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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Reforma tributária - Governo insiste em querer cobrar cada vez mais do cidadão - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

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Haja impostos para bancar todos os gastos de um governo esbanjador.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo / arquivo

Na quarta-feira, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) entregou o seu relatório do projeto de reforma tributária, criando outros impostos. 
 O sonho do governo é cobrar mais porque está precisando de dinheiro, já que gasta cada vez mais. 
Eu fico vendo números do QI do brasileiro, e são de arrepiar. Metade do Brasil tem QI abaixo da média, o que muitas vezes se explica pela falta de volume cerebral mesmo. 
Crianças sem saneamento básico, sem água potável, crescem com doenças, diarreia, carência de alimento, carência de ovo, carência de proteína
Nós estamos bem abaixo da média mundial; aí não há como tem futuro. 
O governo deveria investir em saneamento básico, mas enterrar esgoto ninguém vê, então é preferível fazer estádio de futebol, por exemplo. 
É mais populista, demagógico. Gasta-se dinheiro com demagogia e com inchaço da máquina estatal. E a expectativa do governo é poder arrecadar mais.
 
Só que isso não está acontecendo. É a curva de Laffer: quanto mais se cobra, menos se arrecada. Os supermercados descobriram isso com os seus congêneres norte-americanos, que têm margem de lucro pequena e vendem muito mais; e com isso o lucro fica maior. 
Nos últimos quatro meses – junho, julho, agosto, setembro –, a arrecadação federal vem caindo. E o que está caindo? 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação, Imposto de Renda Pessoa Física e Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL). 
Tudo isso é sobre atividade econômica, ou seja, a atividade econômica está desacelerando, não é? PIS e Cofins cresceram.
 
Não adianta querer cobrar cada vez mais
Se a atividade econômica é desestimulada pelo peso do tributo e da burocracia, ela desacelera. E isso acontece toda hora. 
Saiu agora a notícia de que o Superior Tribunal Militar cria 740 cargos. Não foi o tribunal que criou por conta própria, foi a Lei 3.535. 
Para o ano que vem, serão mais 1.395 cargos no STM, que nem se mete no caso do tenente-coronel Mauro Cid, por exemplo, deixando tudo com o Supremo. 
Entre esses 740 de agora, serão 149 analistas, 91 técnicos, 97 cargos em comissão e 403 funções comissionadas.  
O edital do concurso está para sair. Tudo com remunerações, benefícios, auxílio-alimentação, pré-escola, transporte, médico, dentista, adicionais, gratificação. São os cidadãos de primeira classe. Depois vêm os outros, que têm menos férias, menos benefícios, menos salários, menos garantia de recebimento. 
Aqueles que ouviram “fica em casa” ficaram sem renda, mas o funcionalismo público teve o contracheque garantido durante a pandemia.
 
Presidente da Caixa foi demitida; no seu lugar, entra indicado de Lira
Falando em serviço público, vocês viram aquela exposição na Caixa Econômica Federal, com base na bandeira nacional. A bandeira foi vilipendiada, violentada.  
Um quadro tinha um ex-presidente defecando na bandeira. Havia bandeira com um falo no lugar do “Ordem e Progresso”; outra com uma folha de maconha no círculo central; outra, ainda, tinha a foice e martelo. No lugar de “Ordem e Progresso”, “mande fotos nuas”.  
E puseram uma caixa de lixo com a bandeira; dentro dela, o ex-ministro da Economia, uma senadora e o presidente da Câmara. Resultado? 
Ontem foi demitida a presidente da Caixa, Rita Serrano, que teria, segundo o senador Cleitinho, pago R$ 250 mil por essa exposição que violenta a bandeira de todos os brasileiros. 
No seu lugar entra o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado por um dos agredidos na exposição, o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos


Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo 



sexta-feira, 2 de junho de 2023

Ópera dos farsantes - Augusto Nunes

Revista Oeste

Lula e Maduro espancam os fatos para ocultar o verdadeiro rosto da ditadura venezuelana

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante reunião com presidentes de países da América do Sul, no Palácio Itamaraty | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ópera dos farsantes

Lula e Maduro espancam os fatos para ocultar o verdadeiro rosto da ditadura venezuelana

