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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Narrativas da oposição desabam uma a uma - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Já disse antes e repito: a esquerda precisa da amnésia popular para sobreviver. O esquerdismo seduz gente desatenta, sem boa memória. O truque da esquerda é viver de narrativa em narrativa, sem qualquer compromisso com a realidade, com os fatos, sem um pingo de honestidade intelectual para admitir seus erros no passado recente.

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A CPI da Covid foi uma prova disso. A oposição lulista, que montou ali seu palanque eleitoral e foi tratada pela mídia militante como gente séria e imparcial, puxava da cartola uma narrativa atrás da outra. Tentaram colocar a pecha de anticiência no governo, mas novos estudos mostraram a ineficácia dos lockdowns pregados por esses radicais autoritários. Tentaram colar a imagem de corrupção, mas foi em vão, enquanto o Covidão, abafado pela CPI circense, levou a mais operações policiais no Nordeste. E tentaram vender a ideia de negligência criminosa dos gestores, mas era tudo falácia:  Cada discurso eleitoreiro produzido por figuras como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues, todos hoje assumidamente aliados de Lula, foi por água abaixo com o tempo. Não obstante, não há qualquer constrangimento, qualquer tentativa séria de travar um debate construtivo. A esquerda vive disso: pura demagogia.

Tanto que hoje deputadas "sérias" e "moderadas" como Tabata Amaral responsabilizam o governo federal pelo aumento do analfabetismo e a queda do salário mínimo, como se nem tivesse acontecido uma pandemia, ou ainda pior, uma reação insana a essa pandemia que foi defendida justamente por essa turma esquerdista, e condenada por Bolsonaro.

Uma alternativa ao investimento público é o sistema de vouchers, em que o cidadão usa o crédito dado pelo governo para escolher um fornecedor privado, como escola, creche ou mesmo hospital.

O que a Igreja Católica acha do “católico” Biden ser a favor do aborto

A esquerda é mesmo muito cara de pau. Acusam os outros do que são e fazem. É o caso do lance da campanha antecipada. Lula pede abertamente voto, assim como a decadente cantora Daniela Mercury, que tinha milhares e milhares de motivos para estar naquele palanque, e nada acontece. Mas acusam Bolsonaro de fazer campanha antecipada por andar de moto com apoiadores, algo que ele tem feito desde o começo do seu governo!

Para ser um típico esquerdista, repito, é preciso abandonar qualquer resquício de memória e de honestidade intelectual. É só assim que alguém pode, por exemplo, cair na ladainha ridícula de um Lula de "centro". O esforço de colocar Alckmin ao lado serve justamente para esse intuito enganador, mas não tem tido sucesso. Se Alckmin é que passa a cantar o hino comunista, então o truque já falhou na largada. Tanto que o PT não conseguiu enganar nem o Estadão tucano, cujo editorial de hoje rechaça a narrativa do Lula centrista: A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva está estruturada em dois eixos retóricos: a ideia de que sob os governos petistas os brasileiros eram felizes e não sabiam e a de que Lula se move rumo ao centro para construir uma frente ampla apta a “salvar a democracia”. [...] Por décadas o lulopetismo foi o maior responsável por excitar a atmosfera do “nós” contra “eles” que asfixiou o pluralismo democrático e criou as condições para que Jair Bolsonaro alavancasse seu projeto de poder. [...] A história do PT sempre foi a tentativa de desmoralizar a direita como “inimiga do povo” e de submeter a esquerda ao seu projeto de poder. Não há nada que permita duvidar de que essa atitude se mantém. [...] Lula foi à feira e encontrou um “chuchu” barato para enganar os incautos. Alckmin, outrora adepto da cartilha liberal, agora aplaude até a Internacional Socialista. Mas quantos passos Lula deu rumo às ideias centristas supostamente representadas por Alckmin, como a responsabilidade fiscal ou a abertura de mercado? Nenhum. Prova disso é que, além dos partidos de sempre, como PCdoB, PSOL e PSB, nenhuma outra legenda ou líder de centro aderiu à sua “frente ampla”. Todos os esforços marqueteiros para mesclar o verde e amarelo ao vermelho ou ocultar o histórico de atentados do PT à economia e à democracia não disfarçarão o fato de que a tal “frente ampla” nada mais é que o velho bloco do “eu sozinho” de Lula.

