Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Deus do céu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Deus do céu. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

É preciso ouvir dos argentinos as boas notícias do Brasil, que não saem por aqui - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia - VOZES

Crescimento econômico

Circulam nas redes sociais comentários da TV argentina sobre o Brasil. Admirados com o desempenho brasileiro. Aqui não sai, né? Aqui a gente torce contra o país
A gente quer ver o país lá embaixo, como fizemos, nós, os jornalistas, durante toda a pandemia. 
A gente queria ver você em casa, trancado, morrendo de medo, um pano na cara, sem respirar direito, e sem trabalhar, sem produzir, sem renda, sem poder sair para a rua.
 
Meu Deus, a gente apoiou cada coisa. Rasgaram a Constituição e a gente apoiou. Mandaram a gente tomar uma experiência, e a gente foi atrás. Disseram que não tinha tratamento, e a gente acreditou, meu Deus do céu. E agora, o resultado da nossa teimosia. 
Daquilo que chamavam negacionismo, quando negacionismo é exatamente o contrário. Nos acusaram daquilo que eles são.

Tá aí. O Brasil derrubando a inflação, subindo o PIB. E a Europa e os Estados Unidos fazendo exatamente o oposto, subindo a inflação, subindo os preços, havendo até escassez, queda de produção de alimentos. Subindo juros, subindo inflação e caindo o PIB.

Empregos criados equivalem a todos os da Argentina
Aí volto a falar dos argentinos. Gustavo Segré, citado pela excelente Revista Oeste, diz assim: “O Brasil voltou a ser a décima economia do mundo. É o sexto mercado do mundo em recepção de investimentos diretos do exterior, e o índice de desemprego é 9,3%, o menor desde 2015. Somados os quase 5 milhões de empregos com carteira assinada, que serão criados até o fim do governo Bolsonaro, foram 4,5 milhões em três anos e meio. O Brasil terá criado tantos empregos formais quanto os existentes na Argentina. Que são 5,8 milhões”.

Outro dado impressionante está no número de empresas. No Brasil, só nos últimos dezesseis meses foram abertos 3,4 milhões de empreendimentos comerciais. Nesse ritmo, chegará ao fim deste ano com 20 milhões de empresas ativas. Isso representa 33 vezes a quantidade total de empresas existentes na Argentina, compara Segré.

Resultados vêm antes mesmo do efeito do Auxílio Brasil

A gente tem que ouvir a Argentina, porque, aqui, a militância está cada vez mais desesperada. Principalmente agora que a gente constata, no Nordeste, que quem não está empregado está ganhando mais como autônomo. 
O sujeito prefere ganhar 5 mil sem carteira assinada a ganhar 1,2 mil com carteira assinada. Está se procurando gente para trabalhar no Nordeste. As vendas subindo. As indústrias de confecções, de alimentos, de laticínios.  
Todo mundo trabalhando em hora extra para entregar o produto. 
As vendas crescendo, ou seja, o consumidor tá comprando. Isso que nem começou ainda o novo Auxílio Brasil.

Isso explica as recepções que o presidente está tendo no Nordeste
Em Recife, no fim de semana, foi uma loucura.
Em seguida foi para Belo Horizonte; antes estava no norte de Minas. Então, é o novo Brasil. Estou falando aqui porque o pessoal omite, esconde. A boa notícia é escondida. [a mídia militante esconde até manifesto em defesa das  liberdades e de Bolsonaro - MANIFESTO À NAÇÃO BRASILEIRA - DEFESA DAS LIBERDADES E DE BOLSONARO - e divulga cartinhas da esquerda = somando as assinaturas de todas ainda não alcançaram um milhão; já o favor do presidente Bolsonaro, lançado dias após, e sem nenhuma divulgação da velha imprensa já ultrapassou 800.000 assinaturas.]

É uma coisa incrível que a boa notícia seja escondida.

Eu queria lembrar, porque é pitoresco. Presidente Bolsonaro, óbvio, se vai comemorar 200 anos da Independência, tem que ser uma grande comemoração. E a data nacional não é uma data militar
Data militar é o Dia do Soldado, 25 de Agosto.  
O 7 de Setembro é uma data cívica, vai se comemorar no país inteiro, em todas as casas desse país, em todos os carros desse país.


Por que não fazer o 7 de Setembro em Copacabana?

