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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Uma baixa sentida no TSE e a profissionalização do garimpo - VOZES

Alexandre Garcia

TSE
Muitos pais têm me mandado mensagem que não sabem o que fazer por causa do noticiário a respeito da vacinação infantil. Eu tenho respondido: leiam as bulas. Eu tenho uma mania de ler a bula. Embora a minha mulher médica diga que o paciente não deve ler a bula, eu leio.

É fácil de acessar na internet as bulas das vacinas e estão lá relatadas as reações adversas. Estou contando isso porque o próprio diretor-geral da Anvisa – que participou de audiência no Senado nesta quarta-feira (16) –, o contra-almirante Antonio Barra Torres, se queixou que está recebendo muita ameaça por causa da autorização da vacinação infantil.

Bolsonaro na Hungria
O presidente Jair Bolsonaro vai desembarcar nesta quinta-feira (17) na Hungria, país que apoia a nossa entrada na OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o clube dos países de elite da economia. A Hungria também comprou dois cargueiros da Embraer, o KC-390, e é um bom parceiro.

Como o mercado financeiro vê os principais candidatos a presidente
Rússia expulsa vice-embaixador dos EUA e diz que será obrigada a “reagir” se não houver negociação
Quem vai decidir o que viola a Lei Eleitoral?


No Kremlin, nesta quarta, a conversa entre Bolsonaro e o presidente russo Vladimir Putin durou duas horas. Eles se sentaram lado a lado, apertaram as mãos e tiveram uma conversa muito profícua, como disse o presidente, sobre indústria de defesa, de material bélico, extração de gás e petróleo, indústria de fertilizante e tecnologia de ponta. Houve também reuniões entre os ministros da Defesa e os ministros de Relações Exteriores. Foi muito bom!

Tragédia repetida
Todos os anos, nessa mesma época, a chuva cause mortes na região serrana fluminense. Desta vez são 80 mortos. Em 2011, foram 918 mortes e 99 desaparecidos até hoje.

É incompreensível que os governos locais – prefeituras e governo do estado não tenham prevenido essa tragédia, porque isso se previne, evitando a moradia em lugares perigosos, segurando as encostas, há tecnologia para isso. Mas se repete todos os anos porque não fazem. Agora, eles dizem o que devem fazer e depois não fazem. É uma coisa incrível.

General recua

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não é fácil. O ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, Fernando Azevedo e Silva, que foi braço direito do general Villas Boas no comando do Exército e chefe de gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, desistiu de ocupar a direção-geral do tribunal. [decisão acertada a do general - iria ter muito aborrecimento indo para o TSE, já que lá a encrenca ronda por lá. Vejamos: 
- temos o ministro Barroso que não aceita críticas as suas.... ops, urnas eletrônicas - especialmente se os críticos cogitarem de invasão de hackers; 
- por sua vez, o ministro Fachin, declara em entrevista que a Justiça Eleitoral pode estar sob ataque de hackers.
Se algum apoiador do presidente Bolsonaro ao menos insinuar, de fininho, só imaginar que o sistema eleitoral do TSE pode ser invadido - aliás,  já ocorreu uma invasão,  tem um inquérito sobre o assunto (confira: hacker penetrou, mas não gozou?) - será no mínimo preso, encarcerado até o final do próximo mandato do presidente Bolsonaro.
FATO - ou o ministro Fachin  conspira contra a democracia (as urnas e a  TSE se confundem, um precisa do outro) = ao propagar que a Justiça Eleitoral pode estar sob ataque de hackers = ou o ministro Barroso exagera no excesso de otimismo.
Para completar o ministro Moraes está atento, pronto para prender qualquer um que em seu entendimento  conspire contra a democracia. Não podemos olvidar que o ministro Moraes é adepto de prender, até mesmo por supostas práticas que não são tipificadas como crimes - apoia suas determinações em interpretações criativas das leis e/ou crianção de figuras jurídicas inexistentes tais operações  = (com destaque para o delito continuado, o flagrante continuado. [ou flagrante perenemente possível, incompatível com mandato de prisão em flagrante.)  É muita encrenca para administrar, até para um general.]

