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sábado, 14 de maio de 2022

É PRECISO ESTATIZAR “DE VERDADE” A PETROBRAS - Sérgio Alves de Oliveira

Todos sabem  que  no “ranking” mundial de preços, a gasolina e o óleo diesel mais baratos, para os consumidores,estão na Venezuela. E essa diferença, para menor, é extraordinária. Com cinco reais, que significa menos que um litro desse combustível no Brasil, qualquer carro venezuelano  pode encher o tanque. Mas não  se tem nenhuma notícia que os combustíveis derivados do petróleo nesse país sejam “subsidiados” pelo Estado, ou seja, vendidos na bomba mais barato do  que o custo da sua produção. Se assim fosse,o Estado venezuelano já teria [teria???] quebrado há muito tempo.

Por outro lado,a riqueza do subsolo em petróleo e gás natural na Venezuela é praticamente idêntica  à do Brasil, ou seja, ambos os países são autosuficientes.  Por que, então essa, diferença abismal de preços dos combustíveis na bomba ,entre um e outro país? 
Qual a receita da Venezuela para conseguir esse “milagre”?

Considerando o impulso do Governo brasileiro em acelerar estudos para privatização da Petrobras,conforme declarações do novo Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, nomeado recentemente  pelo Presidente Bolsonaro, que certamente lhe “encomendou” esses estudos,a grande questão a ser desvendada é se esses “estudos”  objetivarão, ou não, as repercussões do preço dos combustíveis no custo de vida e no bolso dos consumidores brasileiros ,na frente da “bomba”,livrar o Governo dessa “bucha”,ou atender  os desejos de possíveis compradores multinacionais  da petrolífera.

Na verdade, pelos aspectos jurídicos meramente “formais”, a Petrobras se trata de uma empresa paraestatal, com o controle majoritários das ações com  direito à voto pertencentes à União. Trata-se de uma sociedade de economia mista integrante da Administração Indireta da União.

Mas na prática não é bem assim. Na prática a Petrobrás JÁ ESTÁ PRIVATIZADA  há muito tempo. Atende muito mais aos interesses dos seus investidores,em ações, interessados somente nos generosos dividendos pagos pela “estatal”,do que na economia brasileira e no interesse dos consumidores de óleo diesel e gasolina,para os quais a estatal vira  as suas costas e está “se lixando”. A prova está na “alta” de quase todos os dias. Essa política espoliativa dos consumidores atenta radicalmente contra os patriotas idealizadores da campanha “O Petróleo é Nosso’,dos anos quarenta e cinquenta,bem representados nas pessoas do  ex-Presidente Getúlio Vargas,e do escritor Monteiro Lobato.

Sugiro,portanto,que os “estudos” sobre a Petrobras ,a serem desenvolvidos por “encomenda” do Ministro, considerem as alternativas  de:                                                                                        

(1) transformar a Petrobrás  em legítima (e não falsificada) estatal,  desapropriando TODAS as ações da empresa que não pertencem à União, transformando-a a seguir em “Empresa Pública”, repassando esses “dividendos” ao povo braslleiro, e aos consumidores,no  formato de redução do preço dos combustíveis, equiparando-os,talvez,aos preços na Venezuela,ou;    [o assunto é extremamente complexo, com vários     caminhos para sustentar uma 'contenda', mas vamos nos limitar a uma pergunta (entre  dezenas); e o DIREITO DE PROPRIEDADE?]

(2) independentemente de ideologias,atentando exclusivamente  para os interesses dos brasileiros,que acionem o governo venezuelano no sentido de saber sobre o eventual interesse na Petrobrás e, caso afirmativo, transfira-se todas ações que a União tem na  estatal para a “União” da Venezuela, mesmo que por “doação”,que mesmo assim seria “bom negócio”para o povo brasileiro,com uma única “condição”: que igualem os preços dos combustíveis nos dois países.

O povo brasileiro agradece pelas “providências”!!!

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


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