A nota dos comandantes das Forças Armadas, revelada pelo Estadão nesta sexta-feira, dia 11, foi dirigida especialmente a integrantes da cúpula do Judiciário e do Legislativo, com intuito de alertar para a dimensão dos protestos que se avolumaram nas portas de quartéis de todo o País desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo é chamar atenção dos demais poderes à responsabilidade para pacificar o ambiente.
Segundo militares, o tom dos comandantes mostrou preocupação de não causar “perturbação” num cenário político que consideram “sensível”. Eles queriam evitar a interpretação de que pretendiam tutelar o Congresso ou o Supremo Tribunal Federal. O temor dos comandantes passou a ser com a segurança, pois avaliaram que o embate político que se instaurou no País poderia desaguar em conflito nas ruas, com mortos e feridos. Os comandantes quiseram, então, alertar os atores políticos diante dessa preocupação com violência.
A coordenação de movimentos articulados de viés golpista está sob investigação no Ministério Público. [o pessoal da mídia militante precisa acabar com essa conversa enrolada de viés golpistas - as manifestações, pacíficas, estão amparadas na Constituição Federal e a própria Nota dos Comandantes Militares reconhece o direito dos manifestantes protestarem.] Os acampados defendem intervenção militar inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro para o petista Lula. A possibilidade de protestos após a proclamação do resultado estava mapeada por análises de inteligência e cenário militar desde a campanha eleitoral, no Ministério da Defesa. Generais ponderam, no entanto, que não há ainda informações dando conta de iminente confronto violento. [se houver conflito será obra de algum esquerdista infiltrado em movimento pacífico.]
Na tarde de quinta-feira, dia 10, Freire Gomes reuniu todo o generalato da Força. O encontro presencial e virtual ocorreu em Brasília, no Quartel General, onde parte deles estava para atividades de rotina. Na ocasião, comunicou aos comandados que publicaria a nota conjunta nesta sexta-feira.
A respeito dos protestos, transmitiu duas ordens: os manifestantes insatisfeitos não deveriam ser reprimidos, nem insuflados. Havia uma preocupação no Comando do Exército com eventuais interações com manifestantes de oficiais que comandam unidades militares espalhadas pelo País e também com uma ordem para que não fossem retirados pela força. O perímetro de segurança próximo às sedes militares é de responsabilidade de cada força.
Oficiais disseram ser provável que tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto o ministro Paulo Sérgio tenham sido previamente avisados da publicação. Eles negam, porém, que o texto tenha sido submetido a ambos. Um general disse que os atores políticos do Executivo não tiveram relação com a nota. Questionados pela reportagem se os comandantes pediram e receberam aval de Bolsonaro e do ministro da Defesa, nenhuma das Forças Armadas respondeu. [para perguntas sem noção, provocativas,, o silêncio é a melhor resposta.]
Nem todos os oficiais-generais tiveram acesso ao texto antes. Depois do Estadão, a primeira força a divulgar a íntegra foi o Exército Brasileiro. A publicação foi replicada pela Marinha e pela Aeronáutica, nas redes sociais, bem como pelo Ministério da Defesa. O site do Exército chegou a sofrer instabilidade por causa do excesso de acessos.
Para militares, os comandantes estavam também sob pressão popular, vinda de integrantes da reserva e da “família militar” - o sentimento majoritário entre eles é de endosso e até participação ativa nas manifestações. [a revolta é algo esperado e que aflora ao peito de qualquer cidadão e os militares são brasileiros e cidadãos iguais aos paisanos; quem aceita ter seu País, sua Pátria Amada, presidida por um ladrão?] Até militares da ativa, que não podem por força de lei se engajar em atividades políticas, foram flagrados em atos.
Política - O Estado de S. Paulo
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