“Chorei de emoção!”, derreteu-se no Twitter o presidente Hugo Chávez no começo da madrugada de 16 de julho de 2010. “Que momentos impressionantes vivemos esta noite! Vimos os ossos do grande Bolívar! Aquele esqueleto glorioso é de Bolívar, pois sua chama pode ser sentida! Bolívar vive!”. Como prometera aos venezuelanos, o militar que se considerava a perfeita reencarnação do herói nacional resolveu exumar os restos sepultados numa tumba em Caracas para provar que El Libertador não morreu de tuberculose, como afirmam todos os historiadores. 
Na cabeça do presidente, foi assassinado por conspiradores liderados por um general colombiano. 
Durante uma semana, dezenas de especialistas em distintas ciências perseguiram a verdadeira causa mortis e, por determinação do chefe, examinaram com especial empenho a hipótese de envenenamento. Ao fim de sete dias, o bolívar de hospício informou que as investigações haviam sido “inconclusivas” e devolveu à sepultura a ossada original.
 
Abatido pelo câncer, Chávez avisou meses antes da morte que seu sucessor seria Nicolás Maduro. Em 2 de abril de 2013, descobriu-se que continuava por aqui, mas em forma de ave. “Eu estava sozinho numa sala quando, de repente, entrou um passarinho pequenininho que me deu três voltas por cima”, contou Maduro, girando o anular sobre a cabeça. “Parou numa viga de madeira e começou a cantar. Então eu disse: ‘Se você canta, também canto’. Comecei a cantar. O passarinho me estranhou? Não. Cantou mais um pouquinho, deu uma volta e foi embora. Eu senti o espírito de Hugo Chávez.” O fenômeno alado foi reprisado pelo menos cinco vezes. Não é pouca coisa. Mas não seria tudo: graças aos conselhos do padrinho, Maduro sentiu-se pronto para façanhas muito mais audaciosas. Em 20 de janeiro de 2019, por exemplo, procurou tranquilizar venezuelanos atormentados pelo presente com a informação animadora: “Já fui ao futuro. Vi que tudo estava bem e voltei. A união cívico-militar garante a paz e a felicidade ao nosso povo”.
 
Conversa de vigarista. A taxa de miséria é desesperadora, a inflação alcança dimensões siderais, milhões de habitantes cruzaram as fronteiras em busca da sobrevivência. A consolidação da ditadura chavista eliminou direitos humanos, liberdades democráticas, partidos de oposição, imprensa independente. Centenas de adversários do regime foram executados, outros continuam encarcerados sem julgamento. O que parecia sólido nos anos 1970 desmanchou-se no ar. Conheci a Venezuela Saudita. Não existe mais. Decidido a permanecer no trono até o fim, Maduro recorre ao petróleo para assegurar o apoio de militares corruptos, milícias homicidas, burocratas assassinos, policiais. O país está subordinado a uma ditadura sórdida. Sabem disso até os ossos de Simón Bolívar. Só Lula não sabe de nada. Nesta semana, enquanto procurava um ângulo que aumentasse seu 1,68 metro de altura, e reduzisse a diferença de 22 centímetros que acentua o status de anão diplomático, o presidente brasileiro repetiu a obscenidade: tudo o que se diz de ruim sobre a Venezuela não passa de “narrativa”. Ou “desinformação”. Ou fake news. Ou ato antidemocrático. Ou coisa de golpista.
 
“Narrativas” são versões. Há muitas. A verdade é uma só, e se ampara em fatos. O animador de auditório fantasiado de presidente não sabe disso — ou finge não saber, o que dá na mesma. De cinco em cinco minutos, reiterava o convite: “Apresente a tua narrativa, Maduro”. O visitante mentia: tudo vai bem por lá
O sorriso de Lula berrava que as coisas por aqui não param de melhorar. Ele não conseguiu ressuscitar a Unasul e deixar Maduro melhor no retrato dos governantes sul-americanos. 
Em contrapartida, estreitaram-se os laços entre a Presidência da República e o Supremo Tribunal Federal. 
 Num churrasco na Granja do Torto, ficou acertada a transferência para o Egrégio Plenário do principal advogado do ex-presidiário.
Outras combinações guilhotinaram o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, colocaram na mira do STF o presidente da Câmara e mandaram recados a parlamentares oposicionistas. A sede da cúpula do Poder Judiciário agora enxerga no espelho o prédio do Congresso.
 
