PANDEMIA
A fala de 5 minutos de Bolsonaro foi algo desconexa. Para não dar o braço totalmente a torcer em relação ao seu histórico de discursos desacreditando e desencorajando a vacinação, começou o pronunciamento dizendo que o Brasil é um dos países que mais vacinam, e que "quem quiser" será vacinado até o fim do ano. Afinal, se ele repetiu tanto que não obrigaria ninguém a ser imunizado e até agora não teve a pachorra de ser vacinado para dar o exemplo, alguma concessão ao seu genuíno negacionismo teria de permanecer.
Na mesma toada, ele manteve a famigerada linha de dizer que seu governo sempre se preocupou "com o vírus e com a economia", uma construção falaciosa que não leva em conta o que a Ciência preconizou desde o início: que sem uma política de distanciamento social e testagem e rastreamento de contatos, enquanto não havia vacinas, o vírus se espalharia sem controle, como aconteceu. Nesse cenário de descontrole, não há economia que sobreviva. Bolsonaro mostrou em sua fala que nada vai mudar caso se confirme a terceira onda já identificada por cientistas. Ele vai seguir boicotando medidas de distanciamento que eventualmente governadores e prefeitos tenham de anunciar novamente para enfrentar o caos hospitalar, caso ele se repita.
[a ilustre jornalista por absoluta falta de elementos, teve que engolir a seco a declaração de Bolsonaro que o Brasil é um dos países que mais vacinam no mundo, segundo Opera Mundi-UOL, é o quarto colocado;
até um colunista, colega da articulista, porém, bem mais qualificado, Merval Pereira, reconhece os excessos da Covidão - conforme seu artigo CPI da COVID - Grosseria dos senadores na CPI está incomodando, publicado em O Globo, 02 junho 2021]
MATÉRIA COMPLETA, em O Globo
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