Eu lembro, quando se comemorou o sesquicentenário, 150 anos, se trouxe o corpo de Pedro I, o príncipe que proclamou a Independência, que está depositado lá no monumento, no Riacho Ipiranga, em São Paulo. 
Agora vai vir o coração dele, que ficou em Portugal, porque ele é herói de Portugal também, lá ele é Pedro IV. 
Então, tem que comemorar. A Avenida Presidente Vargas fica longe do povo. Centro do Rio de Janeiro, pouca gente frequenta em feriado. Agora, Copacabana enche no réveillon, porque não fazer em Copacabana?
 
E a ministra Cármen Lúcia deu cinco dias para o Bolsonaro explicar por que sugere isso. Vai ter que perguntar para o prefeito do Rio de Janeiro, é a prefeitura que autoriza desfile em logradouro público municipal. Meu Deus do céu. Estamos discutindo a festa maior nacional. Teve uma juíza que não queria usar bandeira, agora mais uma. Não é iniciativa da Cármen Lúcia, ela nem pode tomar iniciativa nenhuma. 
É iniciativa de um partido que tem um senador e dois deputados. Incrível
 
De Brasília, Alexandre Garcia - Gazeta do Povo - VOZES
 


terça-feira, 7 de junho de 2022

Fachin traz religiões para cuidar do nosso voto… - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

TSE firma pacto de paz nas eleições com líderes religiosos

Tem gente que acha que não existe Constituição nesse país. O artigo 5º garante a liberdade de pensamento.  
O artigo 220, a liberdade de expressão, de expor um pensamento, uma opinião ou uma crítica, em qualquer plataforma, vedada a censura, de natureza política, científica e artística.

 TSE

 Presidente do TSE, Edson Fachin, se reuniu com lideranças religiosas em busca de apoio que garanta a paz nas eleições de outubro| Foto: Antonio Augusto/TSE

No entanto, tinha gente querendo processar o presidente Jair Bolsonaro porque ele fez uma crítica ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele expressou sua opinião dizendo que lá tem uma "sala secreta" que faz a apuração dos votos. Então, meu Deus do céu, o mundo veio abaixo.

Agora, a vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, disse que isso é liberdade de expressão, feita pelo presidente da República, e recomendou que se arquive porque não tem crime nenhum nisso.

Mas é, como sempre, o Supremo Tribunal Federal sendo posto a serviço de partido pequeno, que não tem voto no Congresso. Em geral, isso é para a oposição subir à tribuna ou mesmo no plenário da Câmara e do Senado, e xingar o presidente se quiser, afinal é para isso que existe a inviolabilidade prevista na Constituição.  
A oposição pode até xingar até a mãe do presidente que não tem problema nenhum em um país normal.
 
Mas, aqui no Brasil, a normalidade não vale para Daniel Silveira, por exemplo. Mas vai lá um partidinho pequeno, que não tem voto, não tem voz, vai até o Supremo e ele acolhe com o maior prazer a queixa. 
O STF se torna o braço do pequeno partido para fazer essas coisas.[existindo a possibilidade do partideco SEM NADA, ter recebido e/ou receber,  menos votos em todo o Brasil do que o Deputado Federal Daniel Silveira.]

Pacto com religiões
O TSE assinou nesta segunda-feira (6), com autoridades religiosas, uma espécie de pacto de paz nas eleições. Eu nunca vi isso. Esse apelo para juntar religião com eleição. Rima, mas não é uma solução.

Meu sonho seria que houvesse uma união das religiões para orar para que Deus ficasse de olho na apuração e mandasse o seu anjo exterminador, com sua espada flamejante, eliminar qualquer mão que queira mudar o voto de cada um, seja para que lado for.   
Até mesmo omitir o voto ou esconder, que é um crime gravíssimo, porque a base da democracia é o respeito ao voto de cada um. Cada voto. Porque cada voto pode ser a vitória de um candidato, ou do desempate do vencedor. Então tomara que seja isso, que os líderes religiosos rezem bastante.
 

Respeito à maioria                                                                                     Eu ouvi nessa cerimônia um discurso do procurador-geral Augusto Aras que me deixou preocupado. Ele disse: "não há democracia sem respeito das minorias", talvez fosse "às minorias", mas de qualquer maneira, fica no ar um mau cheiro de tentativa de subversão da ordem das coisas.                                                                                           Porque democracia é a vontade da maioria e não da minoria.

A maioria respeita a minoria, mas a minoria também respeita a vontade da maioria. Democracia é a maioria do povo, o regime da maioria do povo.