Aos ouvidos dos dois parceiros, a “narrativa” dos deserdados é armação de lacaio do imperialismo norte-americano. Para os compassivos, é um soco no peito. “Ansiedade e repulsa”, resume o costureiro Ricardo Seijas, 26 anos, quando lhe perguntam o que sentiu ao saber da chegada de Maduro ao Brasil. “Foram inevitáveis as lembranças de um passado que me machuca bastante”, disse o jovem que, aos 21 anos, abandonou o sonho de ser dentista na cidade natal para livrar-se da repressão feroz. “Meu mundo caiu quando a diretora da universidade informou que eu estava numa lista de procurados, por participação em protestos estudantis.” Seijas arrumou as malas, despediu-se às pressas da mãe e juntou-se à diáspora venezuelana. Hoje ele é costureiro em Brasília, perto da mãe, que chegou em 2020. “Ela não tinha condições de continuar por lá”, explicou Seijas. “A crise econômica é brutal.” 
 Em 2011, quando era adolescente, o pai comprou um apartamento. 
Com tudo pago e a chave nas mãos, recebeu por telefone o aviso do governo Chávez: como ele tinha outros imóveis, a propriedade fora confiscada para cumprir a obrigatória “função social”.
 
“Eu me senti tremendamente desrespeitada, porque o que o ditador faz na Venezuela é desumano”, lamentou a dona de casa Elizabeth Jimenez, 39 anos. “Fico mais indignada ainda ao ver que isso é ignorado pelo presidente do país que escolhi para ser meu refúgio. Ao receber Maduro e declarar publicamente que o que se passa na Venezuela é ‘narrativa’, Lula legitima todas as violações aos direitos humanos que ocorrem lá.” Elizabeth aparentemente ignora que, se as duas faces dos governos do PT são escuras, é sempre mais sombria a que escancara a política externa da canalhice, que vigorou de 2003 a 2015 e foi ressuscitada no primeiro minuto deste ano.
 
Juscelino Kubitschek afirmava que fora poupado por Deus do sentimento do medo. No caso de Lula, defeitos de fabricação revogaram o sentimento da vergonha e proibiram qualquer espécie de remorso
Em abril de 2006, numa discurseira em Curitiba, Hugo Chávez pediu à plateia que reelegesse “o herói do Brasil”. Em novembro, num comício na Venezuela, Lula recomendou aos espectadores que mantivessem Chávez no poder. Em outubro de 2009, Chávez comparou Lula a Jesus Cristo e virou cabo eleitoral de Dilma Rousseff. Em abril de 2013, o candidato Nicolás Maduro animou a turma no palanque em Maracaibo com a apresentação do vídeo em que Lula afirma que a vitória do sucessor era essencial para a consolidação da Venezuela sonhada pelo bolívar de hospício. Comovido, Maduro agradeceu a Lula “por todo o apoio que deu a Chávez, por todo o apoio que deu à revolução bolivariana”. Em fevereiro de 2017, Lula e Dilma apoiaram publicamente a candidatura de Maduro. Nos anos seguintes, o coração de Dilma Rousseff sempre bateu em descompasso nos encontros com o topete desprovido de cérebro a 1,90 metro de altitude. 
 
“Se Cuba não tivesse o bloqueio dos Estados Unidos, poderia ser uma Holanda”, garantiu o torturador de fatos. Fruto do acasalamento de stalinistas farofeiros do PT e nacionalistas de gafieira do Itamaraty, esse aleijão subiu a rampa do Planalto em 1° de janeiro de 2003. 
Nos oito anos seguintes, fantasiado de novo-rico caridoso, o Brasil acoelhou-se com exigências insolentes do Paraguai e do Equador, suportou com passividade bovina bofetadas desferidas pela Argentina, hostilizou a Colômbia democrática para afagar os narcoterroristas das Farc, meteu o rabo entre as pernas quando a Bolívia confiscou ativos da Petrobras e rasgou o acordo para o fornecimento de gás. Confrontado com bifurcações ou encruzilhadas, Lula fez invariavelmente a escolha errada e curvou-se à vontade de parceiros abjetos.  
 
Quando o Congresso de Honduras, com o aval da Suprema Corte, destituiu legalmente o presidente Manuel Zelaya, o Brasil se dobrou aos caprichos de Hugo Chávez. Decidido a reinstalar no poder o canastrão que gostava de combinar chapelão branco-noiva com bigode preto-graúna, convertido ao bolivarianismo pelos petrodólares venezuelanos, Chávez obrigou Lula a transformar a embaixada brasileira em Tegucigalpa na Pensão do Zelaya.
 
