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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Zelensky pede que G7 'faça o máximo' para terminar guerra até fim do ano - O Globo

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo nesta segunda-feira para que os líderes do Grupo dos Sete (G7), que reúne algumas das economias mais avançadas do mundo, "façam o máximo" para pôr um fim à invasão russa até o fim do ano, afirmando, porém, que "este não é o momento para negociações". O grupo, que se reúne na Alemanha, prometeu a ajudar Kiev "financeira, humanitária, militar e diplomaticamente" pelo "tempo que for necessário".[comentando, sendo até recorrente: esse Zelensky não é só um ex-comediante, é na realidade uma comédia; o cidadão arruma para a Ucrânia uma guerra que não pode ganhar - também contava que os aliados do País que preside iriam combater contra a Rússia e ele fazer discursos e na Ucrânia tudo normal - e agora quer que os aliados acabem a guerra no tempo que ele quer - "até o fim do ano".
Uma guerra em que o Ocidente não vai combater - fornecerá equipamento militar, ajuda humanitária, dinheiro, sanções econômicas (de efeito demorado e de pouca valia) e a Rússia continuará no controle da guerra, decidindo quando e onde atacar e a força do ataque, retaliando os países europeus que continuam dependentes do petróleo e gás russos, os países mais pobres tendo a fome aumentada e, infelizmente, mais ucranianos morrendo.  
Ao que pensamos ou o presidente ucraniano aceita uma negociação em que seu país perderá alguma coisa - não perdendo tudo - ou a Ucrânia terá que mais adiante dispensar os serviços do Zelensky e aceitar paz sobre condições mais duras.
Não estamos de nenhum dos lados, apenas expressamos o que nos parece ser o desfecho inevitável.]

O G7, até agora, disse que irá impor novas sanções para restringir as importações russas de tecnologia bélica, reafirmando em uma declaração conjunta de apoio à Ucrânia seu "comprometimento irrevogável com o governo e povo" do país. As sete nações disseram ainda que irão expandir as medidas para russos responsáveis por crimes de guerra e que pioram "a insegurança alimentar global" ao "roubar e exportar grãos ucranianos".

Os comentários vieram após Zelensky participar por videoconferência da reunião no castelo Elmau, na Baviera, no Sul da Alemanha. Segundo fontes da AFP, ele "apresentou uma mensagem muito forte e disse que é necessário fazer o máximo para tentar acabar com a guerra antes do fim do ano".

O governo ucraniano crê que o plano do Kremlin é postergar o conflito até o inverno no Hemisfério Norte, que é bastante rigoroso na Ucrânia. Segundo Kiev, Moscou crê que o frio e a neve poderão facilitar novos ganhos territoriais. Além disso, as consequências na Europa da redução do envio de gás russo serão mais sentidas. [um pouco de História: foi o "general inverno"  que derrotou a poderosa Wehrmacht - no caso a Rússia foi quem ganhou com o inverno, era quem estava sob ataque alemão,  e agora  quer usar o "general  inverno" para atacar a Ucrânia e ganhar a guerra mais rapidamente.]

Segundo fontes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ouvidas pelo Financial Times, acredita-se que o Kremlin deve frear sua ofensiva em algum momento nos próximos meses para reagrupar e repensar sua estratégia, voltando com força máxima no fim do ano. O plano russo seria similar ao visto no fim de março, quando, após acumular fracassos em seus planos iniciais de tomar grandes cidades, como Kharkiv e a própria capital, Kiev, fez uma correção de curso. Os esforços foram concentrados em Donbass, no Leste, composta pelas regiões de Donetsk e Luhansk. Na sexta, caiu Severodonetsk, a penúltima cidade controlada pelos russos em Luhansk e que agora está segundo seu prefeito,  Oleksandre Striuk, totalmente ocupada pelos russos.

Segundo as fontes com conhecimento sobre os pontos discutidos nesta segunda, Zelensky disse para os líderes do G7 que o inverno boreal significará que “entraremos em uma situação em que as posições ficarão congeladas”. É necessário, disse Zelensky, que as sanções sejam “intensificadas e a pressão seja mantida”.

