase quinze minutos de entrevista coletiva. Mas neste momento, Guedes pediu, à sua maneira, a colaboração do funcionalismo público diante da crise. E mandou a frase: — Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa trancado com a geladeira cheia assistindo à crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo o emprego.
Bolsonaro cutucou Guedes, o mais discretamente que conseguiu, como que clamando para que ele cessasse ali mesmo qualquer observação que pudesse melindrar os servidores públicos.Note que, a partir do instante em que o ministro fala "com geladeira cheia", Bolsonaro o cutuca por três vezes. Tudo feito sem sequer olhar para Guedes.
Mas já era tarde. A frase tinha, claro, o poder de viralizar.
Radar - O Globo
Por Lauro Jardim
Tudo ia muito bem, até quase quinze minutos de entrevista coletiva. Mas neste momento, Guedes pediu, à sua maneira, a colaboração do funcionalismo público diante da crise. E mandou a frase: — Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa trancado com a geladeira cheia assistindo à crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo o emprego.
Bolsonaro cutucou Guedes, o mais discretamente que conseguiu, como que clamando para que ele cessasse ali mesmo qualquer observação que pudesse melindrar os servidores públicos.Note que, a partir do instante em que o ministro fala "com geladeira cheia", Bolsonaro o cutuca por três vezes. Tudo feito sem sequer olhar para Guedes.
Mas já era tarde. A frase tinha, claro, o poder de viralizar.
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