Em 2007, para afagar Fidel Castro, o governo deportou os pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, capturados pela Polícia Federal quando tentavam fugir para a Alemanha depois de abandonarem o alojamento da delegação que participava dos Jogos Pan-Americanos do Rio. Entre a civilização e a barbárie, o presidente da República sempre cravou a segunda opção. 
Com derramamentos de galã mexicano, prestou vassalagem a figuras repulsivas como o faraó de opereta Hosni Mubarak, o psicopata líbio Muammar Kadafi, o genocida africano Omar al-Bashir, o iraniano atômico Mahmoud Ahmadinejad e o ladrão angolano José Eduardo dos Santos. Coerentemente, o último ato do mitômano que se julgava capaz de liquidar com conversas de botequim os antagonismos milenares que sangram o Oriente Médio foi promover a asilado político o assassino italiano Cesare Battisti. 

Herdeira desse prodígio de sordidez, Dilma manteve o país de joelhos e reincidiu em parcerias pornográficas. Entre o governo constitucional do Paraguai e o presidente deposto Fernando Lugo, ficou com o reprodutor de batina. Juntou-se à conspiração que afastou o Paraguai do Mercosul para forçar a entrada da Venezuela. Rebaixou-se a mucama de Chávez até a morte do bolívar de hospício. Para adiar a derrocada de Nicolás Maduro, arranjou-lhe até papel higiênico. Ao preservar a política obscena legada pelo padrinho, a afilhada permitiu-lhe que cobrasse a conta dos negócios suspeitíssimos que facilitou quando presidente, em benefício de governantes amigos e empresas brasileiras financiadas pelo BNDES. Disfarçado de palestrante, o camelô de empreiteiras que se tornariam casos de polícia com a descoberta do Petrolão ganhou pilhas de dólares, um buquê de imóveis e agradecimentos em espécie de países que tiveram perdoadas suas dívidas com o Brasil. Enquanto Lula fazia acertos multimilionários em Cuba, Dilma transformava a Granja do Torto na casa de campo de Raúl Castro, também presenteado com o superporto que o Brasil não tem. 
 
Juscelino Kubitschek afirmava que fora poupado por Deus do sentimento do medo. No caso de Lula, defeitos de fabricação revogaram o sentimento da vergonha e proibiram qualquer espécie de remorso. Essa conjunção de avarias talvez explique a naturalidade com que Lula reincide na louvação de regimes liberticidas. 
 
Ele pertence à subespécie dos criminosos que voltam assoviando ao local do crime. Faz sentido: faltam adversários capazes. Sobram aliados capazes de tudo
E tem ao lado a conselheira Janja. 
É por isso que já não se compara a ninguém. Nossa metamorfose delirante já foi Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas, Tiradentes, Nelson Mandela e Jesus Cristo
Parece ter descoberto que, no paraíso dos culpados impunes, nada é melhor que ser Lula.[o único personagem ao qual o presidente petista pode se comparar é a Judas Iscariotes - quando posava de líder sindical, deixava os companheiros em assembleia no estádio da Vila Euclides e se dirigia para a FIESP para conversar com empresários, após passava no DOPS para cumprir a função de informante do delegado Romeu Tuma - tanto que seu codinome era 'boi']
 
(Com reportagem de Cristyan Costa)
 
 
 
 
Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste 


quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Auxílio Brasil vai pagar R$ 415, mais que o dobro do Bolsa Família - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia     

Orçamento de 2022

Congresso Nacional aprovou projeto de lei orçamentária para 2022, que prevê um Auxílio Brasil no valor de R$ 415

Como sempre, os congressistas deixaram para a última hora a votação do Orçamento do ano que vem. Aí é aquela correria e a gente nunca sabe se saiu um bom orçamento ou não. Mas o que se sabe é que a Comissão Mista do Orçamento aprovou uma redução de R$ 800 milhões no tal fundão eleitoral, que passou de R$ 5,7 bilhões para R$ 4,9 bilhões. E esses R$ 800 milhões de diferença vão para a educação, pelo menos isso. O fundo eleitoral de R$ 5,7 bi chegou a ser vetado pelo presidente da República, mas o Congresso Nacional derrubou o veto.