Até que quando o Estadão deixa sua obsessão antibolsonarista de lado por um segundo consegue produzir algo decente. É preciso ser muito trouxa para acreditar no Lula moderado. Até porque o próprio ex-presidiário tem feito as ameaças abertamente, quando fala fora do script, deixando transparecer sua real essência autoritária e radical. É mais uma narrativa falsa da esquerda que não sobrevive ao teste do tempo. Uma a uma, as narrativas esquerdistas vão desabando, seja para demonizar o governo atual, seja para apagar o passado petista...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

O 1º de Maio da mamata - J. R. Guzzo

O Estado de S. Paulo

Show de Daniela Mercury em ato pró-Lula custou R$ 100 mil a Prefeitura; onde vai se chegar até outubro?

Imaginem por uns instantes, só para se ter a ideia de um cataclisma de proporções interplanetárias, o que aconteceria neste País se descobrissem que uma dessas passeatas de motocicleta que o presidente Jair Bolsonaro vive fazendo por aí tivesse recebido uma contribuição de R$ 100 mil saída de algum cofre público. É melhor nem pensar. No mínimo, ele seria preso com tornozeleira pelo ministro Alexandre de Moraes, sua chapa seria declarada inelegível pelo ministro Fachin e as instituições entrariam imediatamente em transe.  
Mas meter a mão em dinheiro do erário, no Brasil de hoje, só é problema se for coisa da direita; se for da esquerda, não há problema nenhum. Que sossego, não? Ficam salvas as instituições.

O ex-presidente Lula acaba de fazer exatamente isso em sua campanha para voltar à Presidência da República – e é claro que continua sendo tratado como um estadista que vai salvar o Brasil de um futuro negro. Parece brincadeira: por algum tipo de compulsão incontrolável, nem Lula e nem o PT conseguem ficar mais do que cinco minutos longe de algum tipo de roubalheira. Não chega o que já aconteceu? Não chega. Eis eles aí outra vez: no desastroso comício do dia 1º. de Maio no Pacaembu, a cantora e militante petista Daniela Mercury recebeu R$ 100 mil da Prefeitura de São Paulo para fazer o show com o qual os organizadores esperavam trazer algum público para aplaudir o candidato. Não veio ninguém, como se constatou – nem para ouvir Lula, nem para ouvir Daniela. Mas os R$ 100 mil já voaram.[afinal, a cantora atração emplacou o último sucesso na década de 90.]

A Prefeitura de São Paulo não tem onde cair morta; passa por um dos piores momentos de abandono da sua história, calamidade que, segundo o prefeito, se deve à falta de dinheiro. Como foi doar R$ 100 mil reais para Daniela Mercury, se não tem recurso para consertar um sinal de trânsito quebrado? Mesmo que houvesse dinheiro sobrando, uma prefeitura municipal jamais poderia pagar qualquer despesa da campanha eleitoral de um político, seja ele quem for. Esse dinheiro não é de Lula, nem do PT, nem da cantora. É verba pública. Se não for utilizado para prover necessidades do morador e pagador de impostos do município de São Paulo, estará sendo roubado. É crime.

A campanha de Lula promete. Seus organizadores estão deixando claro, em atitudes como a dessa mamata em torno de Daniela Mercury, que os bilhões do “Fundo Eleitoral” não vão bastar para o tamanho da fome. As coisas ainda nem começaram direito, e já estão assaltando a Prefeitura de São Paulo, propriedade dos parceiros do MDB-PSDB. Onde vai se chegar, até outubro?

J R Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo 

 

segunda-feira, 2 de maio de 2022

O fim da mortadela explica o fiasco lulista - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O sujeito é apontado como o favoritíssimo pelos "institutos de pesquisa", com alguns inclusive cantando uma possível vitória no primeiro turno! Ele tem o amplo apoio da "classe artística", de militantes disfarçados de professores, de militantes disfarçados de jornalistas, e dos pelegos disfarçados de sindicalistas.

Todos convocaram o povo para as manifestações do tradicional primeiro de maio, feriado tipicamente dominado pela esquerda. Os artistas estavam lá. Os militantes também. Os pelegos também. 
Haveria show da Daniela Mercury, cujo último sucesso data do começo de 1990. 
 
