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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Botafogo proíbe Flamengo de jogar no Engenhão

A briga de torcidas que resultou no assassinato de um torcedor do Botafogo ontem, terá consequências para o Flamengo: o clube de maior torcida do Brasil não jogará mais no Engenhão.

O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, vai proibir o Flamengo de jogar no estádio. Nem contra o Botafogo, nem contra ninguém. A decisão está tomada, segundo Pereira revelou a alguns interlocutores nesta manhã. E será formalizada numa reunião de diretoria que será realizada hoje.

A CBF e a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, ainda de acordo com o presidente do Botafogo, serão avisadas amanhã da decisão.
[lamentável a morte do torcedor do Botafogo em uma briga de torcidas , estando presente a suspeita de que foi assassinado por um torcedor do Flamengo.
Mesmo não havendo provas, o presidente do Botafogo aproveita a tragédia para se vingar de mais uma derrota que o 'foguinho' sofreu diante do MENGÃO.
O cartola não pode esquecer que o prejuízo com a proibição será maior para o 'foguinho'.]

Fonte: Blog do Lauro Jardim 

 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Polícia Federal faz buscas no escritório de filho de Lula - Busca da Zelotes é "despropositada", reage defesa de filho de Lula


          
Uma empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, a LFT Marketing Esportivo, recebeu pagamentos de uma das consultorias suspeitas de atuar pela Medida Provisória 471, que prorrogou benefícios fiscais de montadoras de veículos

A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, cumpre nesta segunda-feira, 26, mandado de busca e apreensão no escritório de Luiz Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação integra a terceira fase da Operação Zelotes, que investiga um esquema de compra de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos.

Como revelou o Estado no início do mês, uma das empresas de Luiz Cláudio, a LFT Marketing Esportivo, recebeu pagamentos de Mauro Marcondes, um dos lobistas investigados por negociar a edição e aprovação da MP 471 durante o governo Lula. A norma prorrogou incentivos fiscais para o setor automotivo. Luiz Cláudio, que também é dono da empresa Touchdown, confirma o recebimento de R$ 2,4 milhões.

O filho de Lula sustenta que os valores se referem a projetos desenvolvidos para uma empresa de Mauro Marcondes, a Marcondes e Mautoni Empreendimentos, em sua “área de atuação”, o esporte. Mas nunca deu detalhes dos serviços prestados.  Na nova etapa, os agentes investigam esquema de lobby e corrupção para “comprar” medidas provisórias que favorecem empresas do setor automobilístico, revelado pelo Estado no início do mês.

Cerca de 100 policiais federais cumprem 33 mandados judiciais no Distrito Federal, em São Paulo, no Piauí e no Maranhão, sendo seis de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e 9 de condução coercitiva. O lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como ‘APS’, um dos envolvidos na negociação das MPs, foi preso preventivamente.

Foi preso o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, em sua casa em Brasília. Há mandado de busca contra o consultor Mauro Marcondes. O dono da CAOA, Carlos Alberto Oliveira Andrade, foi alvo de mandado de condução coercitiva. As empresas dos dois, a SGR e a Marcondes & Mautoni, foram contratadas pelo esquema de lobby para suposta compra de MP.

A PF também faz busca e apreensão na casa de Fernando César Mesquita. Ele já foi porta-voz da presidência e secretário de comunicação do Senado.
Empresa de Luis Cláudio Lula da Silva recebeu pagamentos de consultoria investigada
A defesa do empresário Luis Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, afirmou que as buscas realizadas pela Operação Zelotes nesta segunda-feira, 26, foram "despropositadas". As empresas ligadas a Luis Cláudio foram vasculhadas pelos agentes da Polícia Federal e da Receita Federal, por ordem da Justiça.

A ação integra a terceira fase da Operação Zelotes, que investiga um esquema de compra de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos.
Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo no início do mês, uma das empresas de Luiz Cláudio, a LFT Marketing Esportivo, recebeu pagamentos de Mauro Marcondes, um dos lobistas investigados por negociar a edição e aprovação da MP 471 durante o governo Lula. A norma prorrogou incentivos fiscais para o setor automotivo. Luis Cláudio, que também é dono da empresa Touchdown, confirma o recebimento de R$ 2,4 milhões.