Os congressistas ainda deram um jeito de atender uma promessa do presidente Jair Bolsonaro de dar reajuste para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários federais. Para isso, reservaram R$ 1,7 bilhão. 
E também sobrou um pouquinho mais para o Auxílio Brasil, que em vez de R$ 400 vai pagar R$ 415 por mês, mais que o dobro do benefício médio que era pago pelo Bolsa Família. E vão poder aumentar também o salário mínimo em mais de 10%, coisa que não se via há mais de 6 anos. A partir de 1º de fevereiro será de R$ 1.210.

O Orçamento de 2022 destinou ainda R$ 16 bilhões para as emendas do relator. A metade disso vai praticamente para a saúde: R$ 7,3 bilhões.
 
Arrecadação recorde
E a propósito, a arrecadação federal, graças a nós, pagadores de impostos, registrou mais um recorde em novembro: R$ 157 bilhões. A arrecadação no ano de 2021 já é recorde, ainda sem contar dezembro, que é o mês de grande movimento comercial e que gera imposto. Até 30 de novembro, o governo da União arrecadou R$ 1,684 trilhão. É muito dinheiro, graças a nós, porque é parte do nosso trabalho. São os nossos impostos.

Comitê anti-Covid do Rio quer carnaval
O Comitê Especial de Enfrentamento à Covid do município do Rio de Janeiro aprovou duas medidas. A primeira é fazer o carnaval (?!?!), e a segunda é vacinar as crianças. 
Diz que o comitê é composto de médicos, cientistas, professores universitários, especialistas em saúde, integrantes da prefeitura municipal e o secretário de Saúde.

Ameaça a técnicos da Anvisa
A Polícia Federal já sabe quem foi que ameaçou o pessoal da Anvisa. O sujeito mandou um e-mail para lá dizendo que iria tirar o filho da escola se tentassem inocular nele essa "vacina experimental", e "quem atentar contra a segurança física do meu filho será morto. Isso não é uma ameaça, é um estabelecimento". Inclusive, vacina experimental é palavras dele, do e-mail.

A PF não pode indiciá-lo porque há uma orientação de 2016 que diz que em crime de menor potencial não há indiciamento.  
O crime de ameaça não é simplesmente ameaçar, dizer uma coisa para outra pessoa. 
Tem que comprovar que pode, que tem instrumento para isso e que tinha um objetivo nisso, de tirar uma vantagem disso.
(Nota do editor: A Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu denunciar o suspeito à Justiça pelo crime de ameaça.)
 
Mortes estranhas
Cada vez mais jovens estão aparecendo com problemas que a gente nunca viu antes. Um menino de 10 anos em Igarapé (MG), perto de Belo Horizonte, foi arrancar um dente e morreu na cadeira do dentista.

Em Jaraguá do Sul (SC), que tem um belo corpo de bombeiros voluntário, um jovem de 25 anos, que era voluntário num hospital, foi receber a farda de bombeiro, porque tinha passado no concurso, e teve um ataque cardíaco.

Até um atleta olímpico, de Jogos Panamericanos, com 32 anos, e que praticava saltos ornamentais, morreu no Rio de Janeiro, depois de ficar internado um tempo, por causa de uma infecção pulmonar que começou com uma dor de garganta. São coisas chocantes.

Na torcida por Jabor
Ao mesmo tempo, estou na torcida para que se recupere o meu amigo e colega Arnaldo Jabor, que está internado no Hospital Sírio-Libanês, para se livrar de um coágulo que apareceu no cérebro. Ele, que é meu contemporâneo e ex-colega de televisão, já está sendo muito bem tratado.
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

A verdade da deputada Hasselmann

Afonso Marangoni

O que aconteceu com Joice Hasselmann?

A deputada afirma não se lembrar de nada. A partir de então, uma enxurrada de informações desconexas trouxe mais dúvidas sobre o episódio
 
[Há alguns dias o Blog Prontidão Total postou  "Cada um com a sua Verdade = a VERDADE TRADICIONAL,aquela sinônimo de FATO", com o tema 'a verdade do STF', e seguindo a sequência estamos publicando 'a verdade da deputada Hasselmann.
Ao estilo do 'capítulo' anterior a característica comum é que retratam verdade que não são batem com o fato (pode? parece que pode...) 

Na quinta-feira 22 de julho, um novo caso ganhou o noticiário: a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) foi à imprensa para divulgar que, quatro dias antes, havia acordado caída no closet de seu apartamento funcional em Brasília, cheia de ferimentos e com marcas de sangue no chão. Ela afirma não se lembrar de nada. A partir de então, uma enxurrada de declarações e informações desconexas trouxe mais dúvidas sobre o episódio.
 
