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sábado, 30 de julho de 2022

A bandeira do consórcio da imprensa - Revista Oeste

Silvio Navarro

Em campanha contra a reeleição de Jair Bolsonaro, velha mídia esconde fatos e minimiza um crime contra o maior símbolo nacional

Bebel Gilberto e Michele Bolsonaro | Foto: Reprodução mídias sociais
Bebel Gilberto e Michele Bolsonaro | Foto: Reprodução mídias sociais

Seja qual for o resultado das eleições para a Presidência da República em outubro, a campanha deste ano já demonstrou que algo muito sério aconteceu nas redações da imprensa tradicional no país. O domingo 24, data do lançamento oficial da candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição, será lembrado como um dia em que o autointitulado consórcio da mídia entrou em pane.

Antes de qualquer linha sobre o tema, registre-se que cada uma das empresas de comunicação tem liberdade para publicar o que quiser pelo menos enquanto não houver censura do Supremo Tribunal Federal ou a tal “regulação da mídia” prometida pelo PT. Tampouco os veículos devem satisfação aos concorrentes sobre o seu verniz editorial. O problema é brigar com os fatos.

Foi o que aconteceu no domingo, quando a antiga imprensa tentou esconder que o Ginásio do Maracanãzinho e seus arredores, no Rio de Janeiro, estavam lotados de apoiadores de Bolsonaro para a convenção do PL — algo parecido com o que fizeram no 7 de Setembro do ano passado. Ou a tentativa de acobertar que o evento, cuja estrela foi a primeira-dama, Michelle, figurou como assunto mais comentado nas redes sociais naquele dia — o chamado trending topics.

A Rede Globo optou por destacar em sua programação vespertina e nos seus perfis nas redes sociais uma reportagem do Fantástico sobre a viagem das baleias jubarte de Ilhabela (SP) até Arraial do Cabo (RJ) — algo que não era filmado havia mais de 30 anos.

Já o jornal Estado de S. Paulo parece cada vez mais empenhado em superar a militância política do rival Folha de S.Paulo. O diário posicionou câmeras no Maracanãzinho para mostrar espaços vazios.  
Nas redes sociais, os repórteres buscavam lugares escondidos para gravar seus vídeos. Tudo isso foi notado e comentado em grupos de WhatsApp — por outros jornalistas que acompanharam o evento dentro do ginásio.

Um dos textos publicados pelo Estadão usou quatro vezes a expressão “flopou” — flop, fracassar em inglês —, ao se referir ao público presente. As imagens divulgadas na internet foram captadas horas antes da chegada de Bolsonaro ao local. O título dizia: “Espaços vazios em convenção motivam debates nas redes”. Só o Estadão viu esse debate.

Na sequência, o jornal enfileirou reportagens que buscavam relacionar o governo Bolsonaro à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A intenção é clara: na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito perpétuo dos “atos antidemocráticos”, proibiu aliados do presidente de relacionarem o PT ao PCC e/ou ao assassinato do prefeito Celso Daniel, em 2002.

A Veja inovou numa manchete sobre o jingle do presidente batizado de Capitão do Povo, da dupla sertaneja Matheus e Cristiano. Segundo a revista, a canção eleitoral “acertou assustadoramente e pode pegar”. O colunista escalado para analisar o evento escreveu:

A Folha de S.Paulo deixou de lado o trocadilho que virou hit nas redações — “despiora” — e seus colunistas que desejaram a morte de Bolsonaro durante a pandemia
Optou por outro tipo de cobertura e convocou sua “agência de checagem”. O resultado não poderia ser diferente: “Bolsonaro cita teoria da conspiração e vídeo falso com Lula”, dizia a manchete.

A tese “conspiratória” é um trecho do discurso no qual Bolsonaro menciona um decreto assinado por Lula em 2009. Ele disse que o petista, “além de querer a desconstrução da heteronormatividade, criou o que se chama ideologia de gênero”.

