Ministros reclamam que colega teria invadido competência de Gilmar Mendes
No despacho dessa sexta-feira, Mendonça também determinou que a Petrobras explique, num prazo de cinco dias, quais são os critérios adotados para reajustar os preços dos combustíveis.
A avaliação de ministros ouvidos pelo GLOBO é a de que o ministro do STF, André Mendonça, [se vão citar sempre quem indicou o ministro André Mendonça ou o Nunes Marques, por uma questão de Justiça e imparcialidade devem citar os indicados pelo 'luladrão', incluindo o apadrinhado pela senhora Marisa, pela Dilma, pelo Temer, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.] "ampliou" o que estava sendo discutido na ação em que deu a decisão. No entendimento de interlocutores da Corte, [como sempre anônimos, portanto, podem até não existir.] Mendonça "invadiu" o que estava tratado em outro recurso, que está sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, decano do tribunal.
Mendonça é o relator de uma ação apresentada ao STF em maio, em que o governo federal questiona o ICMS cobrado pelos estados sobre os combustíveis, uma ação direta de inconstitucionalidade. E foi nesse caso que ele decidiu nessa sexta-feira.
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Na última terça-feira, porém, a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma outra ação pedindo para que o STF determinasse que as alíquotas de combustíveis fossem fixadas na alíquota básica (17% ou 18%) ou, abordando essencialidade e da seletividade do ICMS.
No pedido, o governo solicitou que o recurso fosse encaminhado para Mendonça em razão da outra ação, pois haveria a chamada prevenção. O processo, contudo, foi distribuído por sorteio, e acabou ficando com Gilmar. A interlocutores, os ministros críticos à decisão de Mendonça têm dito que o ministro ignorou a existência de outra ação do governo sobre o ICMS, ultrapassando o que estava no pedido original relatado por ele.
Na ação que está com o decano, ainda não houve decisão, apenas um despacho publicado na última quarta-feira em que o ministro pediu informações e manifestações do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República.
Economia - O Globo
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