"A busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na data de hoje (26 de outubro), dirigida à Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda., revela-se despropositada na medida em que essa empresa não tem qualquer relação com o objeto da investigação da chamada Operação Zelotes", afirma o advogado Cristiano Zanin Martins, que integra o núcleo de defesa da família Lula
.  [tudo bem, é até aceitável, em principio, o argumento de que  que a empresa do pupilo do Lula nada tenha a ver com as investigações decorrentes da Operação Zelotes; só que uma pergunta precisa ser respondida: o que tem a empresa do filho do Lula, que diz ser especializada em promoção de eventos esportivos, com a Anfavea que cuida da promoção dos interesses da indústria automobilística?] não tem – como também as atividades da Touchdown Promoção de Eventos Esportivos nada têm a ver com

Segundo o advogado, a Touchdown organiza o campeonato brasileiro de futebol americano - torneio que reúne 16 times, incluindo Corinthians, Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo, Santos e Portuguesa -, "atividade lícita e fora do âmbito da referida Operação".

A defesa informou em nota que a LFT Marketing Esportivo "se viu indevidamente associada à edição da MP 471 - alvo da Operação Zelotes". "A simples observação da data da constituição da empresa é o que basta afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas", continua o texto.
[primeiro a quadrilha faz os malfeitos e após cuida de regularizar o produto do crime;
O próprio Lula só se tornou palestrante ‘juramentado’ após o término do seu segundo mandato.]

"A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 - 2 anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltone ocorreu entre 2014 e 2015 - mais de 5 anos depois da referida MP e está restrita à atuação no âmbito de marketing esportivo. Dessa prestação resultaram 4 projetos e relatórios que estão de acordo com o objeto da contratação e foram devidamente entregues à contratante. O valor recebido está contabilizado e todos os impostos recolhidos e à disposição das autoridades", sustenta a defesa. [boa justificativa seria se a empresa já existisse antes das falcatruas; quando a regularização do faturamento no aspecto contábil,  tributário, é parte integrante aliás o objetivo,  do processo de lavagem do dinheiro sujo.]

Os advogados das empresas de Luis Cláudio destacam que assim que tomaram conhecimento da busca e apreensão pediram à Justiça e à Polícia Federal acesso a todo o material usado para justificar a medida, "não tendo sido atendidos até o momento". "Tal situação impede que a defesa possa exercer o contraditório e tomar outras medidas cabíveis", protesta a defesa.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Polícia está impedida de agir preventivamente - bandidos ficam impune - o remédio é a Lei de LYNCH

Moradores de Copacabana agridem adolescentes em via do bairro e jovens que seguiam em ônibus

Policiais militares evitaram que jovens fossem linchados por moradores do bairro

Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 16h de domingo. Um grupo de pelo menos dez pessoas, que seria formado por moradores da região, cerca um ônibus que está voltando da praia. Eles quebram a socos os vidros do coletivo para agredir jovens que estão lá dentro. Tumulto, correria. Policiais chegam, dispersam a confusão e evitam um linchamento. Depois de um sábado de medo, com arrastão em ruas da Zona Sul, foi assim que terminou o fim de semana no bairro mais famoso do Rio. Diante de um dilema da cidade, sobre como enfrentar a violência nas praias e no seu entorno garantindo a todos o direito ao lazer, o capítulo de domingo foi de novas cenas tristes: mais assaltos nas areias e pessoas tentando fazer justiça com as próprias mãos. [a polícia só é eficiente na hora de livrar a cara do bandido.]
 
O ônibus da linha 474 (Jacaré-Jardim de Alah) estava lotado quando um grupo de cerca de dez homens abordou o veículo. Vidros do ônibus foram quebrados. Mais pessoas apareceram para atacar quem saía da praia. Quem estava dentro do coletivo, em desespero, quebrou uma das janela e pulou. Acionados, PMs com armas em punho protegeram os passageiros que eram ameaçados a todo instante. Ninguém foi preso, mas a Polícia Civil informou que vai investigar os responsáveis pela agressão.