O jornal não aceita nenhum tipo de debate sobre esse assunto. Reagiu exatamente assim: “Trata-se de uma teoria da conspiração sem nenhum fundamento na realidade. O programa em si tem entre seus muitos objetivos a ‘garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero’, tendo como ação programática “reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade”.

A afirmação citada como “falsa” sobre um vídeo de Lula remete aos jovens que roubam celulares. Bolsonaro disse: “Esse mesmo cara [Lula] que defende o roubo de celulares como um direito do bandido roubar pra tomar uma cerveja”. A agência de checagem disse que se trata de fake news e que a frase correta é: “Para que roubar um celular? Para vender. Para ganhar um dinheirinho. Então eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela desesperança”.

O texto da Folha ainda diz que Bolsonaro “tentou tirar jornais de circulação, atacou veículos de imprensa e jornalistas centenas de vezes” durante o mandato.

Bebel e a bandeira
Para complicar a tarefa dos jornalistas de plantão no fim de semana, simultaneamente ao ato de Bolsonaro, circulou um vídeo no qual a cantora Bebel Gilberto pisoteia a bandeira brasileira. Era um show para 500 pessoas num anfiteatro em Menlo Park, na Califórnia. Para atacar o presidente, ela despejou o ódio da classe artística de esquerda contra o símbolo máximo nacional — o que configura crime de contravenção.

No país onde ela se apresentava, aliás, um homem foi condenado a 15 anos de prisão no Estado de Iowa, em 2019, por arrancar e queimar uma bandeira do arco-íris, que representa a causa LGBT, de uma igreja.

“Eu não gosto de fazer isso porque ‘não sou Bolsonaro'”, disse a cantora. “Desculpe, eu não devia fazer isso. Mas estou orgulhosa de ser brasileira ou não?”


Diante da estrondosa repercussão negativa, Bebel pediu desculpas pouco sinceras em nota. “Foi um ato impensado. Se tivesse tido tempo de raciocinar, teria me ocorrido que eu estava entregando de presente para a extrema direita uma imagem com a qual poderiam destilar o seu ódio repugnante e o seu falso patriotismo”, disse. “Essa gente sequestrou os símbolos nacionais e corrói a democracia brasileira com o seu projeto autoritário de poder. Foi por esse motivo que soltei o nome do inominável no meu gesto impulsivo no palco.”

Como afirmou o jornalista Boris Casoy, da CNN, Bebel não cometeu um ato impensado. Sua família é altamente politizada: é filha do compositor João Gilberto e da cantora Miúcha e sobrinha de Chico Buarque. Vive no exterior. Tem acesso a todo tipo de produção jornalística e cultural há décadas.

O próprio silêncio dos colegas de ofício, que não repudiaram a cena, é autoexplicativo sobre como funciona a cabeça da classe artística. Tanto que o alvo preferencial da resposta da nota de Bebel foi o ex-secretário de Cultura Mario Frias. 
Ele foi um dos responsáveis por suspender as verbas públicas para produções artísticas ligadas à esquerda. 
 A cantora captou R$ 2 milhões da Lei Rouanet para uma turnê em 2011. Na época, a responsável pelo pagamento no governo Dilma Rousseff era sua tia, Ana de Hollanda.

Bebel não é a única que se irritou com as cores da bandeira recentemente. No Rio Grande do Sul, a juíza Ana Lúcia Todeschini Martinez tentou barrar o uso do símbolo patriota nos meses de campanha. “É evidente que hoje a bandeira nacional é utilizada por diversas pessoas como sendo um lado da política, né?”, disse a magistrada, em uma entrevista. “Hoje, a gente sabe que existe uma polarização. De um dos lados há o uso da bandeira nacional como símbolo dessa ideologia política.”

Pesos e medidas
O episódio da bandeira jogou ainda mais luz sobre o papel que o consórcio de imprensa tem desempenhado desde a eleição de 2018. As críticas ao disparate da cantora foram reduzidas a um grupo de “bolsonaristas”. Enquanto isso, usuários do Twitter, do Facebook e do Instagram publicavam imagens do símbolo nacional ou usando a camisa da Seleção Brasileira de Futebol contra o gesto de Bebel.

O termo “bolsonarista” tem sido empregado à exaustão pela velha mídia em tom negativo. É como se a opção por valores conservadores e liberais, ou qualquer manifestação contra a dita agenda “progressista” da esquerda, fosse proibida. 

Alguns veículos de comunicação que não integraram o consórcio formado durante a pandemia passaram a ser chamados de blogs bolsonaristas” — negacionistas, fascistas e golpistas. Está claro que o discurso de ódio do “nós contra eles”, adotado pelo PT desde que o seu projeto de poder deu certo em 2002, tomou as redações. A bandeira do consórcio está erguida.

Leia também “A imprensa em campanha”

Silvio Navarro, jornalista - Revista Oeste

 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Voz de prisão! - Percival Puggina

Acompanhando a política brasileira ao longo de décadas, posso afirmar sem dar chance a equívoco que, durante muito tempo, a moda era responsabilizar a infidelidade partidária pelos maus caminhos da vida pública nacional. O Brasil, dizia-se, só tomaria jeito quando acabasse o troca-troca de partido que permitia aos detentores de mandato transitar de uma sigla para outra sem constrangimento e com bons ganhos adicionais. Aquilo, definia Boris Casoy, era uma ver-go-nha. Que me lembre, fui voz isolada a afirmar o quanto uma regra de fidelidade partidária seria inepta como solução para nossos problemas institucionais. E foi, não foi? Quem tem problemas de convicções ou caráter não muda o modo de ser, esteja em que partido estiver.  Ademais, são nossos partidos costumeiramente fiéis a algum princípio válido?

Passados alguns anos, os olhares ansiosos da sociedade foram desviados para a imperiosa e redentora necessidade de uma Lei da Ficha Limpa. Mobilização nacional. Faxina geral na nação. CNBB, OAB, suas coligadas habituais e a grande imprensa cerraram fileiras e forçaram a aprovação de Nova Lei Áurea que iria salvar o Brasil dos políticos desonestos. Se alguém mais além de mim se atreveu a dizer e escrever que era uma lei inepta, que se apresente. Em setembro de 2010, em artigo para o Diário do Comércio, antecipei que iríamos trocar fichas sujas por outras novas, mas estas, logo adiante, se sujariam porque o verdadeiro ficha-suja, corruptor incurável, era o modelo institucional brasileiro. Não foi isso mesmo que aconteceu? A que nos levaram, tanto a eleição de 2014 quanto a grande renovação do Congresso em 2018?

Oitenta e cinco por cento dos senadores que buscaram reeleição no último pleito foram derrotados nas urnas! Mas não há na Casa, passados dois anos, mais do que 22 ou 23 votos entre 81 para qualquer projeto moralizador ou transformador, tipo CPI da Toga, impeachment de ministros do STF, prisão após condenação em segunda instância, alteração do modo de compor o Supremo e por aí vai. Ou melhor, não vai. Lamento dizer que, de novo, eu estava certo. A ficha mais suja de todas é a do modelo institucional e do sistema eleitoral que regem nossa política.

Nosso tão louvado e preservado presidencialismo de cooptação merecia voz de prisão!

É ele que responde pelas escolhas dos ministros do STF. É ele que levou Bolsonaro a indicar – num entendimento com os notórios Toffoli, Gilmar e Alcolumbre – o incógnito Nunes Marques para a cadeira vaga daquela Corte. Pois foi esse novato que concedeu liminar para revogar artigo da Lei da Ficha Limpa, desobstruindo o caminho para retorno à cena de políticos cujas candidaturas foram por ela barrados.

Uma coisa é dizer que a lei seria inepta, como de fato foi, para os fins pretendidos. Outra, bem diferente, é reabrir porteira para maus políticos cujo retorno à cena só irá agravar os embaraços e reforçar o contingente de criminosos já instalados em posições de poder e influência sobre nosso cotidiano.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.

 

domingo, 17 de novembro de 2019

Os invisíveis - Merval Pereira

O Globo

O mais recente invisível a se tornar visível foi o porteiro do condomínio de Bolsonaro e do miliciano Ronnie Lessa [logo após mentir, o porteiro voltou à invisibilidade.]