Todos muito animados, com grande expectativa. Faltou só o povo.
Os atos em prol de Lula eram um escancarado vazio! Em contraste com as manifestações a favor do governo Bolsonaro, o choque era ainda maior. No mínimo a proporção era de dez para um, mas acredito que estava mais para vinte vezes maior os atos bolsonaristas. 
A velha imprensa bem que tentou: chamou de golpista quem foi defender a Constituição e as liberdades básicas nas ruas
E insiste em chamar o ladrão socialista de "moderado". Mas nada mais adianta!
 
O povo acordou! Ganhou gosto pelo debate político, participa nas redes sociais, conhece o nome de cada ministro supremo. Enquanto a imprensa militante agoniza com sua perda de credibilidade e recursos públicos que irrigavam seus cofres, cada vez mais gente se dá conta do perigo petista. 
Lula defende aborto, justifica ladrão de celular, diz que policial não é gente, prega moeda comum com a Venezuela, avisa que quer proibir clubes de tiro, ameaça com controle da imprensa e das redes sociais, e canta o hino comunista da Internacional Socialista, enquanto endeusa o tirano Fidel Castro. Mas nossos "jornalistas" insistem que o safado é de "centro", um "moderado". Ninguém mais acredita.

Eis o resumo do fenômeno: acabou a mortadela para comprar militância sindicalista, e por isso mesmo Lula quer a volta do imposto sindical. E acabou a influência quase hegemônica que certos veículos de comunicação tinham no passado, com seus artistas engajados nas causas esquerdistas. Tudo isso se choca hoje com a liberdade de expressão, e não por acaso essa turma quer tanto a censura e odeia tanto Elon Musk. Eles sonham com a volta dos tempos em que era possível enganar mais fácil, repetir que um ladrão radical feito Lula era um "líder progressista" e ficar por isso mesmo. Não mais!

Os atos totalmente esvaziados do lulismo neste domingo comprovam a farsa de toda a narrativa do "sistema". Podemos acreditar neles, na velha imprensa, nas "pesquisas"; ou podemos acreditar em nossos próprios olhos!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 10 de abril de 2022

FALA MAIS, LULA! - Augusto Nunes

 Revista Oeste

O dono do PT pode transformar-se no adversário que todo candidato pede a Deus 

Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: Max Haack/Futura Press
Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: Max Haack/Futura Press 

Divulgado no domingo, esse registro audiovisual inaugurou a constrangedora sequência de vídeos que se estenderia até esta sexta. Na segunda-feira, o candidato a uma terceira temporada na chefia do governo avisou que, de volta ao Planalto, mudará dramaticamente as relações exteriores. Usou como exemplo a guerra decorrente da invasão da Ucrânia por tropas russas. “Vou pedir pra vocês pra gente avisar pro Putin, avisar pro presidente da Ucrânia, avisar pro Biden, avisar pros presidentes dos países europeus: parem com essa guerra!”, caprichou na bravata durante outra discurseira para plateias amestradas.[Luladrão sempre foi um imbecil, só que antes era um imbecil interessante e enganava os incautos, agora é um imbecil ridículo que não convence a ninguém; quanto a que chamam de mulher dele, é apenas uma caloteira tentando fama de alguém que não está mais sob holofotes e foge das ruas e do contato com o povo.]

Sempre aos berros, explicou que o povo precisa de paz e quer nesta ordem emprego, salário, educação, cultura e vida. Morte o povo não quer. Em deferência ao espírito pacífico dos brasileiros, o orador informou que toparia até retomar um hábito nada recomendável que jura ter abandonado há 48 anos. “A última vez em que bebi mesmo foi quando o Brasil perdeu para a Holanda de 2 a 0 na Copa do Mundo de 1974”, garantiu numa entrevista publicada pela Folha em 14 de outubro de 2007. Pois agora se dispõe a acabar com o conflito nos confins da Europa com uma bebedeira de bom tamanho.

