Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Qual o impacto da queda do desemprego na campanha de Bolsonaro? - O Estado de S. Paulo

Alexandre Calais*

Taxa ficou abaixo dos 10% pela primeira vez desde 2016

Esta é a primeira vez que a taxa de desemprego fica abaixo de 10% desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, quando ficou em 9,6%. O resultado também foi o menor para o trimestre encerrado em maio desde 2015, quando estava em 8,3%.

Em igual período de 2021,[ápice da pandemia] a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua ficou em 14,7%. No trimestre encerrado em abril de 2022, a taxa de desocupação estava em 10,5%.

O País ainda tem 10,631 milhões de desempregados. [quando Bolsonaro iniciou o Governo, recebeu do presidente Temer um Brasil com  12,669 milhões de desempregados - uma herança maldita do desgoverno do PT/PMDB
Evolução de 2012 a 2018: Desde 2012, quando registrou 7,1 milhões de desempregados, esse número vem crescendo, em 2015 foi de 8,8 milhões, e logo se tornou, em 2016, 12 milhões; e em 2017 e 2018, 13 milhões. 
Em 2019, nos primeiros trimestres que incluem trimestres do próprio ano, há uma redução do desemprego
Não pode ser olvidado que a última pandemia havida até 2018, ocorreu na primeira metade do século passado. 
Já o presidente Bolsonaro iniciou 2020, já no primeiro trimestre sob  os efeitos da pandemia  COVID-19, que ainda persistem até o presente, arrefecendo lentamente.]

Se considerada toda a mão de obra subutilizada, que inclui quem trabalha menos horas do que gostaria e quem não procura emprego por acreditar que não encontraria uma oportunidade, falta trabalho para 25,401 milhões de brasileiros. No entanto, a taxa de desemprego ficou abaixo do patamar de dois dígitos pela primeira desde o trimestre terminado em janeiro de 2016.

“Esse é um processo de recuperação que segue em curso”, resumiu Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Para o economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, a queda na taxa de desemprego tem influência da resiliência da atividade econômica no primeiro semestre deste ano, mas também reflete o não retorno ao mercado de trabalho, após a pandemia de Covid-19, de uma parcela da população, formada principalmente por mulheres e idosos. “Quando comparamos maio com fevereiro de 2020, temos ainda 2,8 milhões de pessoas a mais fora da força de trabalho. São pessoas que não conseguiram retornar ao mercado”, afirmou Imaizumi. “As mulheres sofreram mais com a pandemia, quando tivemos um desmantelamento grande na rede de apoio e assistência em relação ao cuidado das crianças. No caso dos idosos, está muito relacionado a aposentadorias precoces, o medo de pegar covid e sequelas de longo prazo pós-infecção”, disse o analista.

 Brasil cria 277.018 empregos formais em maio

A LCA Consultores acredita que a redução da taxa de desemprego a um dígito tenha recebido também impulso gerado pelas medidas de estímulo adotadas pelo governo, como a antecipação do 13º salário do INSS, os saques extraordinários do FGTS, a redução da bandeira tarifária de escassez hídrica e a desoneração fiscal de combustíveis, energia elétrica e comunicação. Isso de alguma forma tem ajudado a vermos números melhores na atividade e, consequentemente, no mercado de trabalho”, apontou Imaizumi.

Os números da Pnad Contínua acrescentam um viés de alta à projeção do C6 Bank de crescimento de 1,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022, afirmou a economista Claudia Moreno. Ela agora prevê que a taxa de desemprego desça a 9,2% no trimestre encerrado em dezembro.

Educação e saúde
O mercado de trabalho mostra recuperação desde o segundo semestre de 2021, embora o movimento não tenha ocorrido simultaneamente para todas as atividades, disse o IBGE. Os serviços presenciais demoraram mais a gerar vagas, mas já se vê mais recentemente a volta da ocupação nessas atividades, que agora têm como destaque as áreas de educação e saúde.

Mais 2,282 milhões de pessoas passaram a trabalhar em apenas um trimestre, fazendo a população ocupada alcançar um recorde de 97,516 milhões. “(A alta na ocupação) Tem a ver com a conjuntura favorável do ponto de vista sanitário. Tem também uma demanda maior por trabalhadores pelas atividades econômicas, sejam na condição de trabalhadores formais e de informais”, disse Adriana Beringuy, do IBGE.

No trimestre terminado em maio, houve melhora no emprego com carteira assinada, que já superou o patamar pré-pandemia, mas também crescimento no emprego informal, que também alcançou contingente recorde: 39,1 milhões de pessoas, ou 40,1% dos trabalhadores em atividade.“A gente já observa desde o fim do ano passado que não apenas o trabalho informal vinha sendo o majoritário no processo de recuperação da população ocupada”, lembrou Beringuy.

MATÉRIA COMPLETA - Economia & Negócios - O Estado de S. Paulo 

Nenhum comentário: