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sexta-feira, 2 de junho de 2023
Ópera dos farsantes - Augusto Nunes
Revista Oeste
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sábado, 26 de janeiro de 2019
O ocaso do chavismo
Além das ações diplomáticas, as autoridades brasileiras devem preparar o País para os desdobramentos da crise venezuelana na região de fronteira
Na quarta-feira passada, milhares de manifestantes se reuniram nas ruas de Caracas, inclusive nos bairros periféricos mais dependentes das benesses estatais, para pedir a queda de Nicolás Maduro. A data não foi escolhida ao acaso: marcava o 61.° aniversário do fim da ditadura de Marcos Pérez Jiménez (1948-1958). Diante da multidão, o presidente da Assembleia Nacional (AN), Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino e prestou juramento simbólico invocando o artigo da Constituição da Venezuela que lhe confere autoridade para declarar a vacância da Presidência da República em caso de ruptura constitucional e convocar nova eleição em um prazo de 30 dias.
Nicolás Maduro foi declarado “usurpador” pela AN após tomar posse, dia 10 deste mês, para exercer o segundo mandato (2019-2025). A eleição da qual saiu vitorioso, em maio do ano passado, não passou de um embuste, o que levou os países que integram o Grupo de Lima, à exceção do México, a declarar sua “ilegitimidade” como presidente, posição que foi seguida pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela União Europeia (UE). Pouco após o discurso de Guaidó, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu-o como presidente de facto da Venezuela. O ato diplomático americano foi seguido por outros 14 países, incluindo o Brasil. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que “o Brasil reconhece o senhor Juan Guaidó como Presidente Encarregado da Venezuela”. O governo brasileiro também reforçou a disposição do País em “apoiar política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela”. O Itamaraty ainda orientou os diplomatas brasileiros a “ignorar” medidas baixadas por Nicolás Maduro.
É improvável que a transição política ocorra pacificamente. Reconhecer um segundo governo quando o primeiro ainda tem meios de oferecer resistência é um gesto arriscado cujo desdobramento pode ser um conflito interno. De acordo com a ONG Observatório Venezuelano de Conflito Social, 16 pessoas morreram durante os protestos em Caracas e nos Estados de Táchira, Barinas, Portuguesa, Amazonas e Bolívar, entre terça e quinta-feira.
A Rússia e a China, maiores aliados do governo de Nicolás Maduro, reafirmaram apoio ao regime, o que elevou o grau de tensão da crise. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou que é “inaceitável” a tentativa de destituição de Maduro e que uma eventual ação militar neste sentido, patrocinada pelos Estados Unidos, resultaria em um “banho de sangue”. O governo chinês foi mais comedido e, embora tenha reforçado o apoio a Maduro, pediu que “todos os lados permaneçam calmos para que se possa chegar a uma solução pacífica” para a crise.
Em Brasília, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, descartou qualquer participação militar brasileira na Venezuela. “O Brasil não participa de intervenções, não é da nossa política externa intervir nos assuntos internos dos outros países”, disse. Ocorre que o País já interveio por meio do reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino. O ato diplomático produzirá consequências que ainda não estão totalmente claras. É bom, contudo, que o governo descarte, de pronto e claramente, qualquer mobilização de tropas para atuação na Venezuela.
Além das ações diplomáticas, as autoridades brasileiras devem preparar o País para os desdobramentos da crise venezuelana na região de fronteira. É naquela região do País que os efeitos de um eventual recrudescimento das hostilidades serão mais sentidos.
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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Narcoterror comunista na Colômbia: três atentados no mesmo dia
Os três sangrentos atentados contra a Polícia de Barranquilla,
Soledad (Atlântico) e Santa Rosa del Sur (Bolívar), que deixaram um
total de nove policiais mortos e 46 feridos (43 policiais e três civis),
cometidos no mesmo dia do lançamento, em Bogotá, da campanha eleitoral
de Timochenko ante uma centena de convidados, são um sinal abominável,
uma maneira sinistra de notificar que há, para a subversão comunista,
duas linhas em execução simultânea contra a Colômbia.
É muito difícil pensar que o minguado mitin das FARC em Ciudad Bolívar e tal convergência de atrocidades, tenha sido produto da casualidade e da ação errática de bandos isolados de direito comum. No que ocorreu no sábado 27 de janeiro na Colômbia há coincidências que são muito inquietantes e dizentes ou, que pelo menos, devem ser estudadas com a maior atenção. Nesse mesmo sábado, no extremo sul do país, um carro-bomba explodiu, também na madrugada, em frente ao quartel policial de Esmeraldas, ferindo 28 pessoas e destruindo 37 casas. Esse atentado no território do Equador, mas a só 80 quilômetros da fronteira com a Colômbia, permite pensar que isso também fez parte de uma vasta operação narco-terrorista. É como se os cérebros desse plano quisessem fazer uma demonstração simultânea de força no norte e sul da Colômbia, estilo Al-Qaeda. Em Quito, onde transcorrem as “negociações de paz” entre o governo de Santos e o ELN, várias células do ELN e das FARC passeiam como se estivessem em sua própria casa. Até quando?
Em todo caso, as autoridades equatorianas se vangloriaram de mais clareza do que as colombianas: disseram que por trás do bombardeio em Esmeraldas estava o narcotráfico e o terrorismo das FARC (são palavras do chefe da inteligência militar equatoriana, segundo o diário de Guayaquil) e que farão tudo o que for necessário para que “o terrorismo e o crime organizado não arrebatem a paz” do Equador. Na Colômbia, ao contrário, o que predominou foi a confusão e a falsa candidez. Ninguém quis pronunciar o detestado vocábulo FARC. Chefes policiais de Barranquilla estimaram que o ataque era uma “retaliação de bandos de delinqüência comum”. O procurador-geral Humberto Martínez Neira emitiu a hipótese de que se tratava “de gente de fora que quis perpetrar uma atividade terrorista para gerar confusão na cidade, nesta época de pré-carnaval”. O presidente Santos lançou a idéia de que “uma célula do ELN” era a autora das duas explosões na estação de Polícia San José, de Barranquilla.
Horas depois, apareceu obviamente um “comunicado” do ELN – cuja autenticidade não foi comprovada -, no qual esse bando se atribui o atentado do bairro San José e se inventa uma desculpa: que matou os policiais porque o Governo “se recusa a dar respostas às necessidades da população”. Mais tarde, Santos afirmou que eram quatro os detidos pelos atos de Barranquilla e Santa Rosa del Sur. No dia seguinte insistiu que era só um.
No mesmo fatídico sábado foi assassinado em Buenaventura um líder social, Temístocles Machado. Sobre isso também reina a confusão. O ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, assegurou que essa execução tem a ver “com um assunto de terras”. Outros acreditam ver a mão das FARC e do ELN que têm por política liquidar os líderes rurais dos grupos sociais, étnicos, etc.
Nos atentados de Barranquilla foram utilizados entre 3 e 5 quilos de explosivos de tipo militar, não simples granadas de mão, como a imprensa deu a entender. As bombas no bairro San José foram ativadas por rádio. Com o primeiro detido, Cristian Camilo Bellón Galindo, de 31 anos, que vivia em Bosa, periferia de Bogotá, encontraram “um rádio e duas folhas de papel, nas quais tinha desenhado um croquis e alguns números de celular, dentre esses um que pertence à Venezuela”, segundo revelou El Heraldo. Bellón tratou de se afastar do lugar após a matança. Impávido, não resistiu à captura e solicitou um advogado de ofício, como se seus chefes lhe tivessem garantido que judicialmente nada tem a temer. O perfil do detido, o telefone venezuelano e o estilo dos ataques em Atlántico, Bolívar e Esmeraldas, mostra uma organização de alcance nacional e internacional com experiência na realização de operações terroristas sofisticadas. Entretanto, a imprensa tenta fazer crer que é um assunto de delinquência local.
Os atentados geraram grande rechaço e comoção na Colômbia. Entretanto, a opinião pública continua na incerteza: não sabe nem pode sequer supor quem é o autor de semelhante ofensiva contra a polícia e a população civil. O clima de confusão após os atos brutais de sábado é uma das técnicas preferidas da guerra assimétrica. As FARC não só mentem e tratam de atribuir a outros seus feitos, como conseguiram fazer crer que elas abandonaram as armas e se converteram em um partido político como os demais, e que só estão trabalhando para chegar com grande urbanidade às eleições de março e maio próximos. Suas frentes armadas já não são das FARC, senão “dissidências das FARC”.
O ELN, dizem, não tem pactos ofensivos com elas, apesar de que as duas organizações pactuaram a defesa de seus interesses nas próprias barbas de Humberto de la Calle, durante conclaves fechados em Havana que, graças à autorização de Santos, os chefes das FARC e ELN, Timochenko e Gabino, mantiveram em fins de abril de 2015 e em maio de 2017. Foi tão escandaloso o primeiro encontro Timochenko-Gabino que a Comissão de Investigação e Acusação da Câmara de Representantes da Colômbia abriu uma investigação preliminar contra o presidente Santos, a qual foi deixada no limbo pouco depois.
Graças a essas montagens e crenças impostas à consciência coletiva, as atrocidades de agora não têm rosto nem autores, e o que predomina ante a barbárie fariana é o despiste, o desvio e a anulação da cólera popular. Isso faz parte dos mecanismos construídos pelo terrorismo para continuar na impunidade e não pagar sequer eleitoralmente por isso. Os inventores da estratégia para anular a ressonância dos ataques mais sangrentos, para que eles sejam apagados rapidamente da memória das pessoas, aplicam um esquema comunicacional pouco conhecido: criar dilemas, paradoxos e raciocínios contraditórios para dividir a opinião pública nos momentos de crise.
Tal é a situação na Colômbia. Isso explica a paralisia da população após cada onda de atentados: a onda de indignação ascende e depois reflui ante as opções contraditórias e, finalmente, a tensão decai e a paralisia se instala. E os terroristas continuam com as mãos livres. A guerra que as FARC fazem à Colômbia inclui esse tipo de jogos macabros. Graças à negligência dos serviços de investigação e de defesa do país, desorientados por um governo que busca a todo custo mostrar no estrangeiro que alcançou “ a paz”, o terrorismo opera sem maiores obstáculos.
As forças que sustentam a galáxia FARC-ELN e seus aparatos legais não esperam tomar Bogotá militarmente – tentaram no passado mas foram vencidas. Sua estratégia é mais sutil e perversa: submeter as vontades, controlar os espíritos e levar uma parte da sociedade à capitulação psicológica e política. Isso tem uma tradução eleitoral nestes momentos: a esquerda que apoiou a aventura entreguista de Santos proclama que, em que pese tudo isso, ela “conseguiu a paz” e merece continuar no poder para “implementar os acordos” e “aprofundar a paz”. As pesquisas refletem esse estado de confusão: as amplíssimas maiorias detestam as FARC e rechaçaram seus pactos com Santos, porém não vêem os laços que elas estendem para as facções de esquerda. Assim, os candidatos mais favorecidos nas pesquisas são precisamente os que não estabelecem ruptura alguma com as FARC. Esse paradoxo, essa inconsistência lógica, é o resultado das técnicas de desinformação aqui descritos. Os partidos de oposição que não levem em conta estas coisas têm poucas possibilidades de mobilização sob sua bandeira e tirar os eleitores da confusão.
Graça Salgueiro - MSM
É muito difícil pensar que o minguado mitin das FARC em Ciudad Bolívar e tal convergência de atrocidades, tenha sido produto da casualidade e da ação errática de bandos isolados de direito comum. No que ocorreu no sábado 27 de janeiro na Colômbia há coincidências que são muito inquietantes e dizentes ou, que pelo menos, devem ser estudadas com a maior atenção. Nesse mesmo sábado, no extremo sul do país, um carro-bomba explodiu, também na madrugada, em frente ao quartel policial de Esmeraldas, ferindo 28 pessoas e destruindo 37 casas. Esse atentado no território do Equador, mas a só 80 quilômetros da fronteira com a Colômbia, permite pensar que isso também fez parte de uma vasta operação narco-terrorista. É como se os cérebros desse plano quisessem fazer uma demonstração simultânea de força no norte e sul da Colômbia, estilo Al-Qaeda. Em Quito, onde transcorrem as “negociações de paz” entre o governo de Santos e o ELN, várias células do ELN e das FARC passeiam como se estivessem em sua própria casa. Até quando?
Em todo caso, as autoridades equatorianas se vangloriaram de mais clareza do que as colombianas: disseram que por trás do bombardeio em Esmeraldas estava o narcotráfico e o terrorismo das FARC (são palavras do chefe da inteligência militar equatoriana, segundo o diário de Guayaquil) e que farão tudo o que for necessário para que “o terrorismo e o crime organizado não arrebatem a paz” do Equador. Na Colômbia, ao contrário, o que predominou foi a confusão e a falsa candidez. Ninguém quis pronunciar o detestado vocábulo FARC. Chefes policiais de Barranquilla estimaram que o ataque era uma “retaliação de bandos de delinqüência comum”. O procurador-geral Humberto Martínez Neira emitiu a hipótese de que se tratava “de gente de fora que quis perpetrar uma atividade terrorista para gerar confusão na cidade, nesta época de pré-carnaval”. O presidente Santos lançou a idéia de que “uma célula do ELN” era a autora das duas explosões na estação de Polícia San José, de Barranquilla.
Horas depois, apareceu obviamente um “comunicado” do ELN – cuja autenticidade não foi comprovada -, no qual esse bando se atribui o atentado do bairro San José e se inventa uma desculpa: que matou os policiais porque o Governo “se recusa a dar respostas às necessidades da população”. Mais tarde, Santos afirmou que eram quatro os detidos pelos atos de Barranquilla e Santa Rosa del Sur. No dia seguinte insistiu que era só um.
No mesmo fatídico sábado foi assassinado em Buenaventura um líder social, Temístocles Machado. Sobre isso também reina a confusão. O ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, assegurou que essa execução tem a ver “com um assunto de terras”. Outros acreditam ver a mão das FARC e do ELN que têm por política liquidar os líderes rurais dos grupos sociais, étnicos, etc.
Nos atentados de Barranquilla foram utilizados entre 3 e 5 quilos de explosivos de tipo militar, não simples granadas de mão, como a imprensa deu a entender. As bombas no bairro San José foram ativadas por rádio. Com o primeiro detido, Cristian Camilo Bellón Galindo, de 31 anos, que vivia em Bosa, periferia de Bogotá, encontraram “um rádio e duas folhas de papel, nas quais tinha desenhado um croquis e alguns números de celular, dentre esses um que pertence à Venezuela”, segundo revelou El Heraldo. Bellón tratou de se afastar do lugar após a matança. Impávido, não resistiu à captura e solicitou um advogado de ofício, como se seus chefes lhe tivessem garantido que judicialmente nada tem a temer. O perfil do detido, o telefone venezuelano e o estilo dos ataques em Atlántico, Bolívar e Esmeraldas, mostra uma organização de alcance nacional e internacional com experiência na realização de operações terroristas sofisticadas. Entretanto, a imprensa tenta fazer crer que é um assunto de delinquência local.
Os atentados geraram grande rechaço e comoção na Colômbia. Entretanto, a opinião pública continua na incerteza: não sabe nem pode sequer supor quem é o autor de semelhante ofensiva contra a polícia e a população civil. O clima de confusão após os atos brutais de sábado é uma das técnicas preferidas da guerra assimétrica. As FARC não só mentem e tratam de atribuir a outros seus feitos, como conseguiram fazer crer que elas abandonaram as armas e se converteram em um partido político como os demais, e que só estão trabalhando para chegar com grande urbanidade às eleições de março e maio próximos. Suas frentes armadas já não são das FARC, senão “dissidências das FARC”.
O ELN, dizem, não tem pactos ofensivos com elas, apesar de que as duas organizações pactuaram a defesa de seus interesses nas próprias barbas de Humberto de la Calle, durante conclaves fechados em Havana que, graças à autorização de Santos, os chefes das FARC e ELN, Timochenko e Gabino, mantiveram em fins de abril de 2015 e em maio de 2017. Foi tão escandaloso o primeiro encontro Timochenko-Gabino que a Comissão de Investigação e Acusação da Câmara de Representantes da Colômbia abriu uma investigação preliminar contra o presidente Santos, a qual foi deixada no limbo pouco depois.
Graças a essas montagens e crenças impostas à consciência coletiva, as atrocidades de agora não têm rosto nem autores, e o que predomina ante a barbárie fariana é o despiste, o desvio e a anulação da cólera popular. Isso faz parte dos mecanismos construídos pelo terrorismo para continuar na impunidade e não pagar sequer eleitoralmente por isso. Os inventores da estratégia para anular a ressonância dos ataques mais sangrentos, para que eles sejam apagados rapidamente da memória das pessoas, aplicam um esquema comunicacional pouco conhecido: criar dilemas, paradoxos e raciocínios contraditórios para dividir a opinião pública nos momentos de crise.
Tal é a situação na Colômbia. Isso explica a paralisia da população após cada onda de atentados: a onda de indignação ascende e depois reflui ante as opções contraditórias e, finalmente, a tensão decai e a paralisia se instala. E os terroristas continuam com as mãos livres. A guerra que as FARC fazem à Colômbia inclui esse tipo de jogos macabros. Graças à negligência dos serviços de investigação e de defesa do país, desorientados por um governo que busca a todo custo mostrar no estrangeiro que alcançou “ a paz”, o terrorismo opera sem maiores obstáculos.
As forças que sustentam a galáxia FARC-ELN e seus aparatos legais não esperam tomar Bogotá militarmente – tentaram no passado mas foram vencidas. Sua estratégia é mais sutil e perversa: submeter as vontades, controlar os espíritos e levar uma parte da sociedade à capitulação psicológica e política. Isso tem uma tradução eleitoral nestes momentos: a esquerda que apoiou a aventura entreguista de Santos proclama que, em que pese tudo isso, ela “conseguiu a paz” e merece continuar no poder para “implementar os acordos” e “aprofundar a paz”. As pesquisas refletem esse estado de confusão: as amplíssimas maiorias detestam as FARC e rechaçaram seus pactos com Santos, porém não vêem os laços que elas estendem para as facções de esquerda. Assim, os candidatos mais favorecidos nas pesquisas são precisamente os que não estabelecem ruptura alguma com as FARC. Esse paradoxo, essa inconsistência lógica, é o resultado das técnicas de desinformação aqui descritos. Os partidos de oposição que não levem em conta estas coisas têm poucas possibilidades de mobilização sob sua bandeira e tirar os eleitores da confusão.
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