Vozes - Gazeta do Povo
Moro também ficou em primeiro lugar na preferência do eleitor;
recebeu quase 2 milhões de votos.
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Mas
os paranaenses estavam enganados, num caso e no outro. Seu direito ao
voto foi anulado, em Brasília, por um grupinho de burocratas que jamais
recebeu um único voto de ninguém e funciona, hoje, como uma repartição
pública a serviço do governo Lula, a quem presta obediência e oferece a possibilidade de eliminar adversários da vida política brasileira.
O Brasil de hoje tem eleições, mas os eleitores não têm o direito de escolher quem quiserem para os cargos públicos
Para atender os desejos pessoais de vingança do presidente da República, e as exigências de seus senhores, os ministros do Supremo Tribunal Federal, o
TSE
cassou o mandato de Dallagnol, sem fazer o menor esforço para
justificar a sua decisão com algum motivo legal decente.
Prepara-se,
agora,
para cassar o mandato de Moro, outro que está no topo da lista
negra do consórcio STF-Lula. Vão inventar alguma desculpa, como no caso
do deputado, mas a ilegalidade será a mesma.
O Brasil
de hoje tem eleições, mas os eleitores não têm o direito de escolher
quem quiserem para os cargos públicos. O TSE pode, simplesmente, anular
os seus votos quando não gosta do nome que escolheram, como fica provado
nestes dois casos.
Às vezes é o STF, diretamente, quem ordena a
cassação; aconteceu com o governador de Brasília, [o único que merecia e continua merecendo ser cassado, por absoluta e total incompetência administrativa;
o que mais entristece é que os eleitores de Brasilia, em sua maioria possuidores do famigerado 'dedo podre', simplesmente, reelegeram,em primeiro turno, o desastre Ibaneis, vulgo ENGANÊS.] deposto do cargo por
uma portaria do ministro Alexandre de Moraes,
e
depois colocado de novo lá, por decisão do mesmo ministro. Outros
parlamentares estão na mira dos cassadores, a pedido do PT e dos seus
partidos-satélites.
É democracia,
isso aí? O voto do cidadão só tem valor se receber a aprovação do TSE e
do STF; o que adianta, na prática, um direito desses? Não é mais um
direito – é uma concessão de quem manda no governo, e parte de uma
encenação hipócrita que tem a finalidade de dar ao país e ao mundo a
aparência de que há uma democracia no Brasil, com “eleição livre” e
outros adereços.
O TSE é uma deformação legal que não existe em democracia nenhuma
em todo o planeta – o que se tem, lá, são simples serviços que cuidam da parte
operacional das eleições, e não se dão o nome de “justiça eleitoral”, nem escolhem
quem pode ou não pode ser candidato e, muito menos, têm o poder de cassar mandatos.
Eleição, numa democracia de verdade, é considerada um direito do eleitor – não
um caso para a justiça.
No Brasil de hoje é contrário: o mais importante numa eleição
não são os eleitores, nem os candidatos, mas sim o TSE.
É assim antes, durante
e até depois da votação.
Dallagnol já estava diplomado, ou seja, já era
legalmente deputado federal, quando cassaram seu mandato.
Na
Constituição está escrito, de forma indiscutível e sem espaço para
nenhum tipo de dúvida, que só a Câmara pode retirar, com votação em
plenário, o mandato de um deputado – mas e daí? É igual com Moro: estão
querendo cassar o seu mandato de senador seis meses depois da eleição.
Tudo isso, para completar, custa uma fábula para o pagador de impostos –
10 bilhões de reais por ano, mesmo nos anos em que não há eleições,
incluindo-se aí o TSE, os 27 TREs estaduais e o resto da geringonça. É
isso mesmo: 10 bi. É muito dinheiro, para sustentar uma polícia que não
protege ninguém de nada, e só serve para suprimir direitos do cidadão.
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