O general Azevedo e Silva havia sido convidado e já tinha aceitado o posto em pleno ano eleitoral. Mas agora viu que não dá, que o coração dele não aguenta. Literalmente. Como certamente se espera um ano complicado no TSE, eles pediu desculpas e voltou atrás.

Profissionalização
De toda a Amazônia me mandam mensagens sobre esse decreto que criou o programa de apoio à "mineração artesanal e em pequena escala" dizendo que querem legalizar o garimpo. Não é legalizar, é para profissionalizar o garimpo mesmo.

Os garimpeiros hoje não vão mais minerar na unha como ocorria na Serra Pelada. Hoje eles têm retroescavadeiras, por exemplo. É uma microempresa a mineração em pequena escala, não é industrial. Por isso esse decreto é para organizar o setor. Agora, eu continuo sem entender porque daquele ataque, que parecia guerra do Vietnã contra os garimpeiros, no mesmo dia em que o Palácio do Planalto estava anunciando esse programa de apoio.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES



segunda-feira, 31 de agosto de 2020

A derradeira estação - Nas Entrelinhas

“A corrupção endêmica no Rio de Janeiro tem uma dimensão cultural que precisa ser levada em conta, por causa da glamurização da ética da malandragem


Escrevo a coluna com o som na caixa. Chico Buarque canta Estação Derradeira, na qual glamuriza com afeto e poesia as mazelas do Rio de Janeiro: “Rio de ladeiras/ Civilização encruzilhada/ Cada ribanceira é uma nação”. A imagem de São Sebastião, o santo padroeiro da cidade, é invocada para sintetizar o sofrimento e a esperança, como nas paliçadas ao pé do Morro Cara de Cão, na Urca, na qual Estácio de Sá e os paulistas, com apoio do cacique Araribóia, em 1º de março de 1565, fundaram a cidade para expulsar os calvinistas franceses e seus aliados tamoios. Sobe o som: “São Sebastião crivado/ Nublai minha visão/ Na noite da grande/ Fogueira desvairada/ Quero ver a Mangueira/ Derradeira estação.”

A música não me saía da cabeça desde a notícia do afastamento do governador Wilson Witzel e a prisão de seus aliados por corrupção, entre eles o Pastor Everaldo, presidente do PSC. Não vou repetir o que já se sabe: mais um governo atolado no mangue da corrupção. Entretanto, para quem quiser saber como tudo isso começou, recomendo o romance de Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias, que retrata a vida do Rio de Janeiro no início do século XIX, com a chegada de D. João VI e sua Corte. A história foi publicada anonimamente, em folhetim, ou seja, em capítulos semanais, no Correio Mercantil, entre junho de 1852 e julho de 1853. O nome do autor foi revelado apenas na terceira edição em livro, póstuma, em 1863.

Personagens populares são os grandes protagonistas do romance, movidos por duas forças de tensão, a ordem e a desordem, características profundas da sociedade colonial da época, que se mantêm até hoje. O major Vidigal e sua comadre, dona Maria, pertencem ao lado da ordem, porém, nada têm de retidão, apenas estão em uma situação social mais estável. A desordem é representada pelo malandro Teotônio, o sacristão da Sé e Vidinha. Entretanto, todos transitam de um pólo para o outro, em momentos de acomodação. Mas voltemos à crise do Rio de Janeiro, que muitos atribuem à transferência da capital para Brasília e/ou à fusão da antiga Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro. Essa é uma visão nostálgica, embora tenha a ver com a crise estrutural do estado. De fato, a transferência da capital esvaziou política e economicamente a antiga Guanabara. 

Entretanto, a fusão dos dois estados foi feita exatamente para compensar essas perdas, pois o projeto do presidente Ernesto Geisel, no regime militar, era fazer do Rio de Janeiro a capital do setor produtivo estatal, que rivalizaria com São Paulo, pois concentrava as sedes da maioria das empresas estatais. O colapso do modelo de capitalismo de Estado dos militares, porém, pôs o Rio a perder. Era um erro de conceito, abatido pela crise do petróleo e pela falta de capacidade de financiamento do Estado brasileiro.

