Desgaste é a palavra que traduz o processo do avanço da idade. Assim
como tudo que existe no mundo, nós, seres humanos, também sofremos
desgaste com o passar dos anos. E em todas as partes do nosso corpo. Em
todos os processos bioquímicos. Em todo nossos músculos e esqueleto.
Onde podemos facilmente ver e onde nunca poderemos nem sequer imaginar.
A artrose acontece para todas as pessoas que vivem bastante. Não tem
como fugir. Ela é o processo de desgaste das juntas ou articulações.
Isso não ocorre com todas as juntas de nosso corpo. As do crânio, por
exemplo, quase não se movem e por isso sofrem menos desgaste. Mas, as
juntas de movimento médio, ou ainda mais, as de movimento amplo, como
joelhos e ombros, são mais suscetíveis ao desgaste.
O que permite que um osso deslize sobre o outro sem que sintamos dor, é
a presença da cartilagem, que também sofre desgaste com o tempo.
Outros
fatores que podem aumentar a deterioração dela são as fraturas e
inflamações crônicas, como a gota (excesso de ácido úrico) ou a artrite
reumatoide. Com o desgaste da cartilagem, começa o processo de artrose.
A artrose é a doença mais frequente dentro do grupo das complicações
reumatológicas, representando cerca de 30 a 40% dos casos. E como está
diretamente associada ao envelhecimento, e nossa expectativa de vida
aumentou, é quase certo que todas as pessoas que ultrapassem os 60 anos
de idade tenham essa condição.
Principalmente as mulheres, que são as
maiores vítimas desse quadro.
A sorte é que se trata de uma doença que
não está associada à morte. Ou seja, seu aparecimento não é condição
fatal, mas os desconfortos que provoca, podem ser terríveis.
Artrose nas mãos, por exemplo, faz com que os dedos fiquem tortos,
provoca deformidade em toda a mão e causa dores. Na coluna, mais
especificamente na coluna cervical e lombar, os conhecidos bicos de
papagaio, podem provocar além de dor, fadiga muscular, formigamento,
rigidez e limitação dos movimentos. Nos joelhos e quadril também geram
deformidades, inchaço e muita dor. Muitos casos devem ser tratados com
substituição das articulações por próteses.
Apesar de ser uma doença praticamente impossível de se evitar, é
totalmente possível de ser amenizada e postergada, com cuidados no dia a
dia. Primeiro, é manter o peso corporal dentro dos padrões.
O sobrepeso
não é causa da artrose, mas é um fato importante não apenas para
desenvolver a doença, como para torná-la um quadro grave. O sedentarismo
é outro comportamento que apresenta risco, porque uma musculatura fraca
e hipotrofiada provoca sobrecarga nas articulações.
Por outro lado, o
excesso de exercício, ainda mais feito com muito peso ou alto impacto,
também, pode ser fator de desenvolvimento da inflamação nas juntas.
Também não existe um tratamento que faça com que a artrose desapareça.
Uma vez instalada, não tem como regredir.
Por isso, é fundamental ter
atenção aos sintomas, procurar evitar os processos que provocam
inflamações, como por exemplo, o excesso de álcool que acaba ocasionado o
surgimento da gota.
A malhação é importante, músculos fortes dão melhor suporte às
articulações.
Então é fundamental pegar peso, sim. Na dose certa, sem
exageros. Outros exercícios, como alongamento ou Pilates também são
muito recomendados porque ajudam a melhorar a postura e ganhar amplitude
articular.
Palmilhas e joelheiras podem ajudar a dar conforto quando a
artrose já está estabelecida.
E com relação a fazer gelo ou calor, não
há nenhuma comprovação científica da eficácia de nenhum dos dois, mas se
promover alivio, não há contraindicação alguma.
A ideia é melhorar a
qualidade de vida e reduzir o desconforto ao máximo.
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