O
deputado Washington Quaquá (PT-RJ) agrediu o deputado Messias Donato
(Republicanos-ES) durante a sessão de promulgação da reforma tributária,
que teve a presença do presidente Lula. Donato afirmou que registrará
boletim de ocorrência sobre o incidente.
A assessoria de um dos
parlamentares gravou vídeo com a cena.
Quaquá é
vice-presidente do PT. Com pinta de marginal e postura de bandido, dá
para ver nas imagens que viralizaram nas redes sociais o lulista
desafiando o colega parlamentar e dando o tapa em sua cara, depois de
xingá-lo de "viadinho".
Após a repercussão do caso, o petista dobrou a
aposta, debochando da vítima bolsonarista: "Não aguenta porrada". Ele
também disse, vangloriando-se da agressão: "Comigo a porrada canta".
Podemos
apenas imaginar qual seria a reação da velha imprensa se fossem
personagens trocados: um bolsonarista xingando com evidente homofobia e
agredindo em seguida um petista. O mundo viria abaixo!
O Fantástico
dedicaria uns 15 minutos à intolerância da "extrema direita", o clima de
ódio destilado por bolsonaristas etc. Mas foi um petista o agressor,
então os "jornalistas" fazem cara de paisagem.
O
deputado Nikolas Ferreira, com toda razão, tem cobrado a cassação do
petista, alegando que se ele for absolvido, então a Câmara está deixando
claro que pode estapear parlamentares em pleno Congresso: "Tá valendo
resolver no tapa? Se esse deputado não for cassado, isso abre um
precedente na câmara…"
Nikolas
também lembrou da questão da homofobia, ele que está sendo processado
só por dizer que homem não deveria bater em mulher só por se dizer
mulher: "Digo mais: tá valendo usar homossexualidade como xingamento?
Isso abre um precedente na câmara..."
O deputado
reforçou a cobrança: "Vou dar RT até que ele seja cassado ou absolvido. E
no segundo caso, senão houver punição, a câmara estará dando um salvo
conduto pra agressão física no parlamento. Só quero saber qual é a
medida que será tomada para os deputados, se for o caso, estarem cientes
das novas regras".
Sabemos do duplo padrão da
"Justiça" brasileira, da imprensa brasileira, e até do Congresso
brasileiro.
Mas o povo está cansado disso.
Ou há uma régua única, ou
haverá desobediência civil.
Ou temos igualdade perante as leis e as
regras do jogo, ou o "vale tudo". Isonomia ou tirania: são as únicas
opções.
E toda tirania convida os seus escravos a reações fora da lei,
pois a lei não existe na prática.
Ou seja, se o
Congresso brasileiro, já tão aviltado e apequenado, quiser colocar algum
limite na tirania dos mais fortes e canalhas, terá de cassar o mandato
do petista. O recado tem que ser claro: eles não podem tudo! Eles não
podem fazer impunemente aquilo que se qualquer outro fizesse seria
imediatamente punido com a cassação.
Quaquá tem que sair, e já! Seu
lugar claramente não é na Casa do Povo...
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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