E como estão subvertendo tudo por causa de uma microminoria de 1,5% no país, impõe-se uma série de obrigações para a maioria, para que a microminoria seja respeitada. 
Agora não se respeita a vontade da maioria, que tem que se curvar, porque a minoria pode se sentir mal, mas se faz sentir mal toda a maioria. Acho que a gente tem que parar para pensar um pouquinho no que estão nos impondo.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 1 de janeiro de 2022

E se o governo mandasse o STF passear? - Revista Oeste

Pode se dizer com grande margem de segurança que não iria acontecer rigorosamente nada

Imagine por um instante — só por curiosidade, certo? (Só por curiosidade; é claro que ninguém aqui está sugerindo nada, pelo amor de Deus, e muito menos qualquer tipo de ato antidemocrático.) Então: imagine por um instante o que aconteceria se um dia desses o presidente da República, ou alguém do seu governo, recebesse a milésima ordem do Supremo Tribunal Federal para explicar “em 48 horas”, ou “três dias”, ou coisa que o valha, por que fez isso ou por que deixou de fazer aquilo, e não desse resposta nenhuma. 
O que aconteceria, em outras palavras, se dissesse ao ministro Barroso, ou ao ministro Alexandre, ou à ministra Rosa, ou qualquer um dos 11: “Olha, ministro tal, vá para o diabo que o carregue”?
 
Como nunca aconteceu até hoje, e como nunca o STF mandou o presidente da República explicar seja lá o que fosse em nenhum governo anterior ao atual, não dá para responder com certeza científica; falta, como se diz, a prova da experiência. Mas, pela Lei das Probabilidades, que no fundo vale bem mais que muita lei aprovada por esse Congresso que está aí, pode se dizer com grande margem de segurança que não iria acontecer rigorosamente nada. Claro, claro: a mídia ia ficar enlouquecida, mais do que em qualquer momento do governo de Jair Bolsonaro, e o centro liberal-civilizado-moderno-intelectual-etc. entraria numa crise imediata de histeria
 
As instituições, iriam gritar todos, as instituições: o que esse homem fez com as nossas sagradas instituições, meu Deus do céu? 
A Constituição Cidadã está sendo rasgada. 
A democracia acaba de ser exterminada no Brasil. 
É golpe. É ditadura militar. 
Mas seria só uma crise de nervos no mundinho da elite, mais nada. 
Na prática, e nas coisas que realmente interessam, o governo poderia mandar o STF não encher mais a paciência, pronto — e não mudaria absolutamente coisa nenhuma.

Os colégios chiques continuariam a aumentar as mensalidades, e a chamar seus alunos de alunes

A população, com certeza, estaria pouco se lixando para a indignação do STF, das gangues políticas, da elite meia-boca a bordo dos seus SUVs, das classes pensantes e dos banqueiros de investimento de esquerda; é possível, aliás, que dissesse “bem feito”
Todo mundo iria continuar trabalhando. Os boletos bancários continuariam vencendo. Os ônibus continuariam saindo das rodoviárias. Os serviços de água encanada, energia elétrica e coleta de lixo, nos lugares em que existem, continuariam funcionando. Ninguém iria desmarcar uma consulta médica, nem faltar a um compromisso, nem fazer qualquer coisa diferente.
 
Nenhum país iria romper relações com o Brasil. Os evangélicos iriam ouvir o pastor nas igrejas. Os portos continuariam a embarcar soja. Os colégios chiques continuariam a aumentar as mensalidades, e a chamar seus alunos de alunes. A centésima primeira variante do vírus iria aparecer num canto qualquer. É possível, até, que a Bolsa de Valores subisse. 
Enfim: a solidariedade, o respeito e o apreço dos brasileiros pelo STF e pelo resto das nossas “instituições democráticas” permaneceriam exatamente onde estão, ou seja, no zero absoluto.
 
E, de mais a mais, o que os ministros do STF, o Jornal Nacional e todos os demais indignados poderiam fazer na prática? 
Chamar o Exército para prender o presidente da República? Chamar a PM de Brasília? Chamar a tropa da ONU? 
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, esses que estão aí hoje, iriam fazer algum gesto heroico de “resistência”? Rolaria, enfim, o impeachment que não rolou até agora? 
Lula, o PT e a CUT iriam decretar uma greve geral por tempo indeterminado, até a queda do governo? [a CUT ainda existe? 
E o exército do Stédile, o 'general da banda' que comanda o MST, que faria? ]
A verdade é que não existe, na vida como ela é, nenhum meio realmente eficaz para exigir obediência do Executivo se ele não quiser obedecer. Não só do Executivo, por sinal — do Legislativo também não. 
 
