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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023
Lula reforça papel ridículo no mundo ao agir como ‘isentão’ diante da ameaça venezuelana à Guiana - O Estado de S. Paulo
J. R. Guzzo
Presidente
brasileiro entrega ao exterior país sem senso moral, sem nenhuma ideia
útil a sugerir, nem para os seus vizinhos, e sem palavra
Na posição de “protagonismo” internacional que teria devolvido ao Brasil, segundo ele próprio, sua mulher Janja da Silva e o ministro de Relações Exteriores que existe na prática, Celso Amorim, o presidente Lula completou o primeiro ano de sua obra no mesmo embalo em que começou. Diante da agressão grotesca contra a Guiana feita pela Venezuela,
por enquanto limitada à discurseira e às ameaças do agressor, Lula não
foi capaz de tomar a decisão certa – tão certa que não passou pela
cabeça de nenhuma nação séria do mundo fazer qualquer coisa diferente.
A
Venezuela só poderia mesmo ser condenada:quem anuncia um ataque a um
país vizinho pacífico, e sem força militar para se defender sozinho, não
pode ter razão, ponto final.
Lula acha que não é assim.
A
Venezuela anunciou que quer anexar dois terços – isso mesmo, dois
terços – do território da Guiana, e qual é a proposta do Brasil, segundo
o personagem que se descreve como“líder da América do Sul”? Propõe que a Guiana e a Venezuela “negociem”.
Negociar o que?
A Venezuela quer roubar dois terços do território da
Guiana, e Lula propõe “negociação”? Ele poderia, nesse caso, apresentar
alguma ideia concreta para a solução daquilo que chama de “conflito”.
O
que Lula sugere que a Guiana faça, dentro da “negociação” que está
propondo aos dois?
Que entregue à Venezuela, digamos, um terço do seu
território, em vez de dois?
Estaria ganhando um terço. A Venezuela, em
vez dos dois terços que quer, cederia e ficaria só com um.
Cada país,
assim, leva uma parte igual, e não se fala mais nisso.
Essa
é a diplomacia de Lula, e esse é o seu “protagonismo” como grande líder
da América do Sul e como nova potência do “Sul Global”. Tudo o que
conseguiu como negociador da paz mundial foi levar o Brasil a um papel
ridículo no cenário internacional – um paiseco que não tem senso moral,
não tem nenhuma ideia útil a sugerir, nem para os seus vizinhos, e não
tem palavra.
A esquerda acusava o Brasil de ser um “pária
internacional”, até a chegada de Lula ao governo. Agora não é mais pária
– é isso aí.
Lula, nesses seus primeiros onze e meses de diplomacia, já
disse que a Ucrânia era responsável pela invasão militar do seu próprio
território. Condena, como “genocídio”, a reação armada de Israel ao
maior ataque terrorista que recebeu em sua história.
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