Até agora, os únicos personagens envolvidos são a própria Joice e o marido, o médico neurocirurgião Daniel França, que, segundo ela, ronca muito e, por isso, dormia em outro quarto. O apartamento funcional fica no sexto andar de um prédio na Asa Norte, na capital federal.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP)
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP)

Entre as inúmeras hipóteses levantadas por Joice Hasselmann, hoje ela tem dado mais enfoque à suspeita de que tenha sido vítima de atentado praticado por uma terceira pessoa que teria entrado no imóvel, tese que não encontra amparo nas provas obtidas até agora. Sobre a possibilidade de ter sido agredida pelo marido, ela a refuta veementemente e afirma que vai processar todos os que estão fazendo “ilações” contra ele.

“Tem tanta gente investigando que é impossível que não se ache o fio da meada, cedo ou tarde ele vai aparecer”, disse a deputada no último domingo, 25, a veículos de imprensa. Oeste fez o passo a passo do que ocorreu. 

Quinta-feira 15 de julho
Último dia em que Joice Hasselmann é vista publicamente antes do episódio. Ela participou da sessão do Congresso que aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com um fundão eleitoral de quase R$ 6 bilhões. Dos 54 deputados do PSL, ela foi um dos seis que votaram contra a LDO, desconsiderando a orientação do governo e do líder do partido na Câmara. Às 19h42, mudou de tema e discursou no plenário da Casa sobre um projeto de linha de crédito para mulheres. A sessão se estendeu até quase 1 hora da madrugada. Ela voltou para casa e acabou de participar da reunião virtualmente.
 
Sábado 17 de julho
Joice Hasselmann seguiu atuante nas redes sociais. Fez críticas a desafetos políticos e se posicionou contrária à aprovação do fundo eleitoral de quase R$ 6 bilhões. Naquela noite, conta ela, a última lembrança que tem é a de estar em sua cama assistindo à série O Grande Guerreiro Otomano. Segundo Joice, até certa altura o marido a acompanhou. Depois, ele foi dormir, e ela continuou vendo a série para esperar que o Stilnox, medicamento para dormir que toma há mais de 20 anos, fizesse efeito. O que ocorreu em seguida foi um lapso de memória de aproximadamente sete horas.
 
STILNOX - ZOLPIDEM
O medicamento citado pela deputada tem como princípio ativo um indutor de sono chamado zolpidem. “Há 20 anos tomo o mesmo remédio em dosagens diferentes”, afirmou Joice. “Hoje, estou tomando 6,5 mg. Já tomei 12 mg desse remédio. O Daniel tem me ajudado a desmamar o remédio. Ele induz um sono pesado por apenas três horas, nas quais me faz dormir.”

Oeste conversou sobre o caso com o médico Marcelo Caixeta, especialista em Psiquiatria pela Universidade de Paris e em Psiquiatria Forense pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Depois de fazer a ressalva de que, por não ser o médico que acompanha a deputada, só pode emitir opiniões por analogia teórica com outros casos, ele afirma que, “se um paciente usa zolpidem há muitos anos e é encontrado desacordado, com lesões, uma das hipóteses pode, sim, ter ligação com a medicação”. “Mas há várias outras hipóteses médicas. Por exemplo: a paciente descontinuou o medicamento, e isso precipitou uma crise convulsiva. Às vezes o paciente muda de marca de remédio, e isso pode levá-lo a uma convulsão etc.”

Marcelo Caixeta destaca ainda que pacientes que usam zolpidem podem sofrer de sonambulismo. “É uma medicação que atua em neurotransmissores/receptores Gaba-BZD e pode alterar a arquitetura do sono”, disse. “O paciente pode fazer coisas sem ver, inclusive ter quedas inconscientes.” Em entrevista, Joice afirmou que, como faz normalmente, bebeu uma taça de vinho horas antes de tomar o remédio. Segundo Caixeta, isso pode agravar os problemas. 