Em uma nota, o governo francês disse que o presidente ucraniano foi direto em seu pronunciamento, afirmando que “agora não é o momento para negociações, que a Ucrânia negociará quando estiver em posição de fazê-lo”.

As negociações estão paralisadas desde abril. Kiev, que inicialmente concordara em deixar a Península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, fora das negociações, e em dar autonomia às regiões onde atuam separatistas pró-Rússia em Donbass, mudou de posição depois de receber armamentos mais sofisticados do Ocidente. "Entretanto, é necessário pôr fim a guerra o mais rápido possível", disse o Eliseu, destacando como prazo o inverno no Hemisfério Norte e afirmando que Zelensky insistiu na "necessidade de um apoio pleno, completo e muito operativo" para "restaurar a integridade territorial" ucraniana.

Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que o grupo seguirá “aumentando a pressão” sobre o líder russo, Vladimir Putin: “Como G7, estamos unidos ao lado da Ucrânia e continuaremos apoiando-a. Para isso, precisaremos tomar decisões difíceis, mas necessárias”, tuitou o social-democrata, anfitrião da cúpula. “Seguiremos aumentando a pressão sobre Putin. Essa guerra deve terminar.”

Pelo Telegram, Zelensky agradeceu pela "ajuda relativa na defesa e nas finanças", afirmando que Kiev "sente o apoio". Fez, contudo, um apoio para que os líderes sejam mais ambiciosos: “Para nós, é importante que os países do G7 adotem uma posição coerente no que diz respeito às sanções. Elas devem ser mais reforçadas, limitando o preço do petróleo exportado pelo agressor”, escreveu.

Ele refere-se ao debate sobre a imposição de um teto ao preço do petróleo russo, buscando minar a capacidade do Kremlin de financiar o conflito. Logo após o início da invasão, em 24 de fevereiro, países como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália anunciaram boicotes ao petróleo russo. O impacto dos cortes e sanções, contudo, não tem sido significativo até o momento.

China e Índia, os países mais populosos do mundo, investiram para comprar aproximadamente o mesmo volume de petróleo russo que teria ido para o Ocidente. Como o preço do produto disparou, Moscou recebe mais do que em janeiro, um mês antes do conflito eclodir.

De acordo com fontes, o mecanismo debatido no G7 só permitiria o transporte de petróleo e derivados russos vendidos abaixo de um limite acordado. Embora esse acordo possa ser fechado na cúpula — incluindo as nações convidadas, grupo que inclui a Índia — ainda não está claro se os líderes serão capazes de definir detalhes específicos, como o nível do teto de preço, antes do final do encontro.

A discussão vem no mesmo dia em que Moscou entrou em calote pela primeira vez em mais de um século, depois que venceu no domingo o período de carência para o pagamento de cerca de US$ 100 milhões em juros de uma dívida que expirou em 27 de maio. O país nega ter dado o calote, já que tem dinheiro para pagar a dívida, mas está praticamente excluído do sistema financeiro global devido às sanções ocidentais.

Formado por EUA, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão, o G7 foi criado durante a Guerra Fria pelas maiores economias do mundo capitalista. Hoje, é um grupo de coordenação entre países aliados dos EUA, do qual participa também uma representação da União Europeia (UE).

Outra demanda perene de Zelensky é por mais armas, após Kiev esgotar seu arsenal próprio e depender dos aliados para mais apoio militar. Dias após enviar os poderosos sistemas de foguetes Himars prometidos no início do mês, Biden deve anunciar nesta semana que Washington vai comprar e doar para Kiev os chamados Sistemas Nacionais de Mísseis Aéreos Avançados (Nasams, na sigla inglês), sistemas de defesa aérea de médio a longo alcance.

A reunião do G7 vem em meio a uma maratona de cúpulas internacionais em que Kiev estará no centro dos debates. No final da semana passada, os líderes da União Europeia se reuniram e confirmaram que os ucranianos tornaram-se candidatos à adesão ao bloco. Já entre os dias 28 e 30, os chefes dos países-membros da Otan se reunirão em Madri para discutir o maior reforço militar desde a Guerra Fria.

O Globo; Agências Internacionais — Schloss Elmau, Alemanha

 

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