Os homens que abordaram o ônibus, todos fortes, usando bermudas, camisetas e tênis, perseguiram os passageiros que conseguiram fugir pela janela. Vídeos feitos por moradores de prédios vizinhos, que mostram jovens sendo espancados, ganharam as redes sociais.
— Abre a porta, abre a porta, motorista! Só tem ladrão. Vamos dar porrada. Fotografa eles, só tem ladrão — dizia um deles, enquanto espancava um adolescente, chutado várias vezes.

AÇÃO TERIA SIDO PLANEJADA EM REDES SOCIAIS
A reação, aparentemente, não foi espontânea. Ela teria sido planejada pelas redes sociais. Numa página que reúne moradores de Copacabana, alguns comemoraram o ataque aos jovens. Um internauta chegou a escrever que a ação teria sido organizada por WhatsApp. “Polícia não faz nada. Os justiceiros fazem! Meus aplausos”, comentou um internauta no grupo, apoiado por outros seguidores da página. “Só assim temos alguma chance de mudar”, “Meus aplausos, meu agradecimento e meu ‘muito obrigada’”.

— Começou um barulho que parecia até de tiro e muita gente começou a correr. Foram chegando muitos carros de polícia, com sirene ligada e, como moro perto da Nossa Senhora de Copacabana, desci para ver. Só dava para ouvir as pessoas gritando, correndo, umas diziam que estava tendo um arrastão. Parece que já tinha um grupo perseguindo o ônibus, não consegui identificar se queriam pegar alguém específico ou se era contra um grupo — contou um morador.

O professor Ignácio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, disse que a sociedade precisa reagir imediatamente contra esse tipo de movimento de reação com violência. — A praia é o último espaço democrático da nossa cidade. Preservar essa convivência é essencial para o Rio. Não é apenas um desafio, é uma obrigação de todos. Se existe um grupo perseguindo outro, seja porque é negro, porque é pobre, porque pensa diferente, é preciso impedir.

Em nota, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, informou que está sendo cumprida a ordem judicial, após ação impetrada pela Defensoria Pública, que proíbe a PM de abordar e apreender jovens que não estejam cometendo ato infracional: “Ordem judicial se cumpre. A Polícia Militar perdeu a prerrogativa da prevenção. Só pode agir depois do ocorrido”.


O advogado Breno Melaragno, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB, disse que a questão precisa ser conduzida na legalidade:  — A secretaria (de Segurança) vem repetindo que o problema não é só uma questão de polícia, mas de todos nós. É de todos e também da polícia. Mas sempre dentro da legalidade. Se a polícia aborda um ônibus e não há flagrante delito, não há como conduzir uma pessoa para a delegacia. Revistar é é uma atitude legal, mas se não há crime, ninguém pode ser preso e conduzido para a delegacia.

As cenas de violência ontem começaram cedo nas areias. Nem o reforço de mais 190 PMs no Arpoador e em Ipanema foi suficiente para impedir roubos a banhistas. Uma equipe do GLOBO flagrou três assaltos em pouco mais de meia hora no trecho entre os postos 7 e 8. O bancário Jerônimo Oliveira, que veio de Rio das Ostras para visitar a família no Rio, passeava com um amigo no calçadão, próximo ao Parque Garota de Ipanema, quando teve o cordão e o celular roubados. Ele foi cercado e agredido. — Eu estava indo comprar algo para beber e, de repente, senti puxarem meu cordão. Automaticamente eu virei para trás e aí fui derrubado. Eram mais de dez em cima de mim, me batendo e enfiando aos mãos nos meus bolsos. Quando eu consegui levantar, eles sumiram rapidamente — contou.

O casal Edith Rodrigues Leal e Alan de Souza, moradores de Nilópolis, também foi assaltado por um adolescente, por volta das 15h, enquanto caminhava à beira-mar.— Eu tinha acabado de fazer uma foto nossa e guardei o celular no bolso. Logo depois senti alguém puxando e quando virei olhei o rosto dele. Começamos a correr atrás do garoto e por alguns instantes ele sumiu. Depois a polícia já tinha chegado e o vimos novamente. O policial me perguntou se eu o reconheceria, disse que sim, e ele foi preso — lembrou Edith.