Domingo 18 de julho
Por volta das 7 horas da manhã, Joice afirma ter acordado em meio a marcas de sangue no chão de seu closet. Em seu relato, ela conta que a primeira coisa que fez foi se arrastar até a cabeceira da cama e ligar para o marido, que a socorreu. Um hospital de Brasília constatou que a parlamentar teve cinco fraturas no rosto e uma na costela, além de estar com um dente quebrado e com o queixo cortado. “No momento que eu a encontrei e percebi que ela tinha sofrido algum problema, a primeira coisa que fiz foi ligar o meu modo médico e deixar o modo marido”, afirmou o marido, o neurocirurgião Daniel França. “Nessa hora, apliquei todos os protocolos de atendimento a neurotraumatismo. Por que eu não a levei ao médico? Porque o médico já estava aqui”, explicou. Quando indagado por que Joice não foi para um hospital imediatamente, Daniel afirma que, no primeiro momento, quis deixar a mulher mais “confortável” e “estável”.
 
Segunda-feira 19 de julho
Joice Hasselmann contou que dedicou o dia a ir ao dentista, uma vez que o dente quebrado a incomodava. Ela afirmou que, naquela data, ainda não trabalhava com a hipótese de ter sofrido algum tipo de agressão. “O dentista falou para mim: ‘Tem alguma coisa errada, eu acho que alguém pode ter até chutado seu rosto’.”
 
Terça-feira 20 de julho
De acordo com Joice, seu marido e o médico Roberto Kalil Filho disseram que ela precisava se submeter a exames. Joice fez tomografias do crânio, da face, da cervical e do joelho. Alguns veículos de comunicação divulgaram que, ao dar entrada no hospital, a parlamentar usou um nome falso, o que ela nega: “Saiu uma notícia de que eu entrei com nome falso; os exames estão com o meu nome: Joice Cristina Hasselmann. É muita loucura”. Foi nessa mesma terça-feira que ela reapareceu nas redes sociais fazendo críticas à escolha do presidente Jair Bolsonaro de indicar novamente o procurador-geral da República, Augusto Aras, para o cargo.
 
Quarta-feira 21 de julho
Os resultados dos exames feitos na véspera foram divulgados. “Até quarta de manhã eu achava que era um tombo”, afirmou Joice. “Minha mãe teve princípio de AVC mais ou menos na minha idade.” Segundo ela, só houve a suspeita de atentado depois que as tomografias ficaram prontas. “Nós nos assustamos pelo volume da fratura”, contou. “Meu marido falou: ‘Pode ser uma queda, mas você teria que ter batido em mais de um lugar. Ou pode ser uma agressão’. A partir daí, procuramos as autoridades.”

Raquel Gallinati, diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil e presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, explica quais seriam os passos ideais nesse caso: “Em uma situação em que a vítima acorda, percebe que está muito machucada e não se lembra de episódio nenhum, a primeira atitude é buscar socorro médico e, concomitantemente, ligar para a polícia para que as primeiras providências sejam tomadas, como a preservação do local do crime”.

Quinta-feira 22 de julho
Joice começou a dar entrevistas. Ela afirmou ter entrado em contato com a Polícia Legislativa, responsável pela segurança da Câmara dos Deputados e dos imóveis funcionais. Foi nesse dia que, pela primeira vez, ela divulgou a história nas redes sociais.
 
Sexta-feira 23 de julho
A deputada prestou depoimento à Polícia Legislativa da Câmara (Depol) e reafirmou o que disse à imprensa. Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, trouxe um elemento novo. “Uma das pessoas que trabalham para mim, faz dois meses mais ou menos, achou uma carteira de cigarros dentro da minha casa”, afirmou. “Eu não fumo, ninguém da minha casa fuma e a casa ficou dez dias fechada porque eu estava em viagem a São Paulo. Ninguém entrou aqui e só ele, teoricamente, tem a chave.” Segundo a parlamentar, há mais ou menos quatro meses um segurança que trabalha para ela relatou ter encontrado “marcas de pegada” tanto em seu apartamento de São Paulo quanto no de Brasília.
 
Sábado 24 de julho
Joice foi às redes sociais rebater uma fake news que dizia que as lesões sofridas por ela haviam sido provocadas por um acidente de carro. Nesse mesmo dia, ela começou a insinuar que o governo federal havia tido participação no caso. “A militante do gabinete do ódio espalha a armação (atribuída por fontes ao GSI) de que eu teria batido o carro, drogada e tudo de mais perverso.” GSI é o Gabinete de Segurança Institucional, chefiado pelo ministro Augusto Heleno. A Polícia Legislativa da Câmara emitiu uma nota afirmando que, por meio da análise das câmeras de segurança, concluiu que a parlamentar não saiu do imóvel de quinta (15) a terça-feira (20), momento em que teria ido para o hospital. Ela afirmou que em sua rotina costuma ficar em casa no fim de semana.