Ainda outro dia, por exemplo, aconteceu exatamente isso. Foi a primeira vez, mas aconteceu: a ministra Rosa, em mais um desses acessos de mania de grandeza que são a marca do STF de hoje, anulou uma lei aprovada pela Câmara —, e a Câmara não tomou conhecimento da anulação. Tratava-se, no caso, de um projeto que afetava diretamente o bolso dos deputados, entregando a eles bilhões em “emendas parlamentares”. Aí não: a decisão foi ignorada, a lei continuou valendo e depois de muito fingimento de parte a parte, para disfarçar o naufrágio da decisão do STF, ficou tudo como estava. [o presidente Bolsonaro, seguindo o exemplo da Câmara dos Deputados, também manobrou e levou o ministro Lewandowski a  estender o prazo para o Governo Federal prestar esclarecimentos sobre a vacinação de crianças = que vencia antes do Natal e agora vence após o Dia dos Reis. Mais detalhes AQUI ou AQUI.
Em um dos links fornecidos tem uma estória interessante, folclórica, que   mostra que exigências apoiadas apenas no grito, costumam desautorizar seus autores. 
Por oportuno, destacamos que fazemos nossas as precauções que o ilustre articulista apresenta no primeiro parágrafo ..."só por curiosidade..."]  
 
Não há nenhum sinal, entretanto, de que possa acontecer alguma coisa parecida com a atual Presidência da República. Poucas vezes na história deste país, ou nunca, se viu um governo tão banana quanto o que está hoje no Palácio do Planalto. Tem muita “laive”, passeata de motocicleta e implicância com a vacina, mas comandar que é bom, como determina a lei e como o eleitorado decidiu, muito pouco, ou nada. 
Para começar, o Executivo não controla nem a metade do Orçamento federal; o resto poderia estar sendo gasto no Paraguai. O presidente não manda na máquina pública; não pode nomear nem o diretor da Polícia Federal. Também não pode demitir. Cada um faz mais ou menos o que bem entende, frequentemente em obediência ao PT e a grupos de esquerda. O governo dá ordens que são pura e simplesmente ignoradas. 
 
Decidiu que não poderia haver demissões de empregados que não tivessem tomado vacina; um tribunal qualquer, desses que se reproduzem como coelhos em Brasília, decidiu o contrário e ficou por isso mesmo
As Secretarias Estaduais de Saúde dão ordens opostas às do Ministério da Saúde; o que fica valendo é a decisão das secretarias. 
O procurador-geral da República, nomeado pelo presidente Bolsonaro, dirige uma equipe que lhe faz oposição aberta e direta.

Que raio de governo “autoritário” é esse que não tem autoridade nenhuma?

Um dos maiores aliados do governo, o ex-deputado e dirigente partidário Roberto Jefferson, está na cadeia há mais de quatro meses é, por sinal, o único preso político do Brasil. Outro, o jornalista Allan dos Santos, teve de se refugiar nos Estados Unidos e está com a prisão solicitada à Interpol. Governadorzinhos e prefeitinhos de fim do mundo governam como bem entendem. Qualquer nulidade do Congresso ou da vida política, desde que tenha carteirinha de militante de “esquerda”, vive correndo ao STF para que o governo faça assim, ou não faça assado; é atendido sempre, como nos pedidos permanentes de “explicações”. Que raio de governo “autoritário” é esse que não tem autoridade nenhuma?

É muito interessante, assim, o ponto de vista do ministro Gilmar Mendes sobre essa anarquia cada vez mais grosseira. Segundo Gilmar, diante das realidades que estão aí na frente de todo mundo, o mais sensato para o Brasil seria a adoção do parlamentarismo. É, possivelmente, a única contribuição construtiva jamais dada para o atual debate político por um membro do STF.  
O que adianta ter presidente da República se a Presidência da República não manda nada? 
Para que esse drama de eleição presidencial a cada quatro anos se o eleito, seja quem for, vai passar o tempo todo em crise? 
Eis aí um excelente recado: se não governa, pede para sair.

Leia também “O ministro sem fronteiras”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste


domingo, 7 de abril de 2019

Um cara bacana

Vélez só está no MEC por falta de determinação de uma única pessoa: Jair Bolsonaro

A inexplicável relutância em demitir Ricardo Vélez Rodríguez do importantíssimo Ministério da Educação diz muito da personalidade do cidadão Jair Bolsonaro e do desconforto do presidente Jair Bolsonaro no cargo. Aliás, foi ele mesmo quem disse que “não nasceu para ser presidente, nasceu para ser militar”. O que também é controverso, já que saiu cedo do Exército, como capitão, e não saiu nada bem.