“Por tudo o que eu compreendo, que eu leio e que eu escuto”, caprichou na bazófia, “essa guerra seria resolvida aqui no Brasil numa mesa tomando cerveja”. E foi em frente: “Se não na primeira cerveja, na segunda. Se não desse na segunda, na terceira. Se não desse na terceira, até acabá as garrafa a gente iria fazer um acordo de paz”. Em oito anos na Presidência, por intrometer-se em confusões internacionais, Lula consolidou a política externa da canalhice. Nesta semana, virou parteiro da diplomacia de botequim. Se insistir em acabar com a guerra entre Israel e os palestinos, não escapará da cirrose.

Na terça-feira, no meio de um falatório na CUT, o pajé da esquerda nativa do País do Carnaval impressionou com outra ousada inovação especialistas no aliciamento, compra ou aluguel de parlamentares. Disso ele entende. “Existe no Congresso uma maioria de uns 300 picaretas que defendem apenas seus próprios interesses”, afirmou em 1993. Dez anos mais tarde, instalado no gabinete presidencial, dedicou-se à ampliação da bancada da bandidagem. Com o Mensalão, comprou o apoio de uma multidão de congressistas. 

Na década seguinte, arrendou partidos inteiros com o dinheiro de empreiteiros envolvidos no assalto à Petrobras. Essas fórmulas caducaram, avisou o vídeo da terça. E de nada adiantam manifestações nas cercanias da Praça dos Três Poderes. Bem mais eficaz é a montagem de patrulhas incumbidas de cercar fisicamente a residência de deputados ou senadores recalcitrantes e pressionar os familiares do alvo, sobretudo mulheres e filhos. “A gente tem de incomodar os deputados”, incitou. Mesmo que ocupasse uma vaga na Câmara, o pai da ideia não estaria exposto a esse assédio criminoso. Lula nunca teve casa ou apartamento. Tudo pertenceu ou pertence a algum amigo dele.

Na quarta-feira, a figurinha carimbada da internet decidiu substituir Marilena Chauí no comando da guerra contra milhões de brasileiros que não são pobres nem ricos. “Nós temos uma classe média que ostenta um padrão de vida que em nenhum lugar do mundo a classe média ostenta”, decolou o palanque ambulante. “Na Europa, as pessoas são mais humildes. É uma pena que a gente num nasce e não tem uma aula ‘o que qui é necessário para sobrevivê’. Tem um limite que pode contentá qualquer ser humano. Eu quero uma casa, eu quero casá, eu quero ter um carro, eu quero uma televisão… Não precisa tê uma televisão em cada sala. Uma já tá boa.” Faz 40 anos que Lula tem mais de um televisor em cada endereço. Mas continua a incluir-se na classe média.

“Na medida em que você não impõe limite”, flutuou na estratosfera, “você faz com que as pessoas, sabe… compre um barco de US$ 400 milhões e outro barco pra pousar o helicóptero.” Quem compra barcos com tal preço está longe da classe média. É mais que rico. É bilionário. Frequentam o clube que tem como sócios, por exemplo, os empreiteiros que reduziram Lula a facilitador de negócios bandidos
Se tivesse juízo, o falastrão passaria o restante da semana ajoelhado no milho. Em vez disso, chapinhou na mesma quarta-feira no pântano das controvérsias de que todo político com juízo prefere manter distância: em outro vídeo, declarou-se favorável à liberação do aborto. No dia seguinte, teve de mudar de ideia. Reapareceu na internet para dizer que houve um mal-entendido. Ele é contra o aborto. [ele é tão contra o aborto que em 1990, Collor provou em debate realizado nas eleições presidenciais, que o Luladrão tentou promover um aborto.]
 
A continuar assim, algum ministro do Supremo Tribunal Federal não demorará a atribuir esse besteirol a marqueteiros infiltrados pelo atual presidente da República na cúpula da seita que vê num ladrão seu único deus. Aos olhos dos alexandresdemoraes e dos edsonsfachins, parece coisa de um gabinete do ódio audiovisual
Mas os humanos normais sabem que tudo saiu da cabeça baldia do chefão. 
O que já fez e disse ameaça transformar o ex-presidiário no adversário que todo candidato pede a Deus e ter os vídeos que anda protagonizando exibidos, com destaque e sem cortes, no horário eleitoral do presidente que disputa o segundo mandato. Pior: pelo andar da carruagem, os partidários de Jair Bolsonaro logo estarão gritando nas ruas e repetindo na internet uma palavra de ordem que ninguém previu: FALA MAIS, LULA!