O rapaz era menor de idade e foi levado para a 14ª DP (Leblon), onde foi reconhecido pelas vítimas. Na delegacia, houve fila para registros de ocorrência de furtos e roubos, na tarde de ontem. No fim do dia, outros quatro menores foram apreendidos no Túnel Novo, que liga Botafogo a Copacabana, mas acabaram liberados.

Presidente da Associação de Moradores de Ipanema, Maria Amélia Fernandes Loureiro, disse que a violência na praia é recorrente. — Na minha opinião, isso não é um problema apenas da polícia, mas uma questão que deveria ser discutida por toda sociedade — afirmou.


No sábado, um vendedor de flores foi baleado em Botafogo e dezenas de pessoas foram vítimas de um arrastão feito por um grupo que tinha acabado de sair da praia. Vinte jovens foram detidos, mas todos acabaram liberados porque nenhuma vítima reconheceu o suspeito. Regina Chiaradia, presidente da Associação de Moradores de Botafogo, contou que nunca tinha visto situação parecida.
— Foi algo inédito. Foi assustador. Recebi relatos de vários moradores. Eles roubavam tudo e todos. Atacaram postos de gasolina, supermercados e lojas. A gente sempre ouvia falar de arrastão na praia, mas nas ruas de dentro dos bairros, como aconteceu ontem (sábado) foi a primeira vez — contou Chiaradia.

O coronel Luiz Henrique Marinho Pires, comandante do 1ª Companhia de Policiamento de Área, disse que o policiamento nas praias foi reforçado, mas que ainda não há data para começar a Operação Verão.

Fonte: O Globo 
 

domingo, 7 de junho de 2015

Botafogo, agora na Série B, só faz ganhar, está invicto - o risco é ser campeão e ter que voltar para a Série A

Nada de chapas-brancas

Proibir biografias não autorizadas, em nome da privacidade de suas vítimas, é o mesmo que mandar fechar o sistema bancário para evitar assaltos a banco

Nessa quarta feira, dia 10 de junho, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, relatora no STF do projeto que libera para publicação as biografias não autorizadas, encerra a polêmica que sacode o país desde o ano passado. Se entendi bem tudo que leio nos jornais e na internet desde o início dos debates (ou que andei ouvindo de alguns interessados), nossos mais significativos artistas da música popular aderiram, no ano passado, à campanha contra essa liberação num acordo que traria Roberto Carlos para a militância dos direitos autorais, em troca do apoio dos outros à proibição das biografias não autorizadas. 

Junto com Roberto, artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e outros da mesma estirpe, sob a liderança da produtora Paula Lavigne, criaram então a Associação Procure Saber (APS), uma aliança entre nossos melhores astros e estrelas populares. No meio do caminho, parece que Roberto Carlos descumpriu o combinado e criticou seus parceiros, eximindo-se de culpa diante da enorme repercussão pública contra a censura às biografias não autorizadas. [nos permitimos discordar da colocação do  Roberto Carlos no mesmo nível dos outros citados - para haver tal igualdade seria preciso uma grande queda do Roberto.]

Deve ser mesmo difícil fazer política com alguém que está, há mais de 50 anos, acostumado a ser chamado de rei. Rei não faz política, rei impõe sua vontade. Mas, pelo menos dessa vez, o Rei está errado. Apesar de toda a minha grande admiração pelo artista, não vejo na figura agora solitária de Roberto Carlos um valor superior ao daqueles seus eventuais aliados. Roberto é meio como o outro rei, Pelé nós adoramos ouvi-los e vê-los atuar, mas precisamos pouco de suas opiniões sobre o mundo. [ressalva: Pelé foi extremamente feliz e demonstrou sua extraordinária inteligência quando declarou que "o povo brasileiro não sabe votar".
Desde que o povo brasileiro voltou a votar o Brasil se transformou nessa ... que aí está.]
No meio desta semana, a APS informou por nota que “estamos fora do assunto desde a saída de Roberto Carlos” (“Folha de S.Paulo”). Tanto melhor. É difícil e muito desconfortável nos manifestarmos contra projeto de um grupo tão representativo do que ainda temos de melhor no país, ficamos imaginando as razões de uma posição que não compreendemos. Mas agora estamos liberados para dizer que proibir a publicação de biografias não autorizadas é uma violência contra a liberdade de expressão e o progresso cultural do país.