Ética da malandragem
Para complicar, a Constituinte da Fusão, em 1975, que acompanhei como repórter do antigo Diário de Notícias, encarregou-se de inchar a máquina do novo estado, que já nasceu envelhecida, efetivando os comissionados e celetistas dos antigos governos dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, e mais os que foram incorporados à intervenção pelo almirante Faria Lima. Sem muita racionalidade na distribuição de responsabilidades entre a administração estadual e a nova prefeitura da capital, o resultado foram mais gastos públicos e ineficiências, além de um passivo previdenciário exponencial e impagável. Essa situação agravou-se após a Constituição de 1988, com a efetivação de mais comissionados na aprovação da nova Constituição estadual.

A última grande frustração do estado foi o governo de Sérgio Cabral, que, inicialmente, parecia a redenção do Rio de Janeiro, por causa da exploração de petróleo e das Olimpíadas, mas se atolou no mar de lama da corrupção. A euforia do pré-sal logo se esvaziou, com a mudança do regime de concessões para partilha, que desorganizou o “cluster” de empresas do setor, devido à suspensão dos leilões de poços de petróleo por sete anos, e o escândalo de corrupção da Petrobras, que colapsou ainda mais a economia fluminense, em meio à recessão do governo Dilma Rousseff.

A corrupção endêmica nos governos do Rio de Janeiro, porém, tem uma dimensão cultural que precisa ser levada em conta, por causa da glamurização da ética da malandragem e da tolerância da elite fluminense com a secular e sistemática captura das políticas públicas por grandes interesses privados, que levam à formação de máfias de empresários e políticos, que drenam os recursos do estado para a constituição de patrimônio, além do compadrio, do fisiologismo e do clientelismo. O consequente apagão administrativo favorece, também, a ocupação de territórios cada vez maiores pelo tráfico de drogas e pelas milícias, protegidos pela banda podre do sistema de segurança pública. [além da falha do sistema de segurança pública, atribuída a banda podre daquele sistema, há decisão do STF que dificulta a ação policial em certas áreas da capital fluminense.]

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense


sábado, 15 de dezembro de 2018

#SanatórioGeral: A guerra da Benedita

Deputada do PT insinua que o Uruguai vai invadir o Brasil para libertar o presidiário Lula

[o petismo exacerbado pode levar à loucura.]


“A conversa com o ex-presidente Pepe Mujica, aqui no Uruguai, fortalece a nossa luta em defesa das políticas de integração da América Latina e da campanha Lula Livre. #Mujica #PepeMujica“. 

(Benedita da Silva, deputada federal pelo PT fluminense, no Twitter, insinuando que o Uruguai vai invadir o Brasil para exigir a libertação de um corrupto condenado a 12 anos e 1 mês de gaiola)

terça-feira, 21 de novembro de 2017

TRF2 decide novas prisões por questão apenas formal; se quiser, Assembleia reverte de novo

Com efeito, o TRF2 deveria ter sido oficiado pela Assembleia para expedir o alvará de soltura. Vale dizer: só pode soltar quem pode prender; só pode prender quem pode soltar. E não se fez isso

[Diretor da SEAP - Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, entrou com HC preventivo,  visando não ser preso com o constante prende e solta que está ocorrendo devido desentendimentos entre a ALERJ e o TRF-2.] 
 
Como a torcida tomou o lugar da objetividade, o pobre consumidor de notícia se vê enrolado pelos desejos de quem produz a notícia. Vamos ver. Eu, você que me lê mais as torcidas do Flamengo, do Fluminense, do Vasco e também do América somos favoráveis, em si, às respectivas prisões dos deputados estaduais Jorge Pìcciani, Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do PMDB. Alguns de nós podemos até saber por que gostaríamos que ficassem em cana; outros nem tanto. Não interessa. Basta ver o noticiário e o comportamento quase de soldado da causa dos jornalistas, e a gene logo se convence da culpa.