A invisibilidade social é objeto de diversos estudos acadêmicos. Há profissões que têm utilidade no cotidiano, mas são consideradas subalternas, como lixeiros e coveiros, que tornam invisíveis quem as exerce.  Um caso clássico desse preconceito aconteceu com o âncora Boris Casoy que, ao ver uma mensagem de fim de ano de dois lixeiros, comentou na Bandeirantes, sem saber que o microfone estava aberto: “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo da escala de trabalho”. Casoy pediu desculpas ao saber que o áudio havia vazado, mas o estrago estava feito.

Outras profissões, como porteiro, motorista, secretária, garçom, empregada doméstica, fazem parte do dia a dia das famílias e empresas e frequentemente ouvem e vêem coisas que não deveriam ouvir nem ver, mas de tão invisíveis, dão liberdade às pessoas para falarem o que não pode ser ouvido em público. O embaixador Marcos Azambuja, com sua ironia cortante, diz que não há nada mais perigoso do que secretária.
Os personagens invisíveis estão em torno de nós e são temas de trabalhos acadêmicos, filmes e livros. Professores já experimentaram trabalhar de garis e constaram essa invisibilidade social, fruto de preconceito e desprezo. 

 “A Vida Invisível de Euridice Gusmão”, filme de Karim Ainouz que representa o Brasil na disputa do Oscar de melhor filme estrangeiro, trata de outra tipo de invisibilidade, das pessoas que não podem ter sonhos, esmagadas pela realidade. Esses são também os personagens do poeta gaúcho da Academia Brasileira de Letras Carlos Nejar, que acaba de publicar o livro “Os invisíveis (Tragédias brasileiras)”, que trata dos flagelados de Brumadinho, dos desalojados pelo desastre do Rio Doce em Mariana, dos índios, do incêndio do Museu Nacional. Nejar, com razão, identifica o livro com “o terrível Brasil contemporâneo”.


A vida política não poderia estar imune a essa invisibilidade, dando proeminência ocasional a porteiros, caseiros, secretárias, motoristas. O mais recente invisível a se tornar visível devido a uma crise política foi o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde têm casa o presidente Bolsonaro e o miliciano Ronnie Lessa, acusado de ter assasinado a vereadora Marielle.

Ele registrou à mão no livro da portaria que, no dia do assassinato, o ex-PM Elcio Queiroz, outro dos acusados, entrou no Condomínio dizendo estar indo para a casa 58, residência da família Bolsonaro. No relato ao Ministério Público do Rio, o porteiro disse que ligou para a casa 58 e o “doutor Jair” autorizou a entrada.  Depois, ao ver no monitor que ele se dirigia à casa de Ronnie Lessa, avisou pelo interfone a mudança de trajeto, e a pessoa, que ele identificou mais uma vez como sendo o “doutor Jair”, disse que sabia para onde ia o visitante.
Como o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília naquele dia, ficou constatado que o porteiro mentiu, segundo a investigação. Há muitas interrogações ainda no ar, pois um outro porteiro apareceu na história, falando com Lessa, que autorizou a entrada de Queiroz.

O porteiro está escondido desde o dia da revelação, pelo Jornal Nacional, e recentemente, encontrado pela revista Veja, recusou-se a falar sobre o caso, alegando que estava proibido. Mas tampouco renegou as primeiras informações.
Outro invisível que fez história foi o caseiro Francenildo Santos Costa, da República de Ribeirão, casa em que o então ministro Antonio Palocci se reunia em Brasília com lobistas. O caseiro reconheceu o então ministro como a pessoa que frequentava a casa e era chamado de “chefe”, desmentido Palocci, que negava ter estado lá.
Seu sigilo bancário foi quebrado, o que adicionou um escândalo a mais no caso, que resultou na demissão de Palocci. Francenildo, de 2006 até hoje, tenta receber na Justiça uma indenização pela quebra de sigilo.