Leia também “A esperança do convertido”

Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste 

 


domingo, 30 de setembro de 2018

Ausência de Anitta

Circula no Brasil um manifesto em defesa da democracia, e seus signatários mais destacados mostraram que não estão de brincadeira: quando a cantora Anitta resolveu afirmar seu direito à opinião independente, tomou logo um tapa na boca, para deixar de ser abusada.  Anitta não tinha entendido como a banda toca. Democracia sim, querida. Mas a nossa, ok?

Ok. Ela entendeu rápido, até porque tem amor à pele. Todo mundo sabe que mexer com os democratas de porta de cadeia pode ser um problemão. Ou, mais precisamente: pode te transformar em morto-vivo. Vai cantar no banheiro, companheira, onde a acústica é perfeita para quem desafinou o coro da patrulha.  Tudo começou quando Anitta, pressionada a aderir à campanha #EleNão, contra Jair Bolsonaro, declarou que não iria fazer parte de movimento algum. Não era um posicionamento político. Ao contrário: em meio à epidemia de causas e engajamentos de ocasião, ela afirmou o direito do artista de opinar ou não opinar, se envolver ou não se envolver com o que quiser ou não quiser.

De uma simplicidade comovente.  Para quem ficou na dúvida, até porque anda um pouco difícil mesmo ver as coisas como elas são, aqui vai a confirmação: a funkeira da laje deu uma aula de dignidade à elite cultural brasileira.  Ou seja: enlouqueceu. Não sabe com quem tá se metendo, garota?  Agora já sabe. Em questão de horas, o mundo desabou sobre Anitta essa doida que declarou que todos são livres para expressar o que quiserem. De onde terá ela tirado essa insanidade? De algum autor iluminista ou de algum para-choque de caminhão?  A real aqui é outra, parceira. É proibido proibir, desde que você não esteja atrapalhando a lenda (e o business) dos progressistas profissionais que mandam no pedaço. Cala a boca já morreu pra quem não falar demais. Ou de menos. Entendeu agora?

Entendeu. Anitta dormiu e acordou outra pessoa. Não precisou nem de lobotomia, recurso extremo que os democratas de porta de cadeia preferem não utilizar. Por si mesma – e pelo amor à sua pele bronzeada – ela reapareceu com um novo vídeo aderindo ao movimento do qual se recusara a participar 24 horas antes. Vai, malandra, que o passado passou – e o futuro é dos obedientes.  A presença de Anitta na luta contra os hipócritas de grife não durou um dia. Agora, como se dizia quando a ditadura calava ou sumia com alguém, Anitta está “ausente”.

O gentil “desafio” à cantora, que lhe oferecia a escolha entre ser frita em fogo lento ou rápido, foi vocalizado por Daniela Mercuryela mesma a prova viva de que, nos dias de hoje, um artista sem arte só desaparece se quiser. Não tem mais o menor problema se o público não quer te ouvir, porque uma manchete sobre a sua vida sexual te bota no jogo de novo.  Se voltarem a te esquecer, você ameaça grudar numa colega bem-sucedida o selo de homofóbica e racista. Aí é só correr pro abraço. Daniela e grande elenco de democratas temem que o Brasil caia num regime autoritário. E acharam a maneira de evitar a implantação de uma ditadura amanhã: implantá-la hoje. O estupro moral e mercadológico de Anitta – impondo a ela o vexame de engolir sumariamente suas palavras em públicoé o ato mais representativo dessa corrente da bondade que quer devolver o país a um simpático criminoso preso por corrupção. Lula e sua gangue merecem a chance de roubar um pouco mais o povo sem perder a ternura e sem tirar um centavo dessa elite libertária que decide, docemente, quem pode dizer o que.

Ao contrário do pronunciamento original de Anitta, que não tinha segundas intenções partidárias ou ideológicas – e por isso mesmo foi abatido a tiros pela patrulha pacifista e humanitária –, o tal manifesto pela democracia é um jeitinho de panfletar para o suplente de presidiário como “salvação progressista contra o autoritarismo”.  De autoritarismo eles entendem – não o da ditadura de meio século atrás, mas a de hoje, liderada aqui do lado pelo companheiro Maduro, cujo regime sanguinário é apoiado velada ou explicitamente pelos signatários mais famosos do manifesto democrático. Se o Lula falou que o chavismo é modelo de democracia, tá falado.