Se vocês notarem, não trato aqui de inocência e culpa. Quando chegar a fase do julgamento, a gente vê. O que me interessa nessa questão é saber se a prisão é constitucional ou não. E ela não é. Por essa razão, a coisa irá parar no Supremo. E só então vamos saber o Estado geral da confusão institucional que o país vive. E só então saberemos se o tribunal vai respeitar a Constituição que temos ou se vai dar um jeitinho. O que interessa saber e se a Assembleia pode ou não reverter a prisão preventiva ainda que tivesse havido o flagrante de crime inafiançável, e e ela pode. A menos, reitero, que uma maioria do STF resolva estuprar a Constituição.

Pra começo de conversa, vamos entender o que fez o Tribunal Regional Federal. O órgão tornou sem efeito a decisão da Assembleia alegando vício formal. Não se trata de decisão de mérito. Com efeito, o TRF2 deveria ter sido oficiado pela Assembleia para expedir o alvará de soltura. Vale dizer: só pode soltar quem pode prender; só pode prender quem pode soltar. E não se fez isso.

O tribunal deveria discutir, nesta terça, o afastamento dos três de seus respectivos mandatos, mas o relator, Abel Gomes, pediu questão de ordem. E aproveitou para fazer algo descabido, além de determinar nova prisão: fez um desagravo à Lava Jato, como se o país estivesse hoje sob o império de dois ordenamentos legais ou, se quiserem, de um ordenamento legal e de outro paralegal: um deles é o conjunto de normas que se conhece; o outro, a operação, que atuaria, então, como uma espécie de intendente da outra. Caminhamos para um mau lugar.

Não custa repetir as balizas legais. O Artigo 53 da Constituição estabelece que parlamentares federais só podem ser presos por flagrante de crime inafiançável — e, ainda assim, a decisão pode ser revertida pela respectiva Casa Legislativa. O Artigo 27 define que os deputados estaduais têm as mesmas garantias dos federais; logo, vale também para estes o que está disposto no Artigo 53. Já o afastamento de um parlamentar de seu cargo não está previsto em lugar nenhum.

Isso foi uma inovação do Supremo, que começou com o ministro Teori Zavascki e, como se vê, pode desencadear um tsunami. Notem como uma única feitiçaria com a Constituição pode dar numa grande confusão. Infelizmente, o tribunal condescendeu, lá atrás, com o afastamento de Eduardo Cunha. Sim, por tudo o que se sabe, ele merece estar onde está. Mas o afastamento foi inconstitucional.

Aquilo gerou uma questão, traduzida na forma de Ação Direta de Inconstitucionalidade. Seus autores alegaram — e com razão, acho eu — que, se for para aplicar medidas cautelares (previstas no Art. 319 do Código de Processo Penal), que sejam estas submetidas à respectiva Casa parlamentar. Já que esta pode deliberar sobre o “mais”, que delibere sobre o menos. Por 6 a 5, estabeleceu-se que o conjunto do Senado ou da Câmara dá a palavra final sobre toda decisão judicial que afetar o exercício regular do mandato.

Mas isso também vale para deputados estaduais? Ora, se o Artigo 27 da Constituição não foi abolido, vale. Assim, o TRF sabia, sim, que sua decisão poderia ser revista ainda que tivesse sido legal; ainda que as respectivas prisões tivessem como causa flagrante de crime inafiançável. E não foi o que aconteceu.

E agora?
Bem, em tese, a Assembleia pode realizar outra sessão, determinar de novo a soltura dos deputados e fazer o devido ofício ao TRF2 para que possa expedir o alvará de soltura, dentro do rigor formal. Não deixa de ser engraçado que uma corte de segunda instância determine uma prisão ilegal e depois de abespinhe em razão de mero vício formal. Mas sigamos. A Casa também pode endossar as prisões.

Em qualquer caso, parece que a questão voltará ao Supremo, e talvez o comando da Assembleia espere, então, uma nova deliberação para agir. Qualquer um que lide apenas com a lei sabe que isso seria desnecessário. A Alerj pode suspender a medida, desde que não cometa a bobagem de ela própria soltar os deputados. O país caminha para a bagunça institucional, e a Lava Jato está na vanguarda deste processo. 