Podemos aceitar que a Constituição tenha cláusulas “pétreas”, mas nenhuma delas deve ser absoluta. Até as pedras se modificam, perdem seu peso e mudam de cor, quando se vão na corrente dos rios. São os costumes que fazem as leis, e não o contrário. Ou seja, quando consagrados pela sociedade em que se impõem, os costumes são mais poderosos que a lei e a modificam necessariamente. Não tem constituição que os iniba e contenha.

O direito à privacidade não é um valor absoluto. Se eu quiser falar publicamente do vizinho que me perturba, tenho todo o direito de fazê-lo. Se meu vizinho não gostar, tem por sua vez o direito de me responder e de me processar, exigindo punição à minha mentira ou infâmia. Quando o outro, mais do que meu vizinho, é um homem público, capaz de mexer com a política ou a cultura nas quais estou inserido, das quais faço parte e dependo, que levam a sociedade em que vivo numa determinada direção, é até uma minha obrigação me meter na vida dele. Isso talvez me faça compreender melhor seu mecanismo de ação, entendê-lo ou repudiá-lo; talvez me faça compreender melhor o próprio mundo em que vivo, fazendo portanto parte da cultura que me envolve. [entendemos que o homem público por exercer função pública, por ser empregado de órgãos públicos, por administrar a 'coisa pública' , tem de, forma bem limitada, o  DIREITO À PRIVACIDADE; 
já o homem que se tornou 'PÚBLICO' (nos parece mais adequado considerar que se tornou CONHECIDO, se tornou personalidade nacional ou mesmo internacional) pelo exercício com sucesso de uma atividade privada- caso do Roberto Carlos  e outros artistas ou profissionais de destaque em outras áreas -  tem o direito total à privacidade.] 

Já o direito à liberdade de expressão é a própria razão da democracia e é do conflito entre o que todo nós manifestamos que se expressa a liberdade, a única virtude que não pode ser nunca flagrada em perigo. Até a liberdade de mentir deve ser permitida, contanto que o infrator possa ser punido pela eventual verdade ferida. Proibir a publicação de biografias não autorizadas, em nome da privacidade de suas vítimas, é o mesmo que mandar fechar todo o sistema bancário para evitar assaltos a banco. Estamos no mundo para conhecer e criar, não podemos proibir aquilo que melhora nossa percepção do real sobre o qual atuamos. O próprio Caetano Veloso, citado pela coluna de Ancelmo Gois, afirmou a amigos que não quer “biografias chapas-brancas”. Essas é que são a construção de uma ilusão de todos, em benefício das fantasias de um só, o biografado.

Estamos falando do progresso da cultura brasileira, fazendo-a mais responsável, sendo criticada sempre que necessário, no público ou no privado. A vida privada de todo mundo, do gari na rua ao presidente da República, não é mais importante do que a necessidade que temos de sabermos melhor em que mundo vivemos. E como vivem aqueles em que confiamos. 

Cantinho do Botafogo (plagiando o Dapieve). Há muito tempo que nossa torcida não se sentia tão feliz. Agora na Série B, o Botafogo só faz ganhar e está invicto, em primeiro lugar na tabela do campeonato. Só precisa tomar cuidado para não ser campeão, porque aí vai ter que voltar à Série A.

Fonte: Cacá Diegues, cineasta - O Globo
carlosdiegues@uol.com.br

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Onze dos 12 grandes clubes do Brasil fecharam 2014 com déficit

Clube de Regatas Flamengo, o MENGÃO, foi o único a fechar 2014 com superávit
Os times brasileiros nunca receberam tanto dinheiro da televisão quanto em 2014. Porém, o ano da Copa do Mundo no Brasil ficou marcado por uma verdadeira catástrofe nas contas dos maiores clubes do país. Exceto pelo Flamengo, todos os outros 11 gigantes registraram déficits. Ou seja, gastaram mais do que arrecadaram. 

A lista conta com Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Internacional e Grêmio (ver números completos no fim da matéria)O campeão de prejuízo foi o Botafogo, que fechou 2014 com R$ 174,8 milhões. O clube carioca chegou a dever sete meses de direitos de imagens a seus atletas, que fizeram protestos e ameaçaram greve durante o Campeonato Brasileiro. O Fogão havia tido outros R$ 73,9 milhões de rombo em 2013.