Outra figura importante na vida política recente foi Eriberto França, motorista da presidência da República, que denunciou o então presidente Fernando Collor de ter suas despesas pessoais e da família pagas pelo tesoureiro de sua campanha presidencial PC Farias, homem forte do governo. Seu depoimento foi fundamental para o impeachment de Collor. 

Merval Pereira, colunista - O Globo

 

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Burlesca

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por H. JamesKutscka
Creio que o adjetivo que nomeia este artigo ainda não tenha sido usado por mim (está cada vez mais difícil de encontrar um) em nenhum texto anterior, na tentativa de definir a atitude de alguns políticos da oposição ao atual governo, que praticam uma espécie de “bullyng” de gangue infantil contra qualquer dos seus representantes.

Adjetivos como, surreal, indecente, canalha, já foram usados à exaustão sem resultado prático.

Na última quarta-feira, (19/06/19) tivemos a oportunidade de assistir a um espetáculo “sui generis” transmitido pelos principais canais de notícias do país: Um juiz sendo inquerido por delinquentes.A atitude dos senadores “Huncerto Bosta” e “Cabeleira”, bem se adequam ao adjetivo título deste artigo, que entre outras definições, serve para caracterizar uma dança que termina com strip-tease.

Assim foi. Depois de darem um espetáculo de asneirice, tentando inculpar o Ministro Moro em uma trama inexistente, atirando suas plumas de maledicência por sobre os espectadores, se descobriram com suas mentiras no centro do palco diante à fria e imparcial objetividade do ministro, que sem necessitar de artimanhas, lá os colocou exibindo  suas bizarras e grotescas nudezes.

Já na quinta-feira, após um breve recesso, o “Cabeça de Porongo”, jornalistazinho da esquerda, busca por mais lenha na fogueira com novas revelações de conversas dos juízes da “Lava Jato” postadas no aplicativo Telegram. Que mesmo, como disse o Ministro, que fossem reais, nada teriam de ilegal. O “Piu  Piu “, (já notaram  como o “ Cabeça de Porongo” se assemelha ao passarinho tonto  do  desenho animado?)  que quando foi demitido de seu último emprego em uma rede de TV, coçou solenemente a genitália frente as câmeras e Boris Casoy, em um ato de profundo desrespeito com o apresentador e todos telespectadores; está apenas tentando sobreviver do único jeito que sabe.

Me pergunto: onde estavam esses zeladores da moral e dos bons costumes durante os últimos governos?  Certamente ocupados acobertando os crimes de lesa pátria, cometidos pelos políticos, mantendo o domínio sobre as mentes anestesiadas da plebe ignara mesmerizadas e direcionadas por sanduiches de mortadela, enquanto eram regiamente recompensados pelo trabalho de desconstrução da realidade em seus meios de comunicação, trama que está vindo irremediavelmente à tona desde a posse do novo governo.


Por outro lado, seria pueril esperar que senadores, deputados e membros do judiciário, iriam votar a favor de diminuir suas regalias garantidas por um código penal obsoleto e uma constituição tão remendada que já não é mais possível distinguir sua aparência original. Qualquer reforma de base, seja na Previdência seja no Judiciário somente será possível com uma limpeza geral no Congresso e no STF.

Nosso atual presidente foi paraquedista  do nosso Exército, então recordo de uma história em quadrinhos de ficção científica, onde  em uma guerra do futuro um  grupo  de paraquedistas  preparava-se para saltar atrás das linhas inimigas, no braço do sargento que dava as últimas instruções  havia uma tatuagem onde  se lia : Paraquedista não morre, vai para o inferno e se reagrupa (quadrinhos também são cultura). Em uma guerra, esse é o espírito.

Como costuma dizer um querido amigo meu: “Já vi multidões saírem às ruas para protestar contra algo, mas pela primeira vez, vi milhões de pessoas se manifestarem nas ruas a favor de um governo”. Meu caro presidente, não lhe falta apoio, e em uma guerra é importante o “timing”.

A hora é agora, artigo 142 e 357 do código penal militar neles. A única arma necessária para tanto é sua caneta de plástico.