Enquanto escrevo, procuradores da República estão nas redes sociais corneteando Fernado Segovia, novo delegado-geral da Polícia Federal. Embora submetidos a regras e a códigos de conduta, agem como se estivessem acima do bem e do mal. Decisão do ministro Dias Toffoli, ainda que em caráter liminar — mas podem tomar como definitiva —, impede um procurador de depor numa CPI.  Claro, as coisas poderiam caminhar assim, e o Brasil poderia estar com um belo futuro pela frente, certo?  A degradação das instituições nos acena, por enquanto, ou com Lula ou com Bolsonaro. [antes do Lula e da Dilma a degradação era uma coisa ínfima; virou um tsunami após as duas coisas presidirem a República Federativa do Brasil - mais que nunca a República da Banânia;
a sorte do Brasil é que Lula não volta - se voltasse seria o equivalente a piorar o impiorável - e Bolsonaro vai colocar o Brasil nos eixos.
Para que Bolsonaro tenha êxito e o Brasil aposente definitivamente a 'Banânia', o
 exemplo do omelete tem que ser considerado.] 
 
Tá bom pra você?
“Mas o que você quer, Reinaldo?”
Que tal o cumprimento da lei? É pedir demais?

Blog do Reinaldo Azevedo

 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Fifa reconhece títulos de Flamengo, Grêmio, Santos e São Paulo como mundiais

A Fifa reconheceu como oficiais os títulos obtidos por clubes sul-americanos e europeus entre 1960 e 2004, através do antigo Mundial Interclubes. Mas deixou de fora torneios como a Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras. Nesta sexta-feira, na reunião do Conselho da Fifa realizada em Calcutá, na Índia, a entidade aprovou a proposta da Conmebol e, assim, espera colocar fim a uma polêmica que dura anos.

[excelente notícia para nós, membros da Galera FLAMENGUISTA e um ótimo presente de São Judas Tadeu - Padroeiro do Flamengo e cujo dia é comemorado amanhã, 28 de outubro]

Nesta semana, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, já havia antecipado ao Estado com exclusividade que a aprovação estava à caminho. Os europeus tinham dado uma sinalização também no sentido positivo. Em 2014, Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, atendeu a um pedido do ex-ministro do Esporte Aldo Rebello e enviou uma carta reconhecendo o título de 1951 como sendo uma conquista mundial para o Palmeiras. Neste ano, porém, a Fifa esclareceu que, ainda que reconhecesse o valor das disputas passadas, apenas poderia reconhecer como “oficial” os torneios promovidos por ela. Isso significava que não apenas o de 1951 estava descartado, mas também as disputas entre sul-americanos e europeus entre 1960 e 2004.

A Conmebol decidiu reagir e pedir oficialmente que o assunto fosse reconsiderado. Mas mesmo a entidade sul-americana reconhece que não tinha argumentos para defender que torneios antes de 1960 fossem considerados como oficiais. Alejandro Domínguez, presidente da entidade, explicou ao Estado que o ano de 1960 foi escolhido por conta do início da Copa Libertadores nesta data – a competição definia quem era o representante da região no Mundial Interclubes.

Para 1951, porém, o Mundial que o Palmeiras alega ter vencido ocorreu quando a Libertadores ainda não existia. Em 1952, o mesmo torneio – a Copa Rio – foi vencido pelo Fluminense.

Com o reconhecimento oficial da Fifa, portanto, são campeões mundiais pelo Brasil
o Flamengo (1981), Grêmio (1983), São Paulo (1992 e 1993) e o Santos (1962 e 1963). Corinthians, com os Mundiais de 2000 e 2012, e o Internacional com o de 2006, já eram oficialmente reconhecidos, assim como a conquista de 2005 do São Paulo.

Mas nem o Palmeiras e nem o Fluminense, por essa definição do Conselho da Fifa, podem ser considerados oficialmente como campeões mundiais de clubes.