O São Paulo também superou os R$ 100 milhões de prejuízo no último ano. Segundo o presidente Carlos Miguel Aidar, as dívidas bancárias foram a grande vilã. “Pagamos quase R$ 8 milhões por mês com juros e amortização da dívida. Também ficamos sem patrocinador master por quase meio ano”, justifica.

O Corinthians usou de uma manobra contábil para disfarçar seu déficit no balanço patrimonial de 2014: o clube incluiu R$ 327,5 milhões de receita do fundo de investimento imobiliário de seu estádio. Mas, na realidade, houve prejuízo de R$ 97 milhões. Somente com bilheteria, o Timão deixou de faturar R$ 25 milhões na comparação com 2013.

Nem o fato de terem dominado as competições nacionais livrou Atlético-MG e Cruzeiro do vermelho. O Galo, que ganhou a Copa do Brasil, amargou R$ 48,4 milhões de déficit, que tem muito a ver com o aumento no investimento no departamento de futebol profissional, de R$ 43,2 milhões. A Raposa, bicampeã do Brasileirão, fechou com R$ 38,6 milhões de déficit. É bom observar que os valores das vendas de Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e Lucas Silva serão incluídos no balanço de 2015.

O Santos também teve números alarmantes: R$ 58,9 milhões de déficit e R$ 190 milhões de dívidas vencendo a curto prazo. Detalhe importante: o Peixe tem apenas R$ 15 milhões a receber nos próximos meses e já antecipou todas as receitas com TV em 2015.

O Palmeiras parece ter equacionado seus problemas financeiros, porém fechou 2014 com R$ 27,6 milhões. O que preocupa é que o presidente Paulo Nobre emprestou R$ 180 milhões ao clube desde que tomou posse, em janeiro de 2013. O dinheiro começa a ser devolvido a partir de maio - sempre que o Verdão registrar lucro mensal, 10% do faturamento irá para os cofres do presidente.

Vasco e Fluminense tiveram prejuízos modestos na comparação com os rivais. O Cruzmaltino, que jogou a Série B e portanto pôde montar um elenco mais barato, ficou no vermelho em R$ 13,6 milhões.  
Já o Tricolor carioca gastou R$ 7,1 milhões a mais do que arrecadou - havia tido prejuízo de R$ 3,3 milhões no ano anterior.

A exceção: O único grande que teve lucro foi o Flamengo, com incríveis R$ 64,3 milhões de superávit - foi o maior lucro da história de um clube brasileiro, superando o Santos de 2005, que fechara com R$ 63,1 milhões, impulsionado pelas vendas de Robinho e companhia.

A receita flamenguista para fechar no azul passou pelos R$ 115 milhões de faturamento com direitos de transmissão, pelos R$ 79,9 milhões em patrocínios, por R$ 40,1 milhões com bilheteria e outros R$ 30,3 milhões com o programa sócio-torcedor.

CLUBE / RESULTADO EM 2014 / RESULTADO EM 2013- Botafogo / R$ - 174,8 milhões / R$ - 73,9 milhões
- São Paulo / R$ - 100,1 milhões / R$ - 23,5 milhões
- Corinthians / R$ - 97,0 milhões / R$ - 10,6 milhões
- Santos / R$ - 58,9 milhões / R$ - 40,6 milhões
- Internacional / R$ - 49,1 milhões / R$ - 0,1 milhão
- Atlético-MG / R$ - 48,4 milhões / R$ -22,5 milhões
- Cruzeiro / R$ - 38,6 milhões / R$ - 22,8 milhões
- Grêmio / R$ - 31,6 milhões / R$ - 56,8 milhões
- Palmeiras / R$ - 27,6 milhões / R$ - 22,6 milhões
- Vasco / R$ - 13,6 milhões / R$ - 10,3 milhões
- Fluminense / R$ - 7,1 milhões / R$ - 3,3 milhões

- Flamengo / R$ 64,3 milhões R$ - 19,5 milhões


Flamengo teve superávit recorde na história do país (Jorge Rodrigues/Gazeta Press)