Se Bolsonaro foi tão impetuoso e decidido ao demitir o amigo Gustavo Bebianno com requintes de crueldade e ao mandar o ministro Sérgio Moro desconvidar a respeitada Ilona Szabó para ser uma mera suplente de um mero conselho, por que mantém Vélez no cargo apesar de tudo e todos? Porque o ministro é “um cara bacana”, como disse a jornalistas? [comentário 1: o nosso presidente, tudo indica, ainda não assimilou que quem tem o PODER pode exercer na hora que quiser sem necessidade de avisar e/ou dar explicações, especialmente quando se trata de se livrar de quem atrapalha - rapidez  é sempre conveniente.
No caso do Bebianno, e no caso da Ilona (que, se empossada,  seria uma sabotadora dentro do governo, ainda que na suplência de um conselho sem grande importância) a demissão ocorreu dentro do rito adequado;
a aparente relutância quando a demitir Vélez, tudo indica é apenas uma tentativa do presidente de que o ex-ministro no exercício do cargo de ministro, aja com a dignidade e peça para sair.]

É um mistério e esse mistério fica ainda pior porque Bolsonaro já tinha decidido a demissão antes da viagem a Israel, mas preferiu ficar fritando o ministro em público do que fazer o que tinha de fazer. Por fim, avisou na sexta que pretende defenestrá-lo amanhã. Avisar três dias antes, pela mídia, que pretende demitir alguém?! Bolsonaro já falou mal da gestão do MEC na TV, admitiu que faltam ao ministro habilidades essenciais para a função (comando, autoridade, capacidade para escolher pessoas...) e chamou Vélez ao Planalto na véspera da viagem. Mas... continuou contando, impassível, as demissões no ministério: uma, cinco, dez, vinte...

A coisa degringolou de tal forma que, só pela Secretaria Executiva, já passaram quatro pessoas, mas o chefe continua e não consegue nem demitir seus auxiliares diretos. Por fim, a ordem parte diretamente da Casa Civil, à revelia do ministro. Será que ele é o último a saber? Além das demissões em massa, Vélez deu sucessivas demonstrações de não mandar em nada e em ninguém, surpreendido ora com a ordem para as escolas desprezarem a lei e filmarem as crianças cantando o Hino Nacional, ora com a decisão do segundo escalão de suspender a avaliação da alfabetização das crianças. Deus do céu! [comentário 2: fazemos restrições ao Vélez, bem como ao do Itamaraty - esperamos que ambos nos privilegiem com suas ausências da Esplanada antes da Semana Santa; 
mas, mesmo assim, temos que insistir em lembrar que existe uma lei, em plena vigência, que determina a execução do Hino Nacional e que está sendo ignorada, desrespeitada, impunemente.

Está determinado no parágrafo único, artigo 39, da Lei nº 5.700, em plena vigência:

"Art. 39. ...

Parágrafo único:  Nos estabelecimentos públicos e privados de ensino fundamental, é obrigatória a execução do Hino Nacional uma vez por semana.               (Incluído pela Lei nº 12.031, de 2009)."]


Cem dias depois de ter desbancado Mozart Ramos, do Instituto Ayrton Senna, Vélez não tem apoio de absolutamente ninguém: da opinião pública, do setor, de especialistas em educação, muito menos dos militares. Já perdeu até o aval do guru Olavo de Carvalho, que acaba de chamá-lo de “traiçoeiro” e entregá-lo à própria sorte. O problema, portanto, não é Vélez, é Bolsonaro. No meio do furacão, o ministro finge que não é com ele, vai ficando e passando humilhação. Será que o presidente prefere que ele peça demissão a demiti-lo? Se for assim, a conversa entre os dois não vai ser bonita, porque o ministro está confrontando o chefe e com a seguinte mensagem: daqui não saio, se quiser que me tire. Detalhe: Vélez não consta da agenda oficial do presidente para segunda-feira.

É uma situação absurda, surreal, que expõe o ministro, o presidente, o governo e – o mais grave – paralisa um ministério fundamental para o País, o desenvolvimento, as famílias, o futuro. O MEC parou. O Fies? O Enem? A política educacional? Essa situação deixa uma reflexão no ar. Vélez foi escolhido por ideologia e gurus e virou uma ilha cercada de “olavetes” e militares. Já seu antecessor Mendonça Filho (DEM) foi uma indicação política, pôs na Secretaria Executiva a craque Maria Helena Guimarães Castro e montou uma equipe técnica. Qual dos dois é melhor para o MEC?

A culpa não é de gurus, generais e partidos, nem do próprio Vélez. Jabuti não sobe em árvore e não foi Vélez quem obrigou Bolsonaro a nomeá-lo. Ele é resultado de um processo muito particular de escolhas e só está no cargo por determinação, e agora por falta de determinação, de uma única pessoa: Jair Bolsonaro.