Fonte: O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Esquadrão antibomba é acionado no Rio por mala suspeita

Bagagem foi abandonada no Leblon por um homem que, logo em seguida, saiu correndo do local. A área já foi isolada
O esquadrão antibomba da polícia civil do Rio de Janeiro foi acionado na manhã desta segunda-feira devido a uma mala suspeita no bairro do Leblon, na Zona Sul da capital da fluminense.


Esquadrão antibombas da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi acionado após uma mala ser abandonada em um ponto de ônibus no Leblon - 18/07/2016 (Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

A mala foi abandonada por um homem em uma rua movimentada do bairro, segundo testemunhas. O homem saiu correndo logo em seguida. A área já foi isolada e especialistas do esquadrão vão remover a mala do local, conforme informou a polícia. A região nobre onde a mala foi abandonada é cercada por prédios residenciais e comerciais, além de escola e cinemas.

Fonte: Reuters


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Riscos da mandioca - Dunga recebe convite para ser capataz do timinho brasileiro

Ex-jogador Paulo Cezar Caju e as "Chibatadas" em Dunga
Tchau, Dunga!!!!
Ei, Jefferson, você gosta de apanhar? E você, Miranda?
Em 1968, aquele timinho "ruim" do Botafogo, com Gérson, Roberto Miranda e companhia, foi a Bagé, no Rio Grande do Sul, numa excursão. Na folga, saímos para jantar, mas na porta do restaurante do Bagé Country Clube havia um cartaz: "Proibida a entrada de negros".
Lembrei da minha mãe, que só entrava no Fluminense pela porta dos fundos e outras tantas humilhações sofridas por nossa gente. Quantas noites difíceis de dormir, um inferno. O que me livrou das gastrites e úlceras da vida foi o fato de sempre colocar a boca no mundo, denunciar, não deixar passar em branco, extravasar. Sempre acreditei que o tempo mudaria a mentalidade dos homens, pura ilusão.
Anos e anos depois, no mesmo dia em que a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou o casamento gay em todo o país, Dunga, o capataz da seleção, deixou aflorar o seu verdadeiro lado e disse que "sentia-se como os afrodescendentes, que gostam de apanhar". Ei, Jefferson, você gosta de apanhar? E você, Miranda? Abram a boca, Elias, Fred, Fernandinho, William, Robinho!!!! Posicionem-se!!!! Opinem!!!! Não tenham medo das chibatadas do "professor"!!! Ou ele pode impor trabalho pesado nos treinamentos?
O valor do homem está na atitude. Abaixar a cabeça é aceitar, é acovardar-se diante dessa declaração estúpida. A mistura de cores é o que move o mundo. A palavra raça deveria ser abolida dos dicionários. E não me venham com essa baboseira de "somos todos macacos", porque somos todos homens, com diferentes pontos de vista, sim, mas maduros o suficiente para respeitar os quadrados alheios.
Hoje morre-se por fanatismo religioso, em disputas políticas, na ganância pelo dinheiro... nas arquibancadas. O futebol deveria ser uma ferramenta para unir os povos, semear a paz, mas até dentro das quatro linhas os trogloditas estão ganhando terreno, ganhando voz.
Por: Paulo Cezar Caju, ex-jogador de futebol – Blog do Moreno
A que ponto chegamos...
Dunga pelo menos pediu desculpas, reconhecendo sua ignorância
Em matéria de cabeças bem instruídas vamos mal.
O país é presidido por uma pessoa capaz de saudar a mandioca como uma das nossas maiores invenções e se referir com elogios à mulher sapiens, criando assim uma nova categoria na escala humana.

                                                       ‘OS RISCOS DA MANDIOCA’ 
Apesar dos elogios feitos pela atual presidente  à “mandioca”, é bom lembrar que o tubérculo não é só prazer, oferece riscos e que riscos ...

