Alexandre Garcia
TSE firma pacto de paz nas eleições com líderes religiosos
Presidente do TSE, Edson Fachin, se reuniu com lideranças religiosas em busca de apoio que garanta a paz nas eleições de outubro| Foto: Antonio Augusto/TSE
No entanto, tinha gente querendo processar o presidente Jair Bolsonaro porque ele fez uma crítica ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele expressou sua opinião dizendo que lá tem uma "sala secreta" que faz a apuração dos votos. Então, meu Deus do céu, o mundo veio abaixo.
Agora, a vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, disse que isso é liberdade de expressão, feita pelo presidente da República, e recomendou que se arquive porque não tem crime nenhum nisso.
Pacto com religiões
O TSE assinou nesta segunda-feira (6), com autoridades religiosas, uma espécie de pacto de paz nas eleições. Eu nunca vi isso. Esse apelo para juntar religião com eleição. Rima, mas não é uma solução.
Respeito à maioria Eu ouvi nessa cerimônia um discurso do procurador-geral Augusto Aras que me deixou preocupado. Ele disse: "não há democracia sem respeito das minorias", talvez fosse "às minorias", mas de qualquer maneira, fica no ar um mau cheiro de tentativa de subversão da ordem das coisas. Porque democracia é a vontade da maioria e não da minoria.
A maioria respeita a minoria, mas a minoria também respeita a vontade da maioria. Democracia é a maioria do povo, o regime da maioria do povo.
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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