Fica combinado assim: Anitta amordaçada, Lula livre, poste presidente, Dilma na presidência do Senado, Gleisi na presidência da Câmara, Toffoli na presidência do Supremo e você na Venezuela. Não precisa nem comprar passagem."


Guilherme Fiuza - Gazeta do Povo - PR

 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Racismo de esquerda?



A esquerda costuma tratar como capitão-do-mato todo negro que se opõe a ela. Já aconteceu com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa – o carrasco dos mensaleiros – e agora com o professor Paulo Cruz, que contestou a cantora Daniela Mercury, para quem a redução da idade penal é um “extermínio dos negros” (sic).

Para o progressista de plantão, os negros são seus aliados naturais e ele busca neles o apoio moral para suas teses. A cor da pele do interlocutor, contudo, é usada contra ele quando este se revela um opositor dos dogmas da esquerda. É interessante notar que o progressista vive a dizer que a cor da pele não importa, mas a verdade é que a cor da pele dos outros nunca lhe passa desapercebida.

O progressista padrão é dotado de um radar que tenta identificar em poucos segundos a cor da pele, a classe social e a opção sexual do interlocutor. A lógica binária das mentes progressistas impede que seus portadores saibam lidar com a diversidade. Negros conservadores como Thomas Sowell e homossexuais de direita como Clodovil são anomalias no mundo preto-e-branco dos progressistas.

A esquerda não permite que negros divirjam dela. E entende que a cor da pele de todo indivíduo é sua jaula ideológica. É negro? Tem que ser de esquerda!  Por isso o jovem negro Fernando Holiday foi brutalmente ofendido. A esquerda reduz o indivíduo a sua cor de pele e faz dela a sua jaula ideológica. Holiday é negro? Não pode ser de direita. 

O progressista pensa que os negros são vulneráveis e que devemos tratá-los com a gentileza discriminatória que dispensamos às crianças. E não importa o que os negros pensem a respeito: nenhuma criança sabe o que é melhor para si mesma.

É por isso que podemos testemunhar situações bizarras como o “diálogo” impetuoso entre Daniela Mercury e um negro para quem a redução da idade penal não significa o encarceramento em massa de negros.  Na tentativa de afirmar sua superioridade moral, a cantora partiu para a hipérbole política e afirmou que reduzir a idade penal é coisa de quem quer “exterminar negros e pobres”.

Ao reduzir toda a problemática da idade penal a uma forçada associação com negros e pobres, Mercury deixa subentendido o que ela realmente pensa dos negros e pobres.  Paulo Cruz, um negro, contestou a frase absurda de Daniela Mercury, recebeu um evasivo “me respeite” e ficou falando sozinho.

Pouco depois, um perfil de fãs da cantora conclamou os “mercuryanos” a denunciar o perfil de Paulo! Qual seria o conteúdo da denúncia? “Ele é negro, mas não é de esquerda”?
Preconceituoso prafrentex

A necessidade imperiosa de bancar o cafetão das minorias – para usar a brilhante expressão de Alexandre Borges – faz o progressista negar o fato de que negros, homossexuais e pobres não são obrigador a assumir determinada visão de mundo por causa da sua cor, opção sexual ou origem social. O progressista é um preconceituoso politicamente correto.

Isso me faz refletir: será que existe um racismo de esquerda? Politicamente correto?  A tentativa da esquerda de associar a redução da idade penal aos negros esconde uma premissa…racista. Ora, existem muitos negros e pobres no Brasil, mas apenas uma minoria deles comete crimes, acreditem ou não os esquerdistas.

Aliás, não são “os negros” que vão para a cadeia; são os criminosos, sejam eles negros, brancos, asiáticos ou coloridos. O que sei é que os supostos defensores de minorias não têm mandato para falar em nome daqueles que supostamente representam. Falam apenas em nome de sua ideologia.

E sei que associar a redução da idade penal à hipótese de encarceramento em massa de negros é um preconceito às avessas. É feio ter que repetir isso para progressistas, mas vamos lá: galerinha prafrentex, os negros não são bandidos em potencial. Por favor, aceitem isso.

Thiago Cortês é jornalista - Publicado na Reaçonaria.