E a Seleção é comandada por outra que admite gostar de apanhar, "assim como os afrodescendentes".  Dunga pelo menos pediu desculpas, reconhecendo sua ignorância.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Carta aberta ao Cirino



O texto que se segue é do ex-ponta esquerda Zé Roberto Padilha. Leia-o bem, Cirino:
“Bom dia, Marcelo. Temos algo em comum: chegamos como promessas à Gávea, aos 23 anos. Eu vindo de um troca-troca com o Fluminense, você como destaque no Atlético Paranaense. Mesmo sendo tricolor, mas amante do futebol arte, juntei-me à nação rubro-negra para reverenciá-lo".

Sim, porque você parecia o atacante que está fazendo falta ao futebol brasileiro. E o Flamengo seria a porta que o levaria à seleção. Habilidoso e veloz, suas atuações celebravam o surgimento de um novo Jairzinho, um Müller, um Búfalo Gil que levantava a torcida em cada contra-ataque. Os grandes times do futebol brasileiro sempre contaram com um, pois os gênios que empunham a dez precisavam de uma flecha para acionar o seu habilidoso arco em direção ao gol adversário.

Você começou bem, mas foi caindo de produção e fui temendo pelas suas atuações na noite do Rio. De tão bonita e concorrida, é um colírio para o turista. E uma armadilha para os que chegam à Gávea e não encontram os atletas que encontrei. Outro dia, na Internet, havia sua foto entre Pico, Éverton e outros candidatos ao sumiço, com uma
“long neck" às mãos comemorando... a zona do rebaixamento?

Em 1976, com sua idade, saia da concentração do Flamengo, em São Conrado, para estrear no Fla-Flu do troca-troca. Não tinha dormido direito. Havia deixado meu time de coração, o que defendi desde os 16 anos até os profissionais, e estava ansioso, pensando como me comportaria defendendo uma camisa por profissão. Não mais como prazer e por paixão. Até que o ônibus, antes de ultrapassar o túnel Dois Irmãos, passou diante da favela da Rocinha. Pela janela, vi gente despencando por aquelas escadas em euforia em direção ao Maracanã. Gente simples, humilde, trabalhadora, que se dirigia ao estádio para dar sentido a sua vida. Uma vitória do Fla, e esta fé estava escancarada nos olhos de cada torcedor, era o combustível que precisavam para ser feliz. E a medida que nos aproximávamos do Mário Filho, mais gente vinha chegando, como numa procissão. Por respeito a eles, lutei 90 minutos como se o adversário fosse mesmo um adversário.

Não tive sorte dentro de campo. Na quinta partida defendendo o clube, fraturei o tornozelo direito, passei dois meses com gesso e quando voltei, pressionado e com botinha de esparadrapo, era cedo demais para a lesão e cumpri meu contrato capengando. Ao seu final, restou-me tentar a vida em Recife, no Santa Cruz. Mas tive sorte fora de campo. Nos vestiários, no dia a dia com meus companheiros.
Zico, Junior, Cantarele, Jaime, Rondinelli, Geraldo, Tadeu e Luisinho eram autênticos funcionários da nação. Treinavam em dois períodos, dormiam cedo, se cuidavam. Tinha samba no ônibus e cerveja gelada, mas apenas no domingo. Após o dever. Nos juniores, chegando, surgiam Adílio, Andrade, Leandro, Tita e Julio César. Era uma família que, quando se juntou, ganhou tudo. Viraram exemplos porque conquistaram o mundo. Mas, antes respeitaram sua nação. Honraram o futebol.

Permita-me um conselho, Marcelo. Largue esta turma. E volte a treinar e dormir cedo. Se cuidar. Brindar com “Stelinha” apenas quando atingirem o G-4. O anti legado que Ronaldinho Gaúcho deixou ao clube foi abrir sua mansão a semana toda para o pagode. Implantou o desrespeito com o torcedor, atrasou a vida de tantas promessas, como você, que poderiam chegar à seleção, mas que hoje não passam de “adrianos”. Dignos de pena pelos atletas que poderiam ser diante de dom concedido para reverter uma injustiça social. Só depende de você mudar este jogo

Um grande abraço. Zé Roberto”.

Fonte: Blog do Renato Mauricio Prado