“Quem ficou me dando suporte aqui é a pessoa de sempre, o Cristiano, que trabalha comigo há muito tempo, que eu trouxe do Piauí”, afirmou Joice.

Domingo 25 de julho
A assessoria da deputada chamou a imprensa para uma entrevista coletiva. Apenas veículos maiores, como os canais de televisão, foram autorizados a subir ao apartamento de Joice, sob a alegação de que o espaço era pequeno. Ela concedeu uma longa entrevista ao lado do marido. Os dois fizeram questão de ficar o tempo inteiro de mãos dadas. Uma das perguntas feitas foi bastante óbvia
por que o casal demorou a ir ao hospital e acionar as autoridades? 
A parlamentar voltou a repetir que inicialmente não foi cogitada a suspeita de atentado. “Como você vai fazer um boletim de ocorrência porque caiu em casa? É uma coisa meio surreal”, afirmou.

Questionado sobre o episódio, o marido disse: “Não ouvi nada, exatamente porque eu estava dormindo em outro quarto, que não é colado ao quarto dela”. E prosseguiu: “Estava com a porta fechada, e, novamente, como não há nenhum sinal de luta corporal, o que imagino que tenha acontecido foi: ou ela caiu já sem consciência contra algum obstáculo ou teve a sua consciência retirada e daí foi agredida. Não tem luta, não tem grito”. Daniel França disse ver com naturalidade que seja levantada a dúvida sobre uma possível agressão sua contra a mulher. “Acho até natural esse tipo de suposição, mas me sinto muito tranquilo”.

Joice Hasselmann afirmou à polícia que tinha dois suspeitos. Um deles, um parlamentar. Ela, contudo, decidiu não revelar os nomes. 
A deputada contou também que decidiu não levar o caso à Polícia Federal por temer “uma interferência do presidente Jair Bolsonaro”.
 
Segunda-feira 26 de julho
Além da Polícia Legislativa, a Polícia Civil do Distrito Federal entrou no caso. A deputada esteve na 2ª Delegacia da Polícia Civil, na Asa Norte, em Brasília, para prestar depoimento sobre o suposto atentado. Foi a terceira vez que ela depôs sobre o caso. O portal Metrópoles informou que fontes da Polícia Civil do DF que trabalham no caso disseram que a parlamentar teria, inicialmente, se recusado a fazer exame toxicológico. Joice rebateu a reportagem. “Fiz todos os exames”, resumiu. Os investigadores orientaram a análise a partir da amostra sanguínea, para detectar vários tipos de substâncias consumidas até 180 dias antes da coleta. Ao sair da delegacia, a parlamentar foi ao Instituto Médico-Legal (IML) fazer exame de corpo de delito.
 
Terça-feira 27 de julho
A Polícia Civil realizou perícia no apartamento e recolheu materiais para análise. Já a Polícia Legislativa da Câmara periciou 16 câmeras do prédio onde se localiza o apartamento funcional da deputada e não identificou a entrada de nenhuma pessoa estranha nesse período. Joice foi às redes sociais para reafirmar a tese de atentado. “Já disse com todas as letras que isso não é coisa de amador, mas de profissional”, disse. “Ninguém entraria na casa de uma parlamentar para agredi-la dando tchauzinho para a câmera do térreo ou do elevador, tendo tantos pontos cegos no prédio. Não terei o mesmo destino de PC Farias.” Ela fez referência ao tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor, assassinado quatro anos depois de ter sido o pivô do impeachment do mandatário.
 
Quarta-feira 28 de julho
Dez dias depois do ocorrido, o marido da deputada fez exame de corpo de delito no IML. Foi o primeiro dia em que a deputada não usou as redes sociais para falar do episódio desde que começou a dar entrevistas à imprensa.
[O Prontidão Total optou em não expressar sua opinião sobre a VERDADE, no caso a versão apresentada pela deputada, que não combina com o FATO. Seria mais uma narrativa das muitas que a mídia militante, favorável aos "inimigos do Brasil", apresenta diariamente. Para evitar dissabores aos nossos dois leitores, destacamos que a deputada permanece firme no propósito de processar todos que apresentem uma 'verdade' diferente da que ela apresenta como 'fato', em que pese também não ter a parlamentar conhecimento do que ocorreu !!! ??? etc, etc, etc, ...]

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